quinta-feira, 29 de março de 2018


INOCÊNCIA PRESUMIDA
João Eichbaum
O grande mal que afeta a cultura é o “analfabetismo funcional”. Pessoas conhecem as letras, juntam-nas e formam uma palavra. Juntam outras palavras e formam uma frase. Pronto: já sabem ler. Mas, ler é uma coisa, outra coisa é interpretar, atinar com o sentido da palavra na frase, e com o sentido da frase no contexto. Se a pessoa não souber interpretar, de nada lhe adiantará saber juntar letras e palavras.
Observe-se o que está escrito no inc. LVII, do art. 5º da Constituição Federal: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”...
Dias atrás uma menina de oito anos foi violentada e morta por um homem, em Caxias do Sul. Investigações policiais levaram a um suspeito, que acabou confessando a barbárie, inclusive mostrando à polícia o local onde deixara o cadáver da infeliz criança.
Pergunta: então, diante da Constituição, esse homem (ninguém se atreva a chamá-lo de bandido) não poderá ser preso, porque viverá em estado de pueril inocência, enquanto não for julgado em todas as instâncias, incluindo um possível julgamento no STF, daqui a uns vinte anos?
Que a revolta das pessoas, causada pela ignomínia, as leve a considerar “preso”, como sinônimo de “culpado”, se admite, é perfeitamente natural, em tais circunstâncias. Causa, porém, estupefação que bacharéis, doutores, professores, mestres em Direito não saibam fazer distinção entre os dois vocábulos.
O que enche a cabeça desses doutores não se sabe. O que se sabe é que a Constituição permite a supressão da liberdade de pessoas não culpadas, (sem culpa formada) autorizando a prisão preventiva, por exemplo. Mas ela só considera culpado quem como tal for declarado, por sentença transitada em julgado. Será isso metáfora ou estúpida contradição?
Ou a Constituição está mal escrita, ou seus intérpretes não a  sabem ler. Ou as duas coisas. “Ninguém será considerado culpado” só terá o mesmo sentido de “ninguém poderá ser preso” para pessoas a quem não acodem rudimentares lições da língua portuguesa. Quem conhece o vernáculo sabe que “preso” não é sinônimo de “culpado”: nem todo o preso é culpado, e nem todo o culpado é preso.


quarta-feira, 28 de março de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Aguenta firme humanidade, que tudo vai passar...
Um dia vi chegar aquela onda de gente saindo do armário e pensei: A humanidade toda é gay, o mundo vai virar uma zona...
Depois que vi que isso não foi nada... A culpa era dos americanos, dos californianos, do Obama e do Obamacare, diziam...
Agora o mundo inteiro diz que sofreu abuso sexual... A culpa é dos americanos, dos californianos, do Trump e do muro com o México...
A onda é ainda maior... Aguenta firme humanidade, que tudo vai passar... aqui também andaram dizendo que era golpe e que Lula não ia ser punido... Vai sim... hoje.

Consultei os oráculos que previram que Lula vai ter um ataque de próstata e ser internado...
É que o ego dele está no céu com a demonstração paga, mas o fiofó já entregou pro diabo... Não passa nem forqueta do demo... E com a contração, a próstata aperta demais da conta e entope a uretra....
Por isso que políticos que têm contas pendentes na justiça vão posar de doentes em hospital... Dilma, Temer e Jefferson não se deixaram filmar na cama do hospital... São ruins em representação de cenas dramáticas.
Nenhum se internou pelo SUS
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terça-feira, 27 de março de 2018


