segunda-feira, 31 de agosto de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

Os que optaram pela delação
premiada devem ser mais
solidários entre si.
 Afinal, uma mão suja lava a outra

AS NEIRAS

Nunca foi bom em
geometria, mas quando pegava a bola no grande
círculo colocava no ângulo.
O corrupto teme a crise
 hídrica. Afinal, quem vai
 molhar a sua mão?  

Para o PMDB, ser vice
 é um vício círculo

RARIDADES
Pagou uma fortuna pelo
 original do primeiro Xerox

Malditas palavras
MAL  DITAS!
O carro do tolo atolou

No microscópio
 o verme chocou-se
 ao ver-me

Antigamente o conflito com os mosquitos eram com fliti.

VOLTA E MEIA É UM CÍRCULO SUPERFATURADO

 Os políticos acusados
 de corrupção preferem a

 morosidade do Moro.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

RESPOSTA ÚNICA PARA TANTA PERGUNTA:
NÃO TEM VIRGEM NA ZONA

João Eichbaum

Não se pode perdoar nos magistrados o invencível  despudor para tirar proveito, comum nos inescrupulosos. A imoralidade é tamanha que, se alguém disser que tem vontade de meter o dedo no cu e rasgar, a explosão de raiva soa como piedosa jaculatória.

Não merecem outro comentário os valores que aparecem na folha de pagamento dos juízes e desembargadores aposentados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.  Foi parar no Facebook aquela vergonha!

Tem juiz que não precisou apostar na sena: mais de duzentos mil reais caíram no colo dele. Um deboche, um acinte! Num país em que o trabalhador se rala para ganhar setecentos e setenta e oito reais, e com isso pagar aluguel de casa, se sustentar, sustentar a família (sustentar é modo de expressão), um velhinho broxa e pé na cova, por ter sido juiz, ganha mais de duzentos mil!

Esses senhores, sempre muito bem remunerados, desde que foram juízes nunca andaram de transporte público. Nunca ralaram num trem, num ônibus. Eram levados para casa em automóvel adquirido com o nosso dinheiro e conduzidos por um motorista muito bem pago, também com o nosso dinheiro.

Agora, para a magnificência do próprio ego, os doutores estão ganhando auxílio-táxi, auxílio moradia, auxílio-merda e todos os penduricalhos que o Luiz Fux lhes concedeu numa penada só: sem lei. Sem lei e sem pudor, dando de ombros para os pobres que são despejados, para os miseráveis, que se amontoam em barracos, para os desqualificados, que dormem na rua. 

O que se pode esperar desse país, se os juízes estão desplugados do senso moral e de justiça, da responsabilidade social, das noções básicas, primárias, do Direito. Ora, ora, senhores, se ao Legislativo é vedado o aumento de despesas através de lei, como se outorga o Judiciário esse direito?

Se um trabalhador se esfalfa 35 anos num chão de fábrica ou pendurado em andaimes ou na boleia do caminhão, e tem que pagar mais, enquanto trabalha, para receber menos quando se aposenta, por que um juiz ganha mais na aposentadoria do que na atividade? Por que uns terminam como desvalidos dos INSS e outros como paxás da República? Todos são iguais perante a lei? Como assim?

Onde procurar a Justiça, se a última instância de todos os tribunais legisla em causa própria e não temos a quem recorrer contra essa abjeta decisão?
Onde procurar a recomposição dos valores perdidos, se o Judiciário, aquele Poder que poderia ser nossa tábua de salvação, prefere se acomodar na ilha da fantasia, do outro lado desse fosso social que separa o luxo do lixo?



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
Parece mesmo que o Brasil está tomando um rumo para o fundo do desconhecido econômico e financeiro e estamos entrando num torvelinho maluco semelhante ao de outubro de 1929, quando da Grande Depressão, quebra da Bolsa de Valores de New York, cuja debacle econômica mundial foi a cáusa eficiente da Segunda Guerra Mundial. Todos sabem que a luta pelo petróleo, entre os países, será apocalíptica, e nesta luta está a Petrobrás. Lógico. Seria ingênuo pensar que a sanha e a ganância do capital internacional não esteja de olho e querendo tomar as rédeas da Petrobrás, pois, o Brasil é frágil, não tem exército, marinha e nem aeronáutica para garantir a extração do petróleo em alto mar.  Qualquer ataque, às ganha, será fatal para o Brasil. Mas, parece, que com medo estamos nos autodestruindo entre nós, antes que o inimigo estrangeiro nos ataque em busca do ouro negro. Que trágico. Para onde vamos e onde vai parar nosso Brasil. Pois, está tudo por fazer.......Nesta hora, eu chego a pensar, que por interesse lógico,  os americanos, vão meter seus porta-aviões, carregados de F-16 e de bombas, para assegurar, ao Brasil, a extração do petróleo em alto mal. Confiar em quem?.....Olhando o planeta atual, somente os Estados Unidos virão em nosso socorro, caso os piratas modernos do mar, que sequestram poços de petróleo, refinarias e petroleiros carregados de petróleo. Vejam o exemplo no chifre da Africa, na Somália, na Etiópia, na Eritréia e o emirado árabe, do Iemem, sofre bombardeio diário, desde as bases da Arábia Saudita, pois, as tribus inimigas se debatem na luta pelo domínio do petróleo, oleodutos e sequestram petroleiros carregados do ouro negro e depois saem por aí, a vender o petróleo, a preço baixo, aos paises que não tem um litro de petróleo, bagunçando totalmente o comércio do petróleo mundial, e seu preço por barril. Agora neste momento o Iemen está sendo bombardeado. Parece mentira, mas é verdade.

E para o norte, as bases da Arábia Saudita e da Turquia  (americanas) bombardeiam, todo o dia, o norte do Iraque, parte da Siria, parte do Irã, onde fazem fronteira, inclusive com a Turquia  ( armênios e curdos - dois povos que sofreram o genocidio por parte dos Turcos Otomanos, no inicio do século XX )  pois bem, ái neste quadrado de guerra e de petróleo, o Estado Islâmico, dos fanáticos de grupos e de raças e náo bem definidos, numa confusão total, querem restabelecer o antigo esplendor do Califado de Bagdah. Vejam bem onde querem chegar, tudo devido ao dominio do petróleo.  Portanto, o governo de Riad, do Rei Saudita,  está metendo bombas e mísseis diariamente, ao sul sobre o Emirado do Iemem e ao Norte, sobre o projetado e pretendido califado de Bagdad. Eu escrevendo aqui, até parece mentira e custo a acreditar, que nestes dois locais do nosso planeta, estão caindo bombas e mísseis certeiros e mortíferos, matando milhares de pessoas.

