quinta-feira, 31 de maio de 2012

PRESIDENTES DO BRASIL




João Eichbaum

Querendo defender o Lula, ou remendar a sua imagem para o Brasil inteiro, depois daquela fiasqueira com  o Gilmar Mendes e Nelson Jobim, a senhora Dilma Rousseff, a suprema mandatária da nação, como gostam de dizer os jornais, fez um discurso assim, ó:
“Processos e pessoas têm uma ligação íntima, as pessoas nos lugares certos e na hora certa mudam os processos e transformam a realidade e por isso queria, de fato, aqui fazer uma homenagem ao especial ao presidente Lula”
O Lula, por sua vez, ao participar de um evento da ONU, em Brasília, começou seu discurso, dizendo que os que não gostam dele “estão aí, no pedaço”. E mais adiante:
“Vou falar de pé porque senão podem dizer que estou doente. Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas tem algumas pessoas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado”
Uma é a atual presidente. O outro é o ex-presidente, que ainda governa. Vocês entenderam alguma coisa do que a Dilma  disse? O que é mesmo que tem a ver o cu com as têmporas?
A Dilma tem um vocabulário paupérrimo e um raciocínio mais pobre ainda e vem atacar de filósofa?
Pois é. Aí dá nisso: “processos e pessoas têm uma ligação intima...".
Sobre o “discurso” do Lula não vou perder meu tempo, nem o de vocês. A ignorância dele todo mundo conhece.
Mas o que causa espécie é que esses “discursos”, o da Dilma e o do Lula foram proferidos numa cerimônia oficial. Não, não foi num bate papo de boteco, atrás de uma pilha de bolachas de chope, falando com língua enrolada.
Por que é que eles fazem questão de alastrar a própria ignorância? Afinal, os bons pensadores e os bons redatores são uma espécie em extinção, é verdade, mas ainda os há, um aqui, outro acolá. Por que é que a Dilma e o Lula, que continua presidente de fato, não encomendam seus discursos? Basta dar a idéia, que o bom pensador e o bom redator burilam. E a idéia e o bom discurso servirão para enganar o povo, sim, mas deixarão, pelo menos, boa impressão.




quarta-feira, 30 de maio de 2012

OS HOMENS QUE DOMINAM DEUS




João Eichbaum

Pepe Rodrigues, no seu livro “La vida sexual del clero”, não trata exclusivamente da questão sexual que envolve a imposição do celibato. Ele analisa a formação dos sacerdotes, dos religiosos e religiosas, apontando deficiências significativas, de grande poder destrutivo da personalidade.
“A imposição de uma obediência irracional e servil a sacerdotes, religiosos e religiosas – que, felizmente, nem sempre é alcançada – frequentemente leva a consequências nefastas para a personalidade do clero obediente. Formar – amestrar – para a obediência pressupõe fixar, na personalidade do sujeito, estruturas infantis que permanecerão por toda a vida, coarctando seriamente o processo evolutivo da pessoa e limitando gravemente suas possibilidades vitais”, afirma o autor.
A essa obediência castradora Pepe atrela o “culto da personalidade”, quer dizer o culto à pessoa dos dirigentes eclesiásticos, a começar pelo Papa, condicionamento que cria uma submissão extrema, com “comportamentos servis e dependentes”.
No outro extremo, a formação clerical induz à ideia de que o sacerdote é “um sujeito adornado, por desígnios divinos, de uma qualidade e de uma missão superior à do resto da humanidade”. Com isso, conclui Pepe Rodrigues, “também se criam indivíduos com complexo de superioridade”, pessoas “egocêntricas, autoritárias”, seres “mesquinhos” que “desprezam os fracos e adulam os poderosos”.
E não há como escapar dessa constatação. Todos os que conhecemos padres ou religiosos nos deparamos com essas duas espécies: os humildes, humildes em todos os sentidos, de baixa formação cultural, que aceitam, sem indagar, toda e qualquer ordem, porque não têm capacidade de as fazer passar pelo crivo do seu raciocínio, e os “que se acham”, que se têm como superiores, detentores de dons divinos, autorizados expressamente a interpretar a vontade do deus que a religião deles inventou como seu comandante.
Não há um grupo intermediário, porque todos os que fariam parte dele, pessoas inteligentes, que sabem o que querem, que não se deixam dominar, mas também reconhecem seus limites, há muito largaram a batina.
É por tudo isso que a Igreja vem, aos poucos, mas continuamente, perdendo sua autoridade. Da  Igreja que condenou Galileo Galilei à Igreja que abriga pedófilos já vai grande diferença: é a decadência.

terça-feira, 29 de maio de 2012

CONVERSA “INSTITUCIONAL”




João Eichbaum


Só se engana com o Nelson Jobim quem quer, ou quem não tem inteligência suficiente para descobrir a falsa cultura que ele tenta ostentar.
A revista VEJA desta semana noticia um encontro do Gilmar Mendes e do Lula no escritório desse advogado, cuja maior glória foi se fantasiar de soldado, o Nelson Jobim. O encontro, segundo a revista, teria sido a pedido do Lula, outro da mesma laia do Jobim, mas bem menos letrado. O que o Lula queria, ainda segundo a matéria veiculada na VEJA, era que o Gilmar Mendes retardasse o julgamento do mensalão. Em troca, o mesmo Gilmar seria protegido pelos escudeiros do Lula, integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito, porque estaria a se desenhar um envolvimento dele, Gilmar, com o Demóstenes Torres, pivô da dita CPI.
Diz a revista Veja que a cantada do Lula foi direta, com o pedido de adiamento do julgamento, e muito insinuante no que diz respeito ao envolvimento do Gilmar Mendes com Demóstenes, a quem estaria ligado por um cordão umbilical conhecido com Cachoeira, o bicheiro, dono de máquinas caça-níqueis, corruptor de “inocentes” políticos, e por aí vai.
Segundo a revista, a fonte de todas as informações teria sido o próprio Gilmar.
Ontem, entrevistado, o Nelson Jobim, dono do local do encontro, negou, veementemente: “não, não se tratou de nada disso lá no escritório, o que houve foi uma conversa institucional”.
Conversa “institucional”. Já viram? Alguém sabe o é isso?
Isso é desculpa de mentiroso e burro. Não se faz conversa “institucional” em escritório de advocacia, nem em lugar  nenhum do mundo. Não existe conversa “institucional”. Conversa é conversa, instituição é instituição. Pode-se conversar sobre as instituições, mas a conversa, mesmo encarando esse tema, não deixa de ser conversa ou, mais provavelmente, fofoca.
Agora o Gilmar Mendes veio a público e confirmou a conversa do Lula. Quer dizer: Jobim e Mendes se chamaram mutuamente de mentirosos, e Gilmar não teve culhão para dar voz de prisão ao Lula, por crime de corrupção ativa, previsto no art. 333 do Código Penal. Ou não conhece direito penal.
Que trio, hein?
É gente dessa laia que manda no Brasil.