O FIASCO INSTITUCIONAL
João Eichbaum
O fio da meada do fiasco institucional, protagonizado pelo Supremo Tribunal Federal, estava nas mãos do Edson Facchin. O pedido de Habeas Corpus, por ele recebido, tinha como autoridade coatora o ministro do STJ, que denegara liminar de liberdade para Lula. Evidentemente, o Habeas Corpus para o STF era incabível, nos termos da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a tribunal inferior, indefere a liminar”.
Ao invés de recusar o pedido (não conhecer) por lhe faltar competência, Facchin mandou processá-lo, negando a liminar e submetendo o procedimento a julgamento do Pleno do STF. Mas, contraditoriamente, no pleno, suscitou a preliminar de não conhecimento, exatamente o que ele deveria ter feito, quando recebeu a descabida petição.
Deu no que deu: quando chegou ao pleno do STF a maçã já estava podre. Aí a Súmula 691 já não valia mais nada, a forma processual tinha baixado de categoria, já era coisa secundária, o Direito tinha deixado de ser presidido pela ciência jurídica, para obedecer aos desígnios pessoais dos ministros. O que ontem valia na Constituição, hoje deixou de valer. O que valera contra o Delcídio Amaral, o Eduardo Cunha e milhares de presos pobres, deixou de valer contra o Lula.
Cada um deu sua versão empastelada, para moldar a Constituição às pretensões do dr. Batráquio, ops, Batocchio, defensor do Lula, porque havia razões que não poderiam declinar. Rosa Weber, Dias Tofolli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio são daquelas pessoas que guardam fidelidade e gratidão eternas, sentimentos tão densos que por eles nem a luz do Direito perpassa. Com aqueles trejeitos de quem mastiga batata quente, Gilmar Mendes foi coleante como muçum, deixando escapar, entre evasivas, que a Constituição brasileira não passa de um caniço agitado por conveniências. Para Alexandre de Morais ficaria difícil expor alguma tese que não fosse plagiada.
 Já Celso de Mello é um caso à parte. Merece investigações à luz da psicologia. Há pessoas que são perseguidas ao longo da vida por algum estigma. Traumas há que deixam feridas incuráveis. Talvez, mesmo em fim da carreira, o decano do Supremo se sinta assombrado pelo anátema lançado por seu padrinho, o admirável jurista Saulo Ramos, que o chamou de “juiz de merda”.


segunda-feira, 26 de março de 2018


BALÃO DEENSAIO

Por Robson Merola de Campos

Para aqueles que não entenderam o que a maioria dos ministros do STF fez, eu vou desenhar em poucos traços:

O STF lançou um balão de ensaio. Quer ver a reação da população sobre a perpetuidade da impunidade do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Se grandes massas protestarem, no dia 04/04/2018, os ministros liberarão a prisão de Lula. Caso, contrário, Lula fica livre, leve e solto... E algumas conseqüências naturais serão:

1) Lula será candidato à presidente.

2) Com as urnas eletrônicas, a eleição já está no papo. Lula será eleito.

3) Bolsonaro não poderá disputar a eleição presidencial, pois o mesmo STF vai torná-lo inelegível em virtude do caso “Maria do Rosário”.

4) Lula, presidente, dará começará uma das maiores campanhas revanchistas que já se viu... Este ponto não é adivinhação: ele já avisou que fará isso. Aliás, destilar ódio é um dos pontos fortes do ainda ex-presidente.

5) Lula destrói o que resta do Brasil. Venezuela, aqui vamos nós...

 Robson Merola de Campos é advogado, articulista das redes sociais.
Fonte: ALERTA TOTAL


