sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Minha avó paterna, Hildegonda Biasuz Letti, para nós " a nona Gonda" que teve na Casa da Praça Garibaldi, 80, em Antonio Prado, durante muitos anos, o Café Itália, onde servia desde café da manhã, almoço e janta e também, na sala dos fundos, tinha três mesas, na sala imediata, ao salão da frente, onde se jogava cartas, pois o jogo era permitido e os ricos fazendeiros de Vacaria, vinham para Antonio Prado, jogar cartas a dinheiro e minha avô ganhou dinheiro com a "coima ou cacife" de cada rodada de  jogo. Eis que minha avó ficou viúva com 41 anos, em 1932, pois meu avô, Riccieri Marchesi Letti, faleceu em julho de 1932, e ele tinha uma ótima selaria, no atual Bazar Chini e ganhava dinheiro. Mas ficou doente durante dois anos. Gastaram tudo. Então minha avó abriu o Café Itália, na casa hoje tombada e conservada e que pode ser visitada. Pois bem, neste Café Itália, minha avó, sempre contava e afirmava que mais de uma vez, quando vinham para Antonio Prado se abastecer, serviu o almoço, normalmente bucho com pão e vinho, para os pais de Maria della Costa e vinha junto, sempre uma jovem, alta, bonita e que chamava a atenção. Depois, que o tempo passou e que dita jovem passou a ser a Maria Della Costa, minha avó sempre contava este fato. Muitos não acreditavam, mas, posso afirmar como  neto, que é verdade e normal. Não é um fato extraordinário. Pelo contrário, é um fato comum, para a época, pois minha avó, Hildegonda Biasuz Letti, abriu o Café Itália, nos idos de 1929, quando Maria della Costa era jovem e várias vezes almoçou no Café Italia junto com seu pais. Era comum o pessoal da região do rio das Antas vir se abastecer em Antonio Prado, pois, Antonio Prado, era mais desenvolvida, maior, com tudo, já era uma cidade feita, do que Flores da Cunha.

Hoje, sim, Flores da Cunha, cresceu, ficou maior do que minha terra Antonio Prado. Mas aí o tempo passou e são "outros quinhentos".

Lógico que Flores da Cunha deve  uma grande homenagem a Maria della Costa e também Antonio Prado, dado sua importância para a cultura e o teatro do Brasil. Vamos ver as duas comunidades se unirem para prestar a merecida  e imorredoura homenagem.

Nério “dei Mondadori” Letti.




quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A JUIZA NO PAREDÃO
João Eichbaum

No decorrer da semana passada, a Justiça brasileira se sentiu ofendida porque se alardeava nos noticiários que uma juíza gaúcha, chamada Franciele, participaria daquele programa transmitido do fundo do poço da vergonha e da cultura nacional, o tal de Big Brother Brasil.

Até quem não assiste ao tal programa sabe que o ser humano exposto naquela vitrine não é senão o “pithecanthropus erectus” autêntico: um animal atrelado a desejos, e manietado pelo egoísmo. E entre todos os desejos o que mais se sobressai é o da concupiscência, e de tal forma como se de outra coisa não precisassem os humanos a não ser o sexo.

É claro que não ficaria bem para o Poder Judiciário ter uma representante nesse grupo em que o ser humano vive o pior dos papéis: o da mais indômita animalidade, movida pelo egoísmo irracional.

Então o Judiciário se apressou em esclarecer que a Franciela não é puta, ops, não é juíza coisa nenhuma, mas “conciliadora” do juizado de pequenas causas de Porto Alegre.

Só se deixou enganar pelo “esclarecimento” quem não conhece o Poder Judiciário. O papel da “conciliadora” é ouvir as partes, propor acordo, colher as provas e exarar um “parecer” sobre a contenda, apontando qual das partes tem razão. Esse “parecer” é enviado a um Juiz de Direito, que outra coisa não faz senão acolhê-lo ou homologá-lo. Então a verdadeira juíza, a juíza de fato, nesses casos, é a “conciliadora”.

A “conciliadora” Franciele, levada ao “paredão”, foi excluída do programa, por ser, segundo seus companheiros, “manipuladora, falsa e perigosa”. Então, as perguntas que explodem na boca dos contribuintes gaúchos não podem ser outras: ao mandar “de bandeja” para o juiz seu estudo conclusivo sobre a demanda, será que Franciele se despia das “qualidades” acima enumeradas? De que critérios se valem os membros do Judiciário para escolher os “conciliadores”?

Pergunta pessoal deste escriba: do amálgama das irresponsabilidades sobra algum Poder confiável nesta República?







quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Sou totalmente  favorável à idéia, depois, de ver tantos e tantos casos, ao meu redor, de amigos e  amigas, em estado terminal vegetativo, sem chance alguma de recuperaçáo, dito e aprovado por vários médicos e até um médico neurologista, em caso de  diagnóstico, cientifico, aprovado por outros médicos da UTI  do hospital  - "neoplasia maligna do encéfalo, encefalopatite" ( câncer total no cérebro, levando á pessoa com toda a certeza à morte, sem chance alguma de cura) - de que, enquanto eu estiver ainda hígido mentalmente, com 75 anos, e  já tendo tido algumas enfermidades e acidentes que me colocaram, objetivamente, em morte próxima, e eu ví a morte de perto e senti a morte chegar, mas fui salvo, pois era caso salvante, caso fosse atendido e medicado a tempo ( o que é outra coisa totalmente diferente do que estamos falando - pois - aí havia chance de vida).....portanto, sou totalmente favorável, ao Testamento Vital, e para evitar constrangimento de nomear testamenteiro que execute e cumpra a ordem do meu Testamento Vital, nomearei, como peritos, os excelentes médicos do Departamento Médico Judiciário e que fornecerão laudo médico forense, sob o compromisso de seu cargo,  de que não tenho mais chance de vida e nem de recuperação, dentro da medicina científica conhecida. A não ser acreditar num milagre. E como milagre em tais casos náo ocorrem. Pelo menos nunca ocorreram até agora na literatura médica. Então, estou pensando, e estou decididamente inclinado a fazer o meu Testamento Vital Público, normal, comum, no Tabelionato, para ser levado a registro na Central de Testamentos da Primeiro Tabelionato de Porto Alegre, onde resido, a fim de que sejam aceita e cumprida minha decisão de última vontade de não querer mais viver, vegetativo, sem vida, estirado numa cama, entubado, com vida artificial, sem saber o que se passa ao meu redor. 
Sei que o problema é sério. Sei que fere princípios. Sei que sou católico, estudei no Colégio Anchieta, tive toda minha formação católica apostólica romana e isto podem atestar, inúmeros colegas meus, de aula e de colégio, muitos deles , hoje renomados médicos. Enquanto houve um fio de chance de vida, lógico, que não será cumpria esta minha última vontade. O que não desejo é causar despesas enormes desnecessárias para a familia, para o meu plano de saúde,  médicas, hospitalares, farmacêuticas, recuperativas e que tais,  e toda a parafernália moderna existente hoje da medicina, sem chance alguma de me devolver a vida,  nem causar incômodo total aos familiares.