segunda-feira, 28 de maio de 2012

DA VIRGINDADE DA XUXA



João Eichbaum

Nunca olhei programa da Xuxa. Confesso que, por falta do que fazer, já assisti ao “Fantástico”, num passado de várias décadas, quando televisão ainda era coisa rara, nem todos a tinham em casa, e não havia outras alternativas, a não ser a Globo.
Na semana que passou, li nos jornais que a tal de Xuxa teria confessado, em entrevista ao “Fantástico” que, quando menina, teria sofrido “assédio” sexual.
Foi um auê! Logo a Xuxa, a endeusada Xuxa, a sempre falada Xuxa.
Para começar, não sei o que é que o povo enxerga na Xuxa, uma eterna loira de farmácia, pelo que vejo nos jornais, e que agora já não pode fugir dos estragos do tempo, por mais silicone que haja.
Em segundo lugar: que moral tem a Xuxa, para censurar a sexualidade, seja de quem for, se ela própria, de certo no tempo em que era uma gata, fez filmes pornográficos?
Notem que ela, primeiro, tentou e conseguiu, na justiça, a a apreensão dos vídeos que a comprometiam. Depois veio pregar moral de calcinha sem alça.
Xuxa, Madona ou Gretchen é tudo a mesma coisa. De moralidade nenhuma delas pode falar. Só pode falar de moral, só pode dar lições de moral, quem tem moral para dar e vender, quem teve um passado exemplar, sem escorregões, sem ter que precisar trocar de lençóis, por causa da troca de parceiros, homens e mulheres.
Um pessoa de bom senso, recatada, que preze a própria honra jamais virá publicamente confessar intimidades sexuais.
Sendo, como é, uma pessoa de baixo índice de cultura e inteligência, a Xuxa não encontra, em si mesma, um vetor que lhe avise até onde pode ir sua intimidade.
Em todo o caso, se vocês lerem Freud, compreenderão porque ela veio a público contar o pecado dos outros.
E antes que me esqueça, nesta semana, duas meninas, segundo noticiam os jornais, teriam sido “abusadas” por um faxineiro no Hospital Conceição. Uma delas estava dormindo. A outra, de seis anos, reagiu e fez com o que o faxineiro desaparecesse.
A Xuxa, segundo consta, teria 13 anos quando “abusaram” dela na última vez. Menina com 13 anos não é menina, é um mulherão.
Por que ela não reagiu?
Consultem Freud, mais uma vez.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O MINISTÉRIO PÚBLICO E O PAU DE ENCHENTE


João Eichbaum

Só faltava essa, agora: o MP (Muita Prosa), quer dizer o chamado Ministério Público da “Habitação e Defesa da Ordem Urbanística”, quer interditar o Estádio Beira-Rio. Segundo noticia a Zero Hora, ele “pediu, em ação judicial, a interdição do estádio, enquanto houver obras. Segundo os promotores Norberto Cláudio Avena e Fábio Sbardellotto, há falta de segurança para os torcedores”.
Esses rapazes, o Cláudio e o Fábio, certamente não têm nada que fazer na vida. E cansados de coçar o saco, resolveram encher o saco da torcida do Inter.
“Promotoria da Habitação e Defesa da Ordem Urbanística”. Já viram?
Eu não sabia. Não sabia que as questões de “habitação” se compreendiam nas atribuições do Ministério Público. E quanto à  “ordem urbanística” confesso minha ignorância. Será a simetria dos prédios? Será a limpeza dos parques e jardins? A limpeza das ruas? O amontoamento de povo? Os engarrafamentos de trânsito?
Mas, tudo o que os rapazes pedem é com base na segurança?
Não sabia que o Ministério Público também era encarregado da segurança das pessoas. Mas, agora já sei: sendo ele encarregado da segurança e considerando que ninguém tem segurança nos municípios, no Estado e no país inteiro, a culpa é do Ministério Público, que não cuida do que lhe compete.
O Ministério Público é uma instituição omissa, gente. Ele é encarregado da segurança das pessoas e não cuida disso.
Mas quando a “segurança” dá manchetes, ah, aí sim, o Ministério Público comparece para dizer que “ é cristalino que os torcedores não podem ingressar em um estádio, parte habitada, parte em ruína”.
“É cristalino...” Beleza, né? É cristalino. “Cristalino” é adjetivo, senhores promotores. Antes de aparecer na imprensa dizendo bobagens, seria interessante que os membros do MP fizessem um cursinho de português: onde está o substantivo qualificado pelo adjetivo “cristalino”?
“Ruína”. Ruína é o estado em que se encontra o  conhecimento de vernáculo do MP. Os torcedores “não podem”...Os promotores não sabem o que significa o verbo “poder”, mas eu não vou dar lições de vernáculo de graça.
Dei apenas umas pinceladas, para mostrar mais uma vez  que o MP não serve para outra coisa, senão para aparecer. Ele veio à imprensa, para dizer que “pediu”. E isso já dá manchetes e serve para mostrar que o MP existe.
O MP não resolve nada, mas que atrapalha, atrapalha, sempre dando razão a quem disse que O MINISTÉRIO PÚBLICO É QUE NEM PAU DE ENCHENTE: SENÃO ESTÁ BOIANDO, ESTÁ TRANCANDO ALGUMA COISA.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

CHEGA DE BACHARÉIS


João Eichbaum

A única finalidade que os políticos brasileiros têm em mira é o proveito próprio. E isso, por uma razão muito simples: eles não têm inteligência suficiente sequer para entender que o cargo político existe em função do bem comum e não da pessoa que o ocupa.
A essa falta de inteligência para entender coisa tão primária se alia outra: a falta de vergonha na cara.
Então, com esses dois ingredientes, a burrice e a falta de vergonha, os políticos têm tudo para galgar os cargos para os quais se candidatam. É que, na outra ponta, os eleitores padecem também da mesma falta de inteligência e de vergonha na cara: reelegem os mesmos políticos a cada eleição, embora eles tenham apenas cuidado dos interesses próprios e dos respectivos partidos que os acoitam.
Por exemplo, a saúde pública seria tão fácil de resolver. Aqui no Rio Grande do Sul o Sindicato Médico eleborou um projeto e o deu de mão beijada para a Secretaria de Saúde, a fim de que ela, através dos canais competentes, o enviasse à Assembléia Legislativa.
O projeto consiste no seguinte: a criação da carreira da medicina no quadro dos funcionários públicos, mais ou menos nos mesmos moldes da polícia, do Ministério Público e do Judiciário, através de concurso. Em cada município haveria tantos cargos quantos fossem necessários para atender a população. Muito mais do que polícia, promotor e juiz, o povo precisa de médicos.
Para a polícia não adianta se queixar. Então, é desnessário o preenchimento de cargos policiais.
O trabalho dos promotores e juízes é feito pela assessoria deles ou por qualquer estagiário. Quer dizer, juízes e promotores são dispensáveis porque há quem faça o trabalho por eles.
Mas, ninguém faz o trabalho dos médicos.
Então, ao invés de criar cargos inúteis de bacharéis, que para nada servem, que se criem cargos de médicos, especialistas, para cuidarem da saúde da população no interior do Estado, nas áreas em que nem médicos credenciados pelo SUS há. Com isso se evitaria a “ambulancioterapia”, o empilhamento de seres humanos dentro de veículos para consultas na capital.
Simples de resolver: através de lei e com os recursos orçamentários do SUS. E com a extinção de comarcas e cargos de juízes e promotores, que nada fazem, sobra mais dinheiro ainda.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

