sexta-feira, 31 de março de 2017

SOUS LE CIEL DE PARIS

João Eichbaum

Com uma canetada, ops, com uma “assinatura digital”, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, diretamente de Paris, comovida pelo argumento de que se tratava da mãe de um menino de 11anos, mandou tirar da cadeia a Adriana Ancelmo.

Sim, a ministra estava sob o céu de Paris, em “missão de cooperação internacional”, segundo a assessoria do STJ. E de lá despachou “habeas corpus”, mandando a Adriana para casa. Pode? Claro, tudo a ver. Na capital mais chique do mundo, como é que uma mulher rica, chique, bonita e com todos os dentes, não iria conseguir “habeas corpus”?

 Dona Maria Thereza, ao que parece, não tinha a Constituição na mão, para ler o art. 105, inc. I, letra “c’, que atribui ao STJ o julgamento de “habeas corpus”, quando o coator “for tribunal” sujeito à sua jurisdição. E a decisão tinha sido de um desembargador e não de um Tribunal.

Ela não tinha a Súmula 691 do STF, que recusa HC contra decisão liminar de relator. Também não dispunha das decisões do próprio Superior Tribunal de Justiça, no qual angariou o cargo de ministra pela mão do Lula. Essas decisões, todo o mundo jurídico sabe, consolidaram a tese de que somente em casos de ilegalidade flagrante e de teratologia jurídica, se permite “habeas corpus”, independentemente da competência.

Por fim ela não tinha à mão o Código de Processo Penal, em cujo art.318 se lê:  “poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for ...mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos”. “Poderá o juiz”. Isso significa que a prisão domiciliar é medida facultativa e não obrigatória. Ou seja, se o juiz negar essa regalia, ele não comete ilegalidade alguma. E se no ato dele não há ilegalidade, o tema é para recurso e não para “habeas corpus”. Principalmente em medida liminar – apelido processual que se empresta à decisão nas coxas.

Pelo visto, o deslumbre sob o céu de Paris também provoca esquecimento de princípios gerais do Direito. O servidor público federal, lotado no país, tem como limite de suas funções o território nacional. Se não estiver em férias, necessita de licença para se ausentar do país, já que, fora do território nacional não poderá exercer suas funções. A imoralidade do afastamento “sem prejuízo dos vencimentos” não suprime a necessidade de licença.

Ora, se o Presidente do Brasil, para se ausentar, necessita de licença e será substituído em suas funções, em nome de que direito um juiz continua juiz, no outro lado do Atlântico? Das duas, uma: ou a ministra estava em licença e, portanto, sem jurisdição, ou a tal de “missão de cooperação internacional”, sem licença, fica despida da moralidade exigida no art. 37 da Constituição. E o ato administrativo que não é moral, imoral é.

Enfim, sob o céu de Paris, onde a felicidade se constrói, onde tudo se arranja (sous le ciel de Paris, où le bonheur se construit, où tout peut s’arranger), Sua Excelência não precisou se debater nas trevas da incerteza para beneficiar uma mulher rica. Muito longe de seus olhos estavam as mulheres pobres do Brasil, que amamentam os filhos através das portas gradeadas do cárcere.


Ou lhe passaram lições de Direito distorcidas, dessas que permitem maus pensamentos, tipo ricos têm direitos e privilégios de nascença ou, diante da Constituição Federal, os estragos da vida não são iguais para pobres e ricos, porque a lei caminha só para um lado.

quinta-feira, 30 de março de 2017

TIGRE DE BENGALA
Carlos Maurício Mantiqueira*

Dona Onça está embevecida por um tigre de bengala.

Dotado de força e coragem invulgares, quando campeava na mais importante selva do mundo, mostrou seu desassombro a um monarca europeu quis visitar incógnito um jazida riquíssima, fruto de internacional cobiça. Em poucas horas, alguns de seus rebentos se apresentaram ao surpreso potentado, prestando-lhe homenagem e colocando-se à disposição.

Em linguagem felina, significa:” Isto aqui tem dono e sabemos quem você é !”

Parece que o epigrafado, também andou dando um corretivo em hienas que faziam estrepolias mais ao norte.

Alçado ao Grão Felinato por descuido de uma incompetanta, passou a seguir o exemplo do Cunctator.

Admirado por seus pares, goza de minha confiança.

Já estou numa idade em que raramente sou iludido por alguém (com exceção de algumas deusas provocantes).

Sabedor da arte da dissimulação conhecida pelo acima referido, não me espanta algumas de suas declarações, tidas por inoportunas pelos leigos.

Neste maravilhoso país nada funciona fora da felinidade.

Lembrem-se dos três macaquinhos. Um não ouve, outro não vê e o terceiro não fala.

