sexta-feira, 30 de junho de 2017

ONDE ANDAM OS JURISTAS DESTE PAÍS?

João Eichbaum

Todo mundo viu na televisão aquele homem saindo do restaurante com a mala na mão, os olhos arregalados, varejando todos os lados, e uma cara de assustado, se borrando de medo de que alguém lhe tomasse a mala. Era Rodrigo Loures. Dias mais tarde, soube-se que seu defensor havia entregue para Polícia Federal a dita mala, contendo quatrocentos e sessenta e cinco mil reais.

A denúncia do Procurador Geral da República contra Michel Temer, diz o seguinte: “Entre os meses de março a abril de 2017, com vontade livre e consciente, o Presidente da República MICHEL MIGUEL TEMER LULIA, valendo-se de sua condição de chefe do Poder Executivo e liderança política nacional, recebeu para si, em unidade de desígnios e por intermédio de RODRIGO SANTOS DA ROCHA LOURES, vantagem indevida de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) ofertada por JOESLEY MENDONÇA BATISTA...”

Aí está: a denúncia desmente tudo o que nossos olhos viram, porque nenhum brasileiro deve ter visto Michel Temer recebendo de Rodrigo Santos da Rocha Loures, ou de quem quer que fosse, “vantagem indevida de R$ 500.000,00”.

“Vantagem indevida” é uma expressão do texto penal que compõe a definição do crime de corrupção passiva, no art. 317 do Código Penal. “Vantagem” é substantivo abstrato, porque representa uma qualidade. É impossível dar ou receber o abstrato. Pode-se, sim, “obter vantagem”, desde que se receba alguma coisa concreta.

O art. 41 do Código de Processo Penal determina que a denúncia contenha “a exposição do fato criminoso”. Ora, não existe fato abstrato. Fato é realidade, coisa vivida, acontecida. O excerto acima se limita a copiar a expressão legal, abstrata, “vantagem indevida”, sem descrever fato que a caracterize como elemento do crime.

A exposição do fato criminoso, deveria ser redigida assim, por exemplo: “fulano de tal, presidente da república, recebeu tanto para sancionar (ou vetar) a lei número tal”.  O recebimento de dinheiro (dinheiro, substantivo concreto) se torna indevido, porque ao beneficiário, funcionário público, é vedada a obtenção de vantagem, mercê do exercício do cargo.

Menciona-se aqui apenas uma das impropriedades sem conta, que cobrem de desvalia a mal denominada “denúncia” contra Michel Temer. Inchada com sumários, títulos, subtítulos, depoimentos, ilações, circunlóquios, e coalhada de agressões ao vernáculo, ela não passa de um labirinto verbal: nada tem a ver com art. 41 do CPP. Assinada que fosse por algum candidato, em concurso para cargo de procurador da República, ele seria reprovado.




quinta-feira, 29 de junho de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Filosofia das Inexplicações.
Já disse mais de uma vez que não é por se escrever coisas profundas, verdadeiras, ou cientificas, que se ganham "cliques", O clique é a medida internáutica de "grau de satisfação". Para se ter muitos cliques, ou votos, o essencial é ter borogodó... Como se sabe, o borogodó depende de tudo o que não depende de nada e por si só se inexplica.
O estudo das Inexpicações básicas e fundamentais que causam aplausos, vômitos ou urras, "fora este" ou "fora aquela", tem como motivação básica o borogodó, e foi desenvolvido por políticos que buscam obter aprovação para quaisquer atos lícitos ou ilícitos, suportados pelo tal borogodó. A população foca-se sempre no tal borogodó. Tem borogodó vota a favor ou clica sorridente, não tem borogodó cai no limbo e nas garras do garanhudo. O garanhudo continua dividindo as arrecadações entre a gangue, assim como preso comanda enclausurado fora da cidade, o garanhudo governa mesmo fora do governo.
As conclusões dos mais recentes estudos, ainda não levados a público, demonstram que se as instituições estiverem comprometidas com seus membros, mas tiverem o apoio da "Lei", mesmo que comprometida, tudo tem a aprovação da populaça... Desde que haja borogodó.
Desta forma podem negar videos, maletas, contas no exterior, sob o borogodó das "reformas" que nunca serão aplicadas a favor do povo, e do Brasil que já vai no fundo do quarto poço. "Reformas" tem borogodó!!!
Gatos têm sete vidas, Brasil tem sete poços, alguns afogados no pré-sal. A lógica tem borogodó. Com as Inexpicações, vão soltar todos os presos e não vão prender nem Lula, nem Temer, nem Aécio... 
 Nossos políticos ainda podem vir a pedir "Auxilio Heroína" e "Auxilio Cocaína"....Já andam voando "aeroneves" nos céus, "Atoffulhadas" destes produtos, e estamos no quarto poço.
*Leia mais em "bar do chopp Grátis"...