Será que isto poderá um dia acontecer com nosso petróleo?.....O que vocês acham?....Quando o petróleo estiver acabando, pois, é um recurso natural não renovável e  um dia vai acabar......

Confesso que estou perturbado e não consigo pensar direito, só imaginando o terror de uma guerra. E que Brasil vamos deixar para nossos netos?


Nério "dos Mondadori" Letti.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

O Brasil fervendo. O Brasil é continental. São 200 milhões de habitantes. Está tudo por fazer no Brasil. Vamos ver onde vai parar tudo isso.
Penso que não há quem se arrisque a dar um palpite seguro de onde vai parar nosso país....
Eu pessoalmente, que sempre tive uma formação familiar, pacata, de união, e sempre estudei em colégio católico, Irmãos Maristas em Antonio Prado e Colégio Anchieta em P. Alegre, lógico, que minha paleta ficou marcada pela filosofia escolástica e jamais, quando estudante, fui de " esquerda". Na década de 50 e 60, do século passado. Hoje, eu não sei definir, no Brasil, o que é "esquerda" e o que é " direita". 
Como Juiz, sempre procurei amenizar o rigor das leis. A lei dura nas mãos de um bom juiz se torna uma lei doce. Uma lei doce nas mãos de um mau juiz se torna uma lei dura. Este foi o princípio que sempre levei comigo. As Comarcas por onde andei de Juiz, por este interior gaúcho, por 12 anos são testemunhas do meu proceder como Magistrado.
Por isso, sempre aprendi a conviver com a prepotência do rico e poderoso mas também soube lidar, generosamente, com a arrogância do pobre.
Procurei sempre guiar minha consciência pela retidão da ética e da cordura com base na moral, tendente ao bem comum. E por isso sempre orientei meu subjetivo no princípio de Ruy Barbosa, da Oração aos Moços, de 1923, que a igualdade consiste em tratar igualmente aos iguais e desigualmente aos desiguais, porém, estes, na medida em que se desigualam, procurando sempre defender o regime democrático, dando oportunidade iguais para todos. Sempre procurei proteger as minorias, os negros, os homossexuais, os despossuidos, os migrantes, os indios, (os chamados  "bugres") de forma silenciosa, sem alarde e despachando com fraternidade no processo, sem  estrépito e jamais indo para a mídia e nunca dei entrevista sobre os processos que cabiam a mim julgar, nem antes, nem durante e nem depois do processo.  Tudo estava no processo, como ainda está. Basta ir aos arquivos judiciais e tirar cópias do meu trabalho, das minhas sentenças, em primeiro grau e dos meus Acórdãos, em segundo grau.. 


Nério "dos Mondadori" Letti. 

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O POETA E O ADORMECEDOR DE BOI
João Eichbaum

Para quem conhece o Direito Penal como ciência, e não como instrumento de favorecimentos pessoais, ou para quem não é analfabeto funcional, salta aos olhos a inconstitucionalidade do art. 28 da Lei 11.343/06. Em não tipificando tecnicamente uma conduta delituosa, mas impondo penas ao agente, o dispositivo afronta o inc. XXXIX do art. 5º da CF.

Observe-se como está redigido o mencionado artigo 28: Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I – advertência sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços à comunidade; III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

No mundo inteiro, desde que o Direito Penal foi adotado como ciência, a tipificação do delito obedece a uma construção verbal “sui generis”: não tem sujeito. Por exemplo: “matar alguém”, define o delito de homicídio. O núcleo da norma penal está no verbo, na ação.

A Lei 11.343 é tormentosamente ambígua: não define como crime a aquisição, a guarda, o depósito e o porte de drogas para uso pessoal da  forma como o faz no capítulo II, do Título IV, onde elenca, segundo o figurino penal, as condutas delituosas. Os crimes, tecnicamente tipificados, estão em capítulo e título diferentes das condutas que supõem a aquisição, a guarda, o depósito e o porte da droga para uso pessoal. 

Quer pela descrição da conduta, quer pelo seu deslocamento no estatuto legal, não se pode tê-la como tipificação de crime. As regras de hermenêutica penal proíbem a interpretação analógica in malam partem.

Sobre essa estranha ou burra forma de legislar, se estabelece, no mínimo, uma pergunta: o que pretendeu o legislador, com tais disparates? Ora, na dúvida, não cabe outra interpretação, senão a favor do réu. E para quem sabe que “não existe crime sem lei, nem pena sem crime” a inconstitucionalidade se desata frente ao inc. XXXIX do art. 5º da CF, que consagra a regra milenar: nullum crimen, nulla poena sine lege.

No entanto, o STF, entre outras, adotou a seguinte decisão do poeta Carlos Ayres Brito: “A punição, na hipótese, é de rigor para salvaguardar a sociedade do mal potencial causado pelo porte de droga, apto a ensejar o incremento do tráfico de entorpecentes, a par de outros delitos associados ao uso indevido da droga. Ademais, deve ser ponderado que o E. Supremo Tribunal Federal, a quem compete o controle de constitucionalidade das normas, em momento algum reconheceu a indigitada inconstitucionalidade, razão pela qual o dispositivo de lei há que ser observado e cumprido.” (STF, RE 635660 SP).

E agora, para a alegria dos traficantes, dos filhos e das amantes de figurões da república, vem o Gilmar Mendes, com aquele jeito de sapo engasgado com batata quente, dizer que a lei é inconstitucional. Para isso, ele esgravata literatura estrangeira em busca de erudição, mói ideias alheias, enrola, faz digressões inúteis, num discurso empolado, tortuoso e prolixo. E acaba legislando, transformando pena em sanção administrativa. Tudo a ver com os habitantes daquele cemitério de humildades, que é o STF.


A diferença entre o Ayres Brito e o Gilmar Mendes está nisso: o primeiro faz poesia, e o outro, canções de ninar bovinos. Mas nenhum deles enxerga o óbvio, que é a burrice do legislador, ferindo o inc. XXXIX do art. 5º da Constituição Federal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015


PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br
AS NEIRAS

NINGUÉM DEFENDE A DILMA. ELA PARECE ATÉ O GOLEIRO  DA SELEÇÃO, COM THIAGO SILVA E DAVID LUIZ NA ZAGA

Não é justo ofender os que praticam a corrupção. Deveríamos respeitar uma das maiores instituições de nosso País.

