terça-feira, 30 de junho de 2009

COLAVORAÇÃO DA VIVIAN

Em primeira mão para todos os amigos e amigas!!!
Já saiu o laudo da morte do Michael:
Morreu engasgado com um pé de moleque !!!
E logo subiu para o céu.
Lá chegando, depois de ter conferido o seu cadastro, no qual constam sua fé em Deus, sua religião, seu batismo, a primeira pergunta dele foi:
_ Onde é que está o menino Jesus?







segunda-feira, 29 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

O LULA ESTEVE AÍ, COM A DILMA A TIRACOLO

João Eichbaum

O Lula esteve no Rio Grande do Sul. O Lula, sim, aquele ex-metalúrgico que hoje posa de estadista, mal sabe ler e escrever (se é que escreve alguma coisa), se jacta de não ler jornais e fica furioso com a imprensa porque ela só publica “desgraças” (denúncias contra o Sarney). Esse mesmo Lula veio ao Rio Grande, junto com a Dilma, para inaugurar, vejam bem, o parque gráfico da empresa que edita o jornal Zero Hora. E declarou alto, embora com o som rouco de sua voz de sapo engasgado: “a liberdade de imprensa é indispensável para a democracia”.
Dá para levar a sério um cara desses?
Claro que não. Político nenhum deve ser levado a sério, porque todos eles são desonestos consigo mesmos, esquecem hoje o que disseram ontem, jogam para a platéia, dependendo do dia, da hora e do local.
E a empresa jornalística que o convidou, sabendo que ele “não lê jornais” e que fica furioso quando as notícias o atingem direta ou indiretamente? O que dizer dela?
Ah, sim, o parque gráfico da Zero Hora custou setenta milhões de reais. Essa é a razão pela qual a empresa convidou o Lula. Porque ela, a empresa, ( será que já saldou a sua dívida com o INSS?) não tem essa grana toda, mas já está dando um jeito de conseguir. Por isso convidou o Lula como padrinho. Lula sabe das coisas, já enriqueceu o filho dele e mais um monte de companheiros do PT. Ele tem a fórmula de que a Zero Hora necessita.
A propaganda, que o governo federal usa para se promover, custa muito e muito dinheiro, o dinheiro que não tem para a educação, para a saúde, para as estradas, para os aposentados e para a segurança, tem para os jornais, para as televisões, etc.
Foi por isso que a Zero Hora convidou o Lula. Ele pode despejar mais dinheiro no bolso dos donos do jornal, do que a governadora Ieda. Então, gente, festa para o Lula e pau (veja como vão entender isso) na Ieda. CPI em cima dela.
A ética da imprensa se chama dinheiro. A independência dela também se chama dinheiro. Ainda bem que o STF esculachou com as faculdades de jornalismo, porque os diplomados precisam de emprego e só dizem nos jornais o que os seus patrões querem. E para isso ninguém necessita de diploma, claro.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A FAMILIA SARNEY

João Eichbaum

Roseana Sarney, filha de José Sarney, mais famoso pelos escândalos no Senado do que por qualquer outra coisa, tem história. Começou, exatamente no Senado, em 1980, como funcionária contratada. Ou seja, sem prestar concurso. Mas foi efetivada, em 1986, ela e outros filhos de políticos, através de um ato secreto, como assessora técnica.
Isso quer dizer que os atos secretos já datam de longo tempo. Não é de agora que o povo vem sendo enganado pelos Sarney.
A segunda nota negra no currículo da Roseana é aquela dinheirama que foi encontrada no escritório do marido dela, ou coisa que o valha. Ninguém mais falou do tal dinheiro. Ficou o dito pelo não dito e até agora não se sabe a origem nem o destino da grana.
Agora, mais duas. Um sobrinho da Roseana mora na Espanha, mas recebe remuneração como funcionário do Senado. O mordomo da Roseana também é pago pelo Senado.
Enquanto isso, a Roseana se tornou governadora do Maranhão, graças à Justiça Eleitoral., não sem antes debitar na conta dos contribuintes sua conta de telefone particular em Brasília, mais de vinte e um mil reais.
Com todo esse currículo, qualquer pessoa com vergonha na cara desapareceria, se esconderia, não iria mais ser vista. Mas a Roseana, ao contrário disso, mostra que tem a melhor qualidade para ser política: a desfaçatez. O que não é de se estranhar, porque deve tê-la herdado do pai.
Enquanto isso, aqui no Rio Grande do Sul, os energúmenos querem a cabeça da tia Ieda por conta de dinheiro recebido na campanha eleitoral. Dinheiro que não é do contribuinte, diga-se de passagem. Mas esses mesmos energúmenos, cujo grande chefe está na presidência da coisa pública, nem tocam no nome da Roseana. Ela deve encarnar o modelo de ética que eles perseguem. Tanto que o Lula não se peja de vir a público defender o Sarney, como defendeu a farra das passagens aéreas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

