quinta-feira, 30 de novembro de 2017

VIVA DONA ONÇA!

Carlos Maurício Mantiqueira*
De um só bafo, dona Onça nauseou toda a porcada !

Após um silêncio digno dos ensinamentos de Händel, em sua ópera “Giulio Cesare in Egitto” na ária “Va tacito e nascosto”, nossa estimada felina pôs , novamente o país no caminho da roça (ou da rocinha?).

Em marcha fúnebre, liderada pelo urubuzário (nominalmente admoestado pela dita) seguirão ao ocaso de sua insignificância, membros do cão egresso, do desgoverno e dos bordéis de todo jaez.

Todos Cãodecorados com a Ordem do Javali, cuja insígnia é um supositório de pimenta malagueta.

Régulo de opereta, o indefensável bocó cavanhacudo, está nu e sem escudo.

O vampiro está prestes a dar seu último suspiro.

O bolofófico substituto sabe que será breve e está p. (rima).

Como na arena em que eram martirizados os cristãos, os canalhas agora estão expostos ao escárnio e à merecida “vendetta”.

Acabou-se o tempo das amoras! (Ó tempora, ó mores!).

Em breve os filhotes e sobrinhos da Onça estarão ciceroneando os decaídos em sua visita a Cannes (ou “ersatz”).

Nada como um dia após o outro! Felina cutucada não é biscouto!

Brasil acima de tudo! Obediente somente a Deus, de quem é a obra-prima.

Viva Caxias!

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Estava eu aqui cantando "chiquita bacana lá da Martinica, se veste com uma casca de banana nanica" quando pensei:
Se uma nação não consegue manter a Ordem num Estado ou em suas fronteiras, gente morrendo e sendo assaltada a todo instante, então não é um Estado Laico, nem uma democracia, nem um reinado nem um Império nem uma república: É uma chafurdice de um estado de sitio ensanguentado por bandidos, Eles que dominam as forças armadas que deveriam ser as mantenedoras da Lei e da Ordem, e quando se vê que juízes são indicados, nomeados e aprovados em troca de facilidades para defender os indignitários do "governo" soltando convenientemente os bandidos ou nem os prendendo, então chegamos a uma mais triste conclusão:
Se o povo se mexe é uma revolução
Se o povo fica parado é isso que se vê e se sente
A democracia se enrola em papel higiênico
O resto é teatro de propaganda...

Só pra quem acha que falo "pesado", que abordo temas "pesados"...
Na hora em que a fome apertar, tudo apertar, houver menos do que o necessário, vão comer tudo o que há sem se preocuparem com a extinção, o correto ou o respeito. Em tempos de poucas verbas e as que há encolhendo, já se notam os efeitos na nossa política, nos serviços públicos, e nas privadas...
Vão sobrar ruínas na terra e estrelas no céu.

*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...


terça-feira, 28 de novembro de 2017

OS INTERNAUTAS E AS DESGRAÇAS ALHEIAS
João Eichbaum

Um aparente descaso dos noticiários e a falta de solidariedade dos internautas encobrem o desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan. Além do cotidiano exercício do rancor, somente  manifestações sobre coisas de menor importância continuam ocupando o espaço das redes sociais.

Mas, ligeiras noções de antropologia podem explicar o fenômeno. O animal humano, antes de tudo, ama-se a si mesmo sobre todas as coisas: é egoísta. Seguem-se, na ordem de suas propriedades, o epicurismo e o pragmatismo, em versão mais branda do que as teorias filosóficas nesse campo.

Para quem não sabe: epicurismo é o culto do prazer, e pragmatismo, a tendência para ver e fazer as coisas a partir do lado prático,  economizando esforço. Evidentemente, ninguém quer ser infeliz. Todo o homem anda à procura da felicidade e, quanto menores forem as dificuldades para alcançá-la, tanto melhor será.

Pela ordem, a quarta propriedade que marca o ser humano é sua natureza gregária: o homem, como os outros animais, não pode viver só. Sua convivência em grupo é exigida pela lei básica da preservação da espécie.