Em caso de delação premiada é só explicar tin-tin por tin-tin, sem entrar em detalhes.

BONS TEMPOS EM QUE ESTÁVAMOS À BEIRA DE UM ABISMO.

Pagou uma fortuna por uma múmia falsa e só depois descobriu que ele é que foi enrolado.

A coisa realmente está complicada quando a cartomante leu o seu passado nas páginas policiais de velhos jornais.

Sujeito estressado fez papel de espantalho no filme “os pássaros”, de Alfred  Hitchcock.

O chefe de cozinha fez uma piada... de mau gosto.

Bom mesmo é ser Procurador-geral da República no Brasil. Nem é preciso procurar muito...

Nada melhor para reflexão do que um espelho grande.

Rio Grande do Sul.
Vejam só a que estado nós chegamos.


Desde muito jovem era um completo idiota. O melhor que se podia dizer a seu respeito é que era um sujeito coerente.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PAIXÕES
João Eichbaum

Tulio Milman, que assina o “Informe Especial” em Zero Hora, se sai muito bem como cronista. Na edição de sábado passado, colorado confesso, ele pincelou algumas frases interessantes sobre aquilo que chama de “paixão pelo futebol”. O texto tem a ver com a humilhante goleada sofrida no Gre-nal.

Diz o seguinte: “A paixão pelo futebol é inexplicável. Na hora da tempestade, a raiva sempre ganha muito espaço. É normal. O futebol é um espaço consentido de irracionalidade, de incoerência. Um palco largo e perfeito para a catarse.”

O ser humano é o único animal que se deixa dominar pela paixão. E, dominado pela paixão, ele não usa a razão. Só não volta ao estado puro da animalidade porque qualquer ato seu, praticado sob o domínio da paixão, é ditado pelo pensamento, pela vontade. Ou seja, não deixa de ser racional, vá lá.

Então, paixão, tudo bem. O homem, exatamente por ser racional, foi feito para se apaixonar, para se apegar, para delirar. Abstraída a paixão comum, fruto do impulso sexual ingênito em suas funções biológicas, ele tende a se apaixonar também por determinados agrupamentos: religiosos, políticos e lúdicos.

A diferença entre a paixão do indivíduo pelo indivíduo e a do indivíduo pelo grupo está na duração. A primeira com tempo passa, se esboroa, se esfuma, desaparece. Mas a paixão pelo grupo, salvo exceções que confirmam a regra, dura para sempre.

Esse tipo de paixão tem uma explicação que diz muito com o animal: o desejo de poder. O apaixonado quer que sua religião, seu partido político ou seu clube de futebol se sobreponha aos adversários, porque isso lhe dá uma sensação de poder, alçando-o a um patamar superior, dando-lhe a segurança de pertencer a um grupo mais forte. Ele quer que seu grupo seja o que ele, individualmente, não foi.


Em suma, é a natureza gregária do homem que o leva a se apaixonar por determinados grupos. Não é correto dizer que ele se apaixona por futebol. O grupo, seja qual for sua atividade, o enlevará. Essa é a razão pela qual ele não deixará de ver na televisão ou de assistir da arquibancada nem um torneio de cuspe a distância, se esse for disputado pelo seu grupo. A isso se chama paixão.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
Brizola nasceu na localidade de Cruzinha, então Passo Fundo, hoje pertence a Carazinho em 22.1.1922.
Seu pai, foi degolado e morto na Revolução de 1923, pois era Maragato ( lenço vermelho, oposição a Borges de Medeiros) e se negou a vender uma cavalhada, bem amilhada, ao todo poderoso  Coronel Victor Dumoncel, de Santa Bárbara, que era da situação, lenço branco, borgista ferrenho. Vai daí, como o pai de Leonel Brizola se negou de vez, o coronel mandou degolar o pai do Brizola. Brizola, depois dos 9 anos, foi morar em Carazinho, ao lado da Igreja Luterana, do pastor Gamaliel Pereira, onde havia uma escola, tipo SENAC - e daí, com 12 anos, foi trazido pelo dito pastor para P. Alegre onde trabalhou como ascensorista na Galeria Chaves e conseguiu cursar a ETA, em Viamão, onde se formou (Escola Técnica de Agricultura) e ingressou na Faculdade de Engenharia da UFRGS, onde se formou engenheiro civil
O nome Leonel, foi adotado, em local do primitivo, (Itagiba ou Biriba???) - em homenagem ao chefe maragato da região, da oposição a Borges de Medeiros, justamente o famoso Coronel Leonel Rocha, de Palmeira das Missões, que dirigia os Maragatos na região, contra também o chefe borgista, o coronel Valzumiro Dutra, na Revolução de 1923.
Morreu, no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 2004, de infarto,  entrou com mal estar, dor no estômago, nas costas, etc..e na emergência foi medicado com sedativo e mandado para casa. Estava com o neto Brizola Netto com que morava no apto da Av. Atlântica (hoje já vendido, no inventário)   -    na clínica (parece que a Clínica Botafogo) e ao sair, caiu no elevador, nos braços do neto e morreu dentro do elevador. Depois constou  no atestado de óbito  a "causa mortis" como sendo   "infarto do miocárdio" o que é repetido até hoje:    "Brizola morreu de infarto"  -  . Só isso. Nada mais. Mas ao que se sabe não foi feita a necropsia e que segundo a Lei, no caso concreto, seria obrigatória, pois, em verdade, ao morrer, o fato morte ocorreu, sem assistência médica. O que obrigava a realização da obrigatória necropsia para ver com materialidade e razão científica as cáusas e razões da morte do Dr. Leonel de Moura Brizola.
Duas vezes governador do Estado do Rio de Janeiro e um dos maiores, senão, o maior politico dos últimos anos do Brasil pelos seus partidários e pelos contrários, como Carlos Lacerda, foi Brizola o mais polêmico dos políticos, quando armou dos grupos de onze, nos campos para invadir fazendas e aí os militares se convenceram que tinham que se livrar do Brizzolla.  No RGS, foi Deputado Constituinte, em 1947, e jovem foi secretário da Constituinte, de 8 de julho de 1947, sendo o mais jovem dos deputados constituintes. Foi Secretário de Estado das Obras Públicas do governo de Ernesto Dornelles, de 1951 a 1954. Prefeito de Porto Alegre, Governador do Estado do RGS, de 1958 a 1962 e depois Deputado Federal, pelo Rio de Janeiro (então estado da Guanabara) sendo o deputado com maior votação no Brasil quando foi apanhado pelo golpe de 31 de março de 1964 e se exilou  no Uruguai, depois, New York e mais tarde em Portugal. Anistiado pela Lei Geral de Anistia do governo do gen.  João  Figueiredo ( o último dos militares) retornou ao Brasil, via Paraguai, em discutida viagem, desembarcando em São Borja, em 7 de setembro de 1979, livre, anistiado e reiniciando sua vida política e familiar no Brasil, depois, de 15 anos de exilio.