O nosso herói faz ouvidos moucos para o clamor das ruas, finge que não vê a podridão (talvez seja tigre de bengala branca !) mas fala. Não pode calar para levar no bico um bando de micos.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total




quarta-feira, 29 de março de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Só para físicos quânticos e futuros sacerdotes com tendências cósmicas, tentando descobrir o caminho pra Deus, do mais super ficcional para o mais pro fundo...
Meu paradoxo do tempo, traduzido do Caos em que Einstein dançou a valsa dos dados e os dados rolaram dando risadas inebriantes como Champagne de bolinhas de Coca-Cola açucaradas e diabéticas com sotaque francês .
Se eu voltasse no tempo e matasse meu avô, todo mundo pensaria que eu não seria gerado.... Mas enganar-se-iam!!!!
Pura ilusão de semântica quântica...
Pela teoria da Física Quântica, seria impossível chegar no microssegundo exato em que o espermatozóide de meu pai fecundou o óvulo de minha mamãe, único momento em que se poderia matar meu avô impedindo o meu nascimento (as duas coisas estão ligadas tal como o espaço-tempo: Não se pode voltar ao passado para matar "meu" avô ou meu pai, e basta substituir o gato de Shrodinger pelo meu avô (ou pai) para se entender esta ligação como se fosse um entrelaçamento quântico. Não se pode alterar o que já foi ligado um dia, nem na Terra nem no Céu !!!!)
Ou seja... Eu não poderia matar meu avô nem meu pai, mas por uma fração de segundo, um outro "eu", igualzinho a mim, nasceria mas com olhos azuis - ou cabelo encarapinhado - e minha vida seria diferente só por causa disso...


O tal do poder e o que se faz com ele através da história... Já o tiveram os soldados cruzados, já o tiveram os nobres, já o tiveram os religiosos, já o tiveram os presidentes, agora pertence aos bandidos..Só não dói muito porque a população está dopada com tanta droga no mercado.

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terça-feira, 28 de março de 2017

                                  TERCEIRIZAÇÃO

João Eichbaum

No rosto sereno, cor de pêssego, os olhos são de uma luminescência sedutora. As curvas dos quadris, naquele corpo delgado, lembram um rio que se esgueira pelo leito macio da várzea: sinuoso, com seu desenho de águas luminosas, ele busca o melhor caminho que o leve para o mar.

A silhueta se pronunciava contra o escuro do balcão do cartório, onde ela se encostara. O volume das nádegas e o contorno nítido das coxas, bem fornidas, não permitiam que se extraviasse em contemplações de natureza espiritual o olhar dos mais bem intencionados varões. A calça jeans, colada ao corpo, escondia apenas aquilo que só os cegos não podem ver.

Ao abrir a porta do cartório, o juiz sentiu a fragrância de gardênia. Mas, nem precisou se perguntar donde provinha: foi contemplado pelo privilégio de ver, pelas costas, aquele plágio de Vênus. Na passagem, o meritíssimo ainda pôde ouvir o escrivão, que atendia a moça, dizendo: “não, não dá, tem que esperar a decisão do titular da vara”.

Antes de entrar no gabinete, o magistrado acenou para o escrivão, que teve de interromper a conversa com a jovem para atender ao sinal do chefe. “O que ela quer ?”– perguntou o juiz. “É candidata a estagiária, mas está apenas começando o primeiro semestre do Direito” – respondeu, entre dentes, o escrivão. “Mande-a entrar no meu gabinete” – foi a resposta do juiz.

Na entrevista com o magistrado, a única coisa que ela apresentou foi aquele certificado de beleza, realçado pelo brilho dos fios de ouro, que se lhe entremeavam no cabelo castanho. No mais, ela respondeu ao que podia sobre sua vida, falou de expectativas e anelos. Só não contou para “sua excelência” que era mãe de um bebê de dois anos de idade, fruto de uma união desfeita: precisava manter a aparência de mulher livre.

Assim foi admitida, incontinenti, como “estagiária de gabinete”. E no gabinete fez carreira, copiando e colando jurisprudência e autores jurídicos de que nunca ouvira falar, para montar despachos e sentenças. De sua lavra não conseguia escrever uma frase sequer, sem agredir o vernáculo. Suas montagens pariram horrores jurídicos, que passaram incólumes por mais de uma instância.

O estágio, que era doce, acabou-se. Ela se formou em Direito. Desaprovada, porém, no exame da OAB, entrou para a estatística dos bacharéis que não sabem o que fazer com o diploma. Mas agora vai ter outra chance. Na semana passada, enquanto o povo, indignado, atribuía aos deputados federais todos os vícios e loucuras da humanidade, por haverem aprovado a terceirização irrestrita, a moça soube da “seleção para Voluntário no Projeto Sentença Zero do Foro Central”. No comunicado, assinado por um “Auxiliar de Juiz”, consta que o requisito preferencial é “a experiência anterior como Assessor ou Estagiário de Gabinete”.

Além de auxílio-moradia, assessores, auxiliares e estagiários de gabinete, agora figura também, na cadeia de instrumentos da prestação jurisdicional, a mão de obra barata de terceiros. E a bela bacharel está eufórica, agradecida a Deus por sua beleza, porque tem consciência de que possui todos os requisitos para esse tipo de terceirização. Principalmente, porque a fotografia do candidato é uma das exigências.



segunda-feira, 27 de março de 2017

PLANETACHO
EU DIRIA QUE...