quarta-feira, 28 de junho de 2017

FUNÇÕES
Carlos Maurício Mantiqueira*
Há muitos anos, o palestrante num breve curso sobre Análise de Valor, disse algo precioso:

Primeiro mostrou-nos uma caneta esferográfica de plástico transparente; em seguida perguntou qual era sua função principal.
A resposta unânime foi: “escrever!”.

Ele sorriu e disse: “Estão enganados. A função principal é soltar tinta de maneira regular. Se vou escrever, fazer uma caricatura ou rabisco é outra questão”.

A função principal de um escritor é despertar emoções em seus leitores.

Fazê-los rir, chorar ou indignar-se são aspectos acessórios.

Na presente Era da Instantaneidade , se alguém escrever mais que uma página não será lido.

Pouco importa o valor do conteúdo do texto.

Podemos concluir dizendo que a função principal de nosso Exército é garantir a unidade nacional (o que aliás vem fazendo há séculos).

A “mão amiga” é função acessória para ajudar o povo em situações difíceis.

Nosso Exército é o próprio povo.

Feliz o país que tem um exército como o brasileiro.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total

terça-feira, 27 de junho de 2017

ARRANCANDO CARRAPICHO DO PELEGO
João Eichbaum

A erudição na área do vernáculo pressupõe sólidos conhecimentos de latim e de grego. Sem isso, ela pode se decompor em desarranjos verbais. Observe-se o excerto abaixo, da lavra do ministro Edson Fachin, transcrito por Reinaldo Azevedo na Folha SP: "No caso presente, ainda que, individualmente, não considere ser a interpretação literal o melhor caminho hermenêutico para a compreensão da regra extraível do art. 53, § 2º, da CR (...), entendo que o locus adequado a essa consideração é o da colegialidade do Pleno."
 O advérbio “individualmente” não tem sentido no texto. Trata-se de advérbio de modo, que serve apenas para modificar ações de cada indivíduo num grupo, mas não do sujeito singular. Foi usado de forma incorreta, como sinônimo bastardo de “pessoalmente”. E mais: interpretação e hermenêutica são sinônimos. Uma não pode ser “caminho” para a outra.
O adjetivo “extraível”, vocábulo em desuso, provavelmente foi catado no dicionário. É absolutamente inadequado para modificar, nesse caso, o substantivo “regra”. Não se extrai regra da lei. A lei já é uma regra, é a própria regra. O que se pode extrair, sim, é o sentido da regra, a finalidade perseguida pela lei.
Não existe a palavra “locus” no vocabulário brasileiro. Locus é palavra latina, substantivo masculino da segunda declinação, com nominativo terminado em “us” e genitivo em “i”. “Locus” significa lugar.
Também não existe no vocabulário brasileiro esse polissílabo horrível, dissonante, que machuca os ouvidos: “colegialidade”. O sufixo “dade” provém do latim “tas” e refere substantivos abstratos, de conotação adjetiva, indicando modo de ser, estado, propriedade: “felicitas”, “bonitas”, “humilitas”, que significam, respectivamente, felicidade, bondade e humildade. “Colegialidade” não é “locus” (lugar) de coisa nenhuma.
Na construção do discurso, há uma impropriedade que lhe desmancha a lógica. A oração subordinada adverbial concessiva, iniciada pela locução conjuntiva “ainda que”, não empresta força dialética para a oração principal, que inicia com o verbo “entendo”. Essa não depende daquela, para se afirmar como juízo de valor. A relação que as duas guardam entre si é a mesma que existe entre as têmporas e os esfíncteres.

