terça-feira, 30 de junho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS


A homenagem do Desembargador Ruy Gessinger, mostrando em detalhes e fatos concretos sua amizade durante a vida campeira com o Nico Fagunes, com o filho, Rudolf, e seu viver campesino e musical na fazenda de Unistalda - foi a mais tocante e sensível lembrança que o grande advogado ( eu convivi um pouco, com o Nico), advogado, então, era conhecido como o "irmão do Dr. Aldo Fagundes", dep. Federal e politico do PTB, mas depois continuei a amizade com o Nico, nas quebradas da vida. Ele gostava muito dos Irmãos Bertussi, da Criúva, Caxias do Sul, que o Oneide Bertussi e Adelar Bertussi, conseguiram sensibilizar o italiano para a música regionalista gaúcha. Ele estudava este fato.

 Pois, o Nico foi mestre na Faculdade ou Liceu de Música Palestrina, cujo prédio ainda existe, aí na rua Gen. Vitorino, em frente à Santa Casa e sempre foi aluno de folclore do grande folclorista de Palmeira das Missões, Mozart Pereira Soares, este, junto com Cezimbra Jacques, dois grandes do inicio da salvação do nosso folclore.  Nico sempre dizia que os tinha como seus mestres do folclore. Marcou época a Faculdade ou Liceu de Música Palestrina, com a familia fundadora, do maestro Angelo Crivellaro e sua esposa Sibele Sartori Crivellaro. Formaram milhares de músicos. O maestro Angelo Crivellaro era natural da pequena cidade Tomboli, Itália. Notável músico e maestro, mormente, do acordeon. Nome de rua no Beco do Salso, na baixada da Av. Cristiano Fischer. Perto da PUC.

Tudo se foi. Tudo fechou. Tudo acabou.  " Sic transit gloria mundi". (assim passa a glória do mundo) ,

Ainda ficou o cavalo, lindo, com os aperos e vestimentas do Nico, porém, sem o cavaleiro no lombo. Que coisa mais triste aquela cavalo andando pelas ruas de P. Alegre até o cemitério João XIII ( antigo Campo do Cruzeiro). Lindaço o cavalo. Mas ele sabia que o dono tinha morrido. E andou, triste de cabeça baixa. Comovente. Qualquer gaúcho foi às lágrimas ao ver o cavalo do Nico Fagundes, sem o ginete no lombo.
  
Eta mundo véio sem porteira. Como ele mesmo dizia, o Nico, foi um desobediente médico, não acreditava muito na medicina, e mesmo assim foi até os 80 anos. Comia e bebia e não dava bola para sua diabete e pressão e as gordurinhas do sangue, a linha média, glicose, triglicerídeos e colesterol.

 NÉRIO, "dei Mondadori" LETTI


segunda-feira, 29 de junho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

NÃO CONFUNDA
ODEBRECHT COM
ODE A BRECHT

O lance de Jara 
que originou a expulsão
de Cavani pode ser
considerado uma
entrada por trás?

A fraude do queijo
com farinha confirma o
ditado:pão, pão,
queijo, queijo.

Doutor Frankstein
ficou famoso, mesmo
não tendo feito bonito.

Será que o Levy
consegue fazer
nossa economia levitar?

A Nasa localizou uma
pirâmide no solo de
Marte. Já os juros do
cheque especial foram
vistos além de Saturno.

Fies terá mais de 65
mil vagas no segundo
semestre. Mas, se você
é estudante, como diz o
gaúcho, não se fie.

CRISE É QUANDO
O MÁGICO TIRA
O COELHO DA CARTOLA E PÕE NA
PANELA

Já tem gente pedindo a canonização da superintendente
de um banco, que escreveu uma carta aos clientes sobre
tudo o que viria depois das eleições e que foi acusada
de terrorismo econômico.

Quando parte um gaúcho para a imensidão azul,
fico assim meio perdido, me perguntando
se o céu tem sul...



sexta-feira, 26 de junho de 2015

FALANDO EM CORDA NA CASA DO ENFORCADO

João Eichbaum

No fim da semana passada veio a público uma encíclica do papa Francisco, denominada “Laudato Si”, lembrando a jaculatória com que, num latim pedregoso, misturado com italiano, Francisco de Assis louvava o Deus cristão.

Ao ler a exortação papal, não pude fugir à lembrança do “Samba do Criolo Doido”. O texto do Vaticano mistura a ecologia propriamente dita com problemas sociais, desacerto entre nações, e ambições de riqueza pelo domínio desenfreado do capitalismo. Tudo isso entremeado com a poesia do dito São Francisco de Assis e a história da carochinha do Gênesis.

