sexta-feira, 31 de julho de 2015

A MANADA DA HUMANIDADE E SUAS ÉGUAS MADRINHAS

João Eichbaum

Uma manada, seja de que animais for, fica desorientada, perde o rumo, se não tiver guia. A constatação foi feita por algum dos nossos ancestrais, muito antes de inventarem as enrolações filosóficas para boi dormir. O grupo dos macacos homens começou a crescer, a tendência era cada um seguir o próprio bestunto e então foi preciso botar ordem nas coisas. Aí surgiu a figura do líder.

A liderança natural, que emerge em qualquer grupo de animais, é uma coisa. A liderança pensada e assumida é outra. Nela sempre vêm  embutidas as tais de segundas ou terceiras intenções. E assim, desse tipo de intenções nasceu o “sangue azul”. Algum líder mais espertinho, para gozar de privilégios, inventou a linhagem real.

Outros conquistaram suas lideranças abaixo de porradas. Guerras, escravidão de vencidos, mão grande em cima da mulher do próximo, qualquer tipo de violência servia de instrumento para que alguém se mantivesse no poder.

Até que, na Grécia, – logo na Grécia! - inventaram a tal de democracia: nada de sangue azul, nem de porrada. Cabia à manada a escolha do respectivo líder. E aí, não deu outra: chegou a vez dos estelionatários, daqueles brindados pela natureza com a capacidade de enganar.

É a espécie que mais cresce, como cresce a erva daninha, a dos estelionatários políticos. Em nome da democracia, que eles exaltam, e enchem a boca para dizer que é o melhor sistema de governo, porque “emana do povo”, criam-se privilégios e instrumentos de enriquecimento pessoal. Governadores e presidentes têm pensão vitalícia, segurança por conta dos cofres públicos e mordomias outras a que mortal nenhum tem direito.

Em nome da democracia se separa o povo das autoridades, proíbe-se isso e aquilo, quem manda tem “auxílio-moradia”, foro privilegiado, residência oficial, motorista, passaporte diplomático, diárias e ajuda de custo para viagens, farras e fornicações internacionais, implante de dente e de cabelo, pensão para amantes, cartões de crédito corporativos, tudo bancado pela manada. Conclusão: no “melhor sistema de governo” só não se phode quem está no Poder, ou ligado a ele. Como em qualquer ditadura.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
As carreiras de cancha reta eram o único divertimento da peonada das estâncias da Vacaria e do planalto que chamam de " campos de cima da serra".
E assim ocorreu o fenômeno pacífico, fraterno, generoso, da "agauchisação" do colono italiano, que sonhou em comprar um pedaço grande de campo, criar gado e se tornar rico. E os jovens casavam, normalmente, pois a moça italiana, bem furnida, adorou namorar e casar com o filho do estancieiro vacariano o chamado " camponês" e o rapaz da Vacaria, logo se apaixonou pela jovem italiana. A cruza foi grande e ao natural. A música nativista dos Irmãos Bertussi, da Criúva, distrito de Caxias do Sul ( antigo Campo dos Bugres) mostra bem este fenômeno da integração entre o italiano que chegou e respeitou a posse a e propriedade do português que já ocupava as grandes fazendas da Vacaria. . Daí o nome do CTG de Antonio Prado, significativo -  de  " Cancela do Imigrante". 
O Nico Fagundes - que nos deixou, faz pouco, sempre estudava e falava sobre a importância dos Irmãos, Oneide e Adelar Bertussi, para integração do colono italiano e do fazendeiro dos "campos de cima da serra". Com sua música e canções cantando a saga do imigrante italiano, principalmente, na figura do tropeiro e mais tarde, quando surgiram as primeiras estradas vicinais carroçáveis,  do carreteiro
Assim como a imigração alemã, deu certo, a partir de 25 de julho de  1824, na Feitoria do Linho Cânhamo, São Leopoldo, na beira dos rios navegáveis ( e que hoje estão cheios novamente, como todos os anos, nas enchentes periódicas e até trágicas) , da mesma forma, a vinda dos italianos, em 20 de maio de 1875, para Nova Milano, navegando até o Porto dos Guimarães, no centro do Caí e daí foram a pé até as colônias medidas e com o ´titulo de posse e propriedade, que o Império lhes deu, prosperaram, após a medição dos notáveis agrimensores ( todos com os nomes consagrados em localidades) . Alguns italianos, conforme a zona dos lotes rurais destinados para a familia, desceram, no próspero Porto das Larangeiras, em Montenegro. Meus avós, que desceram no Caí, sempre falavam bem e com emoção, da ajuda, da colobaração e da amizade que receberam dos alemães, que já estavam no RGS fazia mais de 50 anos.

Nério “dei Mondadori” Letti

quarta-feira, 29 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
 Não posso conter a alegria, ao iniciar, como gremista desde guri, que me lembre, em Antonio Prado, 1945, pelo milagre do rádio, pela derrota e eliminação dos vermelhos na Libertadores. Os colorados estavam demais. Confiaram em demasia. Achavam que faziam o golo quando queriam. Não é assim. Eu lembro Raul Klein, craquésimo, ponta-esquerda, junto com outro craquésimo, Chinesinho, foram campeões do Pan Americano de 1956, no México, que nossa seleção foi representada pelo Internacional, do técnico Teté, que tinha um timaço e reforçou, com alguns jogadores e foi campeão, inclusive tendo a frente, a Argentina, poderosa, de Roma, Corbatta, Mendez, Omar Sívori ( com 18 anos), Rattin ( center-halff), Mascchio, Cruz. O time argentino era uma seleção de craques. A final foi o nosso selecionado com a Argentina e empatamos em 2x2, e fomos campeões. 
Pois bem, na minha maneira de entender futebol e acompanhar o meu Grêmio  imortal, não tem no Inter atual nenhum Raul Klein e nem um Chinesinho, Sem saudosismo. Estou examinando futebol, atleta, preparo físico e talento e cuja história se repete. 
O time base do gaúchos foi - Sérgio - Florindo e Duarte (este do Pelotas)  -  Oreco, Enio Rodrigues ( Renner) e Odorico  -  Luizinho, Bodinho, Larri, Enio Andrade e Raul Klein.
O Larri é meu vizinho, aqui no Bairro Floresta, esquina de Quintino Bocaiuva, com Bordini, na pororoca da sinaleira e do trânsito da Bejamim Constant  e Cristóvão Colombo, que sobe para o hospital Militar. Aqui, no meu canto de aposentado eu vivo minha vida, no viver, tranquilo, e transformado, agora, com 75 anos, como motorista de meus cinco netos. Só falta vestir uniforme  e quepe.
Nério “dei Mondadori” Letti


terça-feira, 28 de julho de 2015

MÃE É UMA SÓ

João Eichbaum

A juventude sem alegria rouba a beleza das mulheres e envelhece o ser humano antes do tempo. O que gera a alegria é a felicidade e essa motiva a vida, traz mais vontade de viver, renova a juventude. Sem alegria, a vida sofre uma espécie de estagnação e fica sem estímulo para promover as mudanças, virtuais portadoras da felicidade.