MAIS UMA DO LULA

João Eichbaum

Olhem só o que disse o Lula, se referindo à imprensa, puto da vida com as notícias sobre as semvergonhices do Senado, patrocinadas pela turma do Sarney: “Não consigo entender porque a predileção pela desgraça. Há tanta coisa boa no cotidiano do povo brasileiro, mas o que está estampado é a desgraça”.
Então tá combinado: semvergonhice e corrupção agora são sinônimos de “desgraça”. E mais, não importa que os senadores estejam metendo a mão à vontade no dinheiro do povo brasileiro, porque o dito povo é feliz, “tem tanta coisa boa no cotidiano”.
Eu acho que ele disse “cutidiano”. Senão, vejamos.
Qual é mesmo a “coisa boa” no cotidiano do brasileiro? As estradas entupidas por engarrafamentos? O aperto nos trens de subúrbio no Rio de Janeiro? O caos no trânsito em São Paulo? O frio para quem mora na rua e debaixo das pontes? A falta de hospitais? As filas do SUS? A miséria do salário mínimo? O desemprego ?A bandidagem solta pelas ruas? A insegurança?
Vamos parar por aí. A lista seria imensa, quase infinita.
Mas, para o Lula, o brasileiro tem muita coisa boa no cotidiano e, portanto, esse povo divertido e feliz não tem necessidade de se inteirar sobre as falcatruas praticadas pelos colegas do Lula, os políticos, principalmente se esses forem seus aliados. É um erro da imprensa, mais do que erro, é pura maldade da imprensa noticiar tais coisas para um povo feliz.
A imprensa deve ficar calada, segundo o Lula. O povo não deve ficar sabendo que os políticos são corruptos. O povo não deve ficar sabendo onde vai parar o dinheiro dos impostos que ele recolhe, sobretudo o imposto que é retirado do seu salário.
Dize-me com quem andas, dir-te-ei que manhas hás – já dizia um antigo ditado. E esse ditado se aplica literalmente ao Lula. Antes, quando ele era um operário, um Inácio qualquer, ou um nordestino que não tinha emprego na sua terra, certamente não diria que a imprensa estava exagerando ao noticiar as “desgraças”, ou seja, os desmandos dos políticos. Mas agora que chegou ao poder, agora que se igualou ao Sarney, ao Temer, ao Renan Calheiros, ao Collor e todos os demais safados desta república, agora a imprensa não pode noticiar tais “desgraças”.
A embriaguez do poder e o uso do dinheiro público para benefícios pessoais foram moléstias contra as quais o Lula não se vacinou. A companhia dos políticos corruptos (com perdão da redundância, como diria o Paulo Wainberg) é o que faz as delícias da vida do ex-sindicalista. O resto é lorota, é coisa da imprensa, que ignora a felicidade do povo brasileiro, sempre levando no “cutidiano”.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A FARRA DA COISA PÚBLICA

João Eichbaum

Para quem não sabe, a palavra “república” vem do latim: res publica, que significa, literalmente, coisa pública.
Deve ser por isso que os letrados, como o acadêmico José Sarney, e outros nordestinos, tão vivos quanto ele, resolveram meter a mão: se a “coisa” é “pública”, então é nossa.
Mas, tem um detalhe: a coisa não é tão pública assim. Só é pública para eles. E é por isso que foram editados seiscentos e cinquenta atos secretos no Senado, para que o tratamento que eles dão à coisa pública não seja tão público. Então tudo funciona como num prostíbulo, onde a entrada é franca e aberta para todos, mas o que se passa nos quartos, a troca de favores, é às escondidas.
Foi para isso que se criou essa suruba política, em que, senão todos, muitos senadores se beneficiaram. Um emprega o parente do outro às escondidas, com o dinheiro da coisa pública, em nome daquela máxima, o mandamento supremo da suruba: é dando que se recebe.
Mas o Sarney é o maior dos beneficiários, o mais inescrupuloso dos aproveitadores, o verdadeiro pai da farra. Não só emprega o maior número de parentes, como usa o dinheiro da coisa pública para pagar o funcionário de uma fundação que leva o nome dele, a Fundação (que deve ser pura picaretagem) José Sarney.
E olhem só como funciona a coisa. O cara, que se chama Raimundo Nonato Quintilhano Pereira Filho, tem um salário de R$ 3.200,00 reais, pagos pelo Senado (ou seja, pelos contribuintes) e está lotado desde 1995 no gabinete do senador Edson Lobão, agora herdado pelo Edson Lobão Filho. Tudo em casa, tudo em família, tudo entrosado, tudo maranhense... E é por isso que o Maranhão progride tanto: o nosso dinheiro vai todo pra lá.
Como se vê, a res publica no Brasil não é exatamente aquela idealizada pelos romanos. Ela evoluiu tanto, ao passar pelo Maranhão, que assumiu outras feições. Passou a ter a cara do José Sarney: impudica e deslavada.