ESPETO CORRIDO
Para demonstrar a qualidade do produto nacional, Temer foi almoçar em uma churrascaria em Brasília. O detalhe é que o local só trabalhava com carnes importadas.
ALMA DO NEGÓCIO
Pelo que se vê, se existe algo que realmente funciona aqui no Brasil é a propaganda eleitoral. As empreiteiras compraram quase todo o estoque de políticos do País...

IMBATÍVEL
Agora que o Boa Esporte contratou o goleiro Bruno, quero ver alguém ganhar deles no mata-mata.

DESFALQUE
 Maluf fora da lista da Lava Jato é o mesmo que escalar o Real Madrid sem o Cristiano Ronaldo.

ALMOÇO
A coisa anda mais ou menos assim: servem um bife de papelão e você acaba traçando...
TONI CAPILAR
E pensar que a propaganda de carne que o Tony  Ramos fazia não passava de mentira ...cabeluda.
ENTÃO...
No Brasil terceirizam até mesmo a carne de primeira...

HAI KAI
Minhoca tem pé. Fica sempre do lado que tem chulé.


sexta-feira, 24 de março de 2017

A SUPREMA FARSA

João Eichbaum
Graças à dança das cadeiras promovida pela morte, foi vestido com a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal, cercado de pompa, glória, e demais circunstâncias que alimentam a vaidade humana, um doutor acusado de plágio. Alexandre de Moraes ficou muito mais conhecido nas redes sociais como plagiário do que como jurista respeitável, ou como senhor da sabedoria que aquele cargo exigia...antigamente.
Apesar do estigma, o novo ministro foi recebido com confetes de elogios. “Que seja um tempo muito bom e muito virtuoso para vossa excelência e para todo o tribunal, com a ajuda que, com certeza, será muito grande de sua parte” – disse, com sua voz de gato ronronando, a Carmen Lúcia. “Tempo bom e virtuoso”...Então, tá.
E Dias Toffoli, estufando peito: “o ministro Alexandre de Moraes é extremamente preparado, competente, tem experiência no Poder Executivo, na academia e, sem dúvida nenhuma, trará aqui contribuições e votos brilhantes para auxiliar nos julgamentos de causas tão relevantes”.
É normal esse farfalho de seda rasgada. Mas isso só acontece com quem veste uma toga que lhe confere a profunda felicidade do poder. Tudo combina com um tribunal em cuja escala de valores a ostentação está muitos pontos acima da “justiça”. Sem o preparo, sem o treinamento específico para julgar, o que fará o político Alexandre de Moraes com os sete mil processos encalhados, que o Teori Zawaski deixou como herança?
Apesar de todas as tramoias criadas na jurisprudência, nas súmulas e nas leis, tentando brecar a avalanche de processos dirigidos ao Supremo, o acúmulo é invencível. São apenas onze ministros, para manter a ostentação de juízo final. A ampliação do número de cargos os vulgarizaria, comprometendo sua linhagem divina. Então, fica como está. Quem precisar de justiça, confie nos dados marcados pelo destino.
Dentre esses onze ministros, todos atrelados a adjetivos que vão de “preclaro” a “eminente”, há sempre alguém de licença, com dor de barriga ou na coluna, viajando, dando aulas, pronunciando conferências, gastando o tempo em discursos ilusórios ou conversas com a imprensa. Sem contar as modorrentas tardes em que, com voz pastosa, ficam lendo prolixos votos, pra boi dormir e sonhar com imensas roças de milho.
Atrás dessa moldura, o STF se reduz a um palco para apresentação de pantomimas jurídicas, com roteiros escritos por assessores. Os efeitos sonoros e a coreografia serão imponentes, quando se tratar de matéria apimentada pelo sensacionalismo comercial da imprensa. No mais, no dia a dia, o tribunal que, teoricamente, devia se dedicar a relevantes questões constitucionais, acaba decidindo, em brigas de casal, quem é que fica com o gato.
Em suma, mantendo, à custa dos contribuintes, a luxuosa e dispendiosa estrutura para manter onze ministros com a missão impossível de fazer justiça, a última instância, no Brasil, não passa de uma farsa.


quinta-feira, 23 de março de 2017

REAL MADRINHA 11 X BARCELONÇA 0

Carlos Maurício Mantiqueira*

A real protetora de seus Cãoterrâneos e outros desvalidos tem o apoio do urubuzário.

Mas seu plano acobertário agora enguiça por desmedida avalanche de carniça.

Eventual saída nos albores do ano próximo, nada mais é que jogada ensaiada; sai a saia e entra a cachorrada.

Sete a zero é placar pequeno; bom mesmo é o time onzenário no pleno.

Dona Onça, talvez por hemorróides, tolera o jugo dos debilóides.

A Deus, proteção pedir há quem se esquece; onde estão os craques de outrora?

Não é um desatino prender o argentino ex-chefe da felina milongueira?

Ou foi um fraco ou fez besteira.

Mil anos passar-se-ão para esquecer uma guerra perdida.

A infecção é geral.

Há três remédios heróicos: azul de metileno, mercúrio cromo e nitrato de prata. Tingidos os alvos, estaremos todos salvos.

Não podemos é ficar no “não ata nem desata”.