Tudo bem, do ponto de vista social. Afinal, é preciso que alguém diga alguma coisa, que alguém, que tenha voz para ser ouvida no mundo, saia atirando pedras nas Genis da ganância, da injustiça social e do desrespeito à natureza.

Acontece que a Igreja faz parte do mundo capitalista. Ela tem um patrimônio imenso do qual extrai frutos. A pobreza dela se esfuma em votos e promessas, quem nem os filhos de Francisco de Assis cumprem. Não é do trabalho assalariado que vive o sistema eclesiástico. O dinheiro não cai do céu, ao contrário do que apregoava Jesus Cristo, segundo o qual, não era necessário se preocupar porque Deus providenciaria tudo.

O dinheiro do Vaticano tem várias fontes: do turismo interno, do sistema especulativo de que seu Banco não pode abrir mão e da contribuição dos fiéis, ricos e pobres. Ora, quem não vive do trabalho, mas da economia parasita que engorda o patrimônio sem o risco do investimento, não tem moral para criticar o capitalismo, a cadeia produtiva, de que necessita a humanidade para viver.

Mas, a questão não para por aí. Para o crescimento vertiginoso do capitalismo, há um ingrediente com o qual a Igreja tem contribuído muito: a explosão demográfica. O capitalismo, ou seja, a máquina produtiva, cresce na proporção das necessidades do povo e, se o povo cresce, essa máquina não pode parar no tempo. Ela precisa atender às demandas de alimento, veste, saúde, moradia e trabalho da população. Ora, se a Igreja proíbe o aborto e os anticoncepcionais, ela contribui decisivamente para a explosão demográfica.

Assim, a encíclica “Laudato Si” perde o valor porque a fonte que a produziu é inidônea. Nem mesmo quando exorta a uma vida com sobriedade, ela consegue comover: os pançudos membros do Colégio Cardinalício estão muito longe desse modelo.

Enfim, todo o blablablá papal, a despeito da elegância que lhe empresta muita propriedade, não passa de discurso de moral em puteiro, esse grande puteiro que é o mundo.





quinta-feira, 25 de junho de 2015

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Dizimados os ratos, chegou a hora das cobras; às vezes não são cobras, mas tentáculos de um infernal molusco.

Já soltou seu veneno e sua tinta. A inteligência de todos pensa que finta. Se estropia quanto mais minta pra gente deseperada, esfolada pela antarada.

Da limpeza também não escapa, o “bonzinho” boca de caçapa.

O roto do esfarrapado fala asneira, dizendo não tapar sol com peneira.

Nos lembrarão de Inês de Castro quando por acaso já mortos forem, depois desenterrados para serem fuzilados.

O exemplo de Floriano calará o desgoverno insano.

Deus queira que se cumpra a profecia.

“Segunda-feira não haverá mais República!”

Teremos de volta a monarquia pela qual muita gente ansia.

Limpemos logo toda essa ralé antes que a cobra nos morda o pé.


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.




quarta-feira, 24 de junho de 2015

O “COLUNISTA” JOBIM

João Eichbaum

Se um jornal não tem critérios para escolher bons colunistas, é porque está muito mal informado com relação a seu público alvo. A Zero Hora, por exemplo, cedeu espaço para um cidadão que nunca revelou talento na arte da escrita: Nelson Jobim. Além de insosso, o ex-advogado, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-ministro da Justiça, ex-ministro do Supremo e ex-ministro da defesa, empobrece seus textos, tanto na construção das orações como na dialética.

Em artigo publicado segunda-feira, Jobim discorreu sobre projeto de emenda constitucional, de autoria do deputado Capitão Augusto, que trata do “status” funcional de policiais e bombeiros, candidatos a cargos eletivos. O referido “colunista” se perdeu no seguinte emaranhado:“...os policiais e bombeiros, se eleitos, poderão voltar ao quartel quando do término do mandato ou ao não terem sido novamente eleitos para qualquer cargo”.

  “Poderão...ao não terem sido”? Nossa! Qualquer pessoa que não costume maltratar o vernáculo redigiria de forma a não engasgar o leitor. Por exemplo assim: “policiais e bombeiros, quando se candidatarem a cargos eletivos, terão assegurado o retorno às suas funções, tanto no fim do mandato, como na hipótese de insucesso eleitoral”.

Mas, a falta de intimidade com a arte de escrever, certamente é também responsável pela pobreza dialética do político, hoje nem tanto militante. Em seu artigo, ele se manifesta contra o retorno de “policiais e bombeiros” para os quartéis, por temer que usem “esses espaços para fazer política”. E disso conclui que os deputados que aprovaram o projeto “não estão pensando no país”.