Exatamente por força desse convívio, nascem os sentimentos de comiseração, de solidariedade, de compaixão, de apego. Promovem-nos primeiramente os laços de sangue, a família, o parentesco. Depois, a intimidade, gerada pela convivência mais estreita no grupo social.

O que sobra dessa corrente de afeto vai para o resto da humanidade, se é que não se esgota no gato, no cachorrinho ou nos peixinhos do aquário.

Hoje, quando já não há distância, nem falta de informação para se saber o que acontece no mundo, as desgraças alheias agasalham um potencial maior de comoção. Algumas, mais do que outras. Por exemplo, a foto daquele menino morto, de bruços sobre a areia, onde fora despejado pelo mar, arrancou lágrimas, protestos e revolta em todo o mundo. Era uma criança indefesa, jogada ao léu pelo destino, refugada pela vida, abandonada pelos deuses.

A tragédia dos jogadores da Chapecoense também verteu nas redes sociais uma tristeza sem força para reter as lágrimas de muita gente.  Já o caso do submarino argentino, mais próximo do mistério do que da realidade sangrenta, por enquanto não passa da presunção de uma desgraça. Na verdade, só os fatos, dando vida à notícia, agasalham um potencial maior de comoção pela dor alheia. A mesma força virtual não a tem a presunção, o imaginável.

Por enquanto, fiéis às regras da natureza, os internautas das redes sociais mantêm o usual entretenimento com as coisas que dizem respeito a seu ego: o prazer de mostrar ao mundo que existem, e as tentativas de remover, no grito, os empecilhos à sua felicidade.




segunda-feira, 27 de novembro de 2017

PLANETACHO
E daí eu larguei

MALAS E CARTEIRAS
Depois que o diretor da PF declarou que somente uma mala cheia de dinheiro não dá toda a materialidade criminosa para se resolver se há crime, os batedores de carteira por aqui andam assanhados.

REY KENNEDY
Já o doutor Rey, que pretende se candidatar à presidência da República, diz que quer ser o Kennedy do Brasil.
Modesto ou kamicase?

GOVERNADORES
O Rio de Janeiro tem três governadores na cadeia. Os eleitores cariocas podem até pedir música no Fantástico.

PREFEITO EM PARIS
O prefeito de Porto Alegre ficou entusiasmado com as paradas de ônibus com carregadores de celular em Paris e pensa em adotar na capital. A realidade é que por aqui os ladrões é que carregam os celulares dos passageiros.

MIMADO
Garotinho diz que foi agredido na prisão, os agentes dizem que foi autolesão. Isto é falta de chinelo.

SUPER CHEF DE ESTADO
O Temer já deu tantos jantares para aprovar a reforma que ao término do seu mandato vai ter know -how para montar um buffet.

DISPAROU
No mesmo dia em que uma pesquisa apontava que a aprovação do apresentador Luciano Huck disparava a 60%, ele declarou para amigos que não vem mais. Resumindo: disparou literalmente.


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

MAS O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO
João Eichbaum

No artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada “sob a proteção de Deus”, está escrito: “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade...”

Pelo que se tem visto, é pura fantasia. Deus não tá nem aí, e legalidade, moralidade e impessoalidade são palavras que só existem em dicionários embolorados, que ninguém consulta.

É por entregar à malícia ou à incompetência a interpretação de uma Constituição fantasiosa, que o país está vivendo esse pastelão, essa comédia ridícula do faz de conta: faz de conta que prende e faz de conta que solta.

Semana passada, três deputados do Rio de Janeiro, Jorge Picciani Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos por ordem da Justiça Federal. Mas, da prisão foram resgatados por colegas seus, numa operação própria de país sem lei. Pasmo, diante da insegurança jurídica, só restava ao povo perguntar: afinal, quem é que manda?

Ontem, através de nova ordem da Justiça Federal, eles voltaram para a cadeia. E, mais uma vez, a indagação que circula, não só entre o povo, como entre aqueles que têm algum conhecimento do Direito é essa: estão brincando de fazer justiça?