terça-feira, 23 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

O SARNEY E A COISA PÚBLICA

João Eichbaum

Falar sobre o Sarney não é fácil. É preciso se policiar, reprimir impulsos, abortar adjetivos. O único que se sente à vontade para falar sobre o Sarney é Lula, um ex-sindicalista que agora está da presidência da coisa pública. O Lula defende seu amigo Sarney, e lhe atribui “história e serviços prestados à causa pública”
Então me digam vocês: qual é mesmo a “história” escrita pelo Sarney nesse prostíbulo chamado coisa pública?
Bem, ele tem origem e pedigree. Começou como diretor geral do Tribunal de Justiça do Maranhão, no qual seu pai era desembargador.
Como se vê, a “história” de nepotismo do Sarney já é de berço. Ele soube desenvolver muito bem o legado do paizão.
Foi ali que ele começou a sua politicagem e dali veio para Brasília. Nunca fez outra coisa na vida, senão se aconchegar no ninho do poder. Para quem não sabe, Sarney foi homem de confiança do regime militar. Quando o regime militar entregou o poder para os civis, o Sarney se bandeou também. Da direita foi para a esquerda e se tornou presidente da coisa pública, graças à diverticulite do Tancredo Neves, outro que o trem nunca conseguiu pegar.
No seu tempo de presidente, o Brasil teve a maior inflação da história, aquela que deu margem ao saque em nossas cadernetas de poupança, feito por outro nordestino, o Collor, sucessor do mencionado Sarney.
Depois de presidente, o Sarney, ao invés de sossegar, alargou seus domínios políticos, engendrou um domicílio eleitoral no Amapá, sob a complacência da Justiça Eleitoral (essa mesma que, substituindo o povo, meteu o pé na bunda do governador eleito e colocou lá a Roseana, a filha do dito Sarney) e até hoje ele é senador pelo Amapá.
Com essa sua “história” promíscua, que os menos avisados chamam de política, o Sarney construiu um patrimônio inominável, é dono de todo o Maranhão e mais um pouco, tem uma grana de causar inveja. Seu patrimônio cresceu à sombra do poder, cresceu com o dinheiro que a coisa pública recolhe de nós todos, os brasileiros que trabalhamos. É por isso que ele aparece na mídia com aquele cabelo pintado, todo sorridente. Rindo da nossa cara, com certeza.
Depois dessa “história”, quais são os “serviços prestados” pelo Sarney?
Alguém aí da platéia pode me dizer? Quem sabe, algum petista me tire desse obscurantismo e venha em socorro do imortal (vocês conhecem alguém que já leu algum livro dele?) Sarney.
Estou aqui, todo ouvidos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

OS MAL EDUCADOS

João Eichbaum


Dida Diafat é franco argelino, tem 39 anos, foi onze vezes campeão mundial de artes marciais e atualmente é ator de cinema, trabalhando na França. Diafat prega o esporte como forma de tirar as crianças da miséria.
Na segunda-feira passada ele esteve na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, convidado que foi a falar para os edis portoalegrenses sobre suas idéias. Vestindo uma camisa pólo e calça jeans, o visitante contou um pouco de sua vida, salientando que se salvou da pobreza através do esporte. Durante sua explanação –falou em inglês, sendo acompanhado por uma tradutora – chamou à atenção alguns vereadores que “não tavam nem aí” para a palestra dele e conversavam entre si, falavam ao celular, riam. Essas coisas comuns em platéias de ignorantes.
“Nem todos os vereadores, no entanto, – noticia o jornal Zero Hora – engoliram o puxão de orelhas. O decano da Casa, João Dib (PP) aproveitou um aparte para repreender a atitude do estrangeiro, depois da sua saída”.
Segundo o jornal, o vereador, que já foi até prefeito de Porto Alegre, esbravejara solenemente: “ele não estava trajado convenientemente. Eu não merecia ter a atenção chamada por um diabo que veio sei lá de onde. Ele pode ser artista de cinema, mas eu sou vereador de Porto Alegre”.
Decano. Deve ser um velho, carunchado pela esclerose. Já foi até prefeito. E até hoje não aprendeu boas maneiras.
Só quem tem merda na cabeça pode pensar que a aparência tem mais valor do que a essência e que, para ser respeitado, o homem tem que vestir terno e gravata. E só a puerilidade, que é fruto de arrebatamentos senis, pode eleger a condição de “vereador de Porto Alegre” como instrumento de menoscabo contra “um diabo que veio sei lá de onde”.
Se a Câmara é composta por cidadãos desse calibre, com essa falta de educação, com essa deterioração de valores, com essa ignorância sobre princípios primários de dignidade, Porto Alegre não tem nada de que se orgulhar. E aí meus caros, Dida Diafat deve ter pensado: grande merda, ser vereador em Porto Alegre. Cidade da qual saiu, certamente, cagando e andando, para não desperdiçar o pensamento e aproveitando as idéias do vereador.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DIPLOMA DE JORNALISTA

João Eichbaum

Diploma de jornalista já era. O Supremo Tribunal Federal, aquele do Gilmar Mendes, decidiu que, para ser jornalista, ninguém precisa de diploma.
E tem razão a turma do Mendes, dessa vez.
Não sei quem foi que inventou isso, o diploma para jornalista. Os jornalistas é que não foram. Afinal, para que gastar tempo e dinheiro numa faculdade se a gente pode arrumar um emprego como jornalista, ou fundar um jornal, usando para isso as próprias qualidades, sem necessitar de “professores”?
Também não foram as empresas jornalísticas que inventaram o tal diploma. Aliás, elas é que recorreram da decisão de um juiz, segundo o qual era necessário o curso completo de jornalismo e o conseqüente diploma para o exercício da profissão de jornalista. É evidente que as empresas têm interesse nos talentos apenas, e não nos diplomas.
Então só pode ter sido coisa dos comerciantes de ensino, que inventam faculdade, diploma universitário pra tudo, porque, afinal, é disso que eles vivem, vendendo diplomas.
Aplaudo a decisão porque sempre defendi a tese de que quem sabe escrever, sabe. A facilidade de expressão escrita, é como a facilidade de expressão verbal. Nem todos sabem escrever, como nem todos sabem falar. Saber escrever e saber falar é uma questão de talento, talvez de exercício, mas nunca fruto de ensino, de didática.
A prova disso é que, depois que inventaram a exigência de diploma para jornalistas, o jornalismo decaiu. Os grandes jornalistas, aqueles que exerciam a profissão graças exclusivamente ao talento, desapareceram. E isso por uma razão muito simples: os jornais eram obrigados a admitir somente quem tivesse diploma.
O resultado é que a dificuldade de expressão e a incorreção do vernáculo tomaram conta dos jornais e dos demais veículos de divulgação, como rádio e televisão.
A elegância do estilo, a riqueza de vocabulário, o texto sedutor desapareceram dos jornais. No rádio, aqueles vozeirões de antigamente, cederam para o som agudo das vozes fanhosas de garnizé, sem contar com as impiedosas e freqüentes agressões ao vernáculo. E na televisão botaram aquelas belezuras que andam de lá para cá, sem saber o que fazer com as mãos, para anunciar a previsão do tempo. Tudo por causa do diploma.
Temos que agradecer à turma do Gilmar Mendes, esperando a volta do verdadeiro jornalismo, aquele que é feito por gente talentosa de berço, que não precisa cursar faculdade, para escrever e falar bem.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