 Ora, ora! Qual é o político brasileiro que, antes de pensar em si, na sua amante, nos seus filhos e parentes, pensa no país? E o político, escolhido como “ministro da defesa”, sacode o pó dos coturnos políticos antes de entrar no quartel? E a política é tão perniciosa assim, que em nome dela se deva negar a policiais e bombeiros o princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei?

O que falta em dialética ao “colunista”, lhe sobra em experiência. Donde se pode concluir que, realmente, a política no Brasil deixou de ser a ortodoxa arte de governar, para se transformar na arte de furtar, se divertindo: não se deve levar lições desse antro “canorum  et circencium” para dentro dos quartéis.



terça-feira, 23 de junho de 2015

BOECHAT x SILAS MALAFAIA

Sexta-feira (19), Ricardo Boechat perdeu a cabeça ao ser criticado por Silas Malafaia durante seu programa de rádio na Band News FM.
Bastante alterado, o jornalista disparou: "Ele está pedindo para eu parar de falar asneira num programa de rádio, incitando o ódio. Ô, Malafaia, vai procurar uma r*, não me enche o saco! Você é um idiota, um paspalhão, um otário, um pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. Você gosta de palanque, e palanque eu não vou te dar".
A confusão começou porque o religioso reclamou no Twitter que o profissional, ao noticiar fatos de intolerância religiosa, teria insinuado que os integrantes de igrejas neo-pentecostais estariam constantemente envolvidos nos atos contra outros tipos de fé.
Sobre isso, Boechat garantiu: "Em nenhum momento, em nenhum momento mesmo, eu generalizei que pessoas que frequentam igrejas pentecostais tinham ações de preconceito. Até porque eu não sou idiota como você. Você é homofóbico, você é uma figura execrável, uma figura horrorosa, e que toma dinheiro das pessoas pela fé. Você é rico. Você é um charlatão, cara. Usa o nome de Deus, de Jesus, para tirar grana. Repito: vai procurar uma r*!".
Silas, que compra um horário da programação semanal da Band na TV, voltou, então, a usar o Twitter para se pronunciar, fazendo menção a Johnny Saad, dono da emissora do Morumbi. "Vou perguntar ao meu amigo Johnny, dono da Band, se a política do grupo é caluniar e difamar pessoas. Uma vergonha!".
Bacharela em Direito. Professora Particular


segunda-feira, 22 de junho de 2015

COMO SE PÕE ABAIXO UMA REPÚBLICA?

João Eichbaum

A Polícia Federal merece o respeito de todos quantos têm cultura neste país. Seria impensável que, dentro dos quadros daquela organização, ressoasse uma expressão em latim perfeito, que, a essa altura dos acontecimentos, poucos juízes saberiam dissecar: “erga omnes”.

Tenho certeza de que a Carmen Lúcia, o Toffoli, o Roberto Barroso, o Teori e o Fachin não saberiam analisar essa expressão, “erga omnes”. Analisar. Traduzir já é outra coisa. Traduzir, o Google traduz. O que eu quero ver é analisar.

O que é “erga”? A que categoria gramatical pertence esse termo? Pressupondo uma resposta correta, sigo perguntando: qual é o caso regido pelo termo “erga”? Nominativo, genitivo, dativo, acusativo, ablativo?

Como tenho certeza de que nenhum dos acima nominados, em razão de sua cultura limitada, saberia responder, esclareço: “erga” é preposição, que rege o acusativo. “Erga omnes”, no sentido que lhe dá a polícia federal, significa “com relação a todos”.

Quer dizer: ninguém vai ficar de fora, ninguém será poupado, a investigação irá atrás de todos os corruptos, a partir das  empresas que engordaram o patrimônio de políticos, dos quais receberam favores. Irá atrás dos Odebrecht, dos Andrade Gutierrez, e até da puta que pariu o Badanha.

Se assim é, a investigação não deve terminar no Lula. Ela irá desidratar e desossar a corrupção na política brasileira. Antes do Lula houve um presidente que conseguiu maioria para votar a favor da reforma constitucional, que o manteria no poder. A que preço? É justamente atrás disso que deverá andar a investigação, pegando o fio da meada.

Para comprar votos é preciso dinheiro. E donde viria o dinheiro? Ora, ora, de empresas que recebem dinheiro do governo. Espera-se que a operação “Erga Omnes” chegue lá. E só para cutucar na memória de vocês: o Lula tinha um companheiro que, com ele, distribuía panfletos na porta das fábricas, incitando reivindicações e greves. Era um “filhinho de papai general”, que teve preceptora francesa e nunca soube o que é viver na miséria: Fernando Henrique Cardoso.


