quinta-feira, 30 de abril de 2015

SÓ RINDO, PARA NÃO CHORAR DIANTE DE TANTO SABER JURÍDICO

João Eichbaum

Lá se apagam todas as diferenças: tem que vestir a mesma roupa que todos vestem, tem que comer na marmita com colher, tem que usar o chuveiro coletivo, tem que se agachar como macaco, à vista de todo mundo, para satisfazer os despachos dos intestinos, sem direito a vaso sanitário. Isso não é lugar para rico. Para os ricos existe a Justiça. Para os pobres é que existe cadeia.

Teori Zavaski, que tem título de mestre e doutor, foi o relator do procedimento que concedeu um estranho “habeas corpus” a executivos e empresários investigados por denúncias de corrupção, em negócios com a Petrobrás. Para isso, além de incorrer numa indigesta contradição, depenou, desossou e amoleceu a lei. A “dura lex” ficou flácida e moldável, no ponto. Assim, nove senhores ricos serão resguardados contra os dissabores do sistema penitenciário brasileiro, que foi feito só para pobres.

O doutor, que veste a toga de ministro graças à Dilma, primeiro negou sustentação à prisão preventiva daqueles senhores, sob o argumento básico de que se trata de coerção para o fim de arrancar dos investigados a chamada “delação premiada”. Quer dizer, lançou a premissa maior para a construção do silogismo que só poderia concluir pela ilegalidade da prisão. Mas, a seguir, a converteu em “prisão domiciliar” e determinou o monitoramento dos pacientes através de “tornozeleiras”, além do recolhimento de seus passaportes e outras restrições pessoais.

Ora, ora, não existe na ciência jurídica, o “meio” ilegal, o “mais ou menos” ilegal. Se a prisão preventiva é ilegal, ela não pode ser substituída por outra medida que implique cerceamento de liberdade. A Lei 12.403/2011, que modificou alguns dispositivos do Código de Processo Penal, autoriza a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar. A prisão, mas não  o seu relaxamento.

Pior do que essa contradição, só mesmo a hilariante interpretação emprestada ao art. 218 do Código de Processo Penal, com a redação da Lei 12.403/2011. Diz a lei: “Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. 

Fechando os olhos para a ambiguidade instalada no inciso III, vamos às perguntas que nossa estupefação exige. Os investigados, mandados de volta ao lar com tornozeleira e sem passaporte, são velhinhos de oitenta anos, ao pé da cova? São babás com dedicação exclusiva a crianças ou deficientes que necessitam de cuidados especiais? Ou são barrigudos de tal porte que levaram os ministros a pensar em gravidez?





quarta-feira, 29 de abril de 2015

OS EFEITOS DA TEOLOGIA NA DESGRAÇA DOS POBRES

João Eichbaum

Para quem se entrega a crenças religiosas deve ser difícil harmonizar o conceito de um “Deus” bom e misericordioso com os fenômenos naturais que desencadeiam catástrofes de ordem social, como esse de Katmandu. Já quem não necessita recorrer a ilusões religiosas sabe que os abalos sísmicos são convulsões geológicas, decorrentes das reações químicas e físicas que governam a natureza, independente da qualidade dos deuses.

Aqueles que, apesar de sua inteligência e de seus conhecimentos, não conseguem se libertar das marcas deixadas em seu indefeso cérebro infantil, apresentarão explicações de difícil absorção. Terão de admitir que o seu “Deus” optou pelo sofrimento, pela fome, pela dor, pelo trauma de milhares de pessoas no Nepal. Terão de admitir, melancolicamente, que sua divindade preferiu o choro lancinante de crianças ensanguentadas no meio dos escombros, chamando pela mãe.

Se forem instados a argumentar, sua resposta não terá outra saída, senão atribuir aos “desígnios insondáveis de Deus” as desgraças distribuídas a miseráveis que nunca souberam o que significa felicidade. Mas, não se darão conta de que os “desígnios insondáveis de Deus” não explicam a ausência de “misericórdia” e a falta do quesito “bondade”, quando se trata de proteger os pobres, tanto nas catástrofes naturais, como nos naufrágios assassinos.

Donde extraem os teólogos e crentes a prova da “bondade” e da “misericórdia” de “Deus”, de cujos desígnios eles não têm a mínima noção? No Antigo Testamento são mais frequentes os rompantes de ira e de vingança de que se toma Javeh. Com atos de bondade só foram contemplados seus queridos, seus preferidos. Inimigo nenhum de Javeh mereceu misericórdia.