No mesmo dia foram presos Anthony Garotinho e sua mulher Rosinha, ex-governadores do Rio de Janeiro. Algum tempo atrás, ele já havia sido preso e, depois de protagonizar uma pantomima de bêbado, foi solto, ao som de um discurso irascível de Gilmar Mendes.

Agora, além dos deputados, são três ex-governadores, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, que trocaram seus momentos de glória por quatro paredes nuas. São protagonistas do teatro faz de conta, esperando pelo diretor do pastelão, Gilmar Mendes.

São todos do Rio de Janeiro, o cartão postal do Brasil para o mundo, a imagem de um paraíso, cujo gozo dispensa a morte e as virtudes. Mas a capital, embelezada pela paisagem da baía da Guanabara, com praias cheias de bundas e pernões bronzeados, abriga uma plateia atônita. Uma plateia que pode ter seu sorriso desmanchado, tanto por balas cruzadas, como pela insegurança das instituições. Uma plateia, enfim, que, como todo o país, sustenta as óperas bufas do teatro faz de conta, produzidas em cima dum enredo fantasioso, chamado Constituição Federal.


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

TERRA ULTRAJADA

Carlos Maurício Mantiqueira*
OH TU ...TERRA ADORATA...
.... De' miei verdi anni - riso d'amor, Alza la fronte tanto oltraggiata, Il tuo ripiglia - primier splendor! Chiesi aita a straniere nazioni, Ramingai per castella e città: Ma, insensibili ai fervidi sproni, Rispondeano con vana pietà! .... ov'è il prisco valor? Su, sorgete a vittoria, all'onor !
VERDI, “Vésperas Sicilianas”

Estamos nas vésperas. Nossa ultrajada terra nos exige que declaremos guerra aos canalhas.

Numa clara amostra do efeito laxante do ultimato, um órgão do judas ciário tenta devolver à “gaiola” os indigitados como corruptos.

Tarde demais. Querer apaziguar a Onça agora é enxugar gelo.

Nós, pobres mortais, podemos ficar à espreita, enquanto a incrédula porcada rola e deita.

“Não será desta feita!” bosteja o arquitraidor, efecagácê.

Nada mais direi. O tempo mostrará se errei.

Penso que não. Conheço bem a honra de nossa grei.

Por isso está escrito em nossas armas:

“Pro Brasila fiant eximia”

O fogo ateado, por ignóbil Nero, será extinto e um futuro brilhante pro Brasil, pressinto.

Nossos antepassados que
“Em perigos... esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram...” Camões, “Os Lusíadas”


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

As contas da Globo... 12,8% universitários são pardos e negros, 28% são brancos...
(Pra 100% faltam 59% que devem ser índios ou verdinhos de Marte)
Plim- Plim...

ALERJ... Que demo-monstruação foi aquela de se fecharem numa sala e libertarem 3 presos por corrupção .. Só faltou dizerem que "corrupição" não é a mesma coisa que corrupção...

Aprenda a ter postura irritadiçamente ameaçadora
com a bandidagem política habituada a conduzir voto
Sérgio Cabral falou grosso com o juiz e quase o trata como sócio no negócio de comprar e vender jóias de Faraós das Candongas.
Agora foi o Cunha que falou grosso e exigiu do juiz que fizesse tudo direitinho senão não brincava mais de ser réu. Criminoso tá botando banca, subindo nas tamancas, rodando a baiana, botando pra correr, dando as cartas, apitando o jogo, cuspindo no prato, fazendo os cara si borrá de medo...
Afinal de contas... Quem manda???
Não vai sobrar corrupto !!!