Nério “dei Mondadori” Letti

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
 A reportagem sobre o Água na Boca, publicada na ZH pelo meu amigo Kadu Chaves, filho do Hamilton Chaves, de Lagoa Vermelha, amigo do Lupicínio Rodrigues, irmão do Ovidio Chaves,  me remeteu  à figura total do meu paraninfo do Direito da UFRGS, de 1962, o notável professor de Direito Administrativo, no 5° Ano, Ruy Cirne Lima - O professor que falava alemão, se correspondia com o professor da Universidade de Heidelberg, .......?  ..Jelinnek -  na época um dos maiores do Direito Administrativo - com cartas em alemão. Já prometeram que iriam publicar as cartas trocadas entre o prof. Ruy Cirne Lima e o prof. alemão Jellinek. Eles não se conheceram pessoalmente, pois, Ruy Cirne Lima, pouco ou nunca viajava. 
Na dita casa, nos inicio, residiu o prof. Ruy Cirne Lima, depois, foi morar na rua André Puente, numa casa, no bairro Moinhos de Vento. 
Ruy Cirne Lima citava o Digesto Romano, em Latim, de memória. A memória do prof. Ruy Cirne Lima era fantástica. Sabia tudo. E era simples e amigo dos alunos.
Os jovens, começando a advogar sempre lhe traziam dificuldades pessoais, de algum processo e fazia a pergunta tópica do caso concreto. Ruy Cirne Lima, com calma, fumando o charuto, tinha tempo, sorria e dava uma resposta bem sintética e respondia e procurava resolver a dificuldade e a angústia do apressado jovem que se iniciava na advocacia. Que grandeza. Que paciência. Que nobreza.
 Muitas vezes, dizia que os Romanos já tinham enfrentado a questão do jovem aluno e então se agigantava citando o   Digesto Romano, já de Constantinopla - ano de 533, D.C.  - quando o Imperador Justiniano, procurou ordenar e resumir o vasto Direito do enorme Império Romano, de mil anos, reuniu Juristas  eméritos, e "digeriu", ordenou, compilou, organizou, para facilitar, pois o Digesto, vem de "digerir"  "pôr em ordem" - obra ciclópica que chegou até nós pelos copistas dos mosteiros da Idade Média, monges que copiavam e do Digesto a parte do Direito Civil, um francês, já em 1538, de nossa era, Dionisio Godofredo, estudou e também fez publicar a quarta parte do Digesto ( O Digesto tinha quatro partes, quatro livros) e chamou de   "Corpus Iuris Civilis"  dos Romanos.  ( Corpo de Direito Civil) cujo texto é a base e foi adotado por todos os paises civilizados para ter seu Código Civil, inclusive Portugal e o Brasil".
Pois bem, Ruy Cirne Lima, sabia de cor e citava    de memória, tanto o Digesto do Imperador Justiniano (Constantinopla) como o "Corpus Iuris Civilis" posto que os  Romanos tudo fizeram, tudo estudaram, tudo pesquisaram, esgotaram o Direito conhecido, entre os homens,   e tudo resolveram. 
Ruy Cirne Lima tinha uma gozação irônica de alto refinamento com os colegas que não eram humildes como ele.  Dava a solução e depois fazia uma pergunta, também, relacionada ao fato perguntado pelo aluno, pois, como tudo em Direito, ele também tinha alguma dúvida e pedia auxilio do  " jovem colega" e dizia, não precisa, responder, agora. Estude. Não te apresse.  Pesquise e me responda por carta escrita, sem problema, só que espero a tua carta em alemão. 
 Eu não sei uma palavra em alemão, mas, diziam, que Ruy Cirne Lima era fluente, também, em alemão.
Nério "dos Mondadori" Letti


terça-feira, 18 de agosto de 2015

CORRUPÇÃO: A MAÇÃ PODRE DA DEMOCRACIA

João Eichbaum

A horda comuno-populista que tomou conta do governo brasileiro, além de mal-intencionada, é burra. Burra, porque não consegue esconder a má intenção de se perpetuar no poder. Sobre o clamor que se fez ouvir nos céus da pátria contra a corrupção, no último domingo, ela deu de ombros.

“Está dentro da normalidade democrática”, disseram os porta-vozes desse governo, que foi esculachado pelo povo, do primeiro ao quinto. Querendo mostrar indiferença, mostraram burrice e má intenção: não sabem ou não fazem questão de saber o que é democracia, como deve funcionar um regime democrático.

A “normalidade democrática” – quem não é burro, nem mal-intencionado sabe – pressupõe o cumprimento do roteiro institucional: os órgãos de soberania funcionam de conformidade com as normas constitucionais, que resguardam a ética e o Direito, e coíbem os abusos.

Se o Executivo, por exemplo, abusa, gasta demais, não presta conta de “verbas secretas”, mascara a contabilidade, patrocina a ganância de empresários com superfaturamentos, o Legislativo, que representa o povo, e o Judiciário – se provocado – extirpam o mal, põem cobro ao pandemônio institucional. É assim que funciona a democracia. Essa é a engrenagem que mantém a “normalidade democrática”.


Mas, quando os governantes começam a enriquecer à custa do povo, quando o Executivo reparte o bolo da corrupção com o Legislativo, quando o Judiciário, composto por ministros apadrinhados, ameaça a independência de juízes honestos, a democracia se destripa, se decompõe, apodrece, se torna uma mentira.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

COM UM DOMINGO DE FUTEBOL E DE PROTESTOS EM PORTO ALEGRE SE TEM DUAS OPÇÕES: O CAMINHO DO GOL OU O CAMINHO DO GOL...PE

Bons tempos em que o Rio Grande do Sul tinha  quatro estações

TEATRINHO LIGEIRO
- Você não sabe a força que têm as palavras...
- Nem me fale!!!