Por exemplo, não quero que o médico da UTI diga, em meu caso, "hoje operei um morto-vivo". Desejo aproximar a morte, digna, correta, saudável, religiosa e sobretudo sem sofrimento e sem dor, e assim todos os familiares ficam sabendo e não  há tráuma. A morte é inevitável e certa. Por quê, prolongar uma vida que a ciência já diz que não há chance alguma de recuperação.

Pensem nisso, enquanto, eu vou redigindo, o mais breve possível, com texto claro e se possível curto, o meu " Testamento Vital". 

Aceito opiniões e submeto o tema ao debate dos meus amigos internáutas sobre eu redigir o meu "Testamento Vital", isto é, a Ortotanásia assistida, enquanto estiver com higidez mental. Pois, no caso, de entrar em Alzheimer ou outra doença degenarativa total e ficar totalmente interdito, não terei mais capacidade de manifestar minha vontade, de administrar meus bens e reger minha pessoa. Ficarei totalmente dependente de terceiros e quero evitar esta tragédia pessoal e familiar.

Um abraço fraterno a todos. Generoso e gremista.

Nério "dei Mondadori" Letti.                                   





terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A PENSÃO DOS COITADINHOS

João Eichbaum

Mal deixou o Palácio Piratini, o Tarso Genro, que não quis pagar um salário decente para os professores, já protocolou petição, requerendo o pagamento de pensão mensal no valor de R$ 30.471,11 (trinta mil, quatrocentos e setenta e um reais e onze centavos).

É isso mesmo que você está lendo. Nem os centavos ele perdoou. E você que trabalha, trabalha mesmo, pega no batente, sacoleja no busão ou vai espremido no Trensurb e depende do SUS para sobreviver, tem de aguentar trinta e cinco anos, para ganhar, quem sabe, menos que um salário mínimo, quando já estiver caindo aos pedaços.  

Ele, o Tarso, belo e faceiro, que nada fez digno de lembrança nesses quatro anos em que foi sustentado pelo povo, quatro aninhos, vai ganhar uma pensão para toda a vida. Quer dizer: teve uma função temporária (função, que não pode ser chamada de “trabalho”), mas vai ganhar uma pensão vitalícia.

É por isso que existem os políticos, meu caro. Sua vida em nada melhorou com a eleição do Tarso Genro. Mas a dele melhorou, sim, e muito. Não vai precisar trabalhar para o resto da vida.

Se não fossem os políticos, essas coisas não aconteceriam. São eles que criam mordomias, privilégios e todo o tipo de benesses a que dão o nome de “lei”, para poderem dizer que tudo é “legal”.

Antes que me esqueça: o Tarso é do tal Partido dos Trabalhadores, que veio para defender o povo contra a pobreza, terminando com a maldade política, os privilégios, a falta de emprego, as falcatruas, e tudo o que de ruim existe no mundo. Mas, acabou descobrindo a maneira de enriquecer sem trabalhar: engambelando o povo, de eleição em eleição.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PLANETACHO


A vó do Robin Hood fazia coisas do arco da velha

O Homem de Ferro usa ímãs de geladeira como botons

O inventor do álbum de figurinhas era um sujeito descolado

Crise mesmo é quando o porteiro te apoia, dizendo:
 - Estou contigo e não abro!

Depois de um grande apagão vem sempre um pequeno esclarecimento

IMPOSTOS

Perderam o siso.
Agora tem imposto
até sobre o sorriso.
Impor impostos é colocar
imposto sobre imposto.
No caso, impostos sobrepostos
para todos os gostos.
Mande um postal
de um lugar sem impostos.
Um lugar com imposto sobre a
propina, sobre desvio de verbas,
sobre superfaturamento...
Um lugar com impostos
para impostores.

QUE SEMANINHA!
O PAPA ACONSELHA MENOS SEXO
E A DILMA ORDENA MAIS IMPOSTOS






sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

O tema é bom. A " juiza" Conciliadora Criminal do JECRIM da Restinga - faz o gênero "boasuda" loirona, e foi aprovada para frequentar e participar do pior programa de TV que já existiu no Brasil. Baixaria total. Próprio do Brasil inculto e atrasado e até certo ponto psicopático. Bem dentro dos princípios da cultura de quem obteve nota zero na redação do exame do ENEM e foram mais de 500 mil concorrentes e dentro da ideologia de quem levou 10x1, em três dias, na última Copa do Mundo, realizada no Brasil, em 2014, perdendo para a Alemanha de 7x1 e para a Holanda de 3x0. Coisa nunca vista com a seleção canarinho. E o Felipão, o famoso "dez em um " anda faceiro e lépido, treinando meu time, o Grêmio, se achando o máximo, o dono da verdade da boa, como se nada tivesse acontecido

Razão tem o Senador Cristóvão Buarque quando em discurso no Senado, pediu desculpas ao capitão da seleção nacional, o zagueiro central David Luiz, todo metido e não joga nada, levou uma saranda de bola dos alemães e holandeses que até hoje está procurando a "gorduchinha"- apesar de sua vasta cabeleira loira, esvoaçando ao vento e de nada servindo.  Cristovão Buarque disse no Senado que pedia desculpa ao Capital DAvid Luiz, pois, eles, os boleros, perderam só de 7x1 e a intelectualiade, os ditos sábios, o Brasil, em si, está levando uma lavagem da Alemanha de 101 x 0, eis que a Alemanha tem 101 Prêmios Nobel e o Brasil não tem nenhum Prêmio Nobel.