Só assim se põe abaixo uma república, para começar tudo de novo: mandando para a cadeia situação e oposição.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

OLHA A COR DELE!
João Eichbaum

Oito da manhã, o trem apinhado. Mal havia lugar para os que entravam, nas estações. No meio do aperto, divisei um velhinho trôpego que vinha resfolegando, como quem tivesse acabado de chegar ao cume duma montanha. Vi que ele se dirigia para o lado dos assentos preferenciais. Mas, o velhinho estacou. Um dos assentos estava ocupado por um afrodescendente forte, corpulento, aparentando uns vinte anos, com jeito de atleta, que dormia, ou fazia que.

A cena não passou em branco. Aquele quadro vivo do trôpego velhinho em pé e o rapagão de boa saúde, acomodado como se estivesse na própria casa, era duma realidade agressiva Aí, alguém sugeriu para o velhinho que batesse no ombro do rapaz para acordá-lo e pedir-lhe o lugar, destinado a idosos, gestantes e mulheres com crianças de colo.

O velhinho fez sinal com a cabeça, que não. Depois, apontou para o acomodado afrodescendente e disse:”olha a cor dele”. Ao ouvir a frase, alguém na multidão apertada murmurou: “é racismo”. Então o velhinho se empertigou: “não, não é racismo. É por medo da cor dele, que não chamo a atenção do rapaz. Com que direito posso eu chamar a atenção de um cidadão que tem uma cor privilegiada?”

Eu, branco, sou um cidadão de segunda classe. Se eu lhe pedir o lugar que me está reservado e ele não gostar de minha atitude, poderá me chamar de “velho filho da puta”, sem que eu tenha o direito de retrucar, chamando-o de “negro de merda - que a mãe dele não tem nada com isso”. Se o fizer, serei arrastado pelos seguranças até a próxima delegacia, onde serei autuado e preso por crime inafiançável.

“Deixem o privilegiado cidadão dormir” – continuou o velhinho – ele está fora daquele artigo da Constituição que diz que todos são iguais perante a lei. Ele tem direito a quotas nas universidades públicas, nos concursos públicos, até no concurso de juiz, por causa de sua cor, e eu não tenho esses direitos porque não sou da cor dele, entendeu? Ele é cidadão de primeira classe, quem o chamar de negro será preso”.

O velhinho tossiu, quase se engasgou com o próprio discurso, mas prosseguiu: “mas, eu sou cidadão de segunda classe, tanto faz me chamarem de velho, filho da puta ou corno, ninguém irá para a cadeia. Agora, tem o seguinte. Se chamarem você de viado e você não for viado, nada vai acontecer pro cara que te ofendeu. O cara só irá pra  cadeia, se você for viado mesmo, porque você, como viado, é também cidadão de primeira categoria”. Concluiu, quase engolindo a última palavra: “iguais perante a lei, um caralho”. Ninguém sorriu, nem chamou a polícia. E o afrodescendente fez o que faria qualquer cidadão acima da Constituição: continuou dormindo, ou fazendo de que.



quinta-feira, 18 de junho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
Meu filho Eduardo, que foi comandante de Boeing 737-300 da Varig, esteve na Koreia do Sul, na Korean Air Lines, e outros lugares voando. Agora, está voando para um Sheik árabe, que tem um Boeing, versão executiva, localizado e com domicilio em Jeddah, a cidade histórica da Arábia Saudita, que fica na altura do meio do Mar Vermelho, a segunda cidade da Arábia Saudita, após a capital Riad. Jeddah é conhecida, por seu porto de grande movimento, o maior da Arábia Saudita,  e pelo seu comércio, e é uma cidade com três millhões e meio de habitantes, sendo historicamente, conhecida como a " a porta de entrada para a cidade sagrada do islamismo, MECA, terra do profeta Maomé, que viveu ente Meca e Medina.
Lógico, tudo com base na riqueza do petróleo, "! o ouro negro"  -  que movimenta o mundo atualmente  -  sendo a Arábia Saudita o território das maiores reservas petrolíferas do mundo.
Como pai eu tenho algum medo e receio. Pois, diariamente, de dia e de noite, a Arábia Saudita, apoiada pelos americanos e ingleses, desde as bases militares, está bombardeando constantemente o Emirado do Iemem, bem ao Sul, perto dos demais Emirados Árabes, junto à entrada do Mar Vermelho e do outro lado, do Golfo Pérsico, e estando o Iemen próximo ao que se conhece como o "chifre da África", Somália, Eritreia, Etiópia,  Sudão e naturalmente o Egipto. Zona conturbada por onde passam os grandes petroleiros que abastecem o muno e há a pirataria de toda a parte, principalmente, dos da Somália, Etritreia, do Iemen, etc.. sequestrando navios e ficando com a carga. O que gerou uma convulsão. Portanto, meu filho, Eduardo, hoje, não está tão longe, dos mísseis que partem das bases americanas e inglesas do território da Arábia Saudita, pelo ar, para destruir o Emirado do Iemen. Voar naquela região, pelo menos, eu, com o sentimento de pai, entendo e tenho cá dentro do meu coração, justificado receio pela segurança de meu filho, Eduardo. Mas como ele sempre foi um bom piloto e um ótimo Comandante, Deus ajuda, e tenho certeza que nada vai acontecer de errado para o avião que meu filho pilota. Total ele tem tres filhas para criar, Juliana ( 24), Victória (20) e Roberta ( 12).