COISAS DA VIDA

O PINTO DE OURO

João Eichbaum


O velhinho tem todo o jeito de quem já tá com o pé na cova. Anda encurvado, devagarinho, se apoia em tudo que aparece pela frente. Mas tem um mulherão de dar inveja. Uma coroa – diga-se de passagem. Mas uma coroa bem na foto, morena, de olhos verdes, que administra uma bem sucedida viuvez.
Explico. A morena é viúva e abocanha uma pensão razoável do falecido. Tem um padrão de vida que muito barbado gostaria de ter, casa própria, carro novo, conta no banco. Ah, sim, e quem dirige o carro, e anda como se fosse o dono, é o velhinho.
Pois é, o velhinho, por tabela, não pode se queixar da vida, tá com tudo também. Acreditem, ele nem aposentado é. Nunca soube o que é batente, não tem carteira, não tem currículo profissional, não tem patrimônio, nada de nada. Só não foi presidente do Sindicato dos Cafetões porque a classe não é unida ea turma de cafetões que manda neste país é a dos políticos, isto é, a dos que mamam nas tetas da República.

O único patrimônio do aludido velhinho é a expectativa de que dê certo uma ação que moveu contra o governo, pra ter na carteira um dinheirinho da Previdência Social também.
Pois o velhinho outro dia, devidamente acompanhado pela coroa boazuda, esteve no escritório dumas amigas minhas, que são advogadas, e contou a sua história. Estava em apuros com a Lei Maria da Penha. É... aquela lei besta, que só serve pra mulher que não gosta de apanhar.
Então o velhinho contou que a sua ex, por pura vingança, por não ter sido feliz para sempre, como ele lhe tinha prometido, foi na Delegacia da Mulher, dizendo que ele tinha tentado passar por cima dela com o carro. Acho que ela queria sem o carro – que por sinal era o carro da viúva.
Essa ex é também uma coroa, mas fora de forma, dessas com prazo de validade vencido e jeito de cozinheira de padre, que só servem pra quebrar galho. Mesmo assim o velhinho mostrou que é bom de espermatozóide e encestou o bagulho.
Depois de contar toda a história, com hífens, pausas e parênteses, o velhinho, bem falante por natureza, se calou. Era a hora sagrada de tratar dos honorários. Quem assumiu a palavra, nesse momento difícil e muito doloroso, foi a sua provedora, a viúva boazuda. Ela puxou o talão de cheque e não teve problema: “se eu pago a pensão pra filha dele, porque é que não posso pagar os honorários”? E acrescentou, muito legal: “ eu não quero que ele vá pra cadeia, né”?


Vá ter pinto de ouro assim lá na vovozinha! O velhinho não trabalha, mas tem tudo o que um machão na flor da idade gostaria de ter: casa, cama, comida, roupa lavada, e mulher gostosa e boa, que paga pensão pra filha dele.
Vocês viram no que dá, o mundo estar cheio de veados e de bonitões com ejaculação precoce? Até pros pé-na-cova sobra mulher pagante.



quarta-feira, 17 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

2ª Turma concede prisão domiciliar a acusados de homicídio e comenta precariedade das prisões brasileiras