Na India tem faquir fazendo greve de fome por piores condições de trabalho

A dentadura dentro do copo tinha um sorriso triste

Tem coisas que se leva pela vida inteira. Por exemplo: uma condenação à prisão perpétua.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

É DE BLABLABÁ QUE O POVO GOSTA
João Eichbaum

"Se você abre uma porta, você pode ou não entrar em uma nova sala. Você pode não entrar e ficar observando a vida. Mas se você vence a dúvida, o temor, e entra, dá um grande passo: nesta sala vive-se ! Mas, também, tem um preço... São inúmeras outras portas que você descobre. Às vezes curte-se mil e uma. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta. A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos. Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende. Não existe a segurança do acerto eterno. A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobre-se tantas outras portas. E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas. Mas a vida também pode ser dura e severa. Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente. É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida... Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!"
(Içami Tiba)

O texto acima colheu quase dez mil “curtidas” no “Facebook”. Quer dizer, recebeu a aclamação de quase dez mil analfabetos funcionais. Analfabetos funcionais são pessoas simplesmente alfabetizadas, isto é, pessoas que sabem ler e escrever, mas não têm capacidade de interpretação.

Além de proclamar a asneira de que “a vida é generosa” (será que ele nunca viu gente passando fome e dormindo ao relento?), o cara que escreveu o texto não disse novidade alguma. Não revelou segredos, não ensinou a conquistar sucessos. Apenas disse o óbvio, que qualquer papagaio falante sabe, sem que seja necessário que alguém lhe ensine: a vida de qualquer pessoa depende das decisões que ela tomar. Há decisões que a tornarão feliz, lhe trarão sucesso, mas há decisões que a colocarão num beco sem saída ou a levarão para o abismo.

O principal, isto é, como tomar a decisão acertada ou como revertê-la, o cara não ensinou. Ora, ora, ninguém toma decisões erradas por gosto. E nem sempre o insucesso depende só da decisão. A vida é uma grande “bolsa de valores”, com altos e baixos, um verdadeiro turbilhão de circunstâncias, e essas circunstâncias é que determinarão o sucesso ou o fracasso das decisões pessoais. Ninguém é invulnerável à desgraça.

Em outras palavras: a vida é governada, ou desgovernada, pelos acasos, pela sorte ou pelo azar. Essa é a dura realidade. Não existem teorias ou regras que ensinem como se deve tomar uma decisão acertada. “Cada um, cada um”, diz a filosofia popular. Ou seja, cada caso é um caso, cada pessoa é uma pessoa, cada um tem o seu modo de agir perante as circunstâncias da vida.

A “curtição” do texto acima revela um alarmante número de otários ou analfabetos funcionais que sustentam espertalhões. Esses, os espertalhões, são dotados da capacidade de seduzir, de engambelar, de apaixonar ingênuos, de dobrar as pessoas que possuem inteligência de passarinho.


Ainda bem que existe hoje o Facebok, mostrando aqui, ali e acolá, focos de grandezas e aviltamentos do ser humano. A revelação dessas causas do desequilíbrio social serve para apaziguar a consciência de quem gostaria que o mundo fosse melhor. A inversão de valores fica por conta dos analfabetos funcionais - que são a maioria.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
Agora a flauta é oficial do Grenal da vitória do Grêmio de 5x0, no domingo, 9 de agosto de 2015, na ARENA do Grêmio. Veja a camisa, tudo é cinco. Não gosto muito da flauta oficial. A torcida, sim, deve e tem o direito de ser feliz e gozar dos vermelhos. Faz parte. Eles fazem de forma total, faz tantos anos, sobre os gremistas.  Total, são tetra-campeões gáuchos. O Grêmio lavou a alma com esta vitória retumbante no GRENAL.. Histórica.  Agora, o Grêmio precisa jogar sério, compenetrado, como jogou o GRENAL, colocando os seus profissionais  o coração no bico da chuteira e ganhar uma taça, um título, uma faixa, dentro da ARENA para ir fomando na ARENA fantástica, um templo do futebol, dos melhores do mundo, o vínculo subjetivo e invencivel com a torcida e tornando a ARENA a verdadeira casa tricolor imortal, como foi o Estádio Olimpico.
Jamais o notável Estádio Olímpico, da Azenha, seria uma ARENA.  Mesmo reformado, a massa do GRENAL dos 5x0 - criaria um aperto e ajuntamento de pessoas praticamente insuportáveis, metendo medo nos torcedores.
Sempre seria uma reforma. A ARENA foi um projeto novo, desde o início, notável e com amplitude total de espaços. Tanto que no GRENAL, circularam pela ARENA, entre torcida e demais pessoas envolvidas com o clássico, aproximadamente 50.000 pessoas e tal massa de povo nem foi sentida pelo nobre e gigantesco estádio. Detalhe: não lotou. Havia ainda espaços generosos a serem ocupados. Tudo foi planejado. A ampla e confortável plataforma que circunda a ARENA tricolor, no meu pensar, foi a grande novidade, que não permite aglomeração de pessoas, na entrada e na saída. Tudo decorre normalmente. Não esquecendo as três mil vagas de estacionamento sob a ARENA. 
Lógico, faltam as obras públicas de competência do governo, para facilitar a chegada e a saída do majestoso estádio. Todavia, mesmo com as ditas obras, 50 mil pessoas saindo ao mesmo tempo, em qualquer lugar do mundo, sempre haverá engarrafamento no escoar do trânsito.