NÃO TEREMOS MAIS SAUDADES DA AMÉLIA


João Eichbaum

Ana Amélia Lemos, loira de farmácia, era jornalista. Casou com um político, foi para Brasília e, de lá, escrevia uma coluna para o jornal Zero Hora, contando fofocas, dando palpites, exaltando algumas figurinhas. Sua coluna revelava que ela tinha convivência com o sistema político de Brasília e não era barrada nos bailes de lá, quaisquer que fossem os partidos.
Foram muitos anos de escrita moderada, comentários que não mereciam censura.
De tanto conviver com políticos, achou que era a sua hora. Candidatou-se a senadora, abiscoitando a vaga que estava na mira de um político profissional. Foi eleita pelos leitores da Zero Hora, pelos telespectadores da RBS e por uma multidão dos que, embora não leiam Zero Hora, nem assistam TV, ainda não mataram a esperança de ter um político honesto, sincero, fiel a seus ideais. Um político que não seja político.
A senhora Ana Amélia foi eleita, e mal foi eleita já botou as manguinhas de fora: mostrou ambições políticas, caiu na vala comum daqueles que são eleitos para tirarem o maior proveito pessoal, seja de que natureza for. Descobriu o caminho mais fácil para subir na vida, a política.
Lá em Brasília é amiguinha de todo mundo, faz qualquer negócio, diz amén para tudo. Nunca representou, lá no Congresso, o povo cansado de políticos, o povo desiludido, o povo que quer vergonha na cara dos políticos, o povo que exige honestidade, o povo que paga pela segurança, pela saúde, pelo transporte e pela educação que nunca recebe, o povo que a elegeu, enfim.
Não. A dona Ana Amélia, desde que foi eleita, só está apostando numa ficha: a sua carreira política.
E agora, para culminar, está fazendo corar até os mais desavergonhados políticos, querendo impor uma união espúria com o comunismo. Eleita pelo partido que, ideologicamente, poderia ser considerado um dos menos esquerdistas, botou a ideologia no lixo, para ser governadora do Estado: quer casamento com a Manuela D´Ávila, uma menina que nunca fez nada na vida a não ser obaoba político, brincando de comunista.
É por isso que o Brasil está entregue à roubalheira. Porque na política deste país não há lugar para pessoas verdadeiramente honestas. E daqui para frente ninguém terá coragem de cantar “Amélia que era mulher de verdade”.






terça-feira, 22 de maio de 2012

DA NATUREZA




João Eichbaum

Estou lendo “La Vida Sexual del Clero”, um livro de Pepe Rodrigues.
Para quem é naturalista, o livro não traz novidade alguma, porque trata do óbvio. Mas se torna interessante pela revelação de curiosos dados estatísticos.
Segundo o autor, 7% dos padres praticam abusos contra crianças, 12% se entregam à homossexualidade; 20% topam qualquer parada, quando se trata de homossexualismo; 26% só fazem sexo com menores; 60% têm relações sexuais normais, e 95% se aliviam com masturbação.
Embora não mencionada explicitamente, a fonte desses dados só podem ser revelações dos próprios padres, principalmente dos ex-padres, partindo-se da consideração de que os padres, de um modo geral, enquanto estão na “ativa”, se têm por superiores às pessoas normais, e seu orgulho jamais permitiria a admissão de tais baixarias, a não ser através da “confissão” para outros padres, por medo do inferno que, por sinal, parece estar fora de moda.
É bem provável que, depois de abandonarem a batina, alguns padres resolvam botar a boca no trombone, principalmente aqueles que foram vítimas de injustiças, por exemplo não figurando nas listas dos candidatos a bispo. Nesses casos, até o “segredo da confissão” vai para as cucuias, desde que, revelado o pecado, se preserve o nome do pecador.
Mas há também os casos que todo mundo conhece: os padres apanhados em flagrante em batidas policiais, os processos criminais, as investigações de paternidade, as conversas das comadres, os cochichos dos médicos. Tenho uma amiga médica que já fez implante peniano em padre.
E por aí vai.
Então, não se torna difícil fazer uma estatística que revele pelo menos dados aproximados.
O que chama a atenção são os 95% atribuídos àqueles que não dispensam o exercício manual. Nada mais natural. Há um ponto em que, já que não tem mulher vai a mão mesmo, porque a natureza exige, a lei da perpetuação da espécie não admite contrariedade. Os restantes 5% nesse quadro geral em que preponderam os manufatores ficam por conta dos doentes, dos deprimidos, dos que têm baixíssimos níveis de testosterona e nem sabem porque estão vivendo.
Entre esses últimos, pelas aparências, não se pode incluir o papa Bento XVI, por exemplo. Ou alguém aí pode me garantir que o Santo Padre nunca bateu uminha?
Por via das dúvidas, nunca vou beijar a mão dele.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

PRECES




João Eichbaum

Nesse último fim de semana, algumas desgraças invadiram as manchetes na Itália. Um bomba explodiu num colégio, matando uma criança e ferindo outras sete, e um terremoto matou sete pessoas, destruiu  casas e igrejas antigas, deixando “pedaços de anjos” no meio dos escombros, como diz a notícia de jornal.
O Papa Bento XVI apareceu na janela dos aposentos pontifícios, como todos os domingos, e pediu preces para as vítimas.
Que magnanimidade, né?
Preces para as vítimas.
Então, façamos de conta de que existe um deus, que tem o apelido de Deus, que foi inventado pelos judeus e adotado pelos cristãos. Esse deus é quem patrocina a boa vida que o Bento XVI e a sua turma leva.
Aí acontece aquela bomba na escola e o terremoto lá na Itália.
Ele, o deus esse, tem a ver alguma coisa com isso?
Pela doutrina religiosa que o tem como criador e administrador do mundo, sim.
Primeira pergunta: ele administra, realmente, o mundo? Ele cuida dos inocentes, das criancinhas?
Segunda pergunta: ele domina a natureza, toma cuidados para que os sismógrafos denunciem os terremotos assassinos?
Terceira pergunta: ou ele não está nem aí, e permite que todo mundo se phoda?
Para quem acredita que ele existe, as respostas são difíceis. Mas não o são para quem tem certeza de que ele não passa de fantasia, criação de quem não tem nada para fazer, mas que quer lucrar com isso, levando uma boa vida, que não exija trabalho.
Admitamos que ele existisse.
Então, por descuido, ou de propósito deixou morrer inocentes.
Precisa de “preces”? Se ele viu que errou, vai necessitar de”preces” para corrigir o seu erro? Vai devolver a vida dos inocentes? Vai transformar em alegria a dor dos que ficaram sem seus entes queridos?
Será que ele não tem um pingo de responsabilidade, uma consciência que o acuse de não ter prestado atenção no mundo?
E se ele não errou ? Se precisava de sangue, uma coisa de que ele sempre fez questão, a ponto de deixar que matassem o filho dele? Vão adiantar de alguma coisas as “preces”?
Por favor, contem outra história, inventem qualquer coisa, ou me expliquem para que serviriam, nesse triste caso, as “preces”recomendadas pelo Bento XVI.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