sexta-feira, 23 de março de 2018


O PODER E SEUS INSTRUMENTOS

João Eichbaum
Política e religião se identificam essencialmente no seu objetivo: o poder. Mas se identificam também nos meios de que fazem uso para chegar até lá: a violência ou a sedução, tomando o poder pelas armas, ou engambelando o povo com promessas de felicidade.
Não há como negar isso. Tanto a história que já se tornou passado, quanto a realidade que se constrói no presente são cimentadas por fatos inegáveis nesse sentido. A inquisição e as cruzadas promovidas pela Igreja Católica, assim como o terror espalhado por alguns setores do islamismo são fatos para cuja negativa não existem argumentos.
Hoje a Igreja Católica mudou um pouco de tática. A violência já não é explícita, física. O que permanece é a tortura psicológica, a retórica do medo do inferno. Mas, ao lado dessa ameaça anda a sedução, com a promessa da felicidade eterna.
Já na política quase nada mudou. As guerras, inventadas desde que o mundo é mundo, continuam presentes. Além delas, ainda há o terror explícito, praticado por alguns Estados  islâmicos, onde as duas, a política e a religião, se fundem no braço forte do poder.
Aqui no Brasil, se faz política com religião. A Igreja Católica construiu os fundamentos do PT com a lavagem cerebral usada nas chamadas “comunidades eclesiais de base”.
Líderes religiosos, se valendo e distorcendo lições originadas de um lunático que se dizia filho de Deus, vivia de expedientes e se voltava contra o poder eclesiástico judaico, fundiram o chamado cristianismo com o socialismo de extrema esquerda.
Daí nasceu o PT. O cordão umbilical que o liga à Igreja Católica contaminou seus integrantes com uma devoção religiosa tal, que faz deles energúmenos, cegados pela idolatria dedicada a um sujeito conhecido como Lula. Não fugiram às origens. Fizeram como o “povo de Deus” que, não podendo viver sem um ídolo visível, construíram o seu bezerro de ouro.
 E tal é a força dessa religiosidade, que ela se sobrepõe, na escala axiológica, ao ordenamento jurídico, cuja missão deveria ser a construção do valor Justiça: batizados na religião petista, ministros do Supremo jamais se tornam infiéis e amam aos mais próximos como a eles mesmos. São os sumos sacerdotes do petismo.

quinta-feira, 22 de março de 2018


BELLA COSA È FAR L’AMORE
Carlos Maurício Mantiqueira*


Drama em um Ato
                          
Ninetta: Qual o seu nome?

Fracasso: Misteudrônio.

Ninetta: Que estranho!

Fracasso: Era pra sem Mister Drone, mas o cara do cartório sacaneou.

Jacinta: Não importa; você é bonitão ! Além disso é o que está mais à mão.

Assim é a brasílica eleição.

Qualquer palhaço serve, desde que jure servidão.

Eleito em suspeitíssimo pleito, será teleguiado tal qual drone, ao bel prazer da velha Albion.

Fará tudo que seu mestre mandar. A receita é a mesma; aqui e em qualquer outro lugar.

Para desviar a atenção dos bobocas, usam o script da vez.
Não é por coincidência que se discute reforma da previdência em Pindorama, na Argentina, na França e na Espanha, países onde o povo sempre apanha.

Já dizia Frei Vicente de Salvador, fazendo com séculos de antecedência,apologia da Lei Rouanet: “O favor ajuda o escritor, alivia-lhe o trabalho, anima-o, e dá-lhe fervor a sua obra; porém o que agora ... inspiração do céu lhe concedeu a bênção, esta peço eu a Vossa Mercê, e com ela não tenho que temer a ..... mar todo o verão do meio-dia pouco mais ou menos, até a meia-noite, e lavam e refrescam toda a terra.”

Dona Onça está informada sobre esta guerra de quinta geração.

Em seu alto critério sabe que é mister aplicar na classe política um belo clister.

Passou a hora do modus in rebus; agora só funciona o “medus in rabus”.

Já dizia um homem prático:

“Não importa a cor do gato desde que coma o rato”.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 21 de março de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

"Dom" José Ronaldo...
Milhões em dízimos e doações à diocese de Formosa, em Goiás, teriam sido desviados pelo bispo dom José Ronaldo com o auxílio de padres e funcionários
Imaginem me confessando a padre ou Bispo, ou beijando-lhe a mão, ou ouvindo pregação... Imaginem o pomposo título de Dom....
                         