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Estupro, espancamento e morte: a tarde de horror no Piauí*
Frederico Fernandes
A porta de um dos cômodos na casa do comerciante Jorge Moura, de 52 anos, na pequena Castelo do Piauí, cidade com pouco mais de 18.000 habitantes a 180 quilômetros de Teresina, não é aberta há duas semanas. Moura e a mulher não conseguem entrar no local desde que a filha Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, desapareceu na tarde de 27 de maio depois de subir com três amigas o Morro do Garrote para tirar fotos que seriam publicadas em redes sociais. No caminho, as estudantes foram rendidas por quatro adolescentes que, naquela tarde, usavam drogas na companhia de um traficante de 39 anos, fugitivo de São Paulo. O desfecho desse encontro foram duas horas de terror. As meninas foram despidas à faca, amordaçadas com as próprias roupas íntimas, amarradas a um cajueiro, torturadas e obrigadas a manter relações sexuais com os cinco monstros. Depois disso, foram atiradas de um penhasco. A queda no terreno de pedregulhos pontiagudos provocou ferimentos severos. Elas ainda ficaram cravejadas de espinhos pelo corpo. Mas isso não bastou. Dois menores desceram o morro e tentaram liquidá-las a pedradas.Danielly morreu no último domingo e uma das vítimas permanece internada em estado grave. A atrocidade foi cometida no momento em que o Congresso Nacional parece ter decidido fazer avançar mudanças na maioridade penal no Brasil. Quem conheceu as quatro meninas da minúscula cidade do Piauí, estado recordista em indicadores negativos no país, só quer resposta para uma pergunta: menores que cometem crimes brutais como esse vão ficar impunes?
·        Fonte JusBrasil Newsletter














































terça-feira, 16 de junho de 2015


CIDADÃOS COM TRATAMENTO DE DEUSES


João Eichbaum

Segue abaixo a lista de singulares bondades que o Ricardo Lewandowski quer distribuir para os juízes de todo o Brasil, botando tudo na conta dos contribuintes:

auxílio-alimentação, para que os meritíssimos não saiam por aí, catando lixo à procura de sobra de comida, porque os vinte e seis mil mensais que eles ganham, não dão para matar a fome;
auxílio-moradia, para que eles não fiquem sem chão, não necessitem dormir nos bancos da praça... Afinal, quem é que ganhando só vinte e seis mil por mês, pode pagar aluguel?
auxílio-transporte para que as veludosas e decentes magistradas não sejam bolinadas nos ônibus apertados, e os machos de toga não necessitem tirar seus fuscas enferrujados da garagem;
auxílio-creche para que,  os magistrados possam ter famílias felizes: não sendo a plebe uma boa companhia, não se misturem os bebês dos magistrados aos filhos de faxineiras, prostitutas, garis e outros da classe social posta à margem;
auxílio-educação, para que sejam preservados os talentos insignes dos rebentos dos togados, poupando-os da desgraça das escolas públicas;
auxílio-mudança, para que juízes e juízas descolados possam escolher o melhor lugar para viver, fugindo das comarcas trabalhosas, e se livrando da agenda lotada de pendências,  com lucro;
auxílio-provimento, a extorsão legal, o lado festivo das recusas: não quero ir para aquela comarca, mas se me pagarem mais, eu vou.
auxílio-plano de saúde, para que você, contribuinte, pague  o plano deles, mantendo-os saudáveis e tesudos;
auxílio-capacitação para que aprendam a se safar do buraco negro das grandes questões jurídicas e a tratar com urbanidade as partes e seus advogados, a partir do pressuposto de que tenham ingressado na magistratura sem terem capacidade para tanto;
adicional de formação profissional para magistrados que, não tendo cursado universidade pública, tiveram que adquirir o diploma, através de módicas prestações, em faculdades comerciais. Tudo partindo do princípio de que, onde o burro pasta, a grama viceja mais forte.
adicional de permanência, para que não fiquem enchendo o saco da patroa em casa, depois de aposentados;
prêmio de produtividade: se não trabalhar, ganha tudo aquilo que foi relacionado acima  Se trabalhar, ganha um “plus”.




segunda-feira, 15 de junho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

GÊNESIS
No princípio
todos éramos principiantes

Deus fez a luz. A Dilma, a conta deste mês.