A expulsão sumária de Adão e Eva do paraíso passa muito longe de qualquer conceito de bondade e misericórdia. Os inocentes degolados por ordem de Herodes foram solenemente ignorados. Da impiedosa crucificação de Jesus Cristo, que teria em vista a “salvação da humanidade”, só respingaram efeitos nas ricas e poderosas organizações religiosas do mundo moderno.



terça-feira, 28 de abril de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Aqui no RGS para quem paga o IPE obrigatoriamente, compulsoriamente, por ser funcionário público, descontado no salário do fim do mês, na folha de pagamento, hoje, já existe uma realidade notável e que está funcionando bem - para o servidor público, principalmente os de baixa renda, pouco salário e também para os altos salários, para todos. A moça do guichet, quando você está na emergência, com dor, desesperado por um médico, que o atenda - e o examine.  - Minha vida por um médico  -   sabe aquele momento trágico da emergência, a sala cheia de gente, todo mundo quieto, com dor, aquela correria, e você com medo de morrer aí mesmo e pensando no futuro. O que será de mim?...Será que vou ser atendido?  Será que é grave?  Será que é um câncer que está aflorando em mim?  Estou ralado. Deu prá mim. Vou morrer.

Mas, você tem sorte e é atendido por um bom e generoso médico ( a) examina e logo diagnostica o que você tem e te trata, receita o remédio, numa boa e te tranquiliza e você se manda feliz.

Mas se o médico ( a) faz o diagnóstico e manda ter internar - ´bem aí a coisa começa a complicar. Não tem leito, pelo IPE e  você está num dos hospitais que têm convênio bom com o IPE, Santa Casa e seus oito hospitais, Hosp. Ernesto Dornelles ou Divina Providência - Hosp. de Clinicas - Instituto de Cardiologia -   ( os outros não, principalmente o Hosp. Moinhos de Vento, este nem pensar - é um hotel de alto luxo, mordomia, mas que custa tudo e mais um pouco, com alguns  dias de internação no Moinhos de Vento, com o IPE e tudo, você está ralado, deixa lá toda tua grana, teus bens e alguma coisa mais. O Moinhos custa uma fortuna. Se tiver UTI, então nem é bom falar. Preferível morrer antes de ser internado na UTI. ).

 Mas, mesmo nos três hospitais que tem convênio com o IPE - O Ernesto Dornelles, o Divina Providência e a Santa Casa, se precisar internar na emergência e fica baixado ou após alguma cirurgia, só pelo IPE não há leito. A enfermeira vem e diz não há leito e aí pede  "você tem a carteira do Plano Privado Médico - o conhecido  -  " Saúde e Paz  - que funciona aí na rua Jerônimo Coelho, na antiga Fundação da Cx. Econômica Estadual, chefiado pelo Sr.Meira, aquele que foi do Grêmio. Funciona beleza. Se você tem o plano de saúde privado,  " Saúde e Paz !  - pago, em dia, e já vencida a carência de seis meses, bem aí, tanto na emergência quanto após a cirurgia é certo que tem leito para você.  Portanto, hoje, em P. Alegre, para quem é funcionário público - e paga o IPE, no fim do mês compulsorimente, desconta a mensalidade do IPE e estamos conversados. Além do IPE, para ter leito, tanto na emergência se precisar ficar baixado, ou após cirurgia, para arrumar quarto, além da Carteira do IPE, precisa ter a Carteira do Plano Privado "Saúde e Paz" e aí  a coisa funciona lisamente, e vai fluindo e o funcionário público, tanto o de baixo salário, o de médio salário,  quanto o de alto salário, não tem problema de leito, nem após o atendimento na emergência e nem após uma cirurgia. Com o Pano Saúde e Paz, sempre os hospitais citados, acima conveniados com o IPE, sempre arrumam leito para o paciente.

Portanto, o funcionário público, hoje, só pode baixar no Hops. Ernesto Dornelles, no Divina Providência  e na Santa Casa, Clinicas, Inst. de Cardiologia e ter na mão a duas carteiras básicas a Carteira do IPE e a Carteira do Plano Privado, " Saúde e Paz" e aí o funcionário público do RGS, está garantido e será assistido com medicina de primeiro mundo.

Jamais baixar em outros hospitais que não sejam estes acima.  Ou então, antes de baixar, pedir e esclarecer, se o IPE paga tudo. Ou se paga só uma parte e se precisa o plano " Saúde e Paz". Fundamental esta parte. Pois ninguém tem dinheiro para sustentar a despesa médica, internamento, farmácia, hotelaria, etc...de hospitais de luxo.  