A COMISSÃO DA MENTIRA



João Eichbaum

Foi notável: um salão lotado de puxassacos e a presença do Lula, do Collor, do Fernando Henrique, e (pasmem!) do Sarney.
E todo mundo feliz porque estava sendo instalada a comissão da mentira que, para a Dilma e seus asseclas é da “verdade”.
A primeira mentira, evidentemente, cabia à Dilma contar: “não haverá revanchismos contra os militares”.
Para que instalar então essa tal de comissão?
Ah, sim, já sei, para contemplar com jetons os seus participantes, entre os quais se destaca uma advogada que teria defendido a Dilma quando foi processada sob a acusação de vários crimes: a Dilma está pagando com o nosso dinheiro os honorários da advogada.
E a advogada, uma tal de Rosa Maria da Cunha já saltou na frente e foi dizendo que “apenas as ações do Estado devem entrar no escrutínio da comissão”. Quer dizer: só quem bateu é que será investigado, quem apanhou não será investigado para dizer porque apanhou.
Bom, depois desse primeiro item, que consiste em pagar jetons com o nosso dinheiro, só resta outro, entre as finalidades da tal comissão: desenterrar o passado, atribuindo o malfeito a esse e a aquele, para que todo mundo saiba que o fulano, o beltrano e o sicrano foram torturadores.
Então, é só isso, por que “não haverá revanchismos”. Só pra galera ficar sabendo.
E o nome dos que seqüestraram embaixadores e assaltaram bancos não será trazido, para que o povo não fique sabendo que muitos deles estão no governo.
Será contada a “meia” verdade, portanto. E “meia” verdade nunca será verdade.
Aproveitando a deixa, o ex-marido da Dilma, o Carlos Araújo, já apareceu no jornal hoje, contando como foi torturado. Mas não revelou o porquê. Assim, todo mundo vai pensar que ele estava em casa, de pijama, o coitadinho, dando mamá pra filhinha deles, quando foi surpreendido pelo exército.
Ele, certamente, vai depor na comissão da sua ex-mulher, contando a mesma historinha.
Entenderam agora, porque três grandes mentirosos, o Lula, o Collor e o Sarney compareceram na solenidade de instalação da comissão,  que tem como um dos  integrantes mais “notáveis” o Gilson Dipp, que entrou na Justiça pela porta dos fundos e chegou aos tribunais sem nunca ter prestado  concurso na vida?

quinta-feira, 17 de maio de 2012

RECADO PARA OS CAFETÕES DA DEMOCRACIA


João Eichbaum

A maioria do povo brasileiro não confia no Congresso Nacional, na polícia e na Justiça, mas confia nas Forças Armadas.
Em pesquisa realizada de janeiro a março do corrente ano, com pergunta sobre a confiabilidade dos políticos, o índice foi de 20,6% para o Congresso, 34, 9 % para a polícia e 39,7% para o Judiciário.
O percentual de confiança no Ministério Público é bem maior do que a depositada nas instituições acima mencionadas: 48%.
Esse índice de confiança no Ministério Público, todavia, se deve a um único fator: a publicidade indireta e involuntária que sobre ele faz a imprensa. Acontece o seguinte: o povo lê as manchetes, onde se diz que o Ministério Público está investigando isso, investigando aquilo, denunciando este, denunciando aquele, e fica com aquela boa impressão de que a vida vai melhorar.
Mas, o povo não conhece o Ministério Público. Raríssimas são as pessoas que procuram essa tão noticiada Instituição. O questionário não pergunta se os entrevistados, alguma vez na vida, entraram em algum dos suntuosos e luxuosos prédios do Ministério Público.
O que o povo não sabe é que o Ministério Público não tem força alguma para conseguir, por ele mesmo, algum bem em favor da comunidade. Ele não decide. Só engana, com uma coisa chamada “termo de ajustamento de conduta”, que nada vale, e só serve para enganar mesmo.
Se o Ministério Público quiser alguma coisa, ele terá que pedir à Justiça. Mas, de que adianta, se a Justiça não é confiável para a maioria dos brasileiros?
O povo não conhece o Ministério Público. Não sabe que o Ministério Público é só blábláblá e nada mais e que, antes de mais nada, vai para a imprensa. Depois... depois pode ser que dê resultado – e o mais das vezes não dá em nada. O importante é que a sua boa imagem esteja nas páginas dos jornais e nas telas da televisão. Mas o resultado de seus insucessos ele não leva para a imprensa.
Então, a imagem que o povo tem do Ministério Público é enganosa, os 48% que confiam nele não o conhecem. Ainda bem que 52% conhece bem a Instituição.
Em suma: nem deputados, nem senadores, nem polícia, nem Justiça, nem Ministério Público fazem por conquistar a confiança da maioria da população. E isso, por uma razão muito simples: o povo não tem segurança, saúde, educação, e não adianta se queixar, só tem obrigações a cumprir, é escorchado com multas, taxas e impostos, mas nada recebe em troca.
Não fosse o índice de confiança de 60% nas Forças Armadas, (os outros 40% correspondem aos que aproveitam a prostituição de seus cargos) nada mais restaria neste país.
O recado está dado.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

GOVERNO DOS TRABALHADORES



João Eichbaum

Outro dia comentei a “via crucis” de uma pessoa humilde que necessita tomar dois ônibus, além do trem, para chegar ao trabalho e, depois, no caminho de volta para casa, a mesma coisa.
Isso é comum nos grandes centros urbanos e, pior ainda, nas regiões metropolitanas.
As pessoas saem de madrugada de casa, voltam tarde da noite. Algumas nem conseguem falar com os filhos, porque esses ainda dormem, quando os pais saem, e já dormem, quando os pais voltam.
Donde se conclui que o transporte coletivo é indispensável, faz parte das necessidades básicas do trabalhador suburbano. Por consequência  influi diretamente na sobrevivência deles.
Sabendo disso, os funcionários (chamo de funcionários, porque não merecem o nome de trabalhadores, não sabem o que é viver com um salário mínimo, não sabem o que é viver na periferia) os funcionários das empresas de trens suburbanos e ferroviários, muito bem remunerados, abusam da dependência que a grande maioria da população tem dos trens e metrôs, e estão se lixando para o povo.
Agora, em várias capitais, eles fazem greve, porque querem aumento e, mais do que aumento, 50% de adicional noturno.
Com o que ganham (é só olhar nos estacionamentos dos trens os carrões deles) qualquer aumento, por mínimo que seja, representa muito. Mas sempre querem mais. Para isso, pouco se lhes dá a situação de milhares e milhares de pessoas, que têm necessidade de trabalhar, que não podem perder seu emprego e que não podem viver sem o transporte público. O que importa, em primeiro lugar, para eles, é o seu “status”. Suas greves não são imperiosas porque não lutam pela sobrevivência. Não se trata de necessidade. A reivindicação deles se limita a manter sua boa vida, num emprego em que só tiram a bunda da cadeira para fumar um cigarrinho lá fora, ou tomar um cafezinho.
O desconforto e mesmo o desespero das pessoas que dependem dos trens suburbanos não comove a quem quer que seja. Só serve para manchetes de jornal e chamada de noticiário na televisão.
Esse quadro era o que existia, antes da revolução de 1964. Eram os sindicatos que mandavam e o governo fazia o que eles queriam. Deu no que deu.
Agora, tendo tomado o poder aqueles mesmos sindicalistas que levaram o país a viver sob uma ditadura, tudo volta a ser como antes. Eles encheram os bolsos com as indenizações que se auto-concederam e, com isso, todo o idealismo se transformou em ambição de riqueza e poder.
Os verdadeiros trabalhadores se ralam. Mas a Dilma e a sua turma, que foi presa, matou, roubou, seqüestrou, fugiu, voltou para cá e encheu os bolsos está por cima, com o aplauso de oitenta por cento de idiotas.
Esse é o verdadeiro retrato do “governo dos trabalhadores”.