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu nesta terça-feira (9) que dois acusados de homicídio qualificado aguardem a conclusão do processo em prisão domiciliar. O estado precário de saúde dos dois e a impossibilidade de serem devidamente atendidos no presídio, no Espírito Santo, determinaram a decisão dos ministros.
“Ambos estão em situação de saúde precária, correndo até risco de vida”, alertou o ministro Eros Grau, ao defender a concessão de Habeas Corpus (HC 98675) para os acusados. Pela decisão, os dois não têm direito de ausentar-se de suas residências.
O pedido havia sido negado nas instâncias anteriores, ou seja, no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ministro Eros Grau ressaltou a peculiaridade da situação e disse que há nos autos do processo documentos do diretor da cadeia avisando que o estabelecimento não dispõe de profissionais de saúde, equipamentos e instalações para prestar assistência ao denunciado.
Eros Grau disse ainda que a Procuradoria Geral da República (PGR) opinou pela concessão da prisão domiciliar citando o princípio da dignidade da pessoa humana e o Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos).
Segundo o ministro, “apesar de as situações dos dois não estarem entre as previstas no artigo 117 da Lei de Execuções Penais (LEP), há demonstração cabal de que o estado não tem condição de prestar a assistência médica de que [os acusados] necessitam”.
O artigo 117 da LEP só admite o recolhimento em residência particular em quatro hipóteses: para condenado maior de 70 anos ou que tenha doença grave, e para condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental ou que esteja grávida.
O habeas corpus foi apresentado pela defesa de um dos acusados e concedido, por extensão, ao outro.
Precariedade das prisões brasileiras
Ao final do julgamento, o decano do STF, ministro Celso de Mello, comentou decisão dos juízes gaúchos que anunciaram que não vão mais decretar prisão cautelar enquanto o governo do Rio Grande do Sul não adotar providências para ajustar a situação dos estabelecimentos prisionais do estado às exigências impostas pela Lei de Execução Penal.
“Há um descumprimento crônico, pelo Estado, das normas da LEP”, ressaltou Celso de Mello.
E agora falo eu:
Se o Executivo descumpre sua parte, o Judiciário faz o mesmo: dá de ombros, e tudo vira uma palhaçada. O Judiciário não prende os criminosos, porque o Executivo não cria vagas nos presídios. E o povo, os honestos, os que pagam os impostos, bancam essa palhaçada toda.
Ah, e tem mais: só pobre vai para a cadeia. O Supremo Tribunal Federal só conhece as causas do ricos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

Aconteceu realmente na rádio TUPI FM 104,1 em São Paulo

Locutor: - Quem fala?
Ouvinte: - É o Vicente.
Locutor: - De onde, Vicente?
Ouvinte: - Lapa!
Locutor: -Olha aí, Vicente da Lapa! Valendo o kit com camiseta e CD doEdson e Hudson. Presta bem atenção, Vicente, para a pergunta que vou lhe fazer! Qual é o país que tem duas sílabas e se pode comer uma delas?
Prestou bem atenção? Repetindo: há um país cujo nome tem duas sílabas e uma delas é muito boa para se comer.Você tem dez segundos para responder.
O ouvinte, em menos de dez segundos, lascou:
- CUba!O locutor ficou mudo por alguns segundos, enquanto se ouvia umas risadas no fundo. Depois, meio sem jeito, falou:
Tá certo,senhor Vicente! Vai levar o prémio pela criatividade. Mas aqui na minhaficha estava escrito JaPÃO...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

CEGONHA, PAPAI NOEL e JUSTIÇA

DIREITOS HUMANOS

João Eichbaum

Outro dia ouvi numa rádio dessas, o senhor Lênio Streck, ao que parece procurador de Justiça, (é, isso mesmo, desses que andam procurando a Justiça, mas nunca a encontram) falando sobre a questão dos criminosos que não são presos porque, se presos forem, vão ser humilhados, isto é, não vão ter TV a cores e a cabo, não terão quartos particulares, não vão comer bife feito na chapa, não terão uma horinha própria para visitas íntimas, isto é, para fuder, etc.
Ah, antes que me esqueça, o senhor Lênio é tido como um grande jurista, uma pessoa com título de doutor, que leciona na Unisinos, uma universidade comercial, como tantas outras neste país, que fornece diplomas mediante um bom pagamento. Pois o senhor Lênio é professor nessa universidade.
Então ele veio dizendo, na entrevista, para uma emissora qualquer, que tinha achado a solução “jurídica” para a questão dos criminosos, que os juízes não querem prender. Iria representar ao Procurador Geral da República, pedindo a intervenção no Estado do Rio Grande do Sul, porque o Estado não está providenciando num vida digna para os presos.
É, sim, é mais um que quer botar no da tia Ieda.
O cara é doutor, mas não conhece nada dessa espécie, chamada ser humano. Ele quer comparar o direito dos presos, ao direito das pessoas de bem. Diz ele que, se o povo tem direito á segurança, os presos têm direito a uma vida digna , em nome dos direitos humanos.
Em outras palavras: zero a zero. Os direitos têm que ser iguais, o dos criminosos e os dos não criminosos. Os direitos de uma mãe que tem uma filha estuprada e morta por um tarado, têm que ser iguais aos desse tarado. Senão, nada feito.
Esse senhor Lênio estudou ciências jurídicas e sociais, não sei onde, mas estudou. Só que o seu conhecimento se cinge ao direito enquanto teoria, o direito que é trabalhado nos gabinetes, nas aulas das universidades, e não chega na vida, no dia-a-dia das pessoas. O senhor Lênio não conhece as criaturas humanas, não conhece bosta nenhuma de antropologia. Ele aprendeu, com seus professores, e ensina isso a seus alunos, que existem os direitos humanos e pronto. Não botou a sua inteligência a funcionar (se é que sua inteligência chega a tanto) para poder distinguir entre seres e seres humanos. Ele não sabe que a indignidade não é peso, nem medida, para a dignidade, nem que a dignidade se adquire com uma boa vida de preso.. Ele não sabe que quem não assimila os valores propostos para uma convivência social está abaixo da média da dignidade humana, e que seus valores, portanto, são outros e sua vida deve ser medida de acordo com seus valores e não de acordo com os valores que ele não respeita.
Senhor Lênio, estude um pouco de filosofia, de antropologia, e também de grego. E chegará à conclusão de que há várias camadas de animais. Alguns até são humanos. E esses, sim, merecem ter direitos.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O MINISTRO INSENSATO, O SINO SUMIDO E A CONSTITUIÇÃO VIOLENTADA