Foi o que aconteceu com a nossa ilustre Doutora do JECRIM da Restinga e o fato ser filmada dentro do Forum Distrital da Vila Restinga - para as   fotos do péssimo e horrendo Big Brother Brasil - do Pedro Bial - atingiu o que ela queria fama nacional e como é do tipo vamp está aberto o caminho para ela pousar núa na Play Boy. Dentro do princípio da dra Francielli Berwanger Moreira não há melhor do que a fama, como primeiro requisito para mostrar seu corpão na sedutora Revista Play Boy.


Nério "dei Mondadori" Letti

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

ANDAR NU NÃO É UM “DIREITO HUMANO”?

João Eichbaum


Dias atrás foi divulgada neste blog uma verborreia de Ingo Sarlet sobre os direitos humanos. O texto está citado no voto do Luiz Fux, aquele que reformou a Constituição Federal, emprestando ao conúbio homossexual o “status” de família.

Talvez o “doutor” Sarlet não seja, normalmente, autor de textos tão esconsos e prolixos como aquele, em que a vítima foi o vernáculo. O que o atrapalhou, certamente, foi o tema, que foge de qualquer lógica, de qualquer argumento racional, quando se tenta filosofar sobre o “pithecanthropus erectus” travestido de “homo sapiens”.

Decididamente, o animal humano não se presta para elucubrações filosóficas. Até hoje filósofo nenhum conseguiu transformar o bicho homem naquele ente ideal, guiado inteiramente pelo raciocínio, ou inspirado na poética dos anjos. E isso por uma razão muito simples: o homem é mais animal do que racional. Ele é racional só até o limite aceito por sua animalidade. Que o digam as estatísticas criminais e os discursos da Dilma.

Então, é inútil qualquer teoria sobre “direitos humanos”. E quem tenta delirar sobre o assunto se dá mal. Só poderiam se considerar autênticos direitos humanos aqueles que respeitassem a natureza animal do homem. Por exemplo, o homem nasce nu. A nudez é da sua natureza. Essa nudez então devia ser respeitada pelos “direitos humanos”. Mas, assim não é. Pelo contrário: é proibido andar nu, nudez dá cadeia.

O que o Fux fez foi reconhecer o direito do animal humano que quer sexo de qualquer jeito, do seu jeito, e não do jeito que a lei, até então, oficializava. Fazer sexo por sexo não é racional. E se não é racional, é animal, e estamos conversados: nada de “direito humano”, é direito do animal.

Não me venham então com essa falácia de “direitos humanos”. Os humanos, na verdade, só têm deveres, porque assim o exige a convivência social. A lei é feita para regrar essa convivência. Foi a organização social (leia-se Estado) que  botou ordem na suruba, transformando esse bípede falante e sem asas numa criatura chamada homem.

 O que seria da humanidade se cada um fizesse o que lhe dá no bestunto? Ora, ora: sem as leis, o homem seria o animal no estado puro da sua natureza, como qualquer outro animal. Não haveria guerras “organizadas”, nem matanças através de “sentenças”, por exemplo. Tudo seria comandado pelo instinto de sobrevivência, todo mundo se “phudendo”.



quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Essa recuperação da memória de uma grande operação aeronáutica, foi feita no Correio do Povo, de domingo passado, dia 18 de janeiro de 2015, na coluna do jornalista Rogério Mendelsky, com o nome de   " Alô, Alô, Praias gauchas" -  na qual - a notável dirigente do Aeroclube do RGS. ainda em Canoas, ao lado do V Comar, onde hoje está a Estação Fátima do Trensurb - atividade aeronáutica perfeita, durante todo o verão, de vários anos, na liderança da notável aviadora e dirigente do Aeroclube do RGS  - Raulina de Freitas Lima - que diretamente com o Dr. Breno Caldas, Diretor da Empresa Caldas Junior, organizou e conseguiu colocar em prática uma notável ação pioneira e de grande resultados práticos. A Folha da Tarde, um dos três jornais editados diariamente, pela empresa Calda Junior, além do Correio  do Povo e a Folha Esportiva, saía das oficinas, por perto do meio-dia e eram feitos os pacotes, amarrados com arame, na expedição do Correio do Povo, na rua 7 de setembro. Em seguida, um veículo da Caldas Junior, levava os pacotes, correspondentes a cada praia do litoral, tantos quantos eram os números de assinantes do lido e relido jornal Folha da Tarde. Os pacotes do jornais, com a inscrição da do nome da praia, para identificar, eram entregues no Aeroclube do RGS, em Canoas, e de imediato, já estavam prontos para decolar em dois ou tres aviões Paulistinha, do Aeroclube, com o piloto e o co-piloto que de imediato levantam voo. E levavam os pacotes da Folha da Tarde para as praias do Atlântico. Assim que os assinantes da Folha da Tarde, recebiam a Folha da Tarde, umas duas horas após o famoso vespertino sair da linotipia, ainda quente da impressão. Foi uma ação aeronáutica notável que exigiu preparo, perícia e eficiência dos pilotos e os aviões em perfeitas condições. Com o que as praias recebiam a Folha da Tarde, praticamente, logo após a publicação da Folha.