 Isabel dos Santos, é a "filhinha de um papai" que se dizia comunista, José Eduardo dos Santos, e que governou Angola na verdade desde 1975, que atemorizou empresários brasileiros e portugueses com os quais antes se aliou e fez negócios sempre escusos. O povo angolano vive enganado desde então. Os filhos de José, eram donos de Bancos, queriam comprar Portugal e arredores, mandavam em poços de petróleo. As prisões cheias de "inimigos políticos", a ONU nunca viu irregularidades nas eleições angolanas, nem nas prisões, que merecessem uma intervenção, uma ação, por exemplo, de boicotes.
Os diamantes de angola, ou diamantes de sangue agradam a todo o mundo seja de negros, brancos, héteros, gays, ou daqueles que querem "respeito"...
Todos queremos respeito...
Isabel dos Santos foi destituída de tudo, que reze para não ser destituída da vida.
Angola também mudou !!!

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terça-feira, 21 de novembro de 2017

DEMOCRACIA SEM POVO
João Eichbaum

Quando os vândalos do MST invadem uma propriedade, nunca encontram lá a polícia armada e preparada para os repelir. Ninguém os recebe com gases, jatos d’água, balas de borracha. Os proprietários que se virem, que entrem na Justiça e esperem sentados, para não cansar.

Mas não é bem assim, quando o povo quer ver e ouvir, ao vivo e de corpo presente, os deputados que elegeu; quando quer fiscalizar aqueles que enchem a boca para dizer que representam o povo.

Quando a verdadeira democracia se põe em pé, o discurso é outro. Aquele substantivo de origem grega, tão elogiado, tão exaltado, tão forte e poderoso para repelir a mais remota ideia de um Estado totalitário, deixa de existir, de repente, se o povo, sem o qual não há democracia, resolve entrar numa Assembléia Legislativa.

Ah, não, assim não. Se não quiser ser tratado como um leão em fúria, o povo que fique do lado de fora, não tente botar os pés naquela augusta casa. Pau no povo, polícia nele, jatos d’água, bala de borracha, qualquer coisa que sirva à segurança dos deputados, que lá não estariam, se não fosse o povo.

O povo, na hora de cobrar, é um perigo para a democracia. A outra conclusão não se pode chegar, depois daquela truculência da polícia contra o povo, que queria entrar na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, para conferir quantos e quais são os deputados que gostam de corrupção.

E, como se não bastasse a violência, os deputados partiram para o embuste: convocaram os funcionários da casa à ocupação de todos os lugares destinados à assistência. Assim, o povo não seria repelido por ser o povo, mas por não haver lugares disponíveis, para o distinto povo, senhoras e senhores.

De modo que, sem o povo, os deputados puderam agir como agem os salteadores, aproveitando a ausência dos donos da casa: vilipendiaram o mandato. Tomaram para si o que era do povo, o direito de fiscalizar seus mandatários.

Por 39 votos contra 19, os deploráveis personagens de mais uma história de malfeitos dessa República transformaram a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em valhacouto: livraram da prisão seu presidente Jorge Picciani e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, acusados de corrupção.

Quer dizer: o povo, além de apanhar, não ganhou a senha para abrir a caverna construída pela Constituição Estadual do Rio, que acoita os Ali Babás cariocas e seus sequazes.  Que, no caso, eram trinta e nove.


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

        PLANETACHO
Enquanto isto...

TUDO EM CASA
E um ex-assessor diz que contava dinheiro vivo na casa da mãe do Geddel. A defesa tentará provar que era na casa da mãe Joana.

O PARTIDO PARCELADO
O PSDB anda mais dividido que o salário do funcionalismo público no governo Sartori. No último encontro saiu até um “fora Aécio”

CHEIO DE DEDOS
Polícia Federal vai usar biometria do eleitor para emitir passaporte. Biometria poderia ser usada também nas delações premiadas, mas seria o cúmulo da deduração.

PENSANDO BEM
Se tem fantasia na ópera, imagine no baile funk no Rio de Janeiro, que vive em meio a tiroteios.

FIM DE ANO
As redes sociais não poupam a Globo depois das denúncias de corrupção no futebol. Estão dizendo que até vão mudar a letra da música do tradicional clipe de final de ano: Hoje a cela é minha, hoje a cela é nossa, é de quem quiser...