Crônica atribuída a Augusto Nunes

Em outubro de 2003, o Brasil foi confrontado com um crime que, praticado 15 anos antes pelo deputado constituinte Nelson Jobim, assumiu dimensões bem mais perturbadoras ao ser revelada por um Nelson Jobim já vestindo a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Com a naturalidade de quem explica por que prefere chimarrão a café, o ex-parlamentar do PMDB gaúcho confessou ter infiltrado na Constituição de 1988, cujo texto definitivo lhe coube redigir, dois artigos que não haviam sido votados, muito menos discutidos no plenário.
Se o país tivesse juízo, a reação indignada obrigaria Jobim a devolver a toga, identificar os textos contrabandeados (para que fossem prontamente expurgados), pedir perdão ao povo em geral e a seus eleitores em particular, voltar aos Rio Grande do Sul e ali ficar à espera da intimação para explicar-se no tribunal. Se o Brasil fosse sensato, milhões de cidadãos ultrajados estariam tentando entender como pôde quem faz uma coisa dessas ter virado ministro da Justiça e depois ministro da corte incumbida de decidir o que é ou não é constitucional.
Como o país não tem juízo e raramente é sensato, fez de conta que o cinqüentão Jobim continuava tão brincalhão quanto o estudante de direito que fez parte do grupo que furtou o sino da faculdade e, em vez de devolver o símbolo da faculdade, transformou-o em troféu de uma confraria de marmanjos. Nações com hímen complacente não gritam nem quando a Constituição é afrontada.
Três dias depois da revelação, o réu confesso voltou espontaneamente ao tema para garantir que não agira sozinho. As infiltrações ilegais, alegou, foram encomendadas pelo deputado Ulysses Guimarães, presidente da Assembléia Nacional Constituinte morto no começo dos anos 90. Ulysses não viveu para confirmar ou desmentir a versão que o reduz a mandante do crime de falsificação de documento público.
Por se achar muito brincalhão, ele costuma tratar coisas sérias com a leviandade do garotão que ajudou a fundar a Ordem do Sino. Brinca de general, almirante, brigadeiro, até já incorporou o herói de araque Jobim das Selvas para duelar com a sucuri. Era previsível que acabasse brincando com o que mata, fere, espanta, dói, atormenta, traumatiza. Um acidente aéreo apavorante, por exemplo.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

COISAS DA VIDA

O NARIZ DA MOÇA

João Eichbaum

A moça aquela que foi miss Rio Grande do Sul, está insatisfeita com o nariz dela. Ficou muito pequeno, se queixa a belezura.
Não sei exatamente onde é que a moça pretende enfiar o nariz, para se queixar do seu tamanho, mas tenho inveja dela. Ela não tem mais preocupação nenhuma na vida, sua única preocupação é com o nariz.
Como não entendo tal preocupação, porque jamais liguei para o meu nariz, que inventa de espirrar nas piores horas e no inverno costuma esfriar porque fica inteiramente de fora e é o primeiro que enfrenta o vento, vou dar um conselho a essa moça.
É que o jornal traz a foto dela, deitadinha, as pernas bem torneadas para cima, olhando a gente com um jeitinho sacana. A única coisa que homem nenhum vai olhar, portanto, vendo aquela voto, é o nariz. Só as nossas mulheres, essas sim, com aquele senso crítico incorrigível e a inimizade declarada contra todas as concorrentes, vão encontrar mil defeitos no nariz da moça, para nos desviar a atenção, claro.
Mas, se o alvo da moça forem os homens, não há o mínimo motivo de preocupação. Homem nenhum vai olhar para seu nariz, quer você esteja deitada, quer esteja em pé. A gente só costuma olhar para aquilo que fica abaixo do nariz. O nariz não importa. O que importa é tudo quanto vem abaixo dele. A começar pela boca, pelos lábios carnudos ou bem delineados, pelo pescocinho sem pelancas, os peitinhos duros, a barriguinha sarada, com ou sem piercing, as mãos de deusa, os quadris de tanajura, a bunda idem, as coxas sem estrias e sem varizes.
Nariz? Pra que nariz? Só serve pra estorvar. Fique, portanto, com seu narizinho e deixe o resto pra gente, tá?

terça-feira, 9 de junho de 2009

COISAS DA VIDA

MÃE JÁ NÃO É UMA SÓ

João Eichbaum

Duas lésbicas, Adriana e Munira ingressaram na justiça, em São Paulo, pedindo que na certidão de nascimento de gêmeos paridos por Adriana, conste o nome das duas, Adriana e Munira, como mães. E já entraram requerendo ¨tutela jurisdicional antecipada”, mas não levaram.
A notícia que saiu nos jornais é de que a “Justiça de São Paulo negou a um casal de mulheres homossexuais” o pedido de registro.
Mas, não é bem assim. O juiz negou apenas a antecipação do julgado.
O que chama a atenção no fato é que, realmente, as duas mulheres são mães, mesmo. Com os espermatozóides de um doador anônimo foi realizada a inseminação artificial nos óvulos de Munira, óvulos esses que, já fertilizados, foram implantados no útero de Adriana. Essa acabou parindo os gêmeos.
O verbo “parir” é de propósito, porque na verdade quem gerou as crianças foi Munira, uma vez que, sem óvulo, não há gestação, o começo da vida, que é complementada pelo parto.
E agora, José? São ou não são duas mães? Uma gerou, mas a outra pariu.
O direito ficou aquém da ciência e da criatividade do sexo.
E foi dada a largada para um novo ciclo da evolução do animal humano. Nem mesmo ele, o bicho homem, imaginava que chegaria a tanto.Agora, que se virem os juristas, porque da parte da área médica está tudo OK: “nas pulseiras dos gêmeos, no hospital onde as crianças nasceram, – diz a notícia – as mães conseguiram o que perseguem na Justiça: os nomes das duas na identificação