O Facebook está encrencado... O Zucker sumiu!!!!!
"O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, permaneceu em silêncio durante mais de 48 horas desde que o "The Observer" revelou a colheita de 50 milhões de dados pessoais dos usuários, e apesar sua empresa ter sido atacada pela montagem de pedidos de investigação e regulação, queda dos preços das ações, e uma campanha de mídia social para #DeleteFacebook.
As ações do Facebook cairam 6.77% na segunda-feira após a notícia, derrubando US $ 36 bilhões na avaliação da empresa, enquanto os investidores se preocupavam com as conseqüências das revelações.
Zuckerberg possui 16% da empresa e viu pessoalmente que sua fortuna caiu US $ 5,5 bilhões para US $ 69 bilhões, de acordo com o rastreador ao vivo da Forbes em relação às pessoas mais ricas do mundo."
Creio que o Facebook está sendo atacado por outros sites... Tal como o Yahoo ´pde estar num processo de C'est fini... acabou-se.


Sarkozy vai acabar sendo preso: Recebeu o equivalente a cerca de 20 milhões de Reais do Muammar al-Gaddafi da Líbia....
Disseram que foi para a campanha em que se elegeu presidente...

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terça-feira, 20 de março de 2018


A HEROÍNA
João Eichbaum
Para recuperar o sentido verdadeiro do martírio e do heroísmo, é bom falar nela. Chamava-se Helley de Abreu Silva Batista e, por duas vezes, foi vítima das tocaias do destino. A primeira, quando perdeu o filhinho de 4 anos, afogado numa piscina. Buscando reaver o valor da vida, que lhe havia sido subtraído pela desgraça, ela procurou a superação da dor na doação de si mesma, para salvar outras crianças.
Pedagoga, fez pós-graduação em Educação Especial Inclusiva e ingressou, por concurso, como professora, no Centro de Educação Municipal Gente Grande, uma creche em Janaúba, uma pequena cidade com 71 mil habitantes,  em Minas Gerais.
Movida pelo idealismo, sua preocupação era motivar os alunos na busca do melhor rendimento, principalmente se tratando de crianças com alguma deficiência: a essas dedicava maior atenção, para lhes proporcionar um aproveitamento de criaturas ativas no contexto social.
Na preparação das comemorações do Dia da Criança, se ocupava em despertar os alunos para os espetáculos mágicos do cinema, com pipocas e doces, quando irrompeu um incêndio na escola. Sem pestanejar, se entregou à tarefa de pôr a salvo as crianças, enfrentando o fogo, expondo a própria vida.
O incêndio fora provocado pelo vigia  da escola. Depois de atear fogo em si mesmo, o homem começou a fazê-lo também nas crianças. Além de salvar alguns alunos, alcançando-os pela janela para outras pessoas, Helley travou luta corporal com o incendiário, para conter sua loucura. Nesse ato heróico, muito acima de suas forças, a vida se lhe esvaiu. Seu corpo foi encontrado ao lado do corpo do algoz.
A história desse país, que agora parou na página da corrupção, nunca fora enaltecida com tal grau de heroísmo de uma mulher. Mas, apesar de sua grandeza, ela foi lembrada apenas como pauta de notícia passageira. Não houve mobilização de multidões, não houve cobranças movidas a ódio. Ao que se saiba, ninguém deixou seu trabalho, seu lazer, seus afazeres cotidianos, sua preguiça assistida por verbas governamentais, para ir à rua gritar palavras de ordem, exigir justiça ou, pelo menos, para engrandecer a memória da professora Helley: sua morte não serviu de repasto para energúmenos, nem de instrumento para a política suja dos demagogos.


segunda-feira, 19 de março de 2018


PLANETACHO
Novos Tempos

GRUPOS
Família hoje em dia muitas vezes não passa de um grupo de WhatsApp.

SENDO ASSIM
A vaca foi para o brejo de Uber.

TARDA
Depois de Maluf, agora chegou a vez de Delfim Neto acertar as contas com a Justiça. José Sarney já colocou o bigode de molho.

VEM AÍ
Em breve deve ser inaugurado um asilo de segurança máxima.

ADAPTAÇÃO
Nesses casos, a tornozeleira é na bengala

ESTATÍSTICA
Otimistas no Brasil já estão em um número menor do que os micos-leões-dourados.