Quem primeiro provar a fúria da oncia pata (se algum dia decidir sair da mata) de expiatório bode servirá.

Já passou da hora, preclara feroz senhora.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador


Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 22 de março de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Curtíssimo ensaio medieval mediúnico sobre tolices da Esperança pra distrair
Não acredito na Esperança, da qual há duas: A traidora que roubou a paciência do marido e nunca mais a devolveu, e a outra, que volta e meia ora aparece ora fica escondida.... No que acredito é no que este planeta ensina: Nunca chove 40 dias e 40 noites seguidas nem coisa morta ressuscita, o Sol não brilha onde se faz noite, dinheiro é como rio, que se não cair água, ele seca,,,
Do livro: O GPS desnorteado

Meditando sobre o mundo, tendo a mulher como referência:
Em Gênesis 1, e na saga de Gilgamesh publicada 1.000 anos antes na Suméria, primeiro Deus fez ao mesmo tempo o homem e a mulher. Mas em Gênesis 2 e 3, Deus volta a fazer Adão, mas desta vez o faz do barro e o sopra dando-lhe vida, e de uma costela deste, faz a Eva... A "outra", a primeira, era a Lilith, que queria transar por cima do homem ( ler Zohar), que queria mandar de vez em quando e que deu o figo para o Adão... (não foi uma maçã, porque esta fruta nem existia por aquelas bandas)
Assim, parece que a Lilith era um "barato", e que Eva era a "santinha"...
Mas... Como sou muito céptico, ascético, séptico e ético, alem de gostar de louras, morenas, pretas, e de todas as cores, pena que não as haja verdes e azuis, fico pensando se não haveria também um outro homem e uma troca de casais, que explicaria uma porção de bricabraques, incluindo o Caim matar o Abel...
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terça-feira, 21 de março de 2017

GILMAR MENDES E O APOCALIPSE DE BRASÍLIA

João Eichbaum

“E eu me pus sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre suas cabeças um nome de blasfêmia”.

O texto acima consta do versículo 1 do capítulo 13 do Apocalipse de São João. Mas, na ameaça de apocalipse para Brasília, acontecida na semana passada, ao invés de uma besta de sete cabeças, eram sete mulheres, sorrindo para os abelhudos fotógrafos, que as esperavam na frente do Supremo Tribunal Federal.

Elas traziam o Apocalipse de Brasília em caixas de papelão, que seguravam contra o peito. Não tinham chifres visíveis, não traziam diademas sobre a cabeça, nem blasfemavam. Carregavam as caixas com a naturalidade de quem está saindo de uma loja, onde tinham acabado de comprar presentes.

Todo o terror apocalíptico estava nas caixas, e não nas sete mulheres que tinham a missão de entregá-las no serviço de protocolo do Supremo Tribunal Federal. Para os políticos de rabo preso, aquele material poderia representar coisa pior do que dor de chifre, pior do que bestas com sete cabeças: eram bombas que lhes competiria desarmar.

Mas, pior de tudo seria mesmo o segredo que as caixas continham. Enquanto esvoaçavam pelo país inteiro nomes possíveis de um e de outro, ilações, suposições e palpites, homens tidos como impolutos ou cafajestes, da direita ou da esquerda, ruminariam a própria desgraça criada pela fértil imaginação do povo e da imprensa, se não tivessem malandragem suficiente para cuidar dos próprios instintos de conservação.

Pois aí se fez mais visível o Gilmar Mendes que, desde o enterro do Teori Zawaski, era visto em colóquios com o Michel Temer, com mais frequência do que os loucos de paixão encontram suas namoradas – para aproveitar a ideia do tuiteiro Gustavo Pizzo, citado por José Simão.

À moda de quem sabe atravessar labirintos e desembaralhar destinos, além de conhecer as palavras da salvação, Gilmar Mendes começou o apaziguamento dos corações. Reuniu futuros e possíveis réus da Lava Jato para um jantar em homenagem ao também possível candidato ao banco dos réus, José Serra, conforme tem noticiado a imprensa.

Dessa reunião com “parabéns a você” e, de certo, lágrimas na cara de bebê chorão do Serra, surgiu a ideia de uma safadeza institucional em favor dos políticos de rabo preso: uma reforma política bastarda, que os livrará, sem outros sustos e sem vontade de vomitar, das garras apocalípticas da Lava Jato, contando com a lerdeza do Supremo Tribunal Federal, a caminho da prescrição.




segunda-feira, 20 de março de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

Através dos tempos

Antigamente tudo era mais complexo. Encontrar a pessoa amada era motivo de muita dor de cabeça. Na idade da pedra, literalmente, pois o flerte era assim: a mulher-de-neandertal sorria e o Homem-de-neandertal batia com a clave em sua testa, arrastando-a para dentro da caverna.

HELENA DE TROIA
Já na antiga Grécia o rei Menelau atacou Troia e saiu dando “cavalinho de pau” pela cidade, só para tentar recuperar sua mulher Helena, que fora levada pelo príncipe Paris

ARRANJOS
Mais tarde vieram também os casamentos arranjados para unir os clãs e as fortunas ou mesmo para juntar a fome com a vontade de comer. Histórias como a de Romeu e Julieta eram mato em tempos idos.