Nério “dei Mondadori” Letti

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

O Brasil, está numa luta já declarada, entre situação e oposição. O Marco Aurélio Garcia foi apelidado pela imprensa de " toc toc", em razão de sua manifestação sobre acidente aéreo pavoroso da TAM, em Congonhas, quando o Air Bus varou a pista em alta velocidade, passou sobre a avenida Washington Luiz e bateu, do outro lado, no próprio prédio da TAM - onde morreram na hora umas 200 pessoas, muitas ficaram feridas, talvez o maior acidente aéreo do Brasil, onde os mortos eram na maioria gaúchos, pois, o avião decolou e partiu do Aeroporto Salgado Fiho, á tarde. Diante da comoção, natural, Marco Aurélio, foi filmado no Palácio do Planalto, em seu gabinete, à noite, após vir noticias de que isentavam o governo e seus órgãos aeronáuticos de possíveis responsabilidades, com o que Marco Aurélio vibrando e com raiva, fez o gesto famoso, com a mão esquerda fechada e com a mão direita, batia sobre o punho esquerdo fechado,  " toc toc" - "toc-toc" - naquela gesto usual que o brasileiro e o povo em geral faz quando o outro entrou pelo cano e se f............e ainda pronunciou algumas palavras que a culpa não era nossa ( do governo) e sim deles, cujo teor desconheço. O fato foi amplamente divulgado. Tanto que até hoje o Marco Aurélio, teve a marca indelével sobre seu nome de: Marco Aurélio " toc toc" Garcia. Trágico, sob todos os aspectos.
Todavia, lembro do jovem e elegante Marco Aurélio, nos tempos de estudante, de Direito, na Faculdade da UFRGS, um dandi, da alta sociedade de Porto Alegre, frequentador emérito da Rua da Praia, nos bons tempos, da rua da Praia, onde tudo acontecia. Vestia com fineza. De fino trato.  Residia no refinado bairro Moinhos de Vento e era assíduo da turma de jovens rapazes da "crema de la crema" da sociedade de P. Alegre, que se encontravam na então romântica Praça Julio de Castilhos, na esquina da Av. Independência com Ramiro Barcellos. Não sei onde morava. Mas, havia notícia que residia no amplo e confortável Edifício Esplanada, na época, reduto da riqueza e do poder econômico do RGS.  Detalhe, sempre rodeado, de lindas mulheres, "comme il faut", o que lhe aumenta  o mérito de galã da juventude de seu tempo. Automóvel último tipo. Sempre bem trajado. Era disputado pelas mulheres.
Ele era um pouco mais novo do que eu. Eu tenho 76 anos. Ele deve ter menos. Ele não me conheceu, pela simples razão, que  eu não girava na roda da elite. Eu era um rapaz, vindo de Antônio Prado, pobre e morando em pensão, estudando, Direito, para subir na vida e ganhar o meu pão de cada dia. Digamos, fomos contemporâneos daqueles anos dourados onde despontava os bailes da Reitoria da UFRGS. Quem viveu aquele tempo sabe do que  estou falando.
Todavia, eu o conheci. Falei com ele, algumas vezes, no meio da turma que eram meus colegas de aula e que eram amigos dele. Sempre me impressionou a elegância, a lhaneza do trato e a visão daquele jovem alto, bonito, elegante, e fazia lembrar, aproximadamente, a figura do dr. Osvaldo Aranha.
Interessante, um jovem rico, da elite, se bandeou para o PT, causando surpresa a todos, e se tornou, com a desculpa, do termo, um fantástico e culto  "aspone"  -  pois, nunca fez concurso, nunca exerceu um cargo executivo, nunca submeteu seu nome ao crivo e ao vestibular da urna. Sempre agiu nos bastidores, aproveitando as benesses do poder. Tudo bem. Sorte dele que sempre gozou de ótimos empregos. Salário em dia. Viagens pagas, com diárias, etc. etc...Carro oficial.
Não estou a criticar. Estou a narrar simplesmente um fato do meu tempo de estudante de Direito na UFRGS, da Porto Alegre, na década de 50 e 60, do século passado.
Como eu sempre me considerei da "direita" mesmo como estudante de Direito na UFRGS. Nunca participei da " esquerda" liderada pelo Carlos Araujo ( ex- Dilma)   e  outros, que chegou a ser meu colega de turma, por dois anos, e depois partiu para Pernambuco, onde se uniu a Franciso Julião, nas ligas Camponesas, no agreste pernambucano.  Então, o fato, de o Marco Aurélio Garcia, guinar para a " esquerda" e se tornar como diz o emeil o consultor e conselheiro internacional da Lulla e Dilma, causou, como é natural surpresa, na nossa turma.


Nério "dos Mondadori" Letti.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

VENCIMENTOS PARCELADOS
João Eichbaum

O caso do parcelamento dos vencimentos dos funcionários públicos do Estado do Rio Grande do Sul foi parar no Supremo Tribunal Federal e fez o ex-seminarista José Ivo Sartori tremer a perninha. É que setores mal informados da imprensa andaram alardeando por aí que haveria “intervenção federal”.

Pelo sim, pelo não, o Sartori, branco de pânico, foi a Brasília, peregrinar pelos gabinetes dos ministros do STF, explicando que não tinha dinheiro para cumprir as liminares que obstavam o parcelamento da remuneração dos servidores. O boato da “intervenção” não lhe soara de modo benéfico nos ouvidos.

Não foi divulgado o teor das petições das entidades que ingressaram em juízo contra a medida do governo do Estado. Mas, é lícito supor que sejam mandado de segurança ou ações com pedido de antecipação de tutela. Num e noutro caso, medidas ineptas: mandado de segurança não serve para cobrar contas e só a sentença, na ação de cobrança, gera título de crédito contra a Fazenda.

Se os juízes conhecessem a Constituição Federal, teriam indeferido por inepta a petição, porque a pretensão fere princípio fundamental da independência dos Poderes: os atos administrativos da competência de um deles não podem ser modificados pelos outros. E no caso, se falta dinheiro para o Executivo, não compete ao Judiciário ordenar o que deve ser feito com a verba disponível.

Em segundo lugar, é preciso fazer uma distinção entre o ato administrativo em si e seus efeitos. Esses, os efeitos, se forem danosos ao direito, seja de quem for, não podem ser subtraídos ao conhecimento do Judiciário. No caso, o efeito do ato do Executivo é um só: os funcionários se tornam credores da Fazenda Pública.

Em tal hipótese, deveriam os juízes e os ministros do STF conhecer o disposto no art. 100 Constituição Federal, que institui o precatório como instrumento de resgate de créditos perante a Fazenda Pública, assegurando, no seu § 1º, a prioridade dos direitos de natureza alimentar, como são os vencimentos.

Resumindo: salário atrasado de funcionário público gera débito da Fazenda e o débito da Fazenda, depois de reconhecido em sentença transitada em julgado, deve ser saldado através de precatório. Para os funcionários, infelizmente, esse é o único caminho legal. Mas, eles podem ficar tranquilos e no lucro, graças ao desconhecimento que juízes e ministros têm do Processo Civil e da Constituição Federal.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

A CRISE GAÚCHA É TÃO GRANDE QUE ATÉ O INVERNO FOI PARCELADO.