Posso ter esquecido algum outro hospital de P. Alegre,pelo que solicito escusas, mas, enfim, hoje, o funcionário público, só pode baixar em hospital que tem Convênio com o IPE - e deve ter em dia seu plano privado que complementa o IPE que é o SAUDE E PAZ.

Não estou fazendo propaganda do Plano Saúde e Paz. Nem  tenho autorização e nem conheço o pessoal do Saúde e Paz.   Estou divulgando e constatando uma realidade diária e que acontece sempre, com o funcionário público do RGS. Para ele, funcionário, e seus dependentes.


Nério "dei Mondadori" Letti 


segunda-feira, 27 de abril de 2015

PLANETACHO

Coisas

Perdido nos
 labirintos
do polegar
de Deus

A meia luz de
um velho
abajur
aposentado

Perdido,
o velho sapato
triste sorri
na eterna busca
por um Saci

O lar da
Aranha
é sempre
perpendicular


sexta-feira, 24 de abril de 2015

MAIS UM PADRE QUE A IGREJA PERDEU

João Eichbaum

Antes da Inquisição, a carreira eclesiástica era extremamente atrativa. A história do Vaticano confirma tal revelação. A pompa, o poder e as riquezas faziam do papado o alvo de muitas ambições. E como a chefia da Igreja estava mais preocupada em manter esse “status quo” do que em disciplinar a vida sacerdotal, era fácil ser padre. Não havia celibato que os impedisse de fornicar.

Depois da Inquisição e principalmente em razão da reforma empreendida por Lutero, a música mudou de tom. A danação ao inferno, provocada pelo “pecado mortal”, veio colocar um pouco de ordem na disciplina eclesiástica e na moral católica. A Igreja reassumiu a hegemonia, mas só do ponto de vista estritamente espiritual. Em tais circunstâncias, as chamadas “vocações sacerdotais” cresceram, movidas pelo desejo de ir “para o céu”.

Mas, querendo se modernizar, a Igreja perdeu pontos. O concílio Vaticano, ao afrouxar a disciplina eclesiástica, além de proporcionar desvios de percurso, tipo “teologia da libertação”, produziu uma debandada de candidatos ao sacerdócio.

Entre os milhares de seminaristas que mandaram “o céu esperar”, porque descobriram que mulher é melhor do que batina, está o atual governador do Rio Grande do Sul, José Sartori, vindo de Caxias do Sul, onde foi prefeito.

Caxias do Sul, um município coalhado de descendentes italianos, leva mais  jeito de paróquia do que de prefeitura. É fácil de administrar, porque tem recursos próprios, gerados em sua potência industrial. Além disso, por ser terra de italiano, Deus, lá, “está em todos os lugares”.

No Estado do Rio Grande do Sul é diferente. A política, nessa terra de ximangos e maragatos, não comporta sotaque de padre no púlpito. O Estado não leva jeito para sair de bandeja na mão, pegando esmola,  cobrando espórtula ou dízimo. Os cofres públicos não se sustentam com teologia e filosofia. O povo já não tem medo do inferno, mas tem medo de não receber salário em dia. Está na hora de tirar a batina, professor Sartori.





quinta-feira, 23 de abril de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Aqui no RGS para quem paga o IPE obrigatoriamente, compulsoriamente, por ser funcionário público, descontado no salário do fim do mês, na folha de pagamento, hoje, já existe uma realidade notável e que está funcionando bem - para o servidor público, principalmente os de baixa renda, pouco salário e também para os altos salários, para todos. A moça do guichet, quando você está na emergência, com dor, desesperado por um médico, que o atenda - e o examine.  - Minha vida por um médico  -   sabe aquele momento trágico da emergência, a sala cheia de gente, todo mundo quieto, com dor, aquela correria, e você com medo de morrer aí mesmo e pensando no futuro. O que será de mim?...Será que vou ser atendido?  Será que é grave?  Será que é um câncer que está aflorando em mim?  Estou ralado. Deu prá mim. Vou morrer.

Mas, você tem sorte e é atendido por um bom e generoso médico ( a) examina e logo diagnostica o que você tem e te trata, receita o remédio, numa boa e te tranquiliza e você se manda feliz.