Mas, desenovelando-se as ideias, mais enleadas do que carrapicho em pelego, é possível obter um texto limpo, claro e inteligível, assim: “no caso presente, ainda que pessoalmente não considere o sentido literal como a melhor fonte de interpretação para art. 53, § 2º da CF, entendo que compete ao Pleno do Tribunal o conhecimento da causa”. Pronto. Linguagem sóbria, sem inúteis, insípidos, senão ridículos rebuscamentos.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

PLANETACHO

NO EXTERIOR
Temer esteve na Noruega e reconheceu que há uma crise política evidente no Brasil. Como você pode notar, o Michel está literalmente viajando

VEJAM SÓ
Bruna Marquezine e Neymar terminam o namoro pela terceira vez. A dúvida é se dá pra pedir música no Fantástico.

NÃO DEIXE DE SER
O Planalto deve sancionar projeto que libera inibidores de apetite. Taí  o programa Fome Zero deste governo

NA NORUEGA
Estranho é um presidente que pode perder a cabeça a qualquer momento visitar o maior produtor de bacalhau do planeta.

SUPLÍCIO
Aliás, Temer deve insistir para que Marta  Suplicy aceite ser ministra da Cultura. Se Marta topar quem deve ficar feliz, além de seu rebento, Supla, é o suplente da senadora...

CONTAS NA SUIÇA
O Brasil precisava, mesmo, é de um ministério das delações exteriores.

CURTAS
 Todos os dias ladrões e criminosos são presos pelo país afora. Alguns políticos detestam concorrência.

Recado: Rodrigo Maia recebeu esta semana um envelope com cocô...

Há uma luz no fim do túnel para a obesidade ou é lâmpada de geladeira?

No Brasil os pessimistas nunca erram.


sexta-feira, 23 de junho de 2017

EM TERRA DE CORRUPTOS, QUEM TEM DINHEIRO É REI
João Eichbaum

A mola mestra dessa República corroída pelo descrédito em suas instituições é um sujeitinho que não precisa se acotovelar com os pobres e moídos brasileiros, para encontrar um lugar na vida: Joesley Batista. Já em março de 2.016, o cara se reunia em sua casa com Eduardo Cunha e Lula, para tratar do impeachment de Dilma Rousseff, segundo revelou o dito Cunha, em carta escrita na prisão.

Um ano depois, quando Michel Temer começava a festejar uma resposta positiva da economia para seu governo, com queda da inflação e ascensão da bolsa de valores, lá aparece de novo essa figurinha, até então desconhecida do povo brasileiro: Joesley Batista.

Foi quando o Brasil inteiro o viu, destravando um papo de compadre com o presidente da República, em cuja residência chegara na calada da noite, pela porta dos fundos. Na intimidade que rolava entre os dois, Joesley se gabava de botar rabo em juízes e procuradores, sem que a façanha tenha causado eructações de desaprovação no presidente.

Mas, ninguém imaginava que esse poder fosse tão abrangente como tentáculos de polvo. A força tentacular se refletiu no preço que Joesley recebeu pela delação feita perante os procuradores da República, na qual envolvia seu amigo Michel Temer: nada de processo, nada de prisão, nada de tornozeleira eletrônica, só paz e amor, com direito a tapinha nas costas e votos de boa viagem para os Estados Unidos, onde poderia desfrutar da riqueza que tem, sem incômodo algum por parte da Justiça brasileira.

O desmedido poder desse homem certamente não vem daquele cabelo desabando cuidadosa e discretamente sobre as orelhas, nem daquele sorriso que impede gestos infensos, por mais debochado que pareça, e muito menos daquele arzinho, entre matreiro e abobado, de quem se sente muito à vontade diante de qualquer um que se tenha por poderoso.

A televisão mostrou seu jeito de delator sobranceiro. Na frente dos procuradores da República, contando só a metade da missa, ele e seu irmão mais falaram do que foram interrogados, e só não foram chamados de vossas excelências, porque não tinham diploma de bacharel em Direito. 