Tem horas em que se trocaria a liberdade de expressão por uma boca livre

DO NOTICIÁRIO

Os jogadores de futebol no Brasil não podem mais dirigir a palavra aos árbitros. Para comissão de arbitragem, agora uma palavra equivale uma falta mais forte e um palavrão um carrinho por trás.

A Câmara aprovou a idade mínima para governador, senador e deputado. Considerando a corrupção em nosso País, isto também é uma espécie de redução da maioridade penal.
     


sexta-feira, 12 de junho de 2015

 MODOS DE CHEGAR
João Eichbaum

Para fechar o currículo com um perfil de criatura insólita e sensual, não é necessário se entregar a pensamentos pequenos, subir em botas de salto alto e enfiar minissaia - sem calcinha, para fazer tudo combinar com o róseo daquela parte, que não menciono na presença de senhoras da sociedade. Por exemplo, a Rose e a Helena Ventura não se serviram de tais expedientes.

A Rose, aquela do Lula, não agia desse modo. Despachada pelo Zé Dirceu, ela encontrou o caminho da vida na vida do Lula, do Lula presidente. Sindicalista como ele, sedenta de poder como ele, foi se chegando só na base das ideias e dos objetivos do partido, que coincidiam com seus objetivos. Foi devagar, comendo pelas beiradas: ela e todas as mulheres maravilhas sabem que os homens têm o seu lado de montar e são guiados mais pela testosterona do que pela inteligência.

Nas viagens internacionais, nas quais o Lula se fazia acompanhar pela primeira dama, a Rose fazia parte da comitiva presidencial oficialmente, na condição de assessora. Seu nome figurava na lista, tudo certinho, crachá pendurado no pescoço, função, etc. E ficava na dela, assessorando sabe-se lá o quê.

Depois, a primeira dama foi enjoando das viagens, dos salameleques diplomáticos, dos discursos de sempre, e acabou desistindo de acompanhar o marido. Então surgiu a vez da Rose. Não que fosse uma beleza, com aquela cara mal amanhada, o queixo duro, a boca voluptuosa de quem comeu a maçã do diabo. Mas sabia apresentar a credencial do corpo. Um corpão de mulher experiente, cheio de carnes, próprio para ser agarrado em qualquer parte, e uns olhos melados pelo desejo. E tudo fluía nos trinques, desde que o nome dela não constasse da lista do séquito presidencial.

A atual mulher do governador de Minas, o tal de Pimentel, é a mesma coisa. Chegou como assessora, de assessora passou a secretária, subchefe e tal e coisa. Não precisou de muita competência, para deixar os hormônios do chefe alvoroçados. Até que chegou lá: primeira dama de Minas Gerais, na alegria e agora também na tristeza, sob a mira da polícia federal e do Sérgio Moro.

A Rose, com aquele puxadinho da Presidência da República, que o Lula arrumou pra ela em São Paulo, e a Helena Maria de Souza, que também atende pelo nome de Helena Ventura, atrelando sua beleza à carreira política do Fernando Pimentel, tinham um objetivo na vida e botaram a mão na taça. Imoral é andar de minissaia sem calcinha, combinando com a perereca. Participar do poder ou montar empresas de fachada, para lavar dinheiro mal havido, não consta na lista dos pecados mortais. O PT que o diga.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

HÁ AINDA JUÍZES NESTE PAÍS?

João Eichbaum

 Certamente, hoje em dia, antes de declarar sua profissão, aqueles que têm vergonha na cara hão de pensar duas vezes. Refiro-me aos que fazem parte dessa elite que, de uma hora para outra, começou a se sobressair como alvo das mais azedas críticas da sociedade: os magistrados.

Tempos atrás, quando os magistrados, eles mesmos, lavravam suas sentenças e se esfalfavam, trabalhando para manter os serviços em dia ou, pelo menos, para não encompridar o sofrimento de quem esperava por justiça, por certo não precisavam esconder a sua profissão. Eram pessoas aplaudidas e respeitadas pela sociedade, porque julgavam com consciência e sabedoria.

Hoje é diferente: qualquer juiz tem seu staff, composto de auxiliar, secretário, estagiário, ou coisa que o valha. Ele próprio se ocupa da tarefa de compor a equipe, sobre a qual reinará como um soberano. Resultado: sobra pouco trabalho para o juiz, porque ninguém é bobo de pensar que o juiz trabalha, enquanto sua secretária boazuda fica fazendo as unhas e a estagiária, mexendo no facebook.