DESAFIOS
Os grandes romances platônicos. As cartas quilométricas, jurando amar eternamente, superar obstáculos. Dos crocodilos no fosso a roubar a chave do cinto de castidade na caverna do dragão.

RAPUNZEL
Subir perigosamente a torre que ia até as nuvens pelas tranças da Rapunzel. Enfrentando o medo de altura ou de ela estar usando uma peruca. Os duelos até a morte pela mulher amada. Sangue e paixão. Tanto sofrimento através de todos esses séculos e séculos. Tanto sacrifício...

HOJE EM DIA

Hoje em pleno século 21 você, solitário náufrago com internet, trancado em seu quarto, fica se corroendo na indecisão para enfrentar um grande desafio dessa era digital: dar uma curtidinha na foto dela nas redes sociais, ou não.

sexta-feira, 17 de março de 2017

LULA, O PENSIONISTA

João Eichbaum

Todo parlapatão tem orgasmo, quando usa a palavra. Ele sabe que tanto iletrados como doutores se deixam seduzir por adjetivos e advérbios, por mais arrevesada que seja a sintaxe, quando lhe é dado tomar conta da plateia. Por menos instruído que seja, o parlapatão sabe que tem o poder de sedução.

Só não o interrompam com perguntas. Aí se vai o sedutor, o taumaturgo se enrola, gagueja, perde o rumo do discurso, deixa escorregar barranco abaixo o domínio da palavra. Foi o que aconteceu com o Lula, anteontem, durante seu interrogatório, perante o juiz federal de Brasília.

Com a liberdade que o juiz lhe deu para falar, Lula se sentiu dono do campinho. Desenrolou sua biografia de sindicalista e político, devidamente acompanhada de um discurso laudatório de si mesmo, tipo “nunca antes neste país existiu alguém melhor que eu”.

Mas, quando o juiz lhe perguntou, de forma direta, objetiva e simples, em quanto importava sua renda mensal, Lula empacou. Calou por alguns instantes, fez aquela cara de quem diz “não entendi bosta nenhuma”. Ensaiou alguma coisa para dizer, gaguejou: o homem mais honesto do país não soube dizer quanto ganhava.

Não tinha sido instruído por seu famoso advogado, nessa parte. E aí, entre gaguejos e hesitações, revelou para o Brasil inteiro uma das imoralidades mais chocantes que compõem seus rendimentos: dona Maria Letícia recebia, como aposentada, nada menos do que R$ 20.000,00 reais.

E ele, Lula, agora, era pensionista dela, recebia essa quantia, com uma expectativa de aumento para trinta mil reais, além de uma indenização de seis mil, por ter sido preso durante o regime militar, e mais a “ajuda” dos filhos, fechando, “mais ou menos”, “cinquenta mil”...

Para quem não sabe: dona Marisa Letícia era operária como o Lula, quando se conheceram. Donde vem essa aposentadoria? De que diarreia administrativa teriam vazado esses detritos, que levaram a família operária do Lula à prosperidade? Quem teria aprontado essa indecência, furtando ao Lula a moral para protestar contra a reforma da Previdência?

E enquanto o viúvo pensionista, atônito, se desnudava, se revelava um privilegiado desse mesmo poder que anda e defeca para quem se aposenta com salário mínimo, lá na rua sindicalistas e outros aduladores desocupados, levantando cartazes com louvores ao ex-torneiro mecânico, berravam histericamente: “Lula guerreiro, herói do povo brasileiro”.
Moral da história: com um herói desse tipo, dispensam-se os vilões da história do Brasil.



quinta-feira, 16 de março de 2017

MAIS DO MESMO

Carlos Maurício Mantiqueira*

Com o País andando a esmo, espera-se que a porcada vire torresmo.

Aconselhamos à classe polititica imposturar melhor.

Em todas suas manobras nos assoma um sentimento “déjà vu”.

O canetador, por mixo, caga e anda.

Suas escolhas ministeriais são as piores possíveis.

Estará sendo chantageado ou é gozação e enfado ?

O ridículo episódio de voltar atrás na mudança palacial, demonstra uma falta de critério se não, de compostura.

Sobre os roubos nas estatais, bico calado.

A “reforma” da (im)previdência é mera cortina de fumaça, Até hoje foi o dia do caçador; amanhã o será da caça.

Agindo como Maria Antonieta: “Se não há pão, coma o povo brioches!”.

Chegará o dia da fúria causada por sua própria incúria.

Enquanto isso, dona Onça...

“Escute aqui seu pensador de merda e otimista sem causa; a felina está morta ou, ao melhor, na menopausa!”.

Enfiando a carapuça, fazemos mesuras à fera dentuça.

Saindo de mansinho, recolher-nos-emos à nossa insignificância.

Pelo menos dos fatos deixamos constância.


*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 15 de março de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Da serie: Ouvi por aí , do Oiapoque ao Chui ...
Se os políticos continuarem a roubar descaradamente e fingindo que são honestos, em breve não haverá veiculo automotor que não tenha placa falsa, cidadão que não tenha dupla identidade...
Uns roubam de um lado e outros se defendem de outro...
Alimentar vagabundos torra o saco!!!