Essa operação serviu para o Aeroclube arrecadar dinheiro, para pagar combustível, horas de voo e demais despesas inerentes a quem lida com aviação e instrução e formação de pilotos. Muitos pilotos faziam e completavam sua horas de voo exigidas para ter sua carteira de habilitação nesses voos diários, dos anos 50, do século passado, e na segunda-feira, a Raulina de Freitas Lima, ia até o gabinete do Dr. Breno Caldas, que ficava entusiasmado com a entrega e o sucesso do recebimento e o aumento de assinantes e o dr. Breno, então, com um cheque, pagava, regularmente, para a nossa estimada Raulina, a despesa daquela semana da entrega da Folha da Tarde, nas praias, pelos pilotos, instrutores, alunos e dirigentes do Aeroclube do rGS.

O avião vinha no raso sobre o cômoro de areia já previamente demarcado com algum sinal, e o co-piloto atirava o pacote correspondente, daquela praia,  e de imediato era distribuido para os assinantes. A performance aeronáutica era feita de Tramandaí até Torres. Ainda não existiam as praias ao sul de Tramandaí. A não ser Cidreira. Depois, na vastidão do litoral,  o  Quintão e muito além Tavares, Mostardas e a estrada do inferno.

Lógico, que já se escreveu sobre essa tradicional e histórica pericia aeronáutica, mas não custa ao Cmte. Helio Miron Maciel, e demais pilotos da época, recordarem e mandarem uma carta para o jornalista Rogério Mendelski, dando detalhes da operação, com o prefixo dos aviões e o nome dos pilotos que faziam a entrega da Folha da Tarde, nas praias. Sem ter nenhum incidente aeronáutico.

A formação eficiente dos pilotos civís na Escola Aeronáutica Civil do Aeroclube do RGS, continua até hoje, no dia a dia do fazer aeronáutico, seguindo as lições dos antigos ases da aviação, e a cada ano se formam turmas de pilotos, em Belém Novo, para onde o Aeroclube  se mudou em 27 de novembro, de 1979, cujas novas instalações foram inauguradas pelo dr. Breno Caldas, como consta na pedra e no bronze ao lado do hangar 1.


Nério "dei Mondadori" Letti.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A PIEGUICE COMO FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS


João Eichbaum

Só apedeuta em sociologia não sabe que a mola mestra do crime no Brasil é o tráfico de drogas. O viciado não tem limites. O vício é muito maior do que ele. Geralmente ele começa com pequenos furtos, em casa mesmo. Suas primeiras vítimas são seus próprios pais ou outros parentes próximos.

Depois, perdendo completamente a noção de valores, ele faz qualquer coisa para satisfazer seu apetite pela droga. Dos pequenos furtos ele passa para roubos, assaltos. Nada o impede de matar quem lhe serve como obstáculo para atingir seu único fim, que é ter dinheiro para  pagar a droga e não ser morto pelo traficante.

A droga encoraja o viciado, dá-lhe segurança, domínio, na proporção em que lhe rouba a sensatez, o critério, o sentimento humano. Dominado pela droga, o viciado se transforma no animal que o convívio social não domou. É a partir daí que o vício se confunde com o crime.

Nesses últimos dias, os brasileiros esqueceram que não tem educação, saúde e segurança, ganham mal, são assaltados todos os dias, têm seus empregos ameaçados, contemplam todos os dias a miséria. Deixaram-se dominar pela pieguice. O valor principal festejado em manchetes era a vida de um traficante, condenado à morte na Indonésia.

O bandido se tornou vítima, quase um herói nacional. O clamor pelos “direitos humanos” ecoou forte, como se nada melhor houvesse por fazer neste país.


É por isso que o Brasil é o que é e tem os políticos que tem. É por isso que esse país não tem jeito. É humilhado no futebol pela Alemanha e recebe lições de segurança da Indonésia. Fosse aqui, o traficante “cumpriria pena em casa”, porque as condições dos presídios “não respeitam os direitos humanos”.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

PLANETACHO
 tacho@gruposinos. com.br

O DIA
 
Todo dia é dia. Exceto a noite.
Embora o dia seja dia
noite e dia.
Amanhã por exemplo
é outro dia.
A não ser que o dia  seja adiado.
Quando se adia o dia ele passa a ser chamado de amanhã.
Um dia o meu dia vai chegar.
Mas enquanto o meu dia
não chega, vou vivendo o dia a dia.
O calendário é o controle
do estoque de dias.
É a esperança de que dias melhores virão.
O mais famoso dos dias
foi o tal dia Dia D.
Para quem o viveu
foi um dia de cão.
Existem dias inesquecíveis.
O dia mais feliz de sua vida.
Se você ainda não o viveu, não perca a esperança
Quem sabe um dia?
Se as coisas não estão bem, existe uma razão: hoje não é o seu  dia.
Neste caso, é bom pensar
que  amanhã será outro dia.
Os dias passam rapidamente
quando se está feliz.
Uma semana é uma família de dias.
Hoje, por exemplo, é domingo.
Não é um dia qualquer.
Os domingos são férias de apenas um dia.
Então tenha um bom dia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

SER DOUTOR É FÁCIL, DIFÍCIL É SABER ESCREVER

João Eichbaum


Olhem essa:
“Outra importante função atribuída aos direitos fundamentais e desenvolvida com base na existência de um dever geral de efetivação atribuído ao Estado, por sua vez agregado à perspectiva objetiva dos direitos fundamentais, diz com o reconhecimento de deveres de proteção (Schutzpflichten) do Estado, no sentido de que a este incumbe zelar, inclusive preventivamente, pela proteção dos direitos fundamentais dos indivíduos não somente contra os poderes públicos, mas também contra agressões provindas de particulares e até mesmo de outros Estados.”

Entenderam direitinho como se faz a polenta?

Não. Não é uma redação do Enem. É o trecho de uma obra do “professor, doutor e juiz de Direito” Ingo Sarlet, citado pelo Luiz Fux naquele voto que introduziu oficialmente a pederastia e o lesbianismo no ordenamento jurídico brasileiro.

No pântano da prolixidade, onde se afoga o sentido das palavras, é difícil, senão impossível, entender o que o autor quis, mas não soube dizer.