Para causas de menor calibre, como nomeação de ministros do STF ou incentivo ao ensino jurídico bancado por gente de toga, diz-se que a empresa de Joesley também empresta sua marca de benfeitora e padroeira.

O coroamento de sua obra (“finis coronat opus”) poderá ser o processo criminal do Temer. Será que Joesley vai botar dinheiro nessa parada, para mostrar ao Brasil quem é que pode mais, quem é que alivia as tripas mais fácil, obrando como passarinho na cabeça do ex-amigo, antes que esse vire busto de praça?



quinta-feira, 22 de junho de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*
Se eu fosse mulher mudava de religião... Cara de pau segregacionista.... Mulher não pode ser Papa nem sequer uma simples e reles "padre" de templos que cada vez mais ficam vazios...

Prendam o Dornelles e o Pezão... Ambos torraram o dinheiro público, e não pagaram ao pessoal. O Pedro Ernesto vai fechar. Pezão se fingiu de doente, Dornelles pediu grana extra ao Temer... Prendam o Temer, Lula, Aécio, FHC, Marina e Dilma!!!!
Precisamos de uma revolução que trancafie no xadrez essa cambada. Se deixarmos, roubam o Brasil do Mapa-Mundo.

FIM... SOMOS O QUADRO DA DOR
Brasil virou um buraco onde se perde tempo construindo uma nação de verdade.
Trabalhamos para sustentar ladrões.
Nunca seremos uma potência. Em nada! 
Seremos sempre um pais que não se leva a sério e por isso não se respeita.
Somos o retrato da decadência, o lar da impunidade, o pasto de drogas, da violência, de doenças que contaminam, das injustiças em todas as instâncias e estâncias. Um amontoado de terras que outros exploram e usufruem, menos o povo brasileiro.
Já fomos um dia o agradável pais do futuro, terra da felicidade.
Não somos todos culpados não!
Hoje se provou que não. Não temos nenhuma instituição de governo de que nos orgulharmos, exceto a PF até hoje..


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quarta-feira, 21 de junho de 2017

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS
Carlos Maurício Mantiqueira*
Para que servem a Receita Federal, o Coaf e os tribunais de contas, incapazes de identificar a tempo, desvios bilhonários (ou trilhonários) dos cofres públicos?

Os inquisidores por que usam de rigor seletivo: protegem os amigos e denunciam os inimigos?

Os maus economistas nos escondem há séculos a verdadeira intenção dos poderosos: esfolar o povo contribuinte?

Por que ninguém (ou quase) está interessado em resolver as causas dos problemas do país e sim em ganhar tempo para que continue tudo como está?

Por que as “zelites” só fingem se preocupar com a possibilidade de mudar de país?

Segue uma pequena amostra de teatro do absurdo:

Uma jovem “perua” sai de seu clube elegante dirigindo um “carrão” importado. Para no farol e se aproxima da janela um mendigo de meia idade que lhe diz:

-”Dona, há dias que não como!”

-- Pois insista; regime é assim mesmo. Depois a fome volta “

Abre o sinal e ela se vai...

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total



terça-feira, 20 de junho de 2017

UM POVO ENTREGUE À PRÓPRIA SORTE
João Eichbaum

Volta e meia, chamado a dar explicações sobre passividade das forças armadas diante desse redemoinho político que está esfarinhando os valores da pátria, o comandante do exército responde candidamente, como um virtuoso abade em vida contemplativa: “estamos cumprindo a Constituição”                                                                                                                                                                             Mas, enquanto as autoridades militares “cumprem a Constituição”, na qual o que mais enxergam são as regras da disciplina e da hierarquia, autoridades civis que, por dever de ofício, deveriam pôr em execução os princípios constitucionais, fazem o contrário.

Quando ações do Poder Judiciário começaram a bater na porta do Legislativo, caçando réus lá dentro, a resposta veio em forma de retaliação: projetos de lei, encurtando os poderes de juízes, Ministério Público e polícia, e transformando em crimes a prática de alguns atos próprios desses cargos foram tomando conta da pauta.