terça-feira, 15 de maio de 2012

A SOCIEDADE DOS SÍMIOS HUMANOS


João Eichbaum

Chega a um ponto da vida em que a gente cansa. Entre as criaturas humanas mais se vê erros do que acertos, para cada um pessoa boa e honesta, a gente encontra quatro ou cinco cafajestes.
E nós, os blogueiros e alguns bons jornalistas, apontamos falhas, criticamos erros, queremos ver tudo funcionando certinho, para que todos se sintam felizes e bem recompensados pelo fato de estarem vivos.
Mas, não é bem assim. Não adianta a crítica, não adianta a gozação. Os políticos continuam corruptos e aproveitadores, o roubo rola solto, a incompetência não tem limites.
Não adianta a gente querer que os políticos se endireitem, que o Tarso Genro ponha a mão na consciência e deixe de ser político para se administrador, deixe de sair à procura de quem lhe satisfaça o “ego”, para satisfazer a população, proporcionando a todos saúde, segurança, educação.
Não adianta a gente querer que os ministros do Supremo sejam apenas juízes, que deixem de ser meninos de recados dos políticos, ou professores, que deixem de aparecer na mídia para julgar, apenas julgar.
Não adianta a gente querer que a polícia cumpra seu dever, se dedicando ao que mais interessa, que é a segurança dos cidadãos, ao invés de andar atrás de máquinas caça-níqueis ou de “hackers” que gostam de ver mulher pelada.
Então, vendo que não temos sucesso em nossas críticas e gozações, porque eles não tão nem aí, a gente cansa.
Até hoje, ninguém conseguiu endireitar o mundo. Já inventaram até um deus, que todo mundo chama Deus, e não adiantou. E como não adiantou, inventaram um filho para esse Deus e o chamaram de Jesus Cristo, crucificaram o pobre coitado, com a esperança de que tudo melhorasse.
Não adiantou, o mundo continuou na mesma merda.
Então, se nem os deuses inventados para premiar com o céu ou para castigar com o inferno adiantaram, o que conseguiremos nós, blogueiros e jornalistas bem intencionados?
Só nos resta um coisa para não nos estressar mais, para não nos deixar abater pelo cansaço: gozar a vida, porque não vamos endireitar o macaco homem mesmo.
Animal que é, o macaco homem é igual aos outros animais: se não é violento, é aproveitador.
Para azar nosso, amansada e enganada pelos aproveitadores que dominam as religiões, a maioria nessa sociedade símia é pacífica e acredita em tudo. Até nos políticos.





DA NATUREZA

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MULHER PELADA SÓ OFENDE, SE FOR FEIA




João Eichbaum

A Zero Hora de hoje ocupa quase meia página com uma notícia que tem como manchete o seguinte: IDENTIFICADO GRUPO QUE DIVULGOU FOTOS.
Trata-se das fotos da atriz aquela, a tal de Carolina Dieckman, em que ela se mostra como veio ao mundo, temperada com muita sensualidade, penso eu.
O delegado de polícia, que ouviu o depoimento da mulher durante  sete horas, deve ser um funcionário que nada mais tem a fazer na vida. Certamente na jurisdição dele não ocorrem crimes hediondos, assaltos, estupros, raptos, latrocínios, homicídios. O homem, desde que foi registrada a queixa, ao que parece, só se dedicou à elucidação desse “crime”. E deve estar cheio de si, porque, consta na notícia que ele teria aparecido no “Fantástico”!
Pois a polícia chegou a três “suspeitos”, um de vinte,  outro de vinte e cinco anos e o terceiro, um adolescente. O primeiro teria invadido o computador da atriz, copiando de lá as fotos e o segundo as teria divulgado pela Internet. O terceiro, o adolescente, teria “chantageado” a atriz.
Não sei o que é que o delegado disse no “Fantástico”, porque não tenho tempo para ver bobagens, mas a notícia do jornal diz que os rapazes serão indiciados por furto, extorsão qualificada e difamação.
É, isso mesmo, bacharéis do Brasil inteiro: furto, extorsão qualificada e difamação!
Para quem não sabe, o crime de furto consiste em “subtrair coisa móvel alheia”.
O que é que os “hackers” furtaram da mulher?
Nada, meus amigos. Furtar não é sinônimo de “copiar”. No furto, a vítima perde a coisa. E não foi o que aconteceu. A Carolina continuou com suas fotinhas pornográficas. Nenhuma coisa lhe foi subtraída. Os guris apenas copiaram as fotos da bela, para todo mundo poder se divertir.
O crime de “extorsão” só se tipifica mediante “violência ou grave ameaça”. Qual foi a “violência” que sofreu a atriz? Nem por perto dela passaram os meninos. Sobra, então a “grave ameaça”. Não existe “gravidade” nenhuma na exposição de uma mulher pelada. Se assim fosse, não haveria mais revistas tipo “Playboy”, nem os “filmes adultos”. O único perigo que corre uma mulher que se pela para o público é o de ser desejada, e não há gravidade nenhuma nisso. Pelo contrário, é muito bom.
Para chegar ao crime de “difamação”, o delegado terá que dar muitas voltas. E nunca chegará lá: “difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”.
A nudez só será fato ofensivo, se a mulher for feia. E mais: para “imputar” será preciso “dizer” alguma coisa. O silêncio não é ação, e o crime de difamação é ativo e não omissivo.
Recomenda-se ao delegado rever suas primárias lições de direito penal, onde não há lugar para a analogia. Mas, não custa olhar os art. 234 e 184 do Código Penal e a Lei 9.279/96 para fugir ao vexame da ignorância em matéria criminal.