 Aquela mulher provavelmente não tinha mais que vinte e cinco anos, mas o olhar triste, a testa franzida e o ar de desamparo a tornavam uns dez anos mais velha, embora não lhe escondessem os resquícios de uma beleza antiga. A chuva sem fim lhe invadira o barraco, carregando, sabe-se lá para onde, as poucas coisas que a ajudavam a ir levando a vida.

Ela não tinha sido a única vítima. Todas as casas a seu derredor haviam sofrido os estorvos da natureza, todas as famílias tiveram que abandonar seus barracos para viver um arremedo de vida num abrigo coletivo.

Quando baixaram as águas, seus companheiros de infortúnio puderam voltar para os tugúrios, recomeçando a vida, mas ela, não. Ela, a jovem envelhecida pelos percalços do destino, e seus cinco filhos, permaneceram no abrigo. O pouco que havia na casa tinha sido levado pela correnteza. Não adiantaria voltar para lá: não tinha comida para aos filhos.

Essa foi uma das muitas histórias de vida que serviram de matéria para os noticiários de televisão na semana passada. Uma jovem mulher, desalojada de casa pela água, estava com seus cinco filhos, num abrigo, à espera de uma decisão que só o destino podia tomar por ela: onde e como recomeçar a vida, se não tinha nem como alimentar os filhos.

De pai, ninguém indagou, nem ela cogitou. Se eram filhos do mesmo pai, ou se cada um tivera o seu reprodutor ao sabor das circunstâncias, foi uma pergunta que ficou no ar. A miséria está sempre acima da moral, qualquer que seja a escala de valores.

 Nessa farsa que é a vida, o que importa, para muita gente, é o prazer descomprometido: ela, a vida, não passa de um espetáculo que dispensa a honra e a responsabilidade. As conseqüências ficam por conta do Estado e da misericórdia alheia.



segunda-feira, 27 de julho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

UMA NOVA TERRA

Esta semana, cientistas da Nasa divulgaram a descoberta de um planeta bem parecido com a Terra. Este planeta foi denominado Kepler-452 B. Ele demora 385 dias para dar uma volta completa ao redor de sua estrela. Ele fica a 1.400 anos-luz da Terra. Como se vê, Kepler é um parente bem distante da Terra.
Imagine um mundo inexplorado inteirinho para destruirmos as florestas, poluirmos os rios e o ar.

Isto nos leva a refletir sobre a existência de vida inteligente em outros planetas, já que por aqui não está fácil de encontrar.

Ainda corremos o perigo de extraterrestres chegarem ao nosso País, dizendo para levá-los aos nossos líderes e sofrermos o constrangimento de encaminhá-los até a penitenciária da Papuda.

O INTER DEVERIA TER LEVADO A IRMÃ DE AGUIRRE AO MÉXICO: A GARRA

A crise é tanta que tem mendigo passando o ponto.

 O DÓLAR ESTÁ COM A COTAÇÃO TÃO ALTA QUE O GEORGE WASHINGTON NA EFÍGIE ESTÁ USANDO O PENTEADO DO ELVIS

A Dilma não deve cair, mas é bom colocar rodinhas ao lado da bicicleta para se precaver.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

A HUMANIDADE
João Eichbaum

A humanidade nada mais é do que um simples fenômeno da natureza. O homem, espécie de que é gênero o animal, não passa do resultado de um dos muitos processos físico-químicos que alimentam a dinâmica do universo. Como todo o processo químico provoca reações, a natureza não poderia ser estática.

Justamente por serem produtos de uma composição química, os animais são diferentes uns dos outros, como são diferentes suas espécies. Essa diversidade é a primeira prova de que eles não foram criados, como pretendem os seguidores da mitologia judaico-cristã.

Se tivessem sido criados por algum ser superior, poderoso, onipotente, segundo o modelo da mencionada mitologia, na base do sopro e da costela, cada espécie teria configuração única, linear, padronizada. Nenhuma unidade, dentro da respectiva espécie, escaparia ao modelo, exatamente por ser fruto de uma inteligência superior, onipotente, imune de erros.

Justamente às reações químicas se deve a diversidade. Há certas composições que se repelem ou não se ajustam, devido aos mais variados fatores. Quem trabalha em laboratório sabe disso. Clima, temperatura, dosagem, invólucro, podem ser responsáveis pela variação das reações químicas.

Assim, o homem é inteiramente dependente das reações químicas que nele operam, desde a junção do óvulo com o espermatozóide até sua decomposição total, que só deixa pó como rasto. Cor, tamanho, eficiência e funcionamento de células e neurônios, grau de inteligência, prazo de validade, variam em cada unidade. Da gentalha à aristocracia, do mendigo ao rei, do desclassificado ao podre de rico, do amor ao desdém. É desse amálgama que se forma a humanidade.


Resumindo: um ser humano não é igual ao outro. E isso se reflete no conjunto. A disparidade dos seres que compõem a humanidade é responsável pela imperfeição dela e nos afunda na crua realidade do mundo. Para alguns, a vida é mais feia que fiofó de burro; para outros, um paraíso. Não há religião nem filosofia que resolva isso. E o motivo está nos dois ouvidos do homem: o blábláblá entra por um e sai pelo outro.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

 Vim de Antônio Prado, o antigo  " El Paese Novo") dos inicios da colonização italiana, 1885 do lado de lá  do Rio das Antas, com a balsa precária - um atraso total, no Passo do Zeferino - entre - Antônio Prado e Flores de Cunha , que se chamava Nova Trento. Isto é, na margem direita do rio das Antas, lá em cima do morro, no meio do mato viçoso, onde ainda residiam várias famílias de indios, que o italiano chamou de !" bugre".

Na estrada, hoje RS-122, entre Antônio Prado, Ipê e Vacaria, Rodovia Sinval Guazzelli,  tem uma localidade chamada de "! Capão do Bugre", na entrada para a localidade de São Paulino, perdida no meio do campo, onde terminam as colônias destinadas aos imigrantes (de 25 hectares) e começam as grandes fazendas e estâncias do planalto vacariano, dos grandes, abastados e atrasados fazendeiros. Uns progrediram com o campo, como o nosso Ruy Gessinger na sua amada Unistalda, a famosa estação férrea da Estrada Ferroviária, da VFRGS para São Borja - mas a maioria entrou pelo cano e venderam o campo, uns venderam até antes dos pais falecerem e a maioria vendeu no inventário dos velhos. Se mandaram para a cidade, onde a maioria se favelou. Uma tristeza.  Quem conta este fenômeno é o escritor e médico Dr. Cyro Martins, principalmente, na clássica trilogia do " gaúcho a pé".