ENTÃO
As coisas ficariam bem mais transparentes, se as bancadas no Congresso Nacional usassem uniformes com os seus devidos patrocinadores.

DIZEM QUE
No Brasil de hoje, os videntes pessimistas têm menos clientes, mas têm um índice de acerto bem maior nas previsões.

DEPOIS DA REFORMA
A FIESP demitiu o pato e um sapo (sem barba).

DISCURSOS
O Temer é o tipo de político que explica tudo, tim-tim por tim-tim, mas sem entrar em detalhes.

sexta-feira, 16 de março de 2018


O INDULTO DO BARROSO
João Eichbaum
Estabelece o art. 84, inc. XII da Constituição Federal, que “compete privativamente ao Presidente da República conceder indulto e comutar penas... O advérbio “privativamente” não está na frase para alongá-la, nem para rimar com “presidente”. Ele tem a finalidade de modificar o verbo “competir”, restringindo-o à competência exclusiva do Presidente da República. Isto é: a ninguém mais, senão ao chefe do Poder Executivo, é atribuído o poder  de indultar e de comutar  penas.

Dos artigos 192 e 193 da Lei das Execuções Penais se extrai a ideia clara e definida de que ao Ministério Público só é permitido, diante de um decreto presidencial de indulto, agir em defesa do sentenciado. Nem de longe a lei e a Constituição lhe autorizam qualquer manifestação que não seja nesse sentido. E ao Judiciário, representado pelo Juízo das Execuções, outra alternativa não cabe senão decretar a extinção da punibilidade.

Faltava, pois, legitimidade à Procuradoria Geral da República para representar ao STF contra a eficácia do indulto de Natal decretado pelo Presidente da República, em dezembro de 2.017. E a dona Carmen Lúcia, ao invés de reconhecer essa ilegitimidade, devolvendo a petição à senhora Dodge, mandou suspender os efeitos do indulto, ignorando primárias lições de processo e derrubando a cerca que separa os poderes Executivo e Judiciário.

Atirada no colo do ministro Barroso a bomba que despedaçava a Constituição, esse fez o pior, numa decisão mais hostil do que jurídica, tomando para si um encargo constitucional que é privativo do Chefe do Poder Executivo: alterou os termos do decreto de indulto.

À falta de argumentos que o autorizassem a invadir a competência de outro Poder, Barroso invocou o princípio da moralidade. Ora a moralidade exigida pelo art. 37 da Constituição, deve ser objetiva, emergir do ato jurídico com a carga negativa que o Direito repele. Não basta a moral de bolso, aquela que cada um carrega e a usa para suas conveniências de ocasião.

No ato de Temer é mais fácil enxergar violação ao princípio da impessoalidade do que ao da moralidade.  Mas, tanto a violação de um quanto de outro, na construção da norma legal em si, não se pode presumir: exige prova.

Imoralidade objetiva é conceder auxílio-moradia para quem tem casa própria. Imoralidade objetiva é faltar a sessões no Supremo Tribunal Federal, se afastando do país para atender a compromissos pessoais, recebendo integralmente os subsídios, quando não diárias. Imoralidade objetiva é sentar em cima do processo, à espera de prescrição.

A prestação jurisdicional não deve ser confundida com panfletos que boicotam más atitudes políticas. Nem o Judiciário se pode prestar como eco de frustrações populares. A música que dá o ritmo à dança corrupta dos políticos não autoriza os juízes a lhes servirem de par: desses se exige sobriedade, equilíbrio e despojamento das fraquezas pessoais.

quinta-feira, 15 de março de 2018


TRADUTOR TRAIDOR

Carlos Maurício Mantiqueira*


Segue abaixo uma pequena lista de traduções (ou expressões) tabajaras:

She is selfish = Ela vende seu peixe.

Apologise = Belo como Apolo.

Raining cats and dogs = Chovendo pra cachorro.

Ampersand = Ampère com areia.