O uso da atividade legislativa para engendrar vinganças rasteiras, assim como a venda de leis e de medidas provisórias, tais como foram denunciadas nas delações, estão longe de comprovar o pleno exercício dos poderes dentro dos princípios constitucionais.

Nesse jogo, a pátria fica sem “defesa”, seus bens são malbaratados. O vírus da corrupção infecta o sistema, provoca a hemorragia da confiança na classe política e a democracia se engasga com o veneno diluído da propina.

Para completar, aquele que, segundo o art. 142 da Constituição Federal, tão conhecido dos militares, é o chefe supremo das Forças Armadas, está enrascado numa investigação que lhe atribui corrupção, obstrução da justiça e formação de quadrilha. E. para se safar, ele está oferecendo cargos em troca de votos.

Quer dizer: Michel Temer, o Presidente da República, está se utilizando do poder que lhe confere a Constituição, para colher benefício pessoal, desobedecendo expressamente ao princípio da impessoalidade, que deve presidir a administração pública, conforme o artigo 37 da Constituição Federal.

Enquanto as autoridades das armas cumprem a Constituição, as de gravata se servem dela como prostituta, para satisfazer apetites pessoais. E para milhões de outros filhos, a pátria não passa de um país escuro e pérfido, sem educação, sem saúde, sem moradia, sem segurança e sem emprego: a Constituição não os acode.



segunda-feira, 19 de junho de 2017

PLANETACHO

NA CAMUFLA
Escutas revelaram esta semana  que Ricardo Teixeira pediu conselhos  a um dirigente espanhol também envolvido em corrupção no esporte sobre “locais seguros no mundo” para fugir. Ele deveria saber que o lugar é aqui mesmo no Brasil. Teixeira poderia misturar-se a uma multidão de corruptos.

JÁ NO RIO
Prefeito Marcelo Crivela decidiu reduzir investimento pela metade nos desfiles de escolas de samba em 2018. Bem, se com 100% da verba sai quase todo mundo pelado, imagine com a metade...

E AGORA
Se os vilões se multiplicam mundo afora, imagine  agora, que morreu Adam West, o mais famoso Batman dos seriados de TV dos anos 60

ESTE TRUMP
Em reversão de atos de Obama, o presidente Trump dificultará viagens a Cuba. Trump teme que em seu governo aconteça o inverso: a fuga de americanos para Cuba de balsa.

DIÁLOGOS INCOMUNS
Então Fernando Henrique falou para Aécio Neves: “Se precisar de meus conselhos,sinta-se à vontade. Eu não estou usando”.

CARTAZ
Um bom cartaz para pôr no Salgado Filho: “ Bem vindo ao Rio Grande do Sul, recue os ponteiros do seus relógio 20 anos.”

AS NEIRAS
 Por trás de um político de consciência limpa, existe alguém ruim de memória

Campeão mundial de preguiça mandou um representante buscar o prêmio

Quando comecei, eu não tinha nada, e ainda tenho a maior parte.


sexta-feira, 16 de junho de 2017

QUANDO O RIDÍCULO SE ENROSCA NA TOGA

João Eichbaum

O ridículo não é impedido de entrar nos tribunais, porque se enrosca nas togas. Ele, que nunca pede licença para entrar onde quer que seja, que se mete nas conversas sem ser chamado, que destrava a língua nas horas mais impróprias, pode se sentir muito à vontade entre deuses, tomando o lugar destinado às pompas e circunstâncias, onde têm assento as excelências na ciência do Direito.

Mas, o que é barrado geralmente é o senso do ridículo. E quando esse se ausenta, sua excelência, em pleno julgamento, com o peito ofegante, esbraveja, vomita a bile estragada pela ira, grita com o mundo, ignora os ritos processuais, treme os lábios como um bebê chorão, e chora mesmo, engolindo, por alguns segundos, sua empáfia.

Quando o cincerro da prudência e da boa compostura deixa de emitir seu alarme, o meritíssimo se entrega aos desvarios do ridículo, ameaça degolar detratores, invoca a lei do Profeta, mistura o Alcorão com a Bíblia, e puxa lá do fundo de sua sabedoria pensamentos que recita de viva voz e de corpo presente, para alegria dos editores da antologia do ridículo.