Mas o gaúcho não perde a pose. O problema aqui é a humildade relativa do ar.

ENQUANTO ISSO O ZÉ DIRCEU SE BENEFICIA DO PROJETO MINHA CELA, MINHA VIDA.

Dirceu é um caso contraditório. No período da ditadura foi preso por ser socialista e, já na democracia, é acusado de se tornar um capitalista por meios escusos.

Temos que entender que os tempos são outros. O mundo evolui. Até mesmo a corrupção no Brasil é darwiniana. Collor, que sofreu impeachment nos anos 90 por causa de uma Elba, em 2015 está envolvido com uma fantástica Lamborghini.


Esta semana saiu uma pesquisa que revela que Dilma bateu o recorde de impopularidade de Collor. A possibilidade de impeachment e por consequência a posse do vice é, literalmente, uma temeridade.




sexta-feira, 7 de agosto de 2015

FACEBOOK

João Eichbaum

Umberto Eco foi deselegante ao afirmar que o Facebook dá voz aos imbecis. Não. O Facebook apenas retrata considerável parte da humanidade. Parte. Não retrata toda, por razões óbvias. O mundo hoje abriga seis classes, ou seis camadas sociais: os riquíssimos, os ricos, a classe média, os pobres, os miseráveis e os desclassificados.

Miseráveis e desclassificados não têm voz no Facebook, estão fora dessa. Os riquíssimos e os ricos, certamente, não perdem tempo no Face, porque, famosos, a imprensa se encarrega de divulgar para o mundo inteiro o que eles têm, como são, como vivem, o que sentem.

Então, na realidade, sobram a classe média e os pobres, como protagonistas do Facebook. Em termos de estatística, devem ser a maioria da humanidade, porque riquíssimos são poucos, ricos são alguns, e miseráveis e desclassificados nem entram na contagem desses números, que servem para avaliar alguma coisa.

Você, que não larga o Facebook e passa grudado no computador o dia inteiro, procure fazer uma radiografia. Verificará que a humanidade se apresenta no programa, tal como ela é: vaidosa, exibicionista, depressiva, ociosa, colérica, e dependente de lavagens cerebrais. Para confirmar a regra, existe exceção, claro: os sensatos que usam o Facebook como simples instrumento de comunicação social.

Vaidosa: posa em fotografias, retocadas no fotoshop, que transformam coroas, com protuberância abdominal e cheias de varizes, em moças encantadoras. Exibicionista: mostra só os momentos bons de sua vida, as festas, os encontros festivos, as conquistas. Depressiva: se exibe ou se expressa como vítima do mundo, da incompreensão, da má sorte, do amor perdido, da traição, a vida é uma bosta. Ociosa: passa o dia inteiro no computador, colando e copiando. Colérica: briga e se revolta contra tudo e contra todos, nada é bom, nada está certo. Dependente de lavagem cerebral: bota tudo nas mãos de “Deus’, a quem atribui bondade, misericórdia e solução de todos os problemas, quando ela mesma está metida numa vida que é uma merda.

Quer conhecer a humanidade? Entre no Facebook.



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
O Sartori não é o herói e nem nasceu para herói  e não vai resolver nada, querendo botar as contas em dia do Estado. 
No RGS dois chefes não pagaram a dívida com a União, o Bento Gonçalves da Silva que fez a guerra dos Farrapos, em 1835. E o Leonel de Moura Brizola, em 1959, que acabou condenado e exilado por 15 anos
Como e quando o Estado do RGS vai pagar a dívida que tem com a União?
Nunca. Nem daqui cem anos mesmo que comece a pagar em dia. Só o pagamento do juro da dívida que o RGS tem com a União, come e gasta uma folha de pagamento mensal ou mais. Os números no Estado do RGS são apocalípticos e se o Sartori não pagar o salário em dia, da policia civil, da Brigada, da Justiça, etc...teremos o caos social, pois, os bandidos terão a chance que sempre esperaram, invadirem a cidade e tomarem conta com violência dos bens, casas, aptos. instituições. Será o caos. Por que esperar o cáos, que se aproxima e está já desenhado?....
Nunca esquecendo que estamos no Brasil, de duzentos milhões de habitantes. Querem comparar com a Grécia. Não dá, nem para começar. A Grécia tem em torno de 12 milhões de habitantes se tiver. A população do RGS. Não dá para comparar. São coisas incomparáveis e desiguais. O exemplo Grego não serve para o Brasil. O Brasil é um caso único no mundo e como tal, com sua peculiaridade deve ser tratado.
 Pergunta-se   - o que vai acontecer com o Sartori, querer por em dia a finança estadual e economizar e botar dinheiro no cofre, como ele foi criado, na colônia e em Antonio Prado ( como eu fui criado em Antônio Prado e tantos outros). Não dá. Tem que pensar como Brasília, a vênus platinada do Planalto pensa. Os critérios econômicos são outros e não são passados em nenhuma escola de Contabilidade muitos menos na Faculdade de Economia. A Faculdade de Economia própria, distinta, fantástica e única é o Brasil e como tal dever ser governado. Qual é a finalidade e a quem aproveita meter as contas em dia, do Estado do RGS?....Continua tudo como está, e vai indo, em frente, e assim não teremos o caos social e aumento total de violência no RGS.