sexta-feira, 11 de maio de 2012

NO GOVERNO DO PT, COVARDIA DÁ DIREITO À INDENIZAÇÃO


João Eichbaum

João Goulart recebeu uma baita herança e nunca trabalhou na vida. A única coisa que fez, à sombra do caudilho Getúlio Vargas, foi política. O maior serviço que prestou à nação foi ter casado com uma bela mulher, um chuchu de beleza, a Maria Teresa.
Como ele tinha o poder e tinha dinheiro, a Maria Teresa nem ligou para a perna manca dele e trocaram alianças, e até filhos fizeram.
Para quem não sabe, João Goulart foi eleito vice-presidente da república, no tempo em que o candidato a vice-presidente tinha que receber votos individuais e não bastava contar os votos do presidente, para elegê-lo automaticamente.
O mais importante: foi eleito pela minoria dos brasileiros abobados, aliada à vaidade de Fernando Ferrari.
Assim, ó: Fernando Ferrari, um dos políticos tido como incorruptível, tinha feito uma brilhante carreira política e achava que só a honestidade bastava para ser vice-presidente da república.
Acontece que o outro candidato, tão incorruptível e mais competente do que Fernando Ferrari, o mineiro Milton Campos, teria vencido as eleições, se não fosse a teimosia e a vaidade do Fernando Ferrari.  Assim, aconteceu o inevitável: os eleitores lúcidos e decentes se dividiram entre Ferrari e Milton Campos, e a baba dos eleitores optou pelo João Goulart.
E aí, essa minoria, que sempre foi manobrada por Getúlio Vargas e Leonel Brizola, colocou João Goulart como vice do louco Jânio Quadros, que foi eleito mais por gozação do que por convicção.
Não se sabe qual das desgraças teria sido a menos pior para os brasileiros: a renúncia do Jânio Quadros  ou a permanência dele na Presidência da República com suas loucuras e seus cabelos sujos, cheios de caspa. Sobrou a primeira, João Goulart assumiu graças aos berros do Brizola, em nome dessa democracia que tinha escolhido o menos capaz e o menos votado para a vice-presidência.
Bom, não durou. Não podia ter durado. Foi apeado do poder, à força e fugiu: não foi homem suficiente para enfrentar os militares.
Agora, seu neto está recebendo uma pensão de dezoito mil reais mensais, porque o avô fugiu para Londres.
Pode?
No governo do PT e dos comunistas pode. Só não poderia num regime democrático.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

BEM FEITO PARA QUEM VOTOU NELE




João Eichbaum

A primeira coisa que fez o Tarso Genro, ao assumir o (des)governo do Estado do Rio Grande do Sul, foi criar centenas de cargos em comissão, com elevadíssimos salários – considerando-se o nível médio dos funcionários integrantes do quadro geral – sob a esfarrapada desculpa de que necessitava “qualificar” a mão de obra encarregada de fazer andar o Estado.
Além dessa esfarrapada desculpa, que só serve para enganar idiotas, porque todo mundo sabe que ele queria dar emprego para a companheirada - muitos dos quais egressos das prefeituras em que o PT perdeu eleições, além dos cabos eleitorais  – ele ofendeu os servidores concursados.
Mas, como já era sabido, o Estado não andou. Parou no tempo. Até hoje não foi entregue à circulação um metro sequer de estrada, as estradas sem conservação continuam no mesmo descalabro, faltam professores nas escolas, faltam vagas nas escolas, falta pessoal e infraestrutura nas delegacias de polícia, faltam presídios, ninguém cogita de construir um hospital e os poucos existentes estão cada vez pior.
Agora, depois de deixar na Assembléia um projeto que mete a mão de quem é e de quem não é funcionário, cria um cabide de mais empregos para a companheirada e indeniza vagabundos que constroem nas vias públicas, o parlapatão Tarso Genro se mandou para a Europa, em busca de “investidores”.
Sabem aonde ele foi primeiro? Portugal. Logo Portugal, onde só tem português. Ora, português só sabe investir mesmo em botequim. Quem é que conhece algum grande empreendimento, que exija tecnologia, proveniente de Portugal?
Depois o parlapatão foi para a Espanha. A Espanha quebrada, sem empregos, com a economia à beira de abismo.
Claro, qualquer pessoa inteligente saberia que, nessa hora de crise na Europa, nem Portugal, nem Espanha têm cacife para bancar investimentos.
O terceiro país foi a Inglaterra. A Inglaterra, por ora, está imune à crise econômica, mas qual é o inglês que vai perder seu tempo investindo no Rio Grande do Sul entregue ao PT?
Resultado, no seminário, batizado com o pomposo nome de “Fazendo Negócios como Rio Grande do Sul”, tinha meia dúzia de gatos pingados: 19 pessoas, incluindo o Tarso e seus cupinchas, que para lá voaram às nossas custas.
Esse é o Tarso Genro que, quando deixar o Piratini, vai embolsar salário de desembargador pelo resto da vida, rindo da cara de todos nós.
Ele nunca fez nada na vida. E continuará não fazendo, mas com uma baita remuneração.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

SABE QUEM É QUE SE PHODE?


João Eichbaum

Dia desses houve um início de escândalo, tipo explosão de vulcão na polícia civil desse desgovernado Estado do Rio Grande do Sul. Algumas manchetes se atreveram a criticar não só a cúpula mas toda a instituição policial. A causa tinha sido uma festa monumental, coisa de rico, realizada em homenagem ao chefe de polícia, que estava de aniversário.
No local da festa, um clube na zona sul, se encontravam várias viaturas, que deveriam estar a serviço da população mas, naquelas festivas horas, engrossavam o volume dos puxassacos do chefe.
Policiais, pagos pelo contribuinte, faziam a segurança do festerê.
Estampadas algumas manchetes, apareceram as desculpas esfarrapadas de sempre. O próprio chefe de polícia não teve pejo em afirmar que o aniversário do chefe é uma verdadeira “instituição”. Além disso, afirmou que os policiais (tomando cerveja, claro) estavam de prontidão com as viaturas, para o que desse e viesse.
 Quanto à segurança, desculpou-se o chefe, havia muitas autoridades cujos cargos mereciam proteção.
E ficou por aí a coisa. A montanha, que era para cuspir fogo, acabou parindo um camundongo. O assunto esfriou, morreu, não se fala mais nisso.
Algum acerto deve ter sido feito com a imprensa, que preferiu tratar do “crime” cometido contra a Caroline Dieckman e das “criminosas” máquinas caça-níqueis, combatidas valentemente e que, agora ainda dão mais manchetes por causa do “criminoso” Cachoeira.
O engraçado é a mudança de tom. Da crítica, a imprensa passou para o elogio. Assim, de uma hora para outra.
E agora o que está nas manchetes é a operação que a polícia civil realiza para “diminuir” os homicídios, ou para “investigá-los”.
Só pode ser piada, né?
Se antes a polícia não podia “diminuir” os homicídios, nem os podia “investigar”, como é que, de uma hora para outra, aparece essa operação miraculosa, que agora fica no meio termo, entre “diminuir” ou “investigar” os homicídios?
Primeira conclusão: a polícia civil não sabe o que fazer.
Segunda conclusão: a polícia é tão incompetente, que não sabe nem tapar o sol com a peneira.
E nós aqui, pagando: com o dinheiro dos impostos e com o medo.
Enquanto isso, a polícia se diverte, fazendo festa para o chefe e mandando o povo siphudê.