REI REY
O cirurgião plástico brasileiro de Hollywood e apresentador de TV Robert Rey também estará na disputa pela presidência em 2018. Será pelo Prona do finado Eneias. Se o regime fosse a monarquia, Rey seria imbatível.

LENDAS

... tem a daquele político que quando soube que seria julgado por Gilmar Mendes, deu folga para o advogado... 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A FEIRA DAS VELEIDADES
João Eichbaum

Antes que os livros impressos desapareçam definitivamente, a sobrevivência da Câmara do Livro é garantida pela vaidade. Em Porto Alegre, como em qualquer lugar do mundo, há uma panelinha de muitos escrevinhadores e alguns escritores que sustentam aquela instituição.

Entra ano e sai ano, são sempre os mesmos. Do círculo fechado, que os separa do mundo, surgem os “patronos” da Feira do Livro, os “escritores” convidados, os painelistas, conferencistas, debatedores, contadores de histórias, etc.

Para a sorte da Câmara do Livro, existe a vaidade. Quem é que não gosta de aparecer, de bancar o intelectual, de dizer que escreveu um livro? Ou que participou de um “painel” ou debate, nessa vitrine do charme intelectual?

Escrevinhadores, que se têm por escritores, reúnem amigos e parentes para lhes mostrar seus dotes intelectuais. Por mais indigestos que sejam os títulos ou o conteúdo dos livros, a amizade e o parentesco garantem número na fila dos autógrafos.

Você aí, já leu algum livro de um  tal de Mia Couto, moçambicano? Gostou? Ah, não sabe quem é? Pois, diz-se que havia um auditório lotado, para vê-lo, ouvi-lo ou, quem sabe, se deixar bolinar pelo cara. Mas, na falta de bons escritores brasileiros, qualquer um de fora ganha viagem, cama e comida, por conta não se sabe de quem...

Você se lembra de um tal de “O Pequeno Príncipe”? É. É exatamente aquele livrinho que tinha status de enciclopédia para candidatas a miss. Não. O livro não tinha nada a ver com bundas e peitos de silicone. Mas tinha uma frase cheia de charme: “o essencial é invisível aos olhos”, que ninguém consegue explicar pra que serve na vida.

Pois esse livro, ultrapassado, com uma linguagem pueril escrita para adultos, nos dias de hoje serve mais para distrair a parvoíce do que para destravar a sabedoria. Mas encontrou espaço num “painel”, ou coisa que o valha, na Feira.

Pois assim é a Feira do Livro, esse teatro multifário de veleidades, onde aparecem Assembléia Legislativa, Tribunais, Senado Federal, Bancos, emissoras de rádio...Mas lá está também o povo, que não costuma entrar em livrarias, dando um empurrãozinho nas letras.

Ele ignora as vaidades que sustentam a Feira. Mas, os belos fins de tarde primaveris, na praça da Alfândega, oferecem paisagem e clima para encontrar amigos e entornar um chopinho que, como se diz, faz parte. Isso tudo garante a sobrevivência da Câmara do Livro, pelo menos até o próximo ano, enquanto os livros não sumirem do mapa.



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

NUVEM POR JUNO
Por ser nosso povo, em questões filosóficas, jejuno, espertalhões covardes passam a transmitir inverdades como se fossem dogmas.

A situação atual do país é tão grave que as forças armadas tem o dever moral e constitucional de intervir.

Sua atuação independe de qualquer novo respaldo popular.

Milhões já estiveram nas ruas em ocasiões anteriores. Elegeram no primeiro turno o prefeito da maior cidade do país (fato inédito até então) o candidato que menos se parecia com “político”.

Perplexo e surpreso o povo constatou que o eleito foi o melhor fingidor. Manteve as odiosas medidas do burgomestre anterior: fechar a avenida Paulista aos domingos, penalizando a vida de todos os moradores dos bairros próximos, que tem enorme dificuldade para cruzá-la. Agora, pensa em restabelecer a inspeção veicular de araque.

A inação dos militares trará duas consequências: uma boa e outra má.

Milhões de brasileiros continuarão morrendo por balas perdidas; na porta de hospitais precários ou vítimas das drogas.