Pincemos um mísero excerto para mostrar que “a lição” serviria como luva num tratado de “Blábláblá”: outra importante função atribuída aos direitos fundamentais...”

Função quer dizer exercício, uso, emprego, ofício, cargo, posto, serviço.
Atribuir significa imputar, referir, assacar, dar, conceder, facultar, conferir, outorgar.

Direito é o complexo de leis, regras ou princípios que regem as relações sociais. Quer como regra, quer como lei, quer como princípio, o direito carrega em si mesmo essa força que o torna regente e administrador das ditas relações. Em outras palavras, é o direito, por si mesmo, que determina o comportamento dos indivíduos e das instituições, quando transformado em regra, lei ou princípio coercitivo.

E porque tem força por si e em si mesmo, o direito não pode ser tratado como receptáculo de “funções” delegadas, concedidas ou emprestadas.
O direito, em razão de sua natureza ontológica, não é receptáculo, mas fonte de atribuições. O direito não recebe funções, não exerce funções. Ele rege funções. Nem a lei, nem a doutrina, nem a jurisprudência podem “atribuir”, emprestar, delegar, conceder, facultar, conferir “funções” ao direito.

 Pelo contrário, é o direito que atribui, empresta, concede, faculta e confere força e função à lei, à doutrina, à jurisprudência. Pode-se “atribuir” a alguém o direito ao exercício de alguma coisa. Mas não se pode “atribuir” (no sentido de conceder, emprestar, facultar) ao direito o “exercício de funções”.

Resumindo: “atribuir função ao Direito” é o mesmo que mandar a carroça puxar o burro.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

O contador de histórias, que era cego, no Hospital de Isolamento do Sanatório Partenon

Um emeil que o amigo de Sorocaba, Dr. Rogerio de Morais, mandou, com texto da Martha Medeiros ( fillha de um grande amigo meu, dentista emérito) me faz lembrar uma passagem triste de minha juventude.

Em julho de 1957, nas férias de inverno, em Antonio Prado, não sei como contraí varíola. Sim. Variola. Na vinda no ònibus, para o colégio me senti muito mal. Febre altissima. Corpo frio, Tremores, Suor frio, etc..um horror. Achei que iria morrer. 

Eu morava numa república de estudantes, na rua Ferreira Vianna, edificio Estarita, 3° andar, bem perto do hospital de Clínicas e era meu companheiro de quarto, o hoje grande medico, um dos donos do Serdil, da radiografia, o Dr. Womir Duarte, de Vacaria, irmão, do fundador, Dr. Dakyr Duarte. Este, também, um grande. Passei tres dias mal. Não retornei à aula no 3° ano clássico, do Col. Anchieta em agosto.

 Quando foi no quinto dia de febrão total, meu corpo apareceu todo manchado e cheio de brotoejas vermelhas, por tudo, dentro da boca, e as brotoejas doiam, mais no couro cabeludo e na sola dos pés onde a pele é mais dura e mais grossa. O Volmir de imediato chamou o professor dele, na Faculdade de Medicina da UFRGS - o catedrático de Doenças Tropicais, Dr. Louzada e constatou caso títpico de varíola. Chamou a ambulância, vacinaram toda a rua Ferreira Vianna, que foi fechada e assim eu fiquei famoso por um dia, pois, todos ficaram sabendo que eu tinha sido a causa da vacina dos moradores da rua. 

E fui levado na companhia do Dr. Dakyr Duarte, para o Sanatório Partenon, na Av. Bento Gonçalves, ainda existente, e aí fui internato no Hospital de Isolamento de doenças infecto-contagiosas. Estava lotado. Fiquei num dos primeiros quartos. Havia um corredor e lá no fundo uma enfermaria coletiva. Era o dia 3 de agosto de 1957. Fiquei internado até o fim de outubro, mais ou menos. 

Ao sair o Nicanor  ( meu irmão mais velho)  me arrumou  outro lugar para morar e então fui residir em outra repúplica, na rua Alberto Torres, no Edificio Harmonia, cuja senhora alugava quartos e morei no quarto com o sargento da Aeronáutica, o Sr. Paulo, que trabalhava na Torre de Comando do Aeroporto Salgado Fillho e que muito me ajudou, pois, ele era bem mais velho do que eu mais experiente era nortista e tinha experiência e ele me comprava pomada "minâncora" e mandava passar no rosto e assim as manchas vermelhas foram desaparecendo e, por graça de Deus e tratamento que recebi no Hospital de Isolamento, não fiquei marcado com os furos no rosto da varíola.

Hoje faço parte de associação que participa e ajuda o Sanatório Partenon, onde se internam ainda os tuberculosos e são muitos e os atacados de Aids e são muitos. La dentro funciona o Hemocentro do sangue e também o Posto de Saúde do Murialdo. Tem um movimento fantástico. E lá está o prédio do Hospital de Isolamento onde eu fiquei internato. Tenho participado de varios acontecimentos em favor do Sanatório Partenon, como agradecimento ao tratamento que recebi.

Num dos quartos do corredor, que dava para a enfermaria coletiva nos fundos, estavam internados dois homens, idosos, um na cama da janela e outro na cama contra a parede. Não lembro que doença tinham. Pulmão?...Estavam muito doentes. Quanto eu fiquei mais ou menos bom, eu desobedecia a chefia e caminhava pelo corredor, ia ate´a janela gradeada do meu quarto e via as mulheres tuberculosas do Pavilhão Feminino no recreio e brigavam muito e o pessoal da enfermagem tinha que intervir. Eu falava pela janela gradeada com as tuberculosas. O que causou o furor da chefia e fui proibido de ir a janela, pois, diziam quem via cara não via pulmão e eu estava me curando da varíola e podia contrair tuberculose.  Um horror.

Mas, fiz amizade com os dois homens do dito quarto, e até conversamos, eu na porta e eles deitados. Lógico, quando não tinha ninguém da enfermagem no Hospital de Isolamento.