terça-feira, 8 de maio de 2012

DA INDIGNIDADE

João Eichbaum

DA INDIGNIDADE

João Eichbaum

Já disse isso mais de uma vez, mas não me custa repeti-lo: a criatura humana não é um ser digno por si mesmo. Como ser animal, não difere dos outros.
Que dignidade pode existir numa coisa que nasce toda melecada, presa numa corda de carne,  manchada de sangue, berrando?
Não é assim que nascem todos os animais?
Por que o animal humano seria diferente? Porque atribuir-lhe algo que ele não traz em si mesmo, se a única qualidade que ele apresenta, logo que aparece no mundo, outra coisa não é senão a própria animalidade?
O homem pode se tornar digno. Disse-o muitas vezes e volto a repetir. E como animal que é, ser relativo, perecível, com prazo de validade, ele não pode comportar nada absoluto. Portanto, mesmo que adquira dignidade, será ela, sempre, uma qualidade relativa.
Assim, uns tens mais, outros menos, outros, dignidade nenhuma. Mas ninguém tem dignidade absoluta.
Há quem saiba disfarçar, mostrando mais dignidade do que tem. É uma qualidade. A hipocrisia é uma qualidade. Pode ser até uma boa qualidade quando a gente a usa para não chocar, para não machucar as outras pessoas.
Tudo isso que digo tem como origem um “escândalo” que tomou conta das manchetes: as fotos de uma atriz, chamada Caroline Dieckman, estão espalhadas na internet, mostrando a bela tal qual ela apareceu no mundo, mas muito melhor: sem manchas de sangue, a cara limpa e feliz, sem a corda de carne, sem os berros e com muita sensualidade (penso eu).
O caso é motivo de escândalo, o delegado de polícia para quem foi apresentada a queixa se mostrou tão indignado com tamanho delito, que ouviu a “ofendida” durante sete horas. Já que não tinha nada mais importante para fazer na vida, colheu detalhes e detalhes, prometendo que vai apurar o crime, inclusive, buscando os criminosos no exterior.
Tudo isso, em nome da “dignidade” do ser humano.
A “dignidade” do ser humano está sempre presente, ou foi ou está sempre prestes a ser ultrajada. Mesmo quando ela não passe de uma mostra de bestialidade.
Isso: bestialidade. Porque só a animalidade é responsável pelo sexualismo doentio que faz (algumas) pessoas se exibirem para si mesmas em frente do espelho, ou se cristalizarem em fotos que mostra sua nudez animal, fomentada pela cupidez do sexo.
E como vivemos num país sem grandes problemas, o caso da atriz nua é uma raridade que merece manchetes e meticulosa investigação policial, porque escandaliza esse povo puro,  inocente,  imaculado, que só sabe  eleger políticos de angelical pureza.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

DESSAS INJUSTIÇAS NINGUÉM FALA




João Eichbaum

Ela levanta, de segunda a sexta, todos os dias, às quatro da manhã. Seja frio, seja quente, chova ou esteja o sol se preparando no horizonte, com as ventanias doidas que trazem tempestade ou com o minuano gélido que chicoteia as orelhas, ela levanta às quatro.
Àquela hora, o bairro mais triste de Canoas, o Guajuviras, está mergulhado no silêncio, que só é arranhado pela tosse dos trabalhadores que, como ela, têm de sair de madrugada, para trabalhar em Porto Alegre.
Então ela toma o ônibus que vai, aos poucos, se tornando pequeno, as pessoas se empurrando, se roçando umas nas outras. O coletivo faz voltas e mais voltas, arrebanha passageiros em vários bairros, joga o povo de um lado  para outro, como os caminhões de gado, e o deixa, finalmente, na estação Mathias Velho do trem suburbano, depois de quase uma hora circulando.
Ali, o aperto se repete, as pessoas voltam a se roçar umas nas outras, os rostos fechados, sem sorrisos, todos com cara de sono, balançando ao ritmo do trem que dança sobre os trilhos.
Às sete horas ela desembarca na estação central do Mercado e pega mais um ônibus, que a deixa, finalmente, na frente do suntuoso prédio do Ministério Público.
Ali, no meio daquele luxo, daquelas salas bem equipadas, com computadores, ar condicionado central, mesas e cadeiras modernas, ela começa o seu trabalho, varrendo, passando pano no chão, esfregando os vasos dos banheiros, por onde passaram as bundas do Ministério Público, carregando os papéis onde se encontram as marcas dos detritos desse mesmo Ministério Público, que é uno e indivisível e agora também ubíquo.
No fim da tarde, a viagem de regresso, depois de um dia inteiro trabalhando de pé: os ônibus e o trem cheios, as pessoas se roçando umas nas outras, tendo que aguentar a fedentina de quem ralou, trabalhou com sujeira, pó e detritos humanos, como os do Ministério Público, por exemplo.
Já é noite, quando ela chega no seu tugúrio de um quarto, sem reboco, coberto com pedaços de telhas, um corredor apertado que serve de cozinha ao mesmo tempo, e leva para um banheiro sem porta com um vaso sem tampa e sem caixa de descarga, mas com um baldezinho de prontidão, para juntar água da torneira, a fim de mandar embora o que não presta.
Estou falando nela hoje, depois de ler a notícia de que o filho do Eike Batista teve sua Ferrari apreendida, e me lembrando também de um casamento para o qual fui convidado ontem, me deslumbrando com uma das noivas mais belas do mundo, enquanto ouvia o padre proclamar: “Deus é muito generoso...”



sexta-feira, 4 de maio de 2012

EXCELENTÍSSIMOS SENHORES BANDIDOS




João Eichbaum

Poucos são os que se dão conta de que o principal produto da imprensa é a desgraça. A desgraça ganha manchetes, câmeras e mais câmeras, comentários, crônicas, editoriais. E em seguidinha faz a cabeça do povo, ocupa o espaço de qualquer conversa, no trabalho, no cafezinho, no restaurante, onde quer que haja duas pessoas, pelo menos.
O que a imprensa quer é o abalo da opinião pública, sua comiseração ou sua revolta, enfim, qualquer coisa que mexa com o povo, faça o povo comprar jornal, ir para os noticiários. Tudo isso se transforma em dinheiro para os donos de jornais e televisões, porque os índices indicam onde está a mina.
Como ultimamente há poucas desgraças, a RBS procurou outro filão. E o encontrou: a miséria humana dos presídios. As câmeras mostraram, os jornais descreveram: esgoto a céu aberto, celas imundas cheias de gente, paredes sujas, sem reboco, umidade saindo de tudo quanto é lado, promiscuidade, cozinhas sem um mínimo de higiene. Enfim, presídios do tempo da pedra lascada.
Lançado o assunto em todas as rodas, veio a OAB, veio o CREMERS, veio o CREA, todo mundo dando sua opinião, achando aquilo uma barbaridade, um crime contra os direitos humanos, etc,
Pois agora, temos o seguinte, pela frente: os presos que lá estão ou estiveram, amparados na Constituição Federal, que assegura a prevalência dos direitos humanos e proíbe o tratamento desumano, entre tantas outras pieguices, terão o direito de ingressar contra o Estado, pedindo indenização por danos morais.
Vejam a que ponto chegamos. Eles, os assassinos, estupradores, assaltantes, que tiveram seus “direitos humanos” violados, têm da lei, o que os cidadãos honestos não têm: respeito aos direitos humanos.
Sem escola, sem educação, sem segurança, sem saúde, que são requisitos mínimos para a configuração dos direitos humanos, qualquer pessoa honesta que bater às portas da justiça, receberá a porta na cara.
Mas, os bandidos, não. Ao lado deles estão a imprensa, muitos políticos, seus colegas de profissão, a OAB, o CREMERS, o CREA. E a justiça quer manchete, antes de mais nada.
Então o nos resta é pagar a conta da mediocridade, da incompetência administrativa e da vaidade.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