Ó Manele!... Ó Manele!... Fazmuma auditoriazinha se fazfavore...
(E depois da casa arrombada o que sobra fica na Suíça , nas Caiman e nos Panama "Ó que Papers", mas no caixa pra mostrar somente um rombudo rombo)
- Olhe, excelência... Temos um arrombamento pré-calculado de 107 milhões de Euros!..
- Que os arautos então falem pro governo pra tirar da saúde, da educação, da segurança, das aposentadoras, dos montepios, das criancinhas, e nos dar uma injeção na parte de trás dos alforges onde fica a "burra"...
E entre sorrisos se perguntam se o Sócrates ainda é tesoureiro, em vez do Brás, mas disseram que não, que o Costa tem as costas largas e faz o mesmo que o Brás e o Sócrates...
(Extraído das Cronicas do povo ignorante que pensa ser esperto, dos quintos do Inferno do corno do mundo e arredores pra lá do Rio Letes , um dos rios do Hades, de donde tudo se esquece. Do lado de cá não se esquece nada. )

O Caixa dois segundo petistas "socialistas" do alheio (e outros bichos políticos pemedebistas, pesedebistas, pcdobistas e bostistas)...
Quando é da turma deles, é legal...Quando é da turma dos outros, pedem pra dividir em troca de silêncio...Mas quem articulou essa jaguncice toda foi o Sarney logo que entrou para o MDB, fazendo média com a Arena....
Eles não querem ideologia.. Querem grana. Grana de empanturrar, nem que tenham de tirar da saúde, da educação da segurança, da infra-estrutura, da aposentadoria dos velhinhos!!!!
Socialistas em nosso país viram que tudo deu errado lá fora, mas insistem em dizer-se socialistas porque lhes convêm... São capazes de dizer:
- Boi!... Boi por exempro... Os boi dá o sangue deles tudo só pra dividir cum carrapato iztrela...
Pior é gente rica ou professores alardearem suas ideias "dadivosas", fazendo-se de vitimas no bem-bom do caviar com rolex na beira da piscina..
São muitos anos de praia!!!
Vão ensinar o padre nosso ao vigário, lá em Cuba ou em Angola!...

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terça-feira, 14 de março de 2017

TEMER E AS MULHERES

João Eichbaum

Não que seja difícil encontrar, nesse formigueiro humano do mundo, uma mulher “bela, recatada e do lar”. O difícil é partir desse modelo de fêmea e ter que fazer um panegírico sobre as todas mulheres, num país saturado de diferenças sociais.

Não se sabe se a Marcela Temer cozinha, lava as cuecas do marido e as estende no varal, ao lado das próprias calcinhas, como fazem muitas mulheres. Também se ignora se ela vai ao supermercado e fica lá, analisando preços e fazendo contas, para ver se o produto cabe no orçamento da família.

Mas, não há dúvida de que o Temer fez um discurso a partir daquilo que ele considera o ideal na mulher: recatada e do lar, cuidando dos filhos e das contas, para que essas não excedam o orçamento. Se a Marcela, mulher dele, se encaixa nesse figurino, ninguém sabe. Mas, que o discurso dele nada tem a ver com ideias feministas que tomaram conta do mundo, é uma constatação real.

As mulheres querem ser iguais aos homens: ter as mesmas oportunidades, os mesmos empregos, ganhar salários iguais. Isso de lar, de educação de filhos, é outra conversa. Maternidade inalienável é coisa do passado. Hoje, o foco é a igualdade: mano a mano.

Hoje, o macho tem que mudar fralda de bebê, cozinhar, lavar, enxaguar e secar louça, limpar a cozinha, cuidar das próprias cuecas e levar o cachorrinho a passear. A mulher tem o direito de, enquanto isso, tratar da própria vida, se lançar no mercado do trabalho com as próprias forças e concorrer, de igual para igual, com o macho, deixando para quando der no jeito os passatempos do amor caseiro.

Ao tratar de coisas comezinhas, desafinando do discurso que prega mudanças na posição social da mulher, Temer atraiu iradas e irônicas manifestações contrárias, ecos de vozes ofendidas e ressentidas, como se vivêssemos num país com paradigmas definidos para o papel da mulher e plenas condições de igualdade para a ascensão social de qualquer cidadão.

Temer mostrou que está em outro espaço, fora desse tempo em que a desagregação da família se tornou fato corriqueiro, fora desse tempo em que dois machos que dividem o mesmo leito podem ser, ao mesmo tempo, pai e mãe de uma menina, e duas mulheres, em idênticas condições, podem ser pai e mãe de um menino.

A reforma feita pelo Supremo Tribunal Federal, não só no artigo 226, § 3º da Constituição, como nas regras da natureza, eliminando as diferenças entre macho e fêmea e permitindo o acasalamento de animais humanos do mesmo sexo, não deixou margem para qualquer linha divisória entre os papéis do homem e da mulher.