Hoje o prédio do antigo Hospital de Isolamento, ainda está lá, de pé, bem construido, à direita de quem entra - e é o chamado   " hospital dia",   os pacientes ficam durante o dia, se tratando, tomando remédio, e à noite vão para casa. Eu reconheci para os servidores atuais o Hospital de Isolamento e dei detalhes. Não tem nada escrito. Costumavam queimar tudo. Lógico. Tudo era contagioso e assim não há registros. Agora o setor histórico, com a esforçada dra. Denise Bastos,  está fazendo a recuperação da história e tudo registra,  do hospital Sanatório Partenon no combate a tuberculose que matava mesmo.

O que acontece hoje, entre os pacientes, tuberculosos, ( muitos) e os da AIDS ( centenas) e de outras doenças infecto-contagiosas é impressionante e daria peças de teatro e filmes de boa audiência. Do que é capaz a pessoa humana neste estado de doença, de dor, de tragédia e tendo quase certeza de que vai morrer. Muda tudo.

Pois bem, o homem que ficava deitado na janela, na cama ao lado da janela, passava o dia contando o que via de sua cama lá fora, e assim distraia o colega de cama, que estava contra a parede  que não via nada. Inclusive eu nas conversas que tive não notei nada de anormal nas vistas e na visão do homem deitado contra a janela. Só sabia que eram doentes graves e não podiam levantar da cama.

Um dia estive na porta e a cama da janela estava vazia. Na noite anterior, como era comum, muitos morriam, pois, tinha tudo que era doença infecto-contagiosa - e o homem da cama da janela tinha morrido.

Só então fique sabendo que o doente que ficava na janela e tinha a   "visão"   do mundo exterior, contava histórias para o colega da cama contra a parede, só, que, vejam o detalhe o homem deitado na cama da janela, era cego, devido  a sua doença e não via nada e o que contava para o colega de infortúnio na cama da parede era tudo invenção de  sua  memória e fantasia para distrair a ele, passar o tempo de doentes acamados e  tambem passar o tempo do colega da cama contra a parede. Então, ele, generoso, em sua miséria doentia, inventava histórias do que   "via" pela janela, e tudo era invenção  de  sua mente prodigiosa, própria de sua doença, no dizer dos enfermeiros que eu não sei até hoje o que ele tinha.

Depois eu soube que era um homem de certa cultura e gostava de ler romances e tinha lido histórias de pacientes nos Pavilhões de Cancerosos e provavelmente tivesse lido esta história e que repetia para seu colega de quarto e de morte próxima.

Mas ficou gravado em mim a generosidade e a doação da pessoa humana naquele transe da doença e a proximidade da morte. Ele, imaginativo, criativo, inventava que via pela janela e contava histórias para o colega de morte próxima. Este fato, já era do conhecimento dos enfermeiros e diziam   "tudo é mentira. ele é cego e não vê nada e inventa histórias para o colega de quarto"...Mas isto eu fiquei sabendo só depois da morte do cego  contador de histórias do Hospital de Isolamento.

Nério "dei Mondadori" Letti.


 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

EXPRESSÃO OU INSULTO?

João Eichbaum

O massacre – a palavra é essa mesmo, massacre – ocorrido em Paris mexeu de tal ponto com milhões, ou quem sabe bilhões de pessoas, que é impossível não continuar falando nele. O assunto do momento é o chamado “direito de expressão”, por conta do qual teriam sido publicadas, impunemente, charges ofensivas ao representante do deus dos muçulmanos.

O resultado, todo mundo sabe: se as leis da França não punem insultos contra religiões, os adeptos de Maomé assumiram a tarefa da punição, em nome do ofendido. E deu no que deu.

É uma coisa muito simples, mas muitos doutores e intelectuais dos mais variados níveis não atinam com a distinção entre “expressão” e “insulto”. Existe, sim, o direito de expressão nos regimes democráticos. Se todos fossem condenados ao silêncio, se a todos fosse imposta a obrigação de engolir cobras e lagartos não haveria democracia.

Mas, “direito ao insulto” não existe. Ninguém tem o direito de expor ao ridículo a quem quer que seja. Esse “direito” a lei brasileira não reconhece. Quem insulta, responde pelo insulto, perante os tribunais. E estamos conversados. O “direito de expressão” diz com o direito de liberdade, é decorrência da liberdade democrática e favorece manifestações de crítica, de divergência, de opinião pessoal. Não envolve, porém, o direito à agressão, à ofensa, à humilhação.

Sendo a ofensa um sentimento negativo pessoal, nenhum terceiro tem o direito de tomar as dores do ofendido. Se eu ofender a Maomé, que vá ele aos tribunais, ou que mande raios para me destruir. Mas ninguém tem o direito de se doer por ele, exigindo reparação.

Na realidade, os redatores e chargistas do Charlie Hebdo confundiram “direito de expressão” com “direito ao insulto”, se servindo desse como matéria para um humor com mais deboche do que graça. Passaram dos limites, como também dos limites passaram, e muito, seus algozes. A diferença consiste em que esses últimos eram energúmenos, de inteligência obscurecida pela lavagem cerebral da religião, que promete 72 virgens para cada um depois da morte, e aqueles, tidos como intelectuais.

Qualquer pessoa de bom senso condena o ato hediondo da matança coletiva. Mas, se em vez disso, tivessem os chargistas e redatores levado uma sumanta corretiva, o resultado seria outro. Eles serviriam de matéria para charges de fazer rir a Maomé, e o mundo teria sido poupado dessa comoção, que ninguém sabe onde vai dar.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

Do Bar Ideal aos
chargistas franceses

Nos  anos 70, meu pai tinha um pequeno bar, chamado Bar Ideal. Eu era um piá de dez anos de idade e passava os dias  lá, desenhando. À noite, jogava damas com o “velho” e seus  amigos, ficava ouvindo piadas, anedotas, histórias de assombração. Sempre ouvindo e desenhando.

Não se falava de política. Vivíamos em plena ditadura militar e o Bar Ideal ficava a uma quadra de um quartel. O pai aconselhava que eu nunca me envolvesse com a política. Para ele, se envolver com “este tipo de coisa” era cutucar onça com vara curta.  E eu ali seguia ouvindo e desenhando.