HABEAS PARA O OSCAR

João Eichbaum


Vou falar novamente no caso "Oscar". Não pelo futebol, mas por causa das heresias jurídicas.
Quando tomei conhecimento de que havia sido impetrado um "Habeas Corpus" em favor do Oscar, na Justiça do Trabalho, fiquei pasmo e escrevi que iria morrer, sem ver tudo neste mundo.
Uma amiga minha, dra. Luciana, que é versada em Direito do Trabalho, não se mostrou tão surpresa assim, porque se louvou numa manifestação do Peluso, o atual presidente do STF. Peluso teria dito que o "Habeas Corpus" é cabível em qualquer situação que envolva o  direito individual, não sendo necessário que se trate de investigação ou processo criminal.
Mas a dra. Luciana não observou duas coisas: a) que o Peluso disse o óbvio. Há os casos de prisão por inadimplência de pagamento de pensão, ou nos casos de depositário infiel - ações tipicamente civeis; b) que o Peluso não tem autoridade para se pronunciar sobre toda e qualquer questão de direito.
Mas, fazendo uma pesquisa, a dra. Luciana só encontrou "Habeas Corpus "na área trabalhista em questões envolvendo depositário infiel.
Então, o HC do Oscar é uma novidade. Nunca houve coisa igual na Justiça do Trabalho. É uma invenção igual a do STF que fez do sexo tábula rasa: não existe mais macho e fêmea, hoje tudo é a mesma coisa (menos eu, claro).
Mas agora, a minha estupefação mostra sua razão de ser: um verdadeiro "imbróglio". A CBF não autorizou a inscrição do Oscar como jogador do Inter, porque o HC não se pronuncia sobre o contrato.
Parabéns ao Departamento Jurídico da CBF. "Habeas Corpus" nada tem a ver com contratos. HC é um instituto que tem em mira unicamente a proteção do direito de ir e vir. O ministro que concedeu o HC não poderia se pronunciar sobre matéria que está em discussão em outro juízo, e que não é de sua competência.
Então, um aviso ao dr. Peluso: não, não é em qualquer situação que cabe HC. Existe uma coisa chamada "direito processual"que deve ser respeitada. Os atropelos ao direito processual, mesmo na Justiça do Trabalho, só podem desembocar em confusão. Aí está, agora: para a CBF, o HC do Oscar não vale nada. Nem a palavra do Peluso.
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

IDIOTAS GENIAIS


Hugo Cassel

É sabido que na vida, tudo tem duas faces, dois lados, como positivo e negativo. Existem as virtudes e os defeitos  nas pessoas e nas coisas. A maioria absoluta está na parcela dos idiotas completos, como esses que se deixam enganar com promessas, de solução de seus problemas, desde que paguem e contribuam para a vida folgada de mordomias, dos bem falantes “Homens de Deus”, Gênios da mentira, que se intitulam, “ministros”, “pastores”, “bispos”, “profetas”, “apóstolos” “missionários”  comandando seitas que chamam de “Igrejas” com os títulos que, quanto mais retumbantes, mais impressiona a plebe ignara. A mercadoria  se chama Cristo, Deus, ou mais comumente “senhor”, além de “água do Jordão”, “areia do Sinai”, “lascas da cruz”, e outras “relíquias curativas” recolhidas  sabe lá onde, que ajudam a montar “templos” faraônicos, Palácios com torneiras, tanques e pias de ouro, barcos, e aviões que causam inveja até aos Sheiks e Príncipes das Arábias. Sobre a roubalheira e dissolução dos costumes no País, não dão nem um pio. Pudera! Fazem parte da quadrilha e têm o rabo preso.
 A luta pelo domínio dos milhões de fiéis é duríssima. Tão feroz quase como a luta dos traficantes. Milhões de reais são investidos em programas de TV,  e shows de fazer inveja aos produtores  cinematográficos. Como nós também somos idiotas, pagamos caro, e obrigados a ter essa inundação de palhaçadas em nossas telinhas. Aí está uma dos exemplos Gênios e Idiotas.

É possível citar ainda outros como Alexandre o Grande, reconhecido gênio militar, mas verdadeiro idiota no que diz respeito às mulheres. Parece que não era muito chegado. No Brasil temos um belo exemplo que é Lula. Um verdadeiro gênio na arte de corromper e mentir, mas que se revela um idiota quando tenta analisar política internacional. Poderia ainda citar dois jornalistas do RS, por demais conhecidos: Luiz Fernando Veríssimo, que é um gênio com fino humor ao escrever sobre as coisas do dia a dia, mas um idiota quando se mete a falar sobre política, e criticar governos que não são ou tenham sido comunistas como ele. O outro é o Paulo Sant Ana que reconhece suas duas personalidades. O primeiro, gênio,  que escreve a coluna de ZH e tem ajudado centenas de pessoas, e o outro que é o “Pablo” idiota que é megalomaníaco e só enxerga o próprio umbigo. O que tem tudo isso a ver com Turismo? Acho S.M.J. que faz parte do contexto.

Só para tapar a boca dos críticos dos governos militares: Dia 28 passado, cumpriram 30 anos de uma visita ao Rio Grande, do Presidente Figueiredo. Sem alarde, nem foguetório assinou 15 convênios, no valor de mais de 36 bilhões. Dinheiro liberado em 10 dias, sem precisar ir a Brasília de chapéu na mão. Fui testemunha. Isso ,“Nunca Antes Tinha Acontecido Neste País”, (e nem aconteceu depois), como diz esse Apedeuta Ateu, que, ao voltar da porta do cemitério, fraudando a expectativa do Tinhoso, teve o desplante de dizer: Graças a Deus estou curado!!!” Por falar nisso, ele acaba de ganhar na inconfiável Espanha, um prêmio “Por sua Luta Contra a Pobreza”. Hilariante. A única pobreza que venceu foi a sua e, da sua numerosa  “famiglia! Além é claro dos outros asseclas da quadrilha. Registro ainda que a 30 anos, não se via paraguaios, ou bolivianos nos roubando impunemente.Saudade!!!!!!!
Abrajet-RS