Neste Capão do Bugre, tinha uma raia de carreiras de cancha reta, com dois trilhos, que marcou época, os trilhos ficavam do lado esquerdo, quem vai de Antonio Prado para Vacaria, junto ao famoso " Capão do Bugre", e na margem da estrada, asfaltada faz  pouco tempo e tomou o nome de RS-122, eis que fazia parte da famosa Estrada Júlio de Castilhos, que iniciava em São Sebastião do Caí, e terminava no Passo do Socorro, no rio Pelotas, na divisa de Santa Catarina, entre os municípios de Lages e Vacaria, primeira ligação de São Paulo com Porto Alegre. Tudo passava por Antonio Prado. A raia de carreiras tinha 4 quadras, pois, uma quadra tem 132 metros. E só no partidor, tinha uma espécie de "partidor" de madeira, onde ficavam os dois "parelheiros" e ao grito de "já" do juiz de partida, se mandavam na doida corrida até o " chegador" onde tinha o especialista e respeitado, " juiz de chegada" com uma taquara fincada no meio dos dois trilhos e ele ficava em posição com a mão levantada para julgar e indicar o cavalo que tinha ganho a corrida. Juntava muito povo, nos domingos. Todos os domingos tinha carreiradas. Umas cinco ou seis carreiras, as primeiras, eram com cavalos famosos, nomes conhecidos no vizindário e de grande carreiristas. Todos apostavam. E havia um grande churrasco ao meio-dia. Depois, á tarde, numa fraterna confraria entre os colonos italianos que adoravam o campo, o cavalo e as carreias com a peonada que vinha das fazendas da Vacaria e adjacências, então, "atavam" carreiras, na hora, entre seus cavalos de montaria. Tiravam os arreios, ficava só um pelego e  uma sobre-cincha para segurar o pelego, para aliviar o lombo do cavalo, e se realizavam corridas comuns, durante toda a tarde e a turma apostando, dinheiro vivo, que era " casado" e depositado na mão do homem de confiança, terminada a carreira o ganhador recebia o dinheiro, na hora. Este fato era sagrado. Jamais um apostador vencedor deixou de receber. Assim como no "jogo do bicho". Proibido, mas todos jogam e o ganhador sempre recebe. Era o tempo em que fio de bigode valia mais que documento.


Nério “dei Mondadori” Letti

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A REPÚBLICA DAS ALAGOAS

João Eichbaum

Renan Calheiros e Fernando Collor de Melo são políticos conhecidos em todo o Brasil pela má fama, pelo péssimo currículo pessoal e político que lhes está atrelado ao nome. E têm de comum o Estado onde nasceram: Alagoas.

Fernando Collor de Melo jamais apresentou ao Brasil uma imagem positiva. Pedante e exibicionista como todo o medíocre, cheio de si, mais íntimo da insânia do que do equilíbrio, metido a garnisé de briga, teve a sorte de enfrentar na disputa pela Presidência da República um pernambucano semi-alfabetizado, a quem alijou do pleito por uma fofoca rasteira.

Como presidente, só fez cagada. Instalou o caos na economia, empobreceu a população, usando como personagem da tragédia uma incompetente ministra da Fazenda, chamada Zélia. Dele, porém, livrou-se o povo brasileiro, graças a um instrumento feito para botar fora da política os corruptos mais burros: o impeachment. Afastado o playboy das Alagoas, o Brasil respirou aliviado, se recuperou.

Renan Calheiros, seu conterrâneo, é do mesmo calibre. Homem sem escrúpulos, despido de moral pessoal e política, enriqueceu com o dinheiro público, se tornou o “rei do gado”. Pressionado por maus feitos nos costumes pessoais e na política, renunciou ao mandato, antes que o cassassem.

Mais outra coisa em comum deles: ambos, contra a vontade do povo brasileiro, voltaram, como aventureiros políticos, a se beneficiar dos cofres públicos, graças aos votos das Alagoas.

Agora, em razão de investigações da PF sobre a corrupção na Petrobrás, o nome de Collor veio novamente à baila. Numa varredura policial na “casa da Dinda”, como é conhecida a casa dele, foram apreendidos carrões de luxo: uma Lamborghini, uma Porsche e uma Ferrari, de procedência duvidosa.

Tanto Renan como seu conterrâneo tiraram dos cachorros para botar na polícia, no Ministério Público e na Justiça, clamando aos céus contra a operação, que tacharam de abusiva. Essa reação se explica. Nas Alagoas eles imperam, as autoridades lhes obedecem, o povo é conduzido por eles como uma manada sem vontade própria. Lá a lei são eles. Alagoas funciona como segunda instância das decisões do povo brasileiro. De nada adianta serem enxotados da política, porque Alagoas os resgata. Donos daquela república, Renan e Collor atrelam o conceito de ética, honestidade e moralidade ao proveito que eles tiram dos cofres públicos.


terça-feira, 21 de julho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

Convenhamos: se a situação da grécia é crítica, o que dizer de Troia...

Os Espartanos, mesmo com a redução do quadro, enfrentaram o maior exército da época, os persas, com apenas trezentos. É desnecessário dizer que morreram trabalhando...

Hércules, que vivia de frilas, ficou famoso por ter 12 bicos.

Pesquisadores afirmam que a tragédia grega vem de priscas eras. Édipo, antecipando a crise, costumava entregar o presente de Dia das Mães para Jocasta, fazendo uma observação: “Fica valendo também para o dia dos namorados.”

O calcanhar de Aquiles hoje é o bolso.
Mas não resta dúvida que a crise é mundial. Atinge gregos e troianos...

A Marvel, para reduzir custos, colocou o menor de seus super-heróis, o Homem-Formiga em ação. Dizem que a tecnologia de redução pela qual o personagem passou surgiu no Rio Grande do Sul, no governo Sartori. Experimentos com o funcionalismo.


Em Portugal, os envolvidos em escândalos econômicos para conseguir vantagens, caso sejam presos, obtêm a delação premiada dizendo “fui eu, ó pá!”

Com toda a chuva e os alagamentos durante a semana que passou, estão praticando um novo estilo de natação para a olimpíada: o indigNADO.