Em meio ao ambiente daquele pequeno bar meus rabiscos foram seguindo os caminhos do humor. Ouvir, ler e desenhar era minha rotina.  Mais tarde, já adolescente, comecei a jornada como chargista no Jornal Vale do Sinos (na época, um semanário), isto em 1976, ainda em plena ditadura. 

De lá para cá se vão quase quatro décadas. Os trágicos acontecimentos de Paris esta semana me levaram a refletir sobre tudo o que vivi nos últimos 39 anos neste ofício. E só agora me dei conta que ser chargista neste planeta vai muito além de cutucar onças com vara curta. É cutucar radicais de todas as tendências com um toco de lápis da Faber Castell...

Nestes anos todos critiquei e ironizei  ditadores, presidentes, papas, aiatolás, prefeitos e vereadores... Treinadores, clubes e torcedores... Critiquei o mundo... Direita e esquerda... Sempre ouvindo, lendo e desenhando como nos tempos do Bar Ideal.

Por que cargas d’água, só agora, que este traço limitado e trêmulo surgido no balcão do Bar Ideal tem espaço em sete jornais  do nosso Rio Grande, é que fui lembrar do conselho de meu pai? Em certo momentos chego a imaginá-lo ao meu lado dizendo:

– Depois não diz que eu não te avisei...



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015



ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

ENCONTRO MARCADO


Os trágicos acontecimentos em Paris, na primeira semana, não foi obra do acaso. Estava previsto. Os milhares de muçulmanos oriundos das antigas colônias francesas no Norte Africano e seus descendentes, vivem  na Pátria Mãe. Conservam sua cultura religiosa e seus costumes muitas vezes conflitantes com os Europeus. Apesar de não concordar com a violência, não posso também me juntar àqueles que desfilam por aí, ostentando cartazes de: “Je  Suis Charlie”. Nem tampouco julgar que a IMPRENSA, foi agredida. Um Jornalista pode desenhar Charges, mas um chargista  não se transforma automaticamente em jornalista. Os “artistas” da Revista, sob a proteção do Governo, e em nome do Direito de Expressão, ultrapassaram todos os limites do Bom Senso, do Respeito, dos Direitos Humanos, da Razão, da Ética e,  da própria segurança. Viraram  criminosos iguais àqueles que depois de nomina-los um por um lhes tiraram a vida. Charge é coisa para fazer rir, como no Brasil. Nada parecido com aquela que mostra a Virgem Maria de pernas arregaçadas, parindo um Jesus grotesco. Ou a outra, com Deus Pai, sendo estuprado por Jesus que por sua vez está empalado pelo Espirito Santo. Maomé pelado, homossexual. Terrorismo Puro. Tudo isso com a complacência do Governo, na troca indecente de imunidades.  Baixaria de mau gosto e com mau cheiro, por tantas “merdas” produzidas. Países Árabes, discordam publicamente dos assassinos, porém intimamente estão felizes. Desta forma não vejo a Imprensa atingida. “Não Sou Charlie.”: Quem semeia Vento, colhe Tempestade. Em qualquer outro País aqueles “artistas” estariam na cadeia e pagando polpudas indenizações. A matança foi apenas um “Acerto de Contas” entre duas facções terroristas. Isso vai longe. Para alegria das Funerárias.
Pitaco-:Um filme idiota padrão Gordo e o Magro, criticando o Ditador da Coreia do Norte, quase provoca uma Guerra! “A Entrevista”. 2015 Promete!          

                                                                

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Conveniência, Conivência ou Covardia?



 Humberto de Luna Freire

Onde estão os verdadeiros homens de nossas FFAA? O nosso Estado Maior vai bater continência para um incompetente, posto pela quadrilha dominante no cargo de Ministro da Defesa?

Esse desqualificado, quando governador da Bahia, financiou comitivas da quadrilha autodenominada  MST. Comemorou um ciclo de quarenta invasões de terras; gastou, em 2009, R$ 161,3 milhões em aluguel de ônibus para levar os sem terra de volta ao interior, após a invasão de prédios públicos na capital do estado.

Trocou o nome do Colégio Médici para Colégio Marighellla. Pergunto: é para esse crápula que os comandantes das três armas vão prestar continência?
Fico imaginado o que meu pai, um ex combatente, um patriota, diria, se vivo, sobre essa pouca vergonha e covardia. Vou arriscar... ele diria:


- Esses atuais comandantes encheriam as calças ao ouvir o primeiro tiro.

Humberto de Luna Freire Filho é Médico

Fonte: Alerta Total – www.alertatotal.net

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PROMISCUIDADE
João Eichbaum

Dias atrás, as telas da televisão exibiram para o Estado e para o país inteiro a “fila da droga” num presídio de Porto Alegre. Enfileirados disciplinadamente, presos aguardavam sua vez de se servirem da cocaína que era distribuída por um deles. A cena foi filmada também por um presidiário. Quer dizer: droga e celular é o que não falta dentro dos presídios. Apesar disso, os bandidos são tratados como coitadinhos, pela Maria do Rosário.

Entrevistadas, as autoridades não sabiam o que dizer. Sim, isso mesmo, não atinavam com as coisas lógicas e bem explicadinhas sobre a própria incompetência. A começar pelo Secretário da Segurança de então, um certo Airton Michels. E um dos juízes das Varas de Execuções Penais acabou admitindo que o poder do crime é maior do que o poder do Estado. Não se deu conta de que estava confessando sua condição de figura decorativa, para quem pagamos gordurosos salários, além de “auxílio-moradia”.

No fim da semana passada, foi morto a tiros de fuzil, à beira da piscina de uma casa, que alugara para veranear, fazer churrascos e festas de arromba na praia de Tramandaí, o traficante Alexandre Goulart Madeira, vulgo Xandi. E vocês sabem quem estava na casa, na hora em que o traficante foi abatido? Ninguém menos do que um “homem de confiança” do Secretário de Segurança acima mencionado, seu “assessor especial”, o comissário Nilson Aneli. Tão especial que, na mudança de governo, já tinha assegurada sua cedência para o Ministério Público. Eu, hein!