Togados deixados à mercê de sua inteligência, fora do alcance do radar do ridículo, estão sujeitos a estragar os pensamentos com frases emboloradas, provindas do desassossego febril do ego ferido, como essa: “se o Supremo Tribunal Federal me colocou na lista tríplice, é porque tenho saber jurídico e reputação ilibada”!

Só o senso do ridículo deixa as pessoas menos caricatas e as impede de ficar dançando ao som de disparates, para causar estranheza e arrancar interjeições.

Ridículo não combina com sabedoria, com circunspecção, com prudência, com educação e civilidade. A inteligência não convive com o ridículo, como o evitam também a dignidade e a elegância na expressão e no trato com interlocutores.

Por tudo isso, o ridículo deveria ser impedido de entrar nos tribunais desacompanhado do respectivo senso. Só assim, sabendo que, antes de começarem o julgamento dos outros, eles próprios estão sendo julgados, os juízes se comportariam como juízes. E nos poupariam de lembranças menos dignas, como a de comparar votos, sentenças e acórdãos com a necessária, mas indesejável função fisiológica de desocupar as entranhas.


quinta-feira, 15 de junho de 2017

LIÇÕES DA CRISE
Carlos Maurício Mantiqueira*
Acho que a crise está apenas no primeiro terço de sua duração.
Faltam, ainda, vários escândalos por aparecer.
Chegamos ao perigoso momento em que a população de bem entra em desespero. Sente-se órfã, ultrajada e abandonada por quem deveria intervir.
Questiona o patriotismo e a honra pessoal dos chefes.
Haverá explosão violenta da ira popular.
A economia informal mostrou-se muito maior do que se poderia imaginar. Assim não fosse, o povo já estaria passando fome.
O agronegócio, este sim é o Salvador da Pátria, apesar dos ataques continuados dos sem terra, dos semvergonhas e de setores do próprio desgoverno.
Os três poderes estão desmoralizados. Há muito tempo sabemos que o rei está nu.
Vivemos do fingimento de que as instituições estão funcionando.
Não estão!
Quando bandidos vandalizam prédios públicos sob o olhar impassível das autoridades é porque algo está podre; na Dinamarca de Shakespeare e alhures.
Na Pindorama de Macunaíma.
*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total



quarta-feira, 14 de junho de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Lula e Dilma fizeram a maior negociata com a JBS, coisa de milhões diretos e bilhões indiretos.... o Meireles era presidente da "Holding" que ainda dirige a JBS e...
...E depois de "trair" Dilma, Temer coloca o Meirelles e faz "buzinesses" com a JBS.... Quer dizer... Pediu pra ser corno, traído...
 Qual o papel do chá de Marcela na vida do "mãozinhas", ainda é um mistério....

E a "alma" e o "espirito" como ficam????
Phineas Gage, o pioneiro em sobrevivência de cérebros perfurados com comportamento estudado, teve o cérebro perfurado por uma barra de ferro.
Recuperou-se totalmente, mas depois do acidente deixou de ser alegre e prestativo e passou a ficar hostil, agressivo e egoísta... Outros aspectos do comportamento mudaram... Mas ele não trocou de "alma" nem de espirito. Levou foi uma baita cacetada nos miolos. Isso foi em 1848. 

Para julgar como se quer não precisa de juiz.
Pega-se um bêbado, um drogado, um macaquinho ensinado que tira o "veredicto". Se eu tivesse um macaquinho desses, chamava Gilmar....

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terça-feira, 13 de junho de 2017

A TRAGÉDIA DA JUSTIÇA: ÚLTIMO ATO
João Eichbaum

Adornar um currículo com título de doutor, obtido lá no Piauí da Alemanha, é fácil. Difícil é ter sabedoria, perspicácia e talento para desconstruir o óbvio. O voto do ministro Herman Benjamin foi prolixo e, algumas vezes, repetitivo, mas cadenciado pela serenidade. E no seu curso, a prolixidade e a insistência foram paulatinamente fermentando razões incontestáveis.