Gângsteres e
mais gângsteres.
Al Capone era nome ou Al Cunha?




segunda-feira, 20 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

 Impressiona que quase todos os banheiros de nossos locais públicos, restaurantes, lojas, colégios, shoppings, parques, postos de gasolina ( estes são campeões de mijo pelo chão) , boates, bares,  etc....estão sempre sujos, tanto femininos, quanto masculinos. Parece que todos mijam fora da bacia destinada a receber a urina. Pessoas já escorregaram na urina espalhada pelo chão do quarto de banho, bateram com a nuca no chão, fraturaram a cervical e ficaram tetraplégicas e por aí vai o debate sobre a limpeza de nossos banheiros. Nem pensar nos banheiros dos campos de futebol. Agora, os da ARENA do Grêmio, como são banheiros novos, amplos, limpos, durante o uso, sempre com papel, com água, etc..então, as pessoas ao urinar cuidam e não urinam no chão, tanto masculino quanto feminino.   Aplica-se a tese famosa da " janela dos vidros quebrados". Como o vidro quebrado, então, eu atiro mais um pedra e todos que passam, só para ver, atiram mais uma pedra. 

Os da ARENA do Grêmio, monumental, sem querer ser fanático, mas constato uma realidade: banheiros limpos e bem cuidados, exemplo de civilidade e de educação, sem o fedor do mijo dormido. Um exemplo a seguir de banheiros cuidados e que podem ser usados principalmente pelas mulheres e assim a mulher, vendo que o banheiro é limpo e bem cuidado e tem uma zeladora, presente, então, a mulher apesar de não sentar no vaso,de medo de contrair doenças, o que é perdoável e justificável, e urinar quase de pé, em verdade, acaba por urinar no chão. Mas, como na ARENA do Grêmio, de momento em momentos, a zeladora entra nos banheiros e limpa e mantém tudo   asseado, e bem cuidado, então, aos poucos, inclusive as mulheres  estão cuidando e procurando mijar com mais cuidado e acertar a pontaria e mijam dentro do vaso e não no chão, fazendo do piso do banheiro um rio de mijo. Uma realidade nacional. Vamos ser honestos. Que cada um olhe para dentro de si mesmo e de como usa o banheiro público.

Muitos dizem que se mede a civilização e o progresso de um povo pela limpeza dos seus banheiros públicos.

Nério "dos Mondadori" Letti 



sexta-feira, 17 de julho de 2015

O JUDICIÁRIO APANHA DA EXEGESE

João Eichbaum

Alguém precisa avisar aos juízes do Rio Grande do Sul que a Constituição é Federal, mas vale também para o território gaúcho. Seu artigo 2º aqui está sendo ignorado. Para quem não sabe: os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são independentes e harmônicos entre si.

As normas constitucionais que definem a estrutura do Estado comandam as demais normas. Por exemplo, as que elencam os direitos e garantias individuais não se sobrepõem às primeiras. Assim, a norma do inc. XXXV do art. 5º não tem caráter absoluto, a ponto de exigir que tudo passe pelo Judiciário, com atropelo do estatuído no art. 2º.

Ao estabelecer que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, a Constituição está regrando atividades do Poder Legislativo. Apenas isso. Mas, aqui no RGS os juízes estão interpretando essa norma como carta branca para que o Judiciário se sobreponha ao Poder Executivo.

Em outras palavras, o Judiciário está ordenando o que o Executivo pode ou não pode fazer, está se intrometendo na esfera da administração do Estado. Primeiro, deferiu ordem para que não houvesse parcelamento nem atraso nos vencimentos dos servidores. Agora, impõe a distribuição da verba destinada à saúde.

Ora, limitado pela baixa arrecadação, o Estado não dispõe de numerário suficiente para atender a todas as necessidades e obrigações. Nessas circunstâncias, cabe ao Executivo e não ao Judiciário, a eleição de prioridades, o jeito de usar o cobertor curto.

O pior é que os municípios se valem do mandado de segurança para cobrar dívidas, e os magistrados o aceitam. Isso é uma escandalosa revelação de que a cultura jurídica dos juízes gaúchos está comprometida pela ignorância de noções primárias de hermenêutica. Falta de dinheiro é matéria de fato, que escapa à área de abrangência da proteção ao “direito líquido e certo” pela via do “mandamus”.



quinta-feira, 16 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

E agora, quem tem razão?...A esquerda que não admite o mensalão e nem o lava-jato, e entende que tanto  o julgamento do S.T.F. Relator o Ministro Joaquim Barbosa, foi algo, assim, como oposição ao  "Lulo-Dilmo-Petismo"  - e entende que o petismo está certo, deve permanecer no poder e é a  salvação do Brasil, com todos os seus problemas.  E aí temos o debate da esquerda-caviar, ou da esquerda-pipoca, e o desastre ético e administrativo do petismo que levou o Brasil a uma crise sem precedentes. Tudo está contaminado pela corrupção. O grande desvio de dinheiro público, com arte e engenho pelos detentores do poder, com informações privilegiadas e as contas no exterior, em paraísos fiscais, "of shore"  - algo que se tornou normal. E o povão brasileiro, da vila, favelado, admite e perdoa, pois, ele povo também  pensa numa tacada, num expediente, num desvio de grana, ficar rico e sair da miséria e da favela e ir morar, dentro de um condominio, vizinho, com grades, perto da favela, onde dentro do condominio, "sempre é domingo" e reside a felicidade. Por isso, o povão, considera até normal, o desvio da grana pública e ficar rico, como ganhar a loteria esportiva de milhões. Uma geração que se perdeu. E o atraso do Brasil. E do outro lado, em oposição, à esquerda, contra o petismo, temos a chamada "direita oligárquica, conservadora, produtora, detentora do dinheiro e do poder e das benesses que o dinheiro oferece para o bem estar e a felicidade das pessoas. 
Nestas duas forças contraditórias se debate o Brasil e nossa juventude, a juventude pobre, a juventude remediada, que já ganha um salário minimo mensal ( u m desastre total que não dá para sobreviver) e que o PT considera já na Classe Média, e a juventude rica.
Aferrados em suas posições ideológicas, sem perdão, na divisão total do Brasil, então, temos aqueles que sonham com a volta dos militares e batem à porta do quartel, pedindo que o general meta o soldado na rua, como já ocorreu e sempre ocorreu na América do Sul, com os golpes militares, em todos os paises, sendo campeão a Bolivia, através da história.
Contudo, apesar de tudo e de todos, há que respeitar o mandato que o povo lhe outorgou e temos que respeitar o governo da Dilma até o fim. E a  "a direita oligárquica" só pode ganhar o poder pelo voto e derrotando o "lulo-dilmo-petismo" na próxima eleição, pelo voto secreto, sufrágio universal e direto, como é da lei e das pessoas civilizadas e jamais fazer um terceiro turno com "impeachement" e outros expedientes, regimentais, tais como o Eduardo Cunha usa, politico sagaz, e raposa antiga da politica brasileira, como foi o caso da votação da idade penal na Câmara dos Deputados. Cuja manobra regimental, está dando o maior "rebú" nas hostes politicas, econômicas, acadêmicas e jurídicas.
O Eduardo Cunha é o brasileiro "esperto" que o povão adora e daqui um pouco ele se torna o líder perdido da perdida esperança do povão pobre e favelado, pois, nele, pode se espelhar, que ganha na esperteza, no expediente escuso e fica rico numa "tacada".
Assim como o Neymar, nosso craque, ao invés de estar jogando na Copa América, no Chile. Correndo, levando pancada, fazendo golos e ganhando milhões pelo Brasil, pela Pátria amada, salve, salve.   Que nada. Preferiu provocar deliberadamente uma expulsão, que lhe gerou uma suspensão de vários jogos (ele sabia bem o que estava fazendo,   quando esperou o árbitro no vestiário e o ofendeu de graça e com prepotência). Mas, ganhou o que queria, foi descansar na praia do Guarujá. E foi fotografado, às escusas, como convém,  " comme il faut"  - no Rio - onde tudo acontece - entrando pelos fundos, num motel na companhia da  escultural Carol Portaluppi  (a filha do Renato Portaluppi - o craque padeiro de Vespasiano Correa, distrito de Guaporé)  -  à noite. Lógico, à noite. De noite todos os gatos são pardos.  E depois foi fotografada, ás duas horas da tarde do dia seguinte, a jovem Carol Portaluppi, saindo do motel, (de dia, sem problema) e a turma do jornalismo investigativo e da fofoca, concluiu que o craquésimo Neymar, não saiu com a Carol, pois, ficou dormindo, posto que estava muito cansado.
Eta mundo véio sem porteira.
Nério "dei Mondadori" Letti.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Bem Brasil. Para que estudar, se esforçar e ganhar prêmio nobel. Mais fácil ganhar dinheiro na velha e antiga profissão que os Romanos diziam que era a profissão mais antiga do mundo... O mesmo que certos políticos e empresários, de fachada, que numa tacada, num grande desvio de dinheiro público ficam ricos, e garantem emprego para os netos,.