segunda-feira, 8 de junho de 2009

LULA e JOBIM, LONGE DE MIM
João Eichbaum

Outro dia comentei sobre os palpites furados do Lula e seu ministro Nelson Jobim acerca do acidente com o Airbus da Air France. Dizia eu que eles não tinham que abrir a boca sobre um assunto que nenhum dos dois domina, porque a área deles é outra, a da politicagem, nas quais são doutores, obtiveram, cada um a seu modo, o diploma maxima cum laude.
Recordando: o Lula, mostrando que sabe tudo sobre tecnologia de prospecção, mas nada sobre mensalão, disse que o Brasil encontra petróleo a seis mil metros de profundidade, de modo que é uma barbada encontrar um avião a quatro mil metros. O Jobim ocupava microfones e toda a televisão da gente, com aquela cara que (não me perguntem por que) sempre me faz pensar numa vagina de égua, para dar explicações técnicas a respeito das buscas que os aviões da FAB e os navios da marinha brasileira faziam.
De repente, aconteceram coisas que não estavam no script do Jobim: os objetos encontrados em alto mar e a mancha de óleo detectada no oceano não tinham nada a ver com o Airbus da Air France.
Pois vocês sabem o que fez o Jobim?
Sumiu. Isso, sumiu. Desapareceu das telas, dos microfones e dos jornais. Desculpa dele: problemas de saúde.
Ué! Um dia antes ele estava bem falante, dono da verdade, ministro da defesa do país mais avançado do mundo, um país que domina a tecnologia como nenhum outro. E ele, o ministro da defesa, entendia tudo de avião, de oceano, de tecnologia de prospecção.
Volto a perguntar: por que é que ele não ficou na dele?
Mas também respondo: porque ele queria aparecer para o país inteiro e para o mundo como o senhor de todas as coisas no céu e no fundo do oceano, porque sua maior aspiração é ser presidente deste país, que atualmente é (des) governado por um torneiro mecânico, em cujo currículo há muitos benefícios do INSS.
Afinal, ele já foi deputado, já surrupiou o sino da Faculdade de Direito da URGS, já enganou meio mundo com a Constituição de 1988, porque não pode ser presidente desta república, da qual até o José Sarney já foi o mandante maior?
Pois é, na hora do pega pra capá, ele sumiu. E só apareceu fantasiado de milico em São Borja, pra mais umas explicações furadas, enquanto deixava para a França, mais uma vez, a certeza de que este país il n’est pa sérieux.
Mas vocês não perdem por esperar. Agora que as buscas da Marinha e da Aeronáutica começaram a dar resultado, vai voltar para a tela da televisão aquela cara de vagina equina.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

SAIU NUMA REVISTA DE FINANÇAS

Uma moça escreveu um e-mail para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico”.
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.
Segue:
Mensagem/e-mail da MOÇA: "Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano.Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site?Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?" (Rafaela S.)
Mensagem/resposta do (inspiradíssimo) RAPAZ: "Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e> fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou> tomando o seu tempo a toa... Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você> procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples. Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro. Proposta clara, sem entrelinhas. Mas tem um problema. Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta! Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco. Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece... Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

quinta-feira, 4 de junho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A ÚLTIMA DO LULA

João Eichbaum

Nem nessa hora em que o mundo inteiro está consternado em razão do desaparecimento do Airbus da Air France, com duzentas e vinte e oito pessoas a bordo, o Lula deixa passar a oportunidade para dizer suas bobagens. Vejam só o que ele disse, a propósito das buscas que se fazem para localizar destroços ou até pessoas, em alto mar: “um país que encontra petróleo a seis mil metros, com mais facilidade encontrará um avião a dois mil metros”.
Porque é que ele não cala a boca, gente? Por que é que ele não respeita a dor das pessoas e as agride com bobagens, querendo auferir dividendos políticos? Um cara que nem o curso fundamental completou vem dando opiniões sobre a tecnologia da prospecção?
Senhor Zé Inácio, não é hora de falar, é hora de agir. O senhor e o seu ministro da defesa, o Nelson Jobim, que também se aproveita das desgraças para aparecer, tinham mais é que ficar quietos, respeitando a dor dos outros. Deixem que fale quem entende do assunto, quando e se for necessário. Não venham dando pitacos imbecis e assunto para a mídia, enquanto a dor exigir respeito.
Depois, tudo passado, encontrados os destroços, ou o avião inteiro, amenizado o trauma, pelo menos para o povo em geral, que não tem vínculos de parentesco ou amizade com as pessoas que se encontravam no avião, depois disso tudo, podem os senhores, Lula e Jobim, vir para os jornais contar vantagens, estimulando o terceiro mandato impudico e antidemocrata ou preparando o caminho para o Jobim, que quer tanto ser presidente da República.
Por enquanto, cumpra cada um o seu dever, deixando para os especialistas a palavra. Eles, Lula e seu ministro, que se ocupem de sua especialidade, a politicagem, na qual são doutores. Porque de política nenhum deles entende. Um é semi-alfabetizado em português e ambos são analfabetos em grego, o idioma dos mestres imortais da ciência política.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