Temer devia saber disso. Ao botar como figura central do seu discurso a ideia bolorenta de uma mulher trancada em casa, cuidando dos filhos, se deu mal. Além de ignorar as mudanças constitucionais, ele mostrou que nada sabe sobre falta de vaga em berçários e creches, onde as “tias” se encarregam de dar cobertura à independência das mulheres, cumprindo o papel de mães de aluguel.




segunda-feira, 13 de março de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

? Então eu vos pergunto...
A vida pregou uma peça em William Shakespeare?

Freud quando não conseguia explicar algo colocava a mãe no meio?

Os doze apóstolos, se formassem um time de futebol, seriam considerados atletas de Cristo?

O equilibrista começou no futebol. Era jogador de linha?

O Brasil tem 12,5 milhões de desempregados. Isto é hora de se criar uma lei, tirando os catadores das ruas?

Temer é um homem atrás de seu tempo?

Nos documentos necessários nas novas regras para aposentadoria consta atestado de óbito?

Em jogos de futebol entre bebês vale gol de bico?

No face do faraó existe alguma foto que não seja de perfil?


Nesta polêmica entre Estados Unidos e México, o Brasil deve ficar em cima do muro?

sexta-feira, 10 de março de 2017

OS CAFETÕES DA REPÚBLICA

João Eichbaum

Eles passam o dia inteirinho assim: coçando o saco, tomando mate entremeado com cachaça, falando mal da vida alheia. Mas, quebram essa rotina de dois modos:  catando chatos nos pentelhos, enquanto estão na latrina, e à noite comendo a mulherzinha que o governo paga.

Não. Não é o que vocês estão pensando. O governo não fornece dinheiro para o sexo, mas banca aquela vida de vagabundagem, aquela preguiça obscena. Todo o homem decente, que gosta de trabalhar, ou trabalha porque precisa, garante a manutenção da família: emprenha a mulher e a sustenta, como sustenta os filhos também. Mas, com os cafetões da república isso não acontece.

Os caras não trabalham. Se não trabalham, não têm donde tirar para sustentar a mulher com que se deitam e os filhos. Então quem faz isso por eles é o governo, guiado pela doutrina do “coitadismo social”, que apelidaram de socialismo.

A cafetinice social não tem renda própria, claro. O cafetão sempre tira de alguém. No caso, os otários são de duas espécies: os trabalhadores, obrigados a entregar para os sindicatos uma parte do seu salário, batizada com o nome de “contribuição sindical”, e todas as pessoas, físicas e jurídicas, cadastradas na Receita Federal, coagidas a pagar impostos.

Transformados em “mixê”, a contribuição sindical e os impostos vão para os covis, chamados de acampamentos, os antros de vagabundagem onde se cozinham alimentos políticos para o “coitadismo social” e se alinhavam projetos para disseminar o caos.

Anteontem, mais uma vez, sofreram as pessoas decentes, os que pagam impostos, os doentes que precisam enfrentar as filas do SUS para conseguir uma consulta especializada. Com o transporte público paralisado pelos cafetões da República, o povo trabalhador pagou o alto preço exigido por esse “coitadismo social”: a liberdade, o direito de ir e vir, o direito à saúde, à educação, ao trabalho.

Enquanto os rufiões tomavam cachaça à sombra das árvores, ou nos botecos de beira de estrada, suas mulheres, atravancando ruas e sacudindo os quartos traseiros, protestavam contra “o monocultivo do eucalipto”, contra “o capital”, contra o “agronegócio”, contra o “agrotóxico”, contra o “Temer”. Enfim, grasnavam qualquer coisa contra tudo. Só não mandavam ninguém à puta que pariu, para homenagear, com oportuno silêncio, suas congêneres, as profissionais do ramo do prazer.

Foi a única coisa que lhes ocorreu para festejarem o “Dia Internacional da Mulher”. Desse modo, profanando os direitos de quem trabalha, conseguiram tornar mais miserável do que é a existência das mulheres pobres, que acabaram perdendo a hora no emprego, no hospital, no médico ou na escola e terão que voltar para a fila do SUS.





quinta-feira, 9 de março de 2017

TEMER DÁ ENJOO

Carlos Maurício Mantiqueira*

O medo provoca alterações na saúde da pessoa afetada.

No caso, todos os trabalhadores ameaçados com as mudanças das regras da previdência.

Antes de tentar nos enfiá-la goela abaixo, os poderosos corruptos deverão estar todos na cadeia.

Toda dívida de empresas privadas, cobrada com rigor.

Empréstimos bilionários a países estrangeiros, recebidos de volta ou, se tomamos o calote, relações diplomáticas cortadas.

Sei que é um sonho de uma noite de verão.

O novo Cãoceler está mais para rufião do que para campeão das causas brasílicas.

Mas a classe polititica não percebeu ainda o enorme risco que corre.

Condenados a trabalhar até a morte, os desgraçados preferirão vingar-se de seus algozes.

Bellum omnium contra omnes

Aí então, dona Onça será forçada a entrar na dança.

Muito a contragosto, verá que seu cudocismo não funcionou.

As instituicães estão funcionando pra … (vocês sabem).