Muitas mulheres que vieram importadas pela elite pastoril gaudéria e trabalharam como dançarinas no famoso cabaré e casa noturna do Lulu dos Caçadores, na rua Andrade Neves, ao lado do atual Centro Espírita Allan Kardeck - ganharam fortunas - e empobreceram muitos fazendeiros, pois, ficaram com seu dinheiro. Nem eram francesas. Dizem historiadores que eram mulheres húngaras, que já se prostituiam em Paris, pois, a húngara na Europa tinha fama e dizem ser verdade, que era a mulher mais sexy e a melhor mulher na cama. Foram estas mulheres que os importadores de carne trouxeram e exportaram para o Brasil, para o Lulu dos Caçadores. O sotaque era o suficiente, para o glamour e grandes amores no famoso cabaré do inicio do século XX, que dominou a noite de Porto Alegre e fez história, local onde tudo se decidia, pois, era cabaré, casa de baile, restaurante, pista de dança, e teatro, do rebolado e de teatro de revista, onde predominava o tango e a milonga, pois a música portenha entrou valendo no Lulu dos Caçadores 
Muitas mulheres souberam explorar os gaúchos ricos. Ficaram ricas. Voltaram para Paris, antes de 1930 e formaram notáveis e respeitadas familias parisienses respeitadas até hoje. .
As que não souberam explorar seu corpo e ficaram pobres, velhas e desdentadas, dentro do axioma de que dinheiro de puta não rende - acabaram ocupando os rendez-vous, da rua Washington Luiz, antiga Gen. Pantaleão Telles, que nas casinhas portuguesas da cidade baixa, de porta e janela, desde a Borges de Medeiros até a volta da Casa de Correção, na Usina do Gasômetro, como chamamos hoje, a usina termoelétrica do rico americano que o Brizolla encampou e não pagou - ficavam na janela e a cada homem que passava, chamavam "´vién mon chérri" e o sotaque denunciava  as mulheres"francesas"  importadas para o famoso cabaré do  " Lulu dos Caçadores," que ficaram e aqui morreram pobres, numa miséria total. Outras foram para os rendez-vous da rua Bento Martins, da rua 7 de Setembro, da rua Botafogo, no Menino Deus e na rua Arlindo e até, as mais pobres, acabaram no baixo meretrício, da rua Cabo Rocha, na Azenha, hoje com o nome pomposo do músico e maestro prof. Freitas e Castro.
O Lula dos Caçadores subiu com Getúlio Vargas, na Revolução de 30, para o Rio, administrou com lucro o Cassino da Urca, o jogo era livre, da mesa do pano verde, ao bacará e na roleta,  e lá ganhou as apostas e as acumuladas do Jóquei Clube do Rio, o Jóquei Clube Brasileiro, da Gáveia, da elite, crema de la crema,  e ficou rico, pois seu amigo intimo e frequentador assiduo do cabaré, era o ministro da Fazenda de Getúlio, o alegretense que presidiu a ONU ao fundar o atual país Israel,  o nosso Osvaldo Aranha, que morava numa chácara, do bairro Tristeza.
E assim vai o Brasil. De porteira aberta, de poncho, ao sabor do vento minuano, como atualmente, estamos entrando numa crise sem precedentes. Não sei onde vamos parar. Gastando mais do que ganhamos.

Nério "dei Mondadori" Letti

terça-feira, 14 de julho de 2015

A PEDRA DE PEDRO
João Eichbaum

Tenho acompanhado algumas manifestações de católicos sobre o que eles chamam de “crise na Igreja”. A Igreja Católica deixou de ser o que era, deixou de ser uma entidade mítica, para se transformar numa simples associação religiosa, mais metida em preocupações materiais do que espirituais.

Jesus Cristo parece que ficou em segundo plano. O que importa agora são mundanidades: o aborto, a camisinha, o homossexualismo, as injustiças sociais (que sempre existiram, inclusive no tempo do dito Cristo) e por aí vai. Enquanto isso, os seminários estão vazios e o clero envelhecendo. Estão diminuindo, para não dizer desaparecendo, os operários. Mas, a “messe” já não é grande: o número de católicos hoje não representa o que representava antigamente, em confronto com outras religiões.