Isto aumentará de tal forma a indignação dos homens de bem que acarretará o surgimento de magnicídios.

Vejam a ópera “Don Giovanni” de Mozart e compreenderão que o castigo um dia chega.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Fonte: Alerta Total

terça-feira, 14 de novembro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*
A Inglaterra quer sair da União Européia porque como disse uma célebre desconhecida chamada Seraphima Kennedy, nasceu pobre em Kensington e Chelsea e nada mudou. Ou seja, os ingleses entraram para a União Européia, trabalharam todos esses anos e continuam na mesma. Para piorar, este Natal vai ser duro porque corre uma inflação por lá...
Portugal deve os olhos da cara para o FMI, um Banco desapareceu com os depósitos dos emigrantes, empresas foram vendidas ao desbarato, pegaram fogo no país inteiro, roubaram armas dos depósitos do exército... Um descalabro, um pandemônio sofridamente calado... O orgulho não permite que apareça uma Seraphima Kennedy. Ela continua pobre. Os portugueses vivem sub-pobres. A maioria ainda pensa que é rico, do primeiro mundo.

Estados Unidos cheios de tarados e o Brasil cheio de corruptos.Não temos pra onde ir, sem ficar arrombados e sem dinheiro. Tchau, Disney...

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QUANDO O FRUTO DO VENTRE NÃO É BENDITO
João Eichbaum

A paixão, como tudo na vida do animal humano, tem seu prazo de validade. Tanto a paixão de longo curso, que leva ao casamento, como a paixão efêmera, que arrasta para o acasalamento, depois de algumas cervejas num bailão da Scharlau.

E para cumprir a prazerosa missão de perpetuar a espécie, de que nos incumbiu a natureza, o tempo propício é o da paixão. Pouco importa se ela é acidental ou de longo curso. Só há uma condição fundamental: o cio da fêmea.

Estando no cio, a fêmea se entrega porque quer e sabe, de antemão, qual será o resultado. Mesmo que seja fruto de uma noite ou de um acaso qualquer, ela abraça, ama, amamenta, cria com dedicação esse resultado, a expensas próprias, ou à custa de uma pensão alimentícia.

Mas, se ela não se entregou e foi coagida, dominada, abusada, vilipendiada, sob ameaça de morte ou sob tortura, sua dignidade dá vazão ao nojo, à repulsa, à revolta e – por que não? – ao ódio contra o bandido que nela aninhou os dejetos de sua animalidade.

Em qualquer sociedade civilizada, nenhuma mulher pode ser obrigada a conviver com o vilipêndio. Mas, essa regra de respeito ao ser humano não tem força para se impor à mentalidade de energúmenos, que sucumbiram à lavagem cerebral de superstições religiosas.

Por 18 votos contra um, a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou texto de reforma constitucional que estabelece a concepção como “começo da vida”. Tal disposição, provinda da cachola de um tal de Jorge Muladen, do DEM, repercute diretamente no Direito Penal, transformando o aborto em “crime contra vida”.

Nessa comissão, composta de 33 membros, mais de vinte são evangélicos. O único voto contrário foi da deputada Erika Kokay, do PT. O projeto se destinava à extensão do período da licença-maternidade, para mães de prematuros. Mas foi estragado com água benta.

Para sustentar o disparate, o deputado pastor Eurico, do PHS, abriu a boca exaltada e cheia de dentes, expelindo adjetivos alusivos a folclóricos espíritos, criados pelo imaginário popular: “a defesa do aborto é diabólica, satânica, não queremos uma destruição em massa de inocentes”.

“Destruição em massa de inocentes”, segundo a mitologia cristã, ocorreu em Belém, (Mt, 2:16-18) por ordem de Herodes, enquanto o menino Jesus era levado, são e salvo, para o Egito, por sua mãe Maria e o padrasto José. E Javeh, o deus mitológico da bancada evangélica, nada fez para impedir a matança. Agora, que Jesus Cristo está rendendo dízimos, querem legalizar o imoral.