Sperlouete = Ampersand francesa (despirocada).

Dot = Atributo do bem dotado.

Period= chico.

Stuzzicadente = catucador que quebra dente.

Marechiaro = marreco claro de fato porque o povo sempre paga o pato.

Sgombero = mudança após encher a pança.

Yo me cago en diós = papo argentino (ou papa ?).

O INDEC argentino publicava estatísticas indecorosas.

Gripen = Ainda não engripou mas vai engripar.

Desesperonça = Que não acredita mais na felina.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total



quarta-feira, 14 de março de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Diretamente da redação do Cold Cape Chronicles. "O piu-piu viu e ouviu":
Ela, a dita cuja ministra Cármen Lúcifer, que foi "coerente" ao dizer que não se submete a pressões... Porque não disse quais: Se as a favor ou as contra...
Vampiro também é assim... Morde, chupa sangue, e o boi nem sente... Os políticos "cabeça-de-encrenca" continuam todos a solta....
O piu-piu anda preocupado, chutando pedrisco...

Desde os tempos da guerra fria e do 007 que os espiões russos preferem Londres para acabarem seus dias...
Mas ultimamente os russos têm dado cabo do canastro de seus espiões no Reino Unido... Putin - O breve (ele é baixinho) quer ficar na história como o espião que saiu do frio com braço longo que assassina desafetos....
Ontem a Theresinha (May) deu um ultimatum a Putin o breve (por ser muito baixinho) para se explicar sobre a morte de um espião e sua filha.... Um outro espião já tinha sido morto, e hoje mais um: Nikolai Glushkov, que não é espião mas é exilado (e "portanto" inimigo do regime) ... Foi encontrado morto - hoje- em sua casa em Londres
A Globo não deu...

Momento Meditabundo casual por motivo de roubo de uma Tira aproveitando que não havia um "tira" pra cuidar...
Tirinha roubada do jornal português "O Público", muito oportuna, e que é uma verdade histórica desde a origem do Homem (o dono do Paraíso expulsou o Adão e a Eva que já estava grávida), e se prolongará até ao fim dos tempos (quando o dono do paraíso que expulsou o homem e a mulher reunirá toda a descendência para ser punida impiedosamente)
Tem gente que não tem noção do que seja ter noção...
  
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terça-feira, 13 de março de 2018


JORNALISMO PARA ANALFABETOS FUNCIONAIS
João Eichbaum
Durante o ciclo de palestras “Em Pauta ZH – Debates sobre Jornalismo”, realizado pelo Grupo RBS, um dos temas focava “os desafios e as oportunidades das profissionais da imprensa”. O tema, ao que se sabe, teria sido escolhido em alusão ao Dia Internacional da Mulher. E só havia mulheres no debate – se é que se pode chamar de debate um blablabá de que só participam pessoas diretamente interessadas em puxar a brasa para seu assado.
Entre elas se encontrava a editora do jornal O Globo, Maiá Menezes, que apresentou pesquisa elaborada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, e se saiu com a seguinte preciosidade: “há uma naturalização de situações de discriminação no nosso ambiente...”
Sim, senhores, essa é a linguagem de uma editora de jornal. De certo tem diploma de jornalista, adquirido numa das tantas faculdades que se multiplicam nesse país, para enfeitar com o título de jornalista o nome de pessoas que não sabem escrever. O que quis dizer ela com “naturalização de situações”? Existe uma ideia clara e bem definida nessa expressão, formada por dois substantivos com significados completamente distintos, mas conectados por uma preposição?
Pessoas, sim, podem se “naturalizar”. Mas, “situações”? Ora, ora... Naturalização é o ato mercê do qual uma pessoa estrangeira adquire a nacionalidade do país onde reside. Em sentido lato também designa a incorporação de uma palavra ao vocabulário de país estranho à sua origem. Fora disso, não tem outro sentido a palavra “naturalização”. Sua etimologia de acepção provém de “natus”, particípio passado do verbo latino “nascere” (nascer) e não do substantivo “natura” (natureza).
Da obscura expressão empregada pela jornalista, só é possível supor o que ela quis dizer. Talvez tenha sido sua intenção dizer: “a discriminação se tornou natural, banal, vezeira, se incorporou aos costumes do nosso ambiente”. Mas, se foi isso que ela quis dizer, não o disse. E se não o disse, foi por pobreza de vocabulário, por dificuldade de expressão.
Títulos não engendram habilidade, capacidade profissional, competência no exercício de qualquer atividade. Há pessoas que, mesmo não tendo facilidade de expressão, oral ou por escrito, conseguem emprego de jornalistas. Ora, é evidente que o desnível de aptidão tem seus efeitos. As diferenças começam por aí. E, para quem não conhece o vernáculo, tais diferenças soam como preconceituosa discriminação.