William Neuman, citado por Clóvis Rossi, resume a situação, com maestria, em artigo no "The New York Times": "como uma corporação multinacional que enfrenta queda nas vendas, redução da fatia de mercado, crescente concorrência e uma marca cansada, a igreja é vulnerável".

E assim é. Desde que mudou a liturgia e, tirando a batina dos padres, misturou-os com o povo, o Concílio Vaticano despiu a Igreja Católica daquela aura de mistério que emprestava força e significação aos ritos. Hoje ela está no nível das inúmeras religiões que surgem da noite para o dia no Brasil. Os padres, sem batina, fazem das suas. E na disputa por crentes não existe um referencial que assegure liderança à religião com sede em Roma.

Hoje, como ontem, o povão gosta mesmo é de seus Bezerros de Ouro. Não fosse a figura mítica do papa, um personagem que, aos olhos dos milhões de turistas que acorrem à Praça de São Pedro, parece mais importante do que o próprio Jesus Cristo, o prestígio do catolicismo já estaria fazendo água.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

GRAMÁTICA DA POLÍTICA
O adjetivo “honesto deve vir sempre
 acompanhado
do advérbio de tempo “ainda”

CONTO MINÚSCULO
Ele morreu dormindo.
Parece que o relógio não despertou

CONSTATAÇÃO
O amor à primeira vista
está cedendo espaço ao amor
à primeira postagem

CLASSIFICADOS
Vende-se uma piscina.
Motivo: mergulhado em dívidas

NA GRÉCIA ANTIGA NÃO HAVIA DESEMPREGO.
 SÓ O HÉRCULES TINHA 12 TRABALHOS.

A crise na Grécia é tão grande
que Zorba virou traje social.


ESCÂNDALOS
A cota de escândalos do governo deste ano
já completamente preenchida. Os próximos devem ficar na lista de espera para 2016


sexta-feira, 10 de julho de 2015

FILOSOFIA

João Eichbaum

A Grécia que, ultimamente, tem ocupado o topo das notícias mundiais, faz lembrar Aristóteles. E Aristóteles faz lembrar filosofia. Filosofia, hoje, é a arte de complicar o que é simples. Ao tempo de Aristóteles ela tinha sua razão de ser: o mundo era pequeno, as desavenças entre os homens se resolviam com guerras, o maior engolia o menor, ninguém se preocupava com inflação e desemprego.

Hoje é diferente. O crescimento da população humana propiciou o aparecimento de muitos filósofos, e as ideias de Aristóteles deixaram de ser novidade. Se elas não tivessem brotado da cabeça dele, o adensamento dos agrupamentos humanos e seus consequentes problemas sociais levariam qualquer filósofo de plantão a organizar as coisas, transformando o mundo, possivelmente, numa grande Grécia.

 Ainda bem que o primata humano não para de evoluir, e a evolução de sua inteligência trouxe a tecnologia. E assim, preso à convivência social e enredado nos problemas que ela desencadeia, o homem moderno depende muito mais da tecnologia do que da filosofia.

Então, não há razão para andarem tantos filósofos batendo cabeça por aí e inventando coisas. A filosofia perdeu seu lugar de “mãe de todas as ciências” para a tecnologia. Sem a tecnologia, nada feito, porque ela condiciona o desenvolvimento dos demais ramos do conhecimento humano.


A ciência de Platão e Aristóteles, nos dias de hoje, só tem uma grande utilidade: oferece vagas em número maior do que o número de candidatos que a procuram. É a única maneira de ingressar numa universidade pública. Pelo menos assim ninguém poderá dizer o que se diz hoje nas redes sociais, sobre a Grécia: “Até que demorou pra falir um país onde todo mundo é formado em filosofia".

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Ainda bem. Dizem que a colônia morreu em Antônio Prado. Que a colônia foi abandonada pelos antigos, pelos velhos que morreram
Os filhos todos sairam. Os mais novos foram em busca de terras novas, no êxodo rural que terminou com a colônia de Antônio Prado.
Os filhos mais novos, sairam, compraram caminhão e estão na estrada choferando e se revelaram ótimos motoristas. Ninguém mais cuidou da terra. O mato cresceu viçoso e tomou e conta de tudo.  Inclusive o mamto invadiu as estradas vicinais. Tudo é mato. Quem vair cortar e derrubar o mato?  O IBAMA?...O IBAMA é contra derrubar uma árvore. Acha crime, mesmo que o mato tome conta de tudo. Onde  havia a casa do colono, o galpão, a estrebaria, os chiqueiros, onde havia roças, de milho, de trigo, galpões, paióis, máquinas, não existe mais nada. O mato tomou conta de tudo . E hoje quem manda na colônia é o javali que encontrando o "!habaitata" natural se reproduziu e há em Antonio Prado uma comissão para matar javali. E pasmem. Com a aprovaçao do IBAMA. Até o IBAMA concordou em matar o destruidor e faminto javali. Um javali numa noite que ataca uma colônia produz mais estragos do que a  destruição    do exército invasor. 
Mas, a força do trabalho e o amor à terra e a tradição dos antepassados que vieram do Norte da Itália, para " far la América", em busca de " la cucagna"   ( riqueza) pois na Itália eram  "obligatti",  " contadini", servos da gleba, habitantes do interior do condado, por exemplo de Mântova e não tinham nada. Trabalhavam por um prato de comida. Aqui no Brasil receberam uma colônia de terras, de 25 hectares , trabalharam, lavraram e com suor do esforço criaram a riqueza e fizeram surgir umas 20 cidades, inclusive o Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, mostrando que a propriedade da terra e a posse mansa e pacífica da terra, gera renda, trabalho e tranquilidade.
Pois bem, vejam o milagre do trabalho e da dedicação ao cultivo da terra. Onde era mato e terras pedregosas   "terre cative" como diziam em vêneto ( terras brabas, terras magras) agora, com o suor do rosto e fazendo o que aprenderam a fazer quando pequenos, cultivar a uva, colher, na vindima, levar  para a cantina, e transformar a uva em vinho, gostoso e ótimo para tomar, dádiva dívina, pois o vinho é tomado na santa missa e o padre na consagração, após transformar o pão em corpo de Cristo, e diz que é para tomar e comer, pois este é Corpo Consagrado de Cristo, e depois, tomando o cálice em suas mãos e o elevando,  o transforma em sangue de Cristo, quando diz que "ao fim da ceia  -  ELE   -  tomou o cálice em suas mãos e deu aos seus discípulos, dizendo, tomai e bebei , este é o sangue da minha vida,  o sangue que é dado por vós e para todos os homens, e com amor, fazei isto para celebrar minha memória.
Graças a Deus, podem ir, a Missa terminou. "Ite Missa est".
Mas, na colônia de Antônio Prado, como o milagre da Consagração do corpo de Deus e do sangue de Deus, existe a colônia dos Zanella, família tradicional, que criou  e hoje tem a próspera Vinícola Zanella, produzindo vinho bom e que todos gostam de beber.
A Vinícola Zanella, no interior de Antônio Prado, na Linha Almeida, é a Santa Missa na prática do trabalho de todos os dias, o trabalho que dignifica e eleva a pessoa humana, produzindo o néctar dos deuses que é vinho, para tomar todos os dias, no almoço e na janta, com moderação.
Graças a Deus. Estávamos salvos do avanço do mato e da reprodução dos javalis.


