O CONSOLO NESSE CALORÃO
A natureza dinâmica do universo, mercê de suas
reações químicas, é que comanda a vida na terra e o comportamento de outros
planetas. A terra, por exemplo, obedece ao movimento de translação, girando em
torno do sol. O sol, por sua vez, cuja superfície é composta por um gás
carregado de eletricidade e quente, o plasma, gira em torno de seu próprio eixo,
num espaço de tempo correspondente a trinta e seis dias do calendário
gregoriano. E milhares de planetas e asteroides giram em torno dele.
Nós, homens, como todos os outros animais, assim como
o mundo vegetal, somos produtos desse dinamismo. Tudo isso trocado em miúdos
significa que somos pura química. Ora, o que é dinâmico, movido a química, provoca
reações naturalmente evolutivas.
A reação química mais exigida, por ser a mais
prazerosa para o gênero animal, que é a corrida de espermatozoides em busca de óvulos,
provocou essa bilionária população no planeta terra. Não será necessário dizer
que, para viver mais e melhor do que os outros animais, o homem fez uso de
todos os recursos que a natureza lhe proporcionava e, com isso, provocou
algumas alterações químicas no planeta terrestre. Daí nasceu a conclusão de que
tais alterações está atiçando o aquecimento solar.
A partir dessa conclusão, líderes políticos de todo
mundo resolveram se reunir, de tempos em tempos, para tratar de limitações das
atividades humanas supostamente nocivas, carregadas de força capaz de trazer o
sol para mais perto da terra.
Tais reuniões, divulgadas como importantes
acontecimentos para a sobrevivência da humanidade, como não podia deixar de
ser, geraram fanatismo pelos quatro cantos desse planeta. Afinal, o que não
falta entre os homens são aqueles com tendência para assimilar com facilidade
qualquer lavagem cerebral.
Só que, nessas tais reuniões, quem se tem por
autoridade são os políticos, e não pessoas altamente qualificadas, como
historiadores, físicos, químicos, astrônomos, geógrafos. A mais recente delas
foi patrocinada por pessoas que acumulam reinos e riquezas, levantando
arranha-céus no deserto, escarafunchando terra e mar em busca do petróleo, que
é utilizado nas principais atividades geradoras do anidrido carbônico. Esse,
por sua vez, provoca chuva ácida, desequilibra o efeito estufa e polui e ar.
O Brasil, para ser bem representado nessa pantomima
terrestre, esteve lá na pessoa do senhor Luiz Inácio Lula da Silva e da Marina,
também da Silva. Imaginem, se cada país lá se fez representar por pessoas do
nível cultural do Lula e da Marina. Sem contar a Janja.
Pelos noticiários, que só mencionam políticos e
líderes de qualquer coisa, não se tem notícia de que teve preponderância a
palavra de um cientista qualificado. Até porque, dificilmente se encontrará
alguém cujo currículo científico compreenda todas as áreas exigidas para a
análise das mudanças climáticas no planeta terra.
O homem não tem potencial para dominar todos os
caprichos da natureza. Ela, a natureza, muda, porque segue o ciclo dinâmico do
universo.
Então, nesse calorão, que nos console o chope, com
aquela cor de loira amorenada pelo sol...