segunda-feira, 12 de março de 2018


PLANETACHO

DIA DA MULHER
Para não cometer nenhuma gafe como ocorreu em 2017, Michel Temer fez um discurso curto neste ano. Falou apenas: Primeiramente!

FOFOCA
Desconfia-se que Superman, o homem de aço, seja protegido de Donald Trump, que confirmou nesta semana a sobretaxa de 25% do metal.

RATO FAMOSO
Mickey completou 90 anos e a Disney prepara festas e eventos por todo mundo exceto Brasília devido à proliferação de gatos.

O LEÃO QUE O DIGA
Dentro de campo Neymar até contribui com o Brasil, mas fora dele é um péssimo contribuinte.

SEM SAÍDA
O Rio de Janeiro se transformou em uma cidade de segurança máxima.

GASTRONOMIA
Os antropófagos têm certo fascínio por pessoas de bom gosto.

BRASÍLIA
O que descapitaliza o Brasil é justamente o capital.

ANDAR DA CARRUAGEM
Se Deus é brasileiro, não demora muito a igreja vai virar prisão domiciliar.

ENTÃO
Dizer que o Brasil está no fundo do poço é subestimar o poço.

sexta-feira, 9 de março de 2018


O ADVOGADO
João Eichbaum
Aquele ancião com cara de pai de santo, cuja testa se liga à nuca por um corredor brilhante, despovoado de cabelos, é o senhor Sepúlveda Pertence, o novo advogado do Lula. Nos tempos em que seus arroubos pela quimera socialista eram ainda juvenis, o doutor Pertence foi dirigente estudantil, como o Lindbergh Farias, o José Serra, o José Dirceu e outras figurinhas do gênero. Hoje, segundo matéria assinada por Izabelle Torres, num site chamado GQ, ele é o “advogado dos sonhos dos poderosos encrencados”.
Apadrinhado por José Sarney, Sepúlveda Pertence, foi ministro do Supremo Tribunal Federal e tem amizade com vários de seus ex-colegas. A começar por sua sobrinha, Carmen Lúcia, atual presidente daquela Corte. Na voz do povo, dir-se-ia que é homem de copa e cozinha, gente da casa, na referida instituição.
Deve ser por isso que os “poderosos encrencados” o veem como “advogado dos sonhos”. Para muita gente, o que conta é o jugo da amizade, o elo de ligação, o jeitinho, essas coisas todas, de que nenhum livro da ciência jurídica se ocupa.
Também é possível que a tais predicados se deva o boato de que o dr. Pertence teria cobrado  cinquenta milhões de reais para defender o Lula.  Ora, não é a qualquer joão ninguém que se agracia com o privilégio de alugar os ouvidos das majestades de toga, para neles deitar razões. Por isso, os privilegiados têm seu preço.
São presunções, meras presunções, assuntos para cochichos e maliciosas fofocas. Na real, o que viu, no julgamento do Habeas Corpus impetrado em favor do Lula no STJ, está muito longe de mostrar uma tese encharcada de argumentos convincentes, forrada de sabedoria e garantida pelo domínio da ciência jurídica.
O placar de 5x0 diz tudo.  O dito Habeas Corpus jamais se prestaria como modelo de peça jurídica. Utilizado que foi como sucedâneo de recursos previstos em lei, não passou duma ladainha inútil, dessas que só servem para engasgar a máquina judiciária.
Misturando matéria própria de recurso com condições pessoais do paciente, e desembocando num absurdo requerimento de cassação da pena acessória de inelegibilidade, o pedido revela falha de base: o desconhecimento da natureza jurídica do Habeas Corpus. Donde se conclui que o “advogado dos sonhos dos poderosos encrencados” deve ter argumentos outros, que o Direito ignora.