Nério "dei Mondadori" Letti.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Eu estou inativo, na aposentadoria, aqui no meu canto de aposentado, com 75 anos, sedentário e com a gordura me  apanhando, esteatose e otras cositas más, a famosa linha média, glicose, colesterol e triglicerídeos, o terror gastronômico. E bom vinho onde fica, pois, me criei no meio do vinho, da uva, da safra, da vindima, do esmagamento da uva, do vinho doce (que dava diarréia) e engarrafar o vinho e guardar no porão de terra, da nossa casa, o estoque de vinho do meu pai, para beber com sua turma, a turma das jantas, das pândegas, a turma do funil, ou " a pesada" como eram chamados em Antônio Prado.

Total como guri  de Antônio Prado, sempre fui criado com comida italiana tudo com banha, bem branquinha de porco, carneado no dia, e a banha era tão gostosa e tão branquinha, que minha mãe, querida, passava no pão, feito no forno de tijolos, nos fundos, no grande galpão, pela minha mãe, e com figada ou goiabada, marmelada, etc...era inclusive a merenda para o recreio grande no primário do colégio Sagrado Coração de Jesus, do Maristas, com internos e externos, Os internos seguiam a carreira religiosa, vinham para o colégio Champagnat, onde hoje é a poderosa PUC, do Irmão Otão Stefani e que sempre passava as férias em Antonio Prado.  Ora. Ora. Almoço sempre a galinha, vinda lá do galinheiro, dos fundos, cheio de galinhas, a mãe sempre matava uma por dia e colocava no fogo, do fogão Wallig, número 2, com duas bocas aberta e portanto direto no fogo, sem a chapa redonda, removível, e aí cozinhava num molho até a metade da galinha. O aroma de minha infância é o da galinha cozinhando na panela de ferro, no nosso fogão à lenha, na cozinha, da nossa casa, lá no bairro Golin, cidade alta, rua 7 de setembro, 150. E cujo molho, fantástico, também era servido no almoço e servia para engordar a merenda, aquele baita sanduiche, que a mamãe fazia, para o recreio no colégio. E os médicos dizem agora, que aquela gostosa e fantástica alimentação que minha mãe fazia, com suas mãos habilidosas de italiana, cujos pais, dela, nasceram em Mântova, na Itália, fez mal, entupiu os canos cardíacos e outras artérias do corpo, etc..etc.. eu penso que não, pois a comida, como ela fazia, com amor e carinho. Não acredito que aquela comida fazia mal.

Na minha infância havia muitos tuberculosos., Era contagioso. Um perigo. Assustavam. Meu tio José Mondadori, contraiu tuberculose, era o carreteiro da grande loja e casa de negócios dos Mondadori, os pais de minha mãe, e com a carreta de terno, que carregava até 3, mil quilos viajava até Caxias do Sul, busando a mercadoria que chegava no trem ( o trem chegou em Caxias, em 1910) e abastecia a loja dos Mondadori e dai a mercadoria era comercializada com as colônias italianas de Antonio Prado e com os fazendeiros da Vacaria, perto de Antonio Prado, que tudo vinham fazer em Antônio Prado, bancos, colégios, farmacias, arreios, selas, remédios, hospitais, colégios, pois, Antônio Prado tinha tudo e Vacaria que ficava longe não tinha nem açougue e Antonio Prado tinha tres bons açougues, do Antoninho Bocches, do Gregório Rotta e o da fima Golin, este já chegando a um pequeno frigorífico, pois, matavam uns oitenta suinos por dia e uma vaca e industrializavam tudo. A comida era farta. Tanto que os negros do morro da Prefeitura, sempre se abasteceram de comida, na firma Golin Irmãos & Cia. e nunca cobraram nada. Nem a meia garrafa da cachaça de Santo Antônio Patrulha. Pena que a firma Golin, Irmaõs & Cia. fechou e meu pai que trabalhou no escritório por 40 anos.

Nério "dei Mondadori" Letti.






terça-feira, 7 de julho de 2015

CRÔNICA PARA SUBSTITUIR UM ABRAÇO

João Eichbaum

A vida te despediu, Hugo Cassel. A vida te despediu, como despede a todo mundo, sem direito a indenização, nem à recondução, algumas vezes com, outras vezes sem aviso prévio. A alguns despede sem dores, mas a outros impõe angústia, sofrimento, agonia. Assim como se livra dos insatisfeitos, manda embora também os que estão de bem com ela. Não tem critérios.

Tu foste um desses: estavas de bem com a vida, não havia motivos para que ela te despedisse. Cometeu essa injustiça contigo e isso me fez muito mal. Ela não permitiu que eu te desse um último abraço e que, nesse abraço, te confessasse dois sentimentos antagônicos: minha inveja e minha gratidão para contigo.

A inveja me bateu, quando te vi com o quepe branco, o terno azul e o distintivo da Varig. Tu tinhas te mudado para o mundo dos meus sonhos, eras comissário de voo (“aeromoço”, naquele tempo). Varavas o Brasil inteiro, mais perto do céu de anil ou do cruzeiro do sul, enquanto eu acomodava meus calos nos tamancos, vendendo jornais na praça.

Mas, a gratidão, muito mais forte do que a inveja, veio alguns anos depois, quando me levaste para o jornalismo. Sem eira nem beira, sem tem onde cair morto, vim de Santa Maria para cursar faculdade. Superado o vestibular, me senti entregue aos desmandos do destino, porque não tinha como sobreviver. Então vieste ao meu encontro e me levaste para a Rádio Farroupilha.

Introduzido no jornalismo, tudo ficou fácil e pude escolher o que de melhor a vida oferecia. E então, a fim de cumprir o script que o destino nos reservara, cada um de nós foi para o seu lado. O labirinto da vida, porém, não foi suficiente para impedir nosso reencontro, através daquilo que sempre foi nossa cachaça: as letras. Mas, já era tarde. Era pouco o tempo de convivência que nos restava, porque a vida havia decidido te despedir, antes que te despedisses de mim.