Ora, ora, essa intimidade do “assessor especial” do Secretário de Segurança com um traficante não diz nada? Tudo vai ficar por isso mesmo? Nós, os contribuintes, os que pagamos para ter segurança, teremos que nos contentar com a alegação de que o comissário teria ido na casa para “socorrer um sobrinho”, que havia sido baleado?

É por isso que não temos segurança. Porque são os bandidos que mandam. Porque o Estado não passa de um ajuntamento de pessoas incompetentes, que buscam fama e poder, a qualquer preço, por qualquer meio, e são tratadas pela imprensa como pessoas importantes. Essa é a imagem vendida para o povo alienado, incapaz de grandes proezas cerebrais e, acima de tudo, pusilânime: chora tanto diante do torpe, como do sublime.

Por favor, esqueçam. Enquanto não dispusermos de condições para distinguir, na promiscuidade do torvelinho social, quem é quem, quem é bandido, policial, juiz ou político, será inútil qualquer aspiração por segurança.


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A MÁFIA DAS LIMINARES
João Eichbaum

A notícia sobre o uso da Justiça para práticas inomináveis no campo médico pegou muita gente de surpresa e gerou estupefação. Através da Justiça, pacientes obtinham liminares para realizar cirurgias dispendiosas, que eram bancadas pelos Planos de Saúde ou pelo Estado.

Sobre o tema, recebi e-mail remetido por um médico, cujo nome prefiro preservar. Diz ele:”Estes ilícitos ocorrem há mais de 15 anos. Toda a categoria e elite dirigente médicas sabiam disso. À época,percorriam pelo escaninhos médicos, cartas apócrifas denunciando a criminalidade de colegas  protéticos e ortopédicos. Alguns grupos deles, foram até escarmentados e descredenciados por entidades como, p.ex., a UNIMED e IPERGS.Fato pitoresco relatados por estas cartas era de que um desses bandos , uma vez ao mês, fechava o Gruta Azul ( que eles apodavam de Nossa Senhora da Gruta Azul ) e durante toda uma noite cometiam bárbaras práticas sexuais e comilanças orgiásticas bulimicamente supimpas.Agora o SIMERS e o CREMERS estão " surpresos ", como virgens noivinhas,  e " cheio de dedos " para tomar atitudes punitivas.PUTZ”.

A questão certamente vai para no Ministério Público, que se voltará contra médicos e advogados. Os principais, porém, ficarão de fora. Sob o pretexto de que se trata de “matéria judicante”, os juízes, que são os responsáveis pelo êxito das falcatruas, estarão isentos de qualquer explicação.

A indústria das liminares tomou conta do Judiciário. O princípio do contraditório é coisa do passado. Primeiro se dá o que o advogado pede, sem ouvir a parte contrária. Depois, o processo vai para o escaninho e lá fica esquecido. Quando for julgado, de nada adiantará, porque o fato já estará consumado.

Serão os juízes tão ingênuos? Serão tão burros? Ou farão parte da máfia? Não há outras alternativas. Quem conhece e vive o Direito sabe que não existe Justiça unilateral, que beneficie apenas uma das partes, sem levar em conta os argumentos da outra. A verdadeira sabedoria dos juízes está na prudência. Mas não é isso que revela a indústria das liminares.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

DESFAÇATEZ

João Eichbaum

No Tarso Genro o que mais se destaca é a desfaçatez. Por isso ele é político. Tentou ser poeta e não conseguiu, exatamente porque desfaçatez não combina com poesia. A única atividade para a qual a desfaçatez se torna indispensável é a política.

Ele, o Tarso, foi eleito governador porque teve a desfaçatez de botar a polícia federal, então sob seu comando no Ministério da Justiça, atrás de malfeitorias, em cujos redemoinhos queria ver a Yeda Crusius dançar. Seus comandados pintaram e bordaram, enredaram o Ministério Público, e a então governadora foi denunciada. Em cima dessa pantomima o Tarso se elegeu.

Quando a Justiça excluiu a Yeda do processo, já era tarde, o estrago estava feito, Inês já estava morta, quer dizer, a única candidata que podia fazer páreo para ele já estava politicamente morta.

Agora, mal foi defenestrado do Palácio pelo povo gaúcho, que lhe fez engolir uma derrota histórica, uma derrota que faria qualquer pessoa de vergonha na cara calar para sempre, agora o Tarso botou em uso de novo a desfaçatez.

Ele deixou o Rio Grande do Sul atolado em dívidas. Sim, dívidas. Ele não usou o dinheiro público para investir. O que ele fez foi empregar seus cupinchas e mais os cupinchas que foram parar na rua, em razão das derrotas do PT nas prefeituras municipais. Além disso, viajou bastante, usando o dinheiro público, embolsando diárias. Bateu o recorde em gastos com diárias.

Obras? Que obras? Você ouviu falar em alguma obra de vulto no Rio Grande do Sul nesses últimos quatro anos? As estradas estão uma vergonha. Nem a RS 118, uma estrada curta, mas de fundamental importância para o escoamento da produção na região metropolitana, o Tarso conseguiu terminar. Nenhuma escola nova foi inaugurada. Nem presídio ele construiu.

Só uma coisa ele fez: dívidas. E num montante tal, que deixou o novo governador embretado na moratória. Quer dizer, além de não construir bosta nenhuma, além de ter empurrado o Rio Grande do Sul para trás no “ranking” da educação, além de não ter contribuído em nada para a melhoria da saúde pública, além ter deixado o crime se multiplicar, o Tarso fez dívidas impagáveis. Mas teve a desfaçatez de criticar o novo governador, por ter esse colocado em plano secundário o pagamento das dívidas. E assim será, enquanto o Tarso estiver vivo: na frente dele sempre chegará a desfaçatez, anunciando a figurinha.