E POR FALAR EM AVIÃO

CADEIA FOI FEITA PRA POBRE

Rodolfo Torres

A Justiça do Distrito Federal concedeu há pouco prisão domiciliar ao empresário Nenê Constantino, dono da Gol Linhas Aéreas.
A decisão da desembargadora Sandra de Santis destaca o “precário estado de saúde” do empresário, que tem 78 anos e está "sob cuidados médicos."
Por meio de nota, os advogados de Nenê afirmam que o empresário se apresentará à Justiça após concluir o tratamento de saúde.
Nenê teve prisão preventiva decretada ontem pela Justiça No inquérito instalado na Polícia Civil do DF, Constantino é acusado de ser o responsável pelo homicídio do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, alvejado com três tiros de revólver em 2001. Márcio encabeçou a ocupação, naquele ano, de cerca de cem pessoas a um terreno pertencente à viação Planeta em Taguatinga (DF), de propriedade de Constantino.
De acordo com o promotor Bernardo de Urbano Resende, a prisão preventiva do empresário ocorreu porque ele estaria subornando testemunhas dos processos que responde. Conforme destacou, há gravações telefônicas, feitas com autorização judicial, que comprovariam os supostos subornos.
Segundo o promotor, Nenê deu uma casa a uma testemunha para que ela prestasse depoimento falso à Justiça. Constantino nega todas as acusações e diz que vai provar sua inocência no transcorrer do processo

terça-feira, 2 de junho de 2009

O FIM

João Eichbaum

Por mais que se ande de avião, ninguém consegue evitar aquele incômodo friozinho na barriga, quando a aeronave começa a sacudir, se precipita para um nível de altitude inferior, parece que vira de um lado para outro, como se estivesse perdendo o equilíbrio. São as chamadas turbulências. Passada a turbulência, o avião retoma o seu prumo, tudo se torna normal.
Mas, e quando essa turbulência não tem fim? Quando o próprio pessoal de bordo não consegue esconder a preocupação, quando qualquer tentativa de produzir calma soa no vazio, porque o pavor está acima de qualquer sentimento?
Nessa hora em que cada passageiro pressente o fim, como é que uma pessoa consegue dominar o pavor? Como é que alguém, nesse momento de tortura, consegue afugentar o desespero, se desvencilhar da própria covardia?
Como a criatura humana encara o espetáculo horrendo da morte eminente, tendo plena consciência do fim, é um mistério que nunca desvendaremos. Na certa, as pessoas rezam, muitos gritam, implorando o auxílio do seu “deus”, o Deus judaico-cristão, Alá, Buda, seja qual for o “deus” que lhe impuseram como um valor inquestionável desde a infância e no qual depositam toda a esperança de um milagre.
Mas esse “deus” não vem em socorro de ninguém. Ninguém se salva. Pobres e ricos, homens e mulheres, velhos e moços, plebeus e nobres, famosos e anônimos, justos e pecadores, inocentes criancinhas, ninguém se salva.
E a esperança de todos aqueles que clamam pelo socorro de um “deus” também é destroçada pelo último estrondo de uma aeronave que se desintegra no espaço ou é engolida pelo mar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

CEGONHA, PAPAI NOEL e JUSTIÇA

A SENHORA ELLEN

João Eichbaum

A senhora Ellen Gracie Nortfleeth não conseguiu a vaga na OMC (Organização Mundial do Comércio). Ela andou de Herodes a Pilatos, suplicando, pedindo, implorando, oferecendo, mas não conseguiu porra nenhuma. E olha que porra é fácil de conseguir.
Ela pensava que conseguir uma cadeira no órgão de apelação da Organização Mundial do Comércio era tão fácil como ser ministra do Supremo Tribunal Federal no Brasil.
Aqui, a gente sabe como funcionam as coisas. Não é preciso ser muito inteligente, nem muito culto, nem, muito menos, versado em coisas do direito, para ser ministro do tal de Supremo. Basta ser amigo de algum amigo do rei, um pedido aqui, um pedido ali, uma troca de favores aqui, outra troca de favores ali, um jeitinho mais, um jeitinho menos e, pronto, o cara se torna um ente sobrenatural, ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mas, lá, no concerto internacional, as coisas funcionam de outro jeito, os sacos a serem puxados são muitos, e cada saco exige o seu jeitinho.
Pelo que se diz, quem puxou o tapete da senhora Ellen não foi ninguém menos do que a senhora Hillary Clinton que, evidentemente, tem muito mais cacife do que o Lula, o Celso Amorim, e outros tupiniquins menos votados. Ela conhece muito bem as exigências das partes baixas do seu marido, o Bill, e por isso tem autoridade.
Como é que a senhora Ellen, que chegou a ministra do Supremo Tribunal Federal, sem ter passado num concurso para juiz, iria superar um mexicano patrocinado pela Hillary?
Ora, convenhamos...
O prazo de validade da dona Ellen esgotou. O seu destino é viver o resto de sua vida pública, olhando para o afrodescendentão aquele, o Joaquim Barbosa, e aguentando as brigas dele com o Gilmar Mendes, nesse palco de espetáculos chamado Supremo Tribunal Federal. Para gáudio de todos nós, que não acreditamos na Justiça.