quinta-feira, 8 de março de 2018


A CEGONHA SEM VERGONHA

Carlos Maurício Mantiqueira*

Aliada à peçonha que escravizar-nos sonha, essa ave enfadonha, quer levar no bico dona Onça. Criou até mistério da seguronça!

A proposta é fictícia e servirá para criar milícia nos moldes de um regime maduro, em briga de foice no escuro.

A verdade nua e crua é que o branco cisne mal flutua e o pessoal que “avua” há muito não senta a púa. Virou uber de vagabundo pra levá-los da esquina ao fim do mundo, porque se entrarem em vôo de carreira, na certa dá besteira.

Resta, assim, apenas a felina que resiste a duras penas à campanha de difamação. A população pede socorro e por isso subirá o morro.

Tentando desmoralizá-la, reconstroem-se as barricadas, na véspera removidas.

Um belo dia, para evitar esses fardos, chamará  seus leopardos. Posiciona-los-á em frente à favela, onde a vida não pode ser bela.

Um outro, em frente ao edifício que preside o panarício.

Outros mais, pelos pontos cardeais, onde um bando de insanos defendem os direitos dos manos.

Os que leram Sun Tzu sabem que tomarão na rima e que na hora H de nada valerá a proteção do efecêgagá.

Agora é tempo de minueto; após, andante maestoso con alcuna licenza.

O povo já perdeu a paciência e a felina não terá clemência.

Acabará a suruba e o gato, retirado da tuba.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 7 de março de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Divagando sobre palavras arrevesadas a título de neo-politiquismos hipócritas de políticos apócrifos. (ou melhor, besteirol temerário)
E Temer continua falando como se fosse credível, confiável, liso, inteligente, comedido, político, líder, imperecível, honestíssimo, simpatiquíssimo, ultra-ético... E nunca tivesse sido sócio do Lula e da Dilma....
Acho que Temer sofre de solução de confiabilidade grudante no amplexo da arcada dentaria inferior com artrite espumosa renitente que se espalhafata pelos fêmures até chegar no quinto metatarso depois da décima falangeta padrão Neymar;... Uma política rançosa com sabor de sarna sarneyenta
Ele é uma catástrofe ambulatória parnasiana invisível que espremido cheiraria a estrume de vaca atolada.
As eleições estão chegando, o café ainda não está pronto e os antigos políticos esbosteados e embotados ainda pensam que pensam e que nós não pensamos...
Vão se esparramar num chiqueiro político.

Ninguém rouba melhor que ladrão...
E então, no mesmo dia em que os distribuidores de "grana voadora" da Intervenção Federal resolveram distribuir os balúrdios desprotegidos e inseguros entre "prefeitos" das grandes cidades...
Apareceram os donos do pedaço e entrando no aeroporto de Viracopos resolveram logo tomar 5 milhões de dólares para sua própria conta deixando claro que quem rouba é ladrão...Sem essa de político engomadinho disfarçado se apropriar de roubos como se fosse coisa legal...
Quem sabe roubar bem é ladrão... Os interventores não se sabe... Vão ter que proteger a grana da intervenção ou ficam sem ela...
Mas o que fariam tantos milhões de dólares viajando sem acompanhantes, sem passaporte, em avião que nem se saberá para onde ia...Deve ser a forma do ar, THE SHAPE OF THE AIR-PORT...
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