Hoje, debaixo da sombra cinzenta da tristeza, sou arrastado pela saudade até o prédio da Rádio Farroupilha na Sete de Setembro. Ilusão. Ele já não existe. O que sobrou foram lembranças esmaecidas pelo tempo: aqueles rostos, aquelas vozes que os microfones levavam para todo o Rio Grande, a vida, o amor e a morte nas novelas, os auditórios lotados, o Repórter Esso, as orquestras de Karl Faust e Salvador Campanella. Mas, tudo isso vai contigo, Hugo. E só me restará o pó do passado, porque não tenho mais com quem dividir as saudades.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

O dono da bola

Nos meados dos anos 70 a rapaziada das imediações da praça 20 de Setembro, em São Leopoldo, quando queria jogar uma pelada só tinha uma saída. Batia na porta da casa do nosso amigo ao lado da padaria de seu pai. Ele era o único que possuía uma redonda nas imediações. Infelizmente, também o típico dono da bola. Quando estava de mau humor, era quase irredutível. Convencê-lo era uma tarefa árdua. Era preciso muita negociação e um jeitinho que só descobrimos depois de muito implorar. Passamos a tratá-lo como se fosse o próprio Figueroa. Elogiávamos seu futebol. Sua liderança. Elogiávamos Marcela (a linda esposa do Figueroa) dizendo compreender que ela era um bom motivo para não passar a tarde correndo no areão da praça com todo aquele solaço. Mas... quem sabe usted nos empresta la pelota?

Ficava ansioso e de nariz colado na TV da sala e com uma cara de poucos amigos até que resmungava algo em portunhol e entrava para o seu quarto. Voltava minutos depois fardado da cabeça aos pés como se tivesse incorporado o lendário zagueiro chileno. O que preocupava um pouco eram os pés, já que ele calçava chuteiras enquanto a gurizada jogava descalça no areão da praça.

 Mas isto pouco importava, já que ele vinha com uma bola oficial novinha, com gomos em preto e branco, cheirando a nova embaixo do braço. Nós saudávamos nosso amigo com cânticos de torcida...O próprio. Dom Elias Ricardo Figueroa Brander.

Mal chegávamos à quadra improvisada e já providenciávamos as goleiras com pedras, chinelos e a divisão dos times na base do par ou ímpar ou “discordar”. As partidas eram quase intermináveis. Ou melhor, só terminavam quando, já exaustos no fim da tarde, deixássemos que o time do dono da bola saísse vitorioso.


Muito tempo já se passou. Lembrei do meu velho amigo quando o deputado Eduardo Cunha, o presidente da Câmara e também o dono da bola, agiu de maneira semelhante durante a votação da maioridade penal no meio da semana passada em Brasília.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

POBRES LETRAS
João Eichbaum

“Na pesquisa realizada constatamos que a biblioteca de materiais que trabalham com o conceito de midiatização, como um construto conceitual necessário para pensar as influências da comunicação na sociedade contemporânea comporta fontes mais variadas”.

Entenderam? Já lhes adianto que eu não entendi patavina. E, no entanto, o texto, publicado no jornal VS de São Leopoldo, é assinado por Rafael Francisco Hiller, que tem atrelado ao nome o aposto de “filósofo e mestre em comunicação”.

Sempre desconfiei de que filósofo não sabe escrever, só sabe enrolar. A filosofia de Aristóteles, por exemplo, até hoje não serviu para nada. A Grécia, seu berço, está num beco sem saída, sem dinheiro e sem emprego para seus cidadãos, se desmantelando como sociedade. A filosofia de seu ilustre filho corre mundo até hoje, sem dizer a que veio, porque não passa de blablablá. Não serve para comer, para vestir, para dormir tranquilo, para arranjar emprego, para estimular o Pib, para evitar a ejaculação precoce, para viver, enfim.

Então, descartemos do texto acima transcrito a filosofia. Se a filosofia fosse a arte de enrolar, tudo bem, não haveria coisa melhor para atingir a tal finalidade. O texto transcrito, obra de um filósofo, não diz coisa com coisa, não passa de uma junção de palavras sem sentido, quer dizer, serve apenas como instrumento de enrolação.

Filosofia fora, sobra o restante da qualificação de seu autor: mestre em comunicação. Então, eu pergunto: o que é que ele está comunicando? Alguém aí saberia me responder? Qual será a mensagem que ele traz? Sim, sim, todos adivinharam. A mensagem do texto nos leva até ao falecido Chacrinha: quem não se comunica, se trumbica. E foi isso que conseguiu o autor: se trumbicar.

Mas, livra-se o autor do peso da inutilidade de seu texto, com a lembrança de que pode ser aproveitado o papel do impresso: tanto para fazer fogo,esquentando o chimarrão nosso de cada dia, como para tingir o traseiro num momento de apuro. Ah, sim, e fazendo fogo, talvez se aproveite a fumaça como meio primitivo de comunicação. Se essa foi a intenção do autor, tudo bem, não tenho argumentos contrários.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

E o Grêmio ganhou do Avai, na Ressacada, cujo estádio fica ao lado da pista do aeroporto de Florianópolis, no Campeche, onde sempre pousava o gênio da poesia e da aviação, com os aviões franceses, da Aeropostale ( depois Air France) - Antoine de Saint Exúpery e que a turma do aeroporto o chamava de " Tio Peri" pois ele chegava a ficar aí, pousado, até 15 dias, esperando peças de reposição, ou o retorno do avião Briguet, de Buenos Aires, pois, não levavam passageiros. Só transportavam o correio, malas, cartas, objetos, ligando a França com a América do Sul, viajando sobre o litoral. Qualquer problema nos velhos e clássicos aviões pousavam na areia do litoral. Não entravam pelo continente a dentro. Serras, morros e vales, sem qualquer recurso, naqueles tempos, da década de 20 e 30 até 40 do século passado. Mas ninguém, sabia em Florianópolis, que aí estava um gênio, da pilotagem e da literatura mundial.

Agora os mergulhadores audazes, descobriram onde está o avião, no fundo do mar, Mediterrâneo, nas grandes batalhas aéreas da Segunda Guerra Mundial, ele, solitário, na cabine, lutando nos ares, na guerra ( estupidez humana total, mas uma realidade de bombas e tristeza) pilotando, na solidão daquela cabine aviatória, abatido, está no fundo do mar, faz tantos anos. Dizem que vão resgatar o que sobrou do avião do autor do " Pequeno Principe" e tantas obras literárias, um poeta da vida, mas um lutador intimorato na cabine do avião, lançando bombas e atirando com a metralhadora. Que paradoxo do poeta e do aviador de guerra.

Nério “dei Mondadori” Letti