Mas se o médico ( a) faz o diagnóstico e manda ter internar - ´bem aí a coisa começa a complicar. Não tem leito, pelo IPE e  você está num dos hospitais que têm convênio bom com o IPE, Santa Casa e seus oito hospitais, Hosp. Ernesto Dornelles ou Divina Providência - Hosp. de Clinicas - Instituto de Cardiologia -   ( os outros não, principalmente o Hosp. Moinhos de Vento, este nem pensar - é um hotel de alto luxo, mordomia, mas que custa tudo e mais um pouco, com alguns  dias de internação no Moinhos de Vento, com o IPE e tudo, você está ralado, deixa lá toda tua grana, teus bens e alguma coisa mais. O Moinhos custa uma fortuna. Se tiver UTI, então nem é bom falar. Preferível morrer antes de ser internado na UTI. ).

 Mas, mesmo nos três hospitais que tem convênio com o IPE - O Ernesto Dornelles, o Divina Providência e a Santa Casa, se precisar internar na emergência e fica baixado ou após alguma cirurgia, só pelo IPE não há leito. A enfermeira vem e diz não há leito e aí pede  "você tem a carteira do Plano Privado Médico - o conhecido  -  " Saúde e Paz  - que funciona aí na rua Jerônimo Coelho, na antiga Fundação da Cx. Econômica Estadual, chefiado pelo Sr.Meira, aquele que foi do Grêmio. Funciona beleza. Se você tem o plano de saúde privado,  " Saúde e Paz !  - pago, em dia, e já vencida a carência de seis meses, bem aí, tanto na emergência quanto após a cirurgia é certo que tem leito para você.  Portanto, hoje, em P. Alegre, para quem é funcionário público - e paga o IPE, no fim do mês compulsorimente, desconta a mensalidade do IPE e estamos conversados. Além do IPE, para ter leito, tanto na emergência se precisar ficar baixado, ou após cirurgia, para arrumar quarto, além da Carteira do IPE, precisa ter a Carteira do Plano Privado "Saúde e Paz" e aí  a coisa funciona lisamente, e vai fluindo e o funcionário público, tanto o de baixo salário, o de médio salário,  quanto o de alto salário, não tem problema de leito, nem após o atendimento na emergência e nem após uma cirurgia. Com o Pano Saúde e Paz, sempre os hospitais citados, acima conveniados com o IPE, sempre arrumam leito para o paciente.

Portanto, o funcionário público, hoje, só pode baixar no Hops. Ernesto Dornelles, no Divina Providência  e na Santa Casa, Clinicas, Inst. de Cardiologia e ter na mão a duas carteiras básicas a Carteira do IPE e a Carteira do Plano Privado, " Saúde e Paz" e aí o funcionário público do RGS, está garantido e será assistido com medicina de primeiro mundo.

Jamais baixar em outros hospitais que não sejam estes acima.  Ou então, antes de baixar, pedir e esclarecer, se o IPE paga tudo. Ou se paga só uma parte e se precisa o plano " Saúde e Paz". Fundamental esta parte. Pois ninguém tem dinheiro para sustentar a despesa médica, internamento, farmácia, hotelaria, etc...de hospitais de luxo.  

Posso ter esquecido algum outro hospital de P. Alegre,pelo que solicito escusas, mas, enfim, hoje, o funcionário público, só pode baixar em hospital que tem Convênio com o IPE - e deve ter em dia seu plano privado que complementa o IPE que é o SAUDE E PAZ.

Não estou fazendo propaganda do Plano Saúde e Paz. Nem  tenho autorização e nem conheço o pessoal do Saúde e Paz.   Estou divulgando e constatando uma realidade diária e que acontece sempre, com o funcionário público do RGS. Para ele, funcionário, e seus dependentes.


Nério "dei Mondadori" Letti 


  

quarta-feira, 22 de abril de 2015

QUANDO OS VALORES SÃO OUTROS

João Eichbaum

Que dupla, hein! O João Pedro Stedile e o Lewandowski receberam ontem, em Minas Gerais, a Medalha da Inconfidência. Não me perguntem, porque eu não sei onde está o mérito de um e de outro. Só conheço os deméritos. Não sei, e ninguém sabe, o que é que eles andaram fazendo pelo bem do país.

A última do Lewandowski todo mundo sabe: é a nova Lei Orgânica da Magistratura, destinada a fazer dos juízes uma classe à parte e acima de todos os brasileiros, empanturrada de direitos e privilégios.

Do Stedile, o que se sabe é que ele não trabalha, vive bem, e a única ocupação a que se dedica é a de fazer bagunça contra quem trabalha e a favor do governo do PT. Agora, diz ele que a sua turma vai para a rua “defender a democracia e a república”.