Para começar, Herman armou sua tese com argumentos de Gilmar Mendes. Havendo encontrado no processo “indícios graves de crimes”, exigindo novas investigações, Gilmar evitara seu arquivamento, que tinha sido determinado por Maria Thereza de Assis Moura (como vocês estão pensando, é aquela mesma, que mandou soltar a mulher do Cabral).

Ao notar onde Herman queria chegar, mostrando um lado que o comprometeria, Gilmar Mendes abespinhou-se e, apanhado de surpresa, sem argumentação razoável, partiu para a agressão verbal, taxando de “falacioso” o discurso do relator. E, a partir dali, abandonou a liturgia da presidência, para se transformar em contendor de Herman.

Prestes a ter desmascarada sua incoerência, o presidente não teve mais compostura. Além de se permitir intervenções que deslustraram o rito do julgamento, destratou o Ministério Público e repeliu como “desrespeito ao Tribunal” uma arguição de suspeição levantada contra Admar Gonzaga. Admar fora advogado de Dilma, mas naquele momento, vestia toga de ministro, para julgar causa de interesse de sua antiga cliente.

Ao votar, com voz tonitruante, o olhar tresloucado de quem tem ódio do mundo e se desforrando dos próprios argumentos, Gilmar adotou o discurso esdrúxulo da “soberania popular”, para salvar o mandado de Temer. Cego pela ira, não se deu conta de que caminhava para o abismo do descrédito, ao invocar um princípio estranho e infenso ao seu próprio voto, quando o mesmo processo, que continha “indícios graves de crimes”, mirava apenas a cassação de Dilma Rousseff.

Como todas as tragédias, a da Justiça também terminou mal. Não apagou as más impressões, deixou trapos e farrapos. Mas desse inventário de erros se extrai uma lição: se não for exercida como um sacerdócio, a magistratura não pode servir de exemplo, de farol, apontando onde mora a dignidade, porque se despe da força arrasadora da confiança.

 Quem não é levado por vocação para ter assento nos tribunais, não tem capacidade de distinguir entre “defender uma causa” e “fazer justiça”. E o peso da responsabilidade de fazer justiça não lhes pesa sobre os ombros, porque esses não passam de simples cabides de toga.






segunda-feira, 12 de junho de 2017

PLANETACHO
ARCA NÃO
Deus só não mandou Noé construir outra arca, por medo de se envolver em algum superfaturamento....
METEOROLOGIA
Depois de toda essa chuvarada, vem aí neve... Alguém lá em cima poderia, por favor, fazer um teste do bafômetro no Pedrão?
É SIMPLES
Tudo que um procurador tem para procurar no momento atual é um delator
OFENSA
A Justiça do Distrito Federal negou a Romário uma indenização de 500 mil cobrada de Dunga. Com a moral que anda a classe política, o ranzinza capitão do tetra deve ter chamado o “baixinho” de “senador da república”.
PARA PENSAR
Esta semana uma mulher tentou entrar no palácio do Planalto e foi contida. A desvairada, logo após gritar que amava Temer, desmaiou. A princípio se achou que poderia ser Kristen Stewart, atriz da saga do Crepúsculo...
SINDICALISTA MALA
 A presidente do sindicato das Malas do Brasil (SMB), a senhorita Frasqueira Valise Necessaire, declarou esta semana: “Nós, as malas, estamos cheias de tanta corrupção”.
POR OUTRO LADO
A proliferação das malas contendo dinheiro praticamente colocou em extinção a terceirização das cuecas que andaram exercendo essa função.
FORÇA NA PERUCA
Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado (PMDB/PR) e ex- assessor especial do presidente Michel Temer, pediu para não ter o cabelo raspado como Eike Batista. Finalmente alguém do governo contrário aos cortes...
 MAIS UMA
 Não bastava o envolvimento na Lava Jato, a denúncia de que Temer e sua família viajaram no avião da JBS pode envolver o presidente na Operação Lava Jatinho.
JÁ DIZIA XUXA:
“Xega de xuva”