Com o tempo que lhe sobra, o juiz abre e fecha a mandíbula em aulas, conferências, e seminários, escreve livros, faz mestrado, doutorado, se envolve com o mundo acadêmico. Sem contar aqueles que só fazem política em cargos de administração de suas associações. E essas não são uma nem duas. Há as dos juízes estaduais, dos federais, dos juízes trabalhistas, além de associações nacionais e internacionais.

Com esse perfil, os juízes começam a atrair mais do que a antipatia, a ira da sociedade que lhes paga os salários porque, ajuntando penduricalhos como auxílio-moradia, auxílio-alimentação e outros que tais, debocham da pobreza, mostrando que não estão nem aí para o povo e seus problemas: além de uma demora muito próxima da eternidade, as sentenças e despachos revelam antes a qualificação de um estagiário do que a formação de um magistrado.

Logo a justiça, em cuja porta vai o povo bater, despejando seus problemas, suas misérias morais e materiais, logo ela, a justiça, mostra uma insensibilidade que não a pode tornar alvo senão de desconfiança e de ira. Se o juiz não enxerga além do seu próprio nariz, se, em vez de palpar a realidade que o cerca, ele se preocupa só em apalpar a própria barriga, não merece o poder que tem, porque não sabe julgar.



PS Quem está tentando salvar a moral da pensão é o juiz Sérgio Moro.

quarta-feira, 10 de junho de 2015


O NÉRIO SABE DAS COISAS

Sem palavras. Cada um pense conforme sua consciência e dentro da realidade atual do nosso Estado do RGS. Não ganho o auxílio-alimentação, posto que sou aposentado e a vantagem não foi estendida aos Magistrados inativos. Não faço juízo de valor. Não opino. O tema é grave. Merece profunda análise, da conveniência e oportunidade e segundo os próprios fins da atividade judiciária, em última análise da atividade fim do Estado, eis que o Estado está para o homem e não o homem para o Estado, segundo ensinam os do Direito Administrativo. Aprofunda a diferença social e a inimizade com a classe dos servidores. E começa a fazer a divisão da carreira e a distinção perigosa entre Magistrados da ativa e Magistrados inativos. O que não é bom para ninguém, infelizmente. Bem, o assunto é momentoso. Está na imprensa, todos falam, nas esquinas, nos bares, nas ruas, a informação sobre o tema é total, posto que o salário mínimo, regional, ainda é discutido nas instâncias judiciais, e talvez, não passe de R$1.000,00 mensais.  As classes produtoras e conservadoras, através suas entidades patronais, FARSUL, FEDERASUL, FECOMERCIO, FIERGS, FEBRABAN e outras que congregam o lado do capital, no eterno embate com o trabalho, classe obreira, já se pronunciaram que não podem pagar o reajuste do salário mínimo e muitas entidades patronais terão que fechar as portas entre outros argumentos da impossibilidade de pagar o salário mínimo pretendido pelos empregados.

Nério "dos Mondadori" Letti





terça-feira, 9 de junho de 2015

OS PRIVILEGIADOS
João Eichbaum

Com a luz mortiça do entardecer, o sol ilumina os penhascos, que lembram atalaias de pedra, atrás do castelo Elmau. Mais acima, a neve branqueia o cume dos Alpes, em Garmisch-Parkenkirchen, na Alemanha. Essa paisagem mágica está reservada para os olhares embevecidos de Barack Obama, Angela Merkel e mais outros cinco membros do G-7.

Mas, a estupidez humana não respeita nem a sensibilidade de quem ama a natureza. Todos os automóveis têm que deixar aquela paisagem para trás, porque três dias antes do encontro do G-7, a parada já era rigorosamente proibida naquele local. Através das janelas dos carros se via passar voando o prédio de dois andares do Centro de Imprensa, o antigo hotel com sua torre, o acesso para o retiro, onde estão abrigados os hóspedes de Merkel.

Debaixo de um guarda-sol, três homens, com postura retilínea, observam tudo com um olhar duro de estátua. Desde de 30 de maio, lá está instalada a Polícia Federal alemã. Quem se aproxima e precisa entrar, é submetido a uma rigorosa revista, sob o olhar atento e pouco amigo de cães farejadores. Os policiais têm alarmes à mão. Basta um toque de dedo para fazê-los disparar. Se estiver tudo em ordem e o visitante possuir uma permissão de ingresso por escrito, ele será acomodado no banco traseiro do carro de polícia, devendo voltar da mesma forma e entregar documento de autorização.