Nério “dei Mondadori” Letti

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS
Tem que ganhar o Grenal, de domingo, próximo, dia 9 de agosto, de qualquer forma. Se perder o Grenal, a casa cái. Não adianta. Futebol é paixão e só vai pra frente com a vitória. Se o Inter for derrotado no GRENAL somado com a derrota acachapante e traumática na Libertadores (onde a imprensa colorada, já dizia campeão e as faixas estavam preparadas, como na Copa de 1950, no fatídico jogo contra o Uruguai, em 16.7.1950, El Maracanazzo) -  A derrota para os mexicanos do Trigres colocou as coisas gaudérias no devido lugar.
Nem imagino o Inter tri-campeão da Libertadores.
Vamos ver se o Sartori consegue pagar a folha de pagamento. O Sartori é de Farroupilha, Linha Jansen, bem perto da divisa, no rio das Antas, com Antonio Prado,  na velha ponte de ferro, da antiga Estrada Julio de Castilhos  ( São Sebastião do Caí ao Passo do Socorro, divisa com Santa Catarina, no rio Pelotas)  e bem pequeno veio morar em Antonio Prado, onde seu pai tinha uma borracharia junto com o irmão. A mãe do Sartori, ainda vive na mesma casa, com 90 anos, de todos conhecida na pequena Antonio Prado. Por isso, o Sartori é conhecido. E estamos frente a um bom e bonachão gringo, o gringo como é conhecido no RGS. Duro. Difícil. E quer sempre as contas em dia. Ele não admite que o Estado pedale dívidas e fique devendo. Aqui está o nó. O Estado não visa lucro. Fica devendo sempre, para atender folha de pagamento, fornecedores, investimentos, etc.. dívida com  a União. Tudo no Estado, hoje é impagável.
 O RGS não paga sua dívida nem em cem anos de economia. Não adianta. Como o Estado não visa lucro. Como o Estado não quebra. Então, a coisa é continuar como os outros governadores. Ir empurrando com a barriga, não há outra solução. Lógico, tem um câncer, o organismo do Estado, mas não é terminal. Dá para  ir levando o câncer, com tratamento, de radioterapia, faz uma  quimioterapia ou outros que andam por aí, mas o cara, dura um pouco mais, mas acaba indo para as campinas eternas. Ou  então, se o Sartori, quer acertar as contas, como ele imagina e como ele pensa, como estivesse administrando Caxias do Sul, Antonio Prado, etc....então, vem a teoria do fim da figura de direito público interno, chamado Estado. Acaba o Estado. Aliás, há juristas e estudiosos, que já andam defendendo o fim do " Estado como tal" pois, acham que o EStado é um atravessador e não resolve e não faz mais nada de proveitoso. Então, o Montesquieu se acaba aqui no Brasil, o grande laboratório de tudo. e teremos então, a grande mudança. Só restarão para administrar e cuidar da coisa pública no pais, a União , a agrande arrecadadora e os Municipios, onde o cidadão reside e moral e onde tudo se resolve. E não teremos mais esta figura amorfa e indecifrável e complicada que é o Estado federado. Os americanos, resolveram esta parada, em parte, numa guerra trágica, entre irmãos. Sul, agricola, contra o Norte industrializado. Do General Lee e do general Grant. Basta ver o filme  "E o Vento Levou " clássico dos clássicos. Morreram 700.000 americanos nesta brincadeira, a grande maioria jovens, com nome, com rosto, com familia. Não há soldado desconhecido na guerra de secessão americana.
O mesmo que querer acabar com a pobreza no Brasil, em pouco tempo. A pobreza, a favela, a miséria, no Brasil, levará duzentos anos para acabara ou mais. No regime capitalista é assim. E aqui no Brasil o comunismo não se forma, pois, o pobre não quer o comunismo. O pobre favelado quer o capitalismo, pois, o pobre favelado sonha e um dia ficar rico e viver como os artistas da Globo, da novela, das oito, que todo o Brasil assiste.  Ou não é verdade?.....Vamos discutir este tema, fantástico.....e que está aí a desafiar todos nós.

Nério “dei Mondadori” Letti

terça-feira, 4 de agosto de 2015

LEWANDOWSKI

João Eichbaum

Gosto do Lewandowski. Ele chegou lá pelos próprios méritos. Começou menino, é disciplinado, tem visão, tem espírito de equipe. Sabe disputar, para encontrar o lugar certo, donde mira e fuzila a meta adversária. Em suma, o cara tem estratégia pessoal.

Falo, evidentemente do Lewandowski, conhecido internacionalmente, o centroavante do Bayern de Munique. Não pensem que me refiro ao Ricardo Lewandowski que veste a capa preta de ministro do Supremo Tribunal, graças à dona Letícia, a titular da equipe do Lula.

O Lewandowski que é atualmente presidente do Supremo, evidentemente não tem as mesmas qualidades do outro, do centroavante, e, fora do Brasil, ninguém o conhece. Ele veste a toga de ministro porque tem as costas quentes, como  os seus pares, o Toffoli, o Zavaski, o Fachim, o Barroso.

Pois esse Ricardo Lewandowski esteve semana passada em Porto Alegre. Ele nunca foi juiz em sua vida. Não tem a mais puta ideia do que seja o dia a dia de um juiz, fazendo audiências, ouvindo testemunhas, olhando olho no olho bandidos, estupradores, mulheres abandonadas, vítimas de assalto e estupro, e todos que portam suas misérias até os tribunais. Ele veio fazer uma conferência para juízes.

Ora, ora, se os juízes do Rio Grande do Sul, precisam das lições do Lewandowski para aprimorar sua justiça, estamos perdidos. E é por isso que estamos mal de justiça. Porque os juízes não estão preparados. A prova está aí: convocam para lhes dar lições, quem nunca foi juiz na vida.

Mas, pior ainda aconteceu. Ele foi assistir a uma audiência de “conciliação”, presidida por uma juíza. Dizem que ele ficou encantado. Que ele tenha ficado encantado pela juíza, nada mau. Mas, se ele ficou encantado pelo resultado da audiência, não é mérito do Judiciário. Há pessoas talhadas para a arte de conciliar. E para isso não precisa ser juiz. Nem alfabetizado precisa ser.

Depois desse encantamento, ele foi agraciado com a Medalha do Mérito Farroupilha, outorgada pelo Presidente da Assembleia Legislativa. Aí fechou tudo. Ele veio ensinar o que não sabe, aprendeu a conciliar e ainda recebeu medalhas, como se fosse o responsável pelas boas coisas da vida. Bom, faz de conta que ele merece e faz de conta que temos justiça. E você aí, que espera há mais de dez anos pela solução de seu caso, o que me diz?


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

PLANETACHO
tacho@gruposinos.com.br

UM BILHETINHO
Antes que você me interprete mal, eu só queria te dizer que quando entrei no parquinho e girei milhares de vezes no carrossel, subi a escadinha e desci deslizando pelo escorregador, quando com os cabelos ao vento passava horas no balanço e com os pés me impulsionava quase às nuvens na gangorra, eu só estava brincando...

As garrafas são
os envelopes dos náufragos
Na cidade
Nenhum mato
e cem cachorros

Academia do bicho-preguiça
só tem cadeira de balanço

As cantigas infantis mudam
de acordo com a poluição dos rios:

Se um fosse um peixinho
e soubesse nadar
eu daria um jeitinho
de aprender a caminhar

Não sou o que um dia
sonhei ser porque nunca
 mais serei o que um dia

 fui... um sonhador...