O vértigo final: enfrentar um sentimento separatista crescente.

É tempo de murici, cada um cuide de si.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 8 de março de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*
 Colombo e o Cabral embarcaram uns homens e umas mulheres aqui nas Américas e levaram para Lisboa e Madrid pra mostrarem como falavam diferente ...
Afinal, que fim levaram ????
Alguém reclamou alguma coisa ????

Lembram-se do "US for África" cheio de artistas cantando, quase nos chamando de pão- duros para contribuirmos e ajudarmos a África... Claro que o dinheiro se perdeu... não se aliviou nada... África está cheia de gente para ajudar, o Extremo Oriente, o Médio e o Oriente próximo... A ONU escolheu o Haiti... Esqueceu os imigrantes de Calais, etc....
Seria o caso de a ajuda estar sendo administrada pelo Brasil, o Guterres ser português... Entendem-se bem... O Trump já avisou que a ONU fe um lugar para se estar confortavelmente e não se fazer nada.
Também acho... Fechem essa joça!!!

Diz a noticia...
"Em 2015, a líder da General Motors Mary Barra disse ao Expresso que não aceitava mudanças no seu grupo. Dois anos depois, o gestor português Carlos Tavares só precisou de quatro meses para convencer Barra a vender a Opel"
Quero ver o que Guterres vai destruir na ONU já semi-destruída ... Preparem-se... Também sou português e conheço meu gado... Depois do Barroso o Reino Unido largou a União Europeia... (não estou dizendo que não devesse acontecer... Digo simplesmente que "nozes", junto com brasileiros e angolanos, e etc... Somos 'fantásticos". O impossível acontece. Afinal, arredondamos a Terra... E essas coisas sempre são boas pra uns e ruins pra outros)

*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...

terça-feira, 7 de março de 2017

SINTOMAS DE UM ESTADO FALIDO
João Eichbaum
Não existe organização, não existe ordem, não existe lei, não existe rubor de vergonha na cara. Os serviços da Segurança Pública no Rio Grande do Sul mostram a face descomposta de um Estado perdido, sem rumo, sem definições, conduzido pelo improviso, aos trancos e barrancos, viajando entre o ridículo e a incompetência.
Dias atrás, alertados pela Superintendência dos Serviços Penitenciários, dois juízes irromperam num pavilhão da Brigada Militar, para surpreender uma cena que só poderia ser imaginada na era medieval, ou nos domínios da Santa Inquisição da Igreja Católica: um estábulo de animais humanos.
Onze homens estavam algemados, presos a um corrimão de escada e a uma basculante. Nas cercanias, dentro do “ônibus-cela” da Superintendência dos Serviços Penitenciários, conhecido pelo apelido de Trovão Azul, estavam encarcerados outros vinte e três.
Enfileirados um atrás do outro, os presos se reduziam ao estado puro da natureza humana: a animalidade. Urinavam em garrafas plásticas. Empestavam-se uns aos outros com a fedentina  insuportável do sujo animal humano. Expeliam bagas infindáveis de suor, sob a pressão do calor infernal.
Dias depois, durante o carnaval, quatro presos, tidos como de alta periculosidade, se evadiram do xadrez de uma delegacia de polícia de Porto Alegre. Como? Cantando, sambando, sassaricando, na onda dessa liturgia da farra e do culto à concupiscência, que é o carnaval brasileiro.
A descontração dos presos passou longe da inteligência do policial ou dos policiais responsáveis pela custódia dos encarcerados. Um mínimo de bom senso lhes informaria que, privado da liberdade, ser humano nenhum tem ânimo para festejar, seja lá o que for. O carnaval teatralizado pelos presos só tinha uma finalidade: abafar o barulho da serra que cortava as grades.
Esse é o quadro da Segurança: a Brigada Militar prende os bandidos e, não sabendo o que fazer com eles, porque não há lugar nos presídios, os mantém sob custódia, para tranquilizar a sociedade. Mas a Susepe, ao invés de cuidar de seus presos, prefere levar fofocas de comadres para juízes, que desconhecem os limites de suas atribuições, estabelecidos no art. 66, inc. VII da Lei das Execuções Penais, porque ignoram a diferença entre pena e prisão provisória. Enquanto isso, a polícia civil, entre o clamor da sociedade e o canto carnavalesco dos bandidos, prefere esse último, que serve como música de fundo para a contemplação de bundas.


segunda-feira, 6 de março de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

CLASSIFICADOS
Vende-se uma saída em três vezes, sem entrada

PERGUNTINHA CRETINA
Victor e Léo vão regravar “Entre Tapas e Beijos”?

APOCALIPSE
Que fim levou o fim?

ECONOMIA
Recessão é quando até o professor de street dance vai para a rua

FRACASSO
Tentou trabalhar como técnico em escadas rolantes...Mas não rolou

SOLIDÃO
Um político honesto é o tipo de pessoa que passa o tempo todo se sentindo deslocada

NEM TUDO
Toda  história tem dois lados, menos as em 3 D

EXPLICAÇÃO

Era um homem à frente de seu tempo. Chegava sempre atrasado aos compromissos com hora marcada...