O local de encontro do G 7 está guarnecido por uma cerca de pedras, não para conter possíveis avalanches das montanhas, mas para impedir a aproximação de manifestantes. O alvo principal do serviço de segurança é o local de pouso dos helicópteros que ficam à disposição dos chefes de estado. 

Há policiais por toda a parte. É impossível andar mais de cinquenta metros sem esbarrar num deles. Eles ficam o dia todo expostos ao sol, têm a atenção voltada para as árvores, atrás das quais nada se pode mover.

Todo esse aparato serve à segurança dos participantes do encontro do G7. Sete criaturas e seu staff. Enquanto isso, miseráveis entregam tudo o que têm, em troca de um lugar numa embarcação sem a mínima segurança, para fugirem da miséria, da fome, da perseguição, das guerras civis que pipocam em seus países. Muitos acabam morrendo em alto mar, e os que não morrem são entregues à própria sorte.

É assim que se comporta a humanidade: enquanto meia dúzia desfruta de luxo e proteção, milhões de outras pessoas dependem tão somente dos humores do destino, para conseguir um mínimo de sobrevivência. E não falta quem exalte a democracia, os direitos humanos, a paz universal e outras tantas hipocrisias, para que a meia dúzia de espertos possa gozar a vida, por conta de tais falácias, a salvo das toxinas emocionais.



segunda-feira, 8 de junho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

Antigamente não existia nada pior no futebol do que
um cabeça de bagre na banheira,
um perna de pau chutando de bico,
um frangueiro aceitando chute
do meio da rua,
um beque fazendo firula
na zona do agrião,
um pipoqueiro amarelando,
um ponta de lança  sentindo
o peso da camisa,
um “professor” retranqueiro,
um time de salto alto,
uma pelada  no tapete verde,
um pé murcho que nunca
acertava na veia,
o bruxinho do treinador,
um goleiro mão de alface,
tomar um  gol do montinho artilheiro ao apagar das luzes,
um cai cai cavando faltas,
um brucutu passando
a bola quadrada,
um atacante isolando a bola,
ou uma zaga sentando a lenha...


Isto  até se comprovar que no mundo do futebol a corrupção é padrão Fifa.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

AS LIÇÕES  DE RICHARD DAWKINS
João Eichbaum

Várias pessoas foram entrevistadas após a conferência de Richard Dawkins em Porto Alegre. Entre essas entrevistas, chama atenção a manifestação de Paulo Gaiger, músico e professor universitário: “Tenho de me associar também a essa ideia de que uma civilização que tem como grande símbolo um cara crucificado, preso às paredes, não pode ir muito adiante. Temos três psicopatas que regem o mundo da religião, Abraão, Jesus e Maomé, e isso é uma dificuldade para a evolução do pensamento humano.”

Paulo Gaiger tem carradas de razão. As lendas de Abraão, Jesus Cristo e Maomé tiveram seu tempo de glória. Numa época em que o homem ainda não tinha desenvolvido plenamente sua capacidade intelectual, exatamente porque estava preso aos mitos, vá lá que se submetesse a tais estórias.

Hoje, porém, vivemos outros tempos. Vivemos a era da tecnologia, da pesquisa, da busca por respostas da ciência, da expansão do pensamento, da racionalidade. Não temos mais tempo a perder com mitologia. O homem agora se ocupa de si mesmo, busca o que é de melhor para viver intensamente a vida.

O grande problema é que a maioria da população ainda não desenvolveu plenamente sua capacidade intelectual e a essa maioria se juntam intelectuais que não têm coragem de romper com o cordão umbilical da crença e da superstição. Há uma zona de sombra no intelecto deles, que é ocupada pelo medo. Foi tão forte a lavagem cerebral a que foram submetidos na infância, que não conseguem enxergar na morte o fim natural, de que ninguém escapa, e a temem como se fosse um mistério. Nesse item se igualam aos que não tem instrução, vivem à margem da sociedade desenvolvida e esperam que a morte lhes traga coisa melhor.

Mas, já há sinais de começo do fim da escravidão espiritual. Em países com alto padrão de desenvolvimento e elevado quociente de intelectualidade, como Suíça, Suécia, Alemanha, o número de ateus é considerável. As estatísticas têm denunciado o decréscimo da religiosidade, na proporção do crescimento da população. E isso prova que o nível de intelectualidade e de desenvolvimento social dispensam a religião, quando se constata que ela não conta como item na expansão de tais áreas.

 Já nos países pobres, como o Brasil, com baixo PIB, baixo QI e alto índice de criminalidade, o número de descrentes é ínfimo. De tudo isso se conclui que a realidade vivida tem mais força do que a imaginação popular, para excluir a mitologia religiosa da lista dos valores sociais.