Só neste país mesmo se entrega a vagabundos uma missão que é do exército, a defesa das instituições. Nessa linha de respeito aos valores, tem tudo a ver a Medalha da Inconfidência no peito do Stedile. Ou seja: dize-me em que peito estás, dir-te-ei o quanto vales.


E tudo isso ocorre exatamente quando os desmandos do PT estão em todas as bocas, servem de manchetes em todos os veículos de comunicação do país, quando o Brasil é mostrado lá fora como modelo de roubalheira, incompetência e sem-vergonhice, e quando, ameaçado de perder o poder político, o partido do Lula se prepara para assumir a hegemonia no STF. Nesse quadro, cabem as perguntas: o que é que presta neste país? O que é que vale?

terça-feira, 21 de abril de 2015

ATÉ QUANDO?

João Eichbaum

A natureza se renova através da predação. A folha perde o verdor, morre, seca e, no chão, apodrecendo, serve à fertilidade da terra. O homem adoece ou morre de velho, por ordem da natureza, que precisa de espaço para se renovar. Se não houvesse mortes, não haveria lugar para todos no planeta terra.

Mas, essa mesma natureza atua dentro do homem, contribuindo para a depredação, necessária à renovação. O transporte de massas, trens, aviões, navios, ônibus é fruto da inteligência humana, a serviço do bem estar, do lazer e de outras exigências do “ego”. Como consequência, as mortes em massa são instrumentos de que se vale a natureza, através da inteligência do homem, para atingir a taxa de predação necessária.

Há também dentro do homem um outro elemento que, a serviço do ego da classe dominante, contribui para a predação: a maldade. A maldade produz guerras, perseguições, mutilações, fome e miséria. A maldade que provoca a miséria cria doenças, epidemias. A que provoca guerra gera diretamente a morte de uns e a riqueza de outros. É da morte que indústria bélica retira o seu lucro, que também gera emprego.

Ultimamente, à maldade se juntou a indiferença como causa predatória de vidas humanas. Fugindo da maldade das guerras ou das perseguições religiosas, criaturas atravessam o mar em busca de salvação. Mas a salvação é abortada pela indiferença dos que só se preocupam com o próprio umbigo.


Dominado pela natureza, que o fez animal, o homem recorre à hipocrisia, para inventar balelas tipo “declaração universal dos direitos do homem”. Mas só se lembra que é “homem”, quando lhe convém. De resto, vai tocando a vida, ao sabor do lado mais forte de sua natureza, que é o lado animal.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

PLANETACHO

AS NEIRAS
Namorava com trigêmeas
gregas. Casou-se com a pior das hipóteses

Estragou sua impressora.
Ele chorou copiosamente

O que as sardinhas têm
para dizer uma para outra
dizem na lata

A energia tem tido

reajustes na velocidade da luz

sexta-feira, 17 de abril de 2015

É PARA ISSO QUE QUEREM DEMOCRACIA?

João Eichbaum


Para quem conhece Direito Constitucional, sobretudo seus fundamentos, não deixou de causar estupefação o comportamento de magistrados da Justiça do Trabalho, se misturando às manifestações de rua contra o projeto de lei da chamada “terceirização” de mão de obra.

Que os ignorantes, os subservientes, muitas vezes jornaleiros de pantomimas sindicalistas, venham para a rua atrapalhar o trânsito e coibir a liberdade de locomoção, gritando contra coisas de que eles não têm a mínima noção, vá lá. A sociedade é refém dos abusos, não tem como se defender deles.

Mas, os juízes? Ah, não, convenhamos. A tanto não se imagina que possa ter descido a ignorância deles, se confundindo com bagunceiros, com mercenários de sindicalistas, numa atitude reprovada não só pela liturgia do cargo, como pela expressa determinação do art. 35 inc. VIII da Lei Orgânica da Magistratura Nacional: “manter conduta irrepreensível na vida pública”.

É preciso não esquecer que a bagunça de quarta-feira última, desrespeitando o direito de locomoção, o direito ao trabalho, o direito à educação e à saúde de muitas pessoas, era dirigida contra o legítimo exercício de um dos poderes da República, o Legislativo.

Ninguém pode cobrar dos subservientes ignorantes e dos sindicalistas aproveitadores o conhecimento do parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal, que consagra o princípio da “independência e da harmonia dos poderes entre si”. Mas que os juízes não conheçam a Constituição, não se perdoa.





quinta-feira, 16 de abril de 2015

ESPETO CORRIDO
Hugo Cassel
TOSA DE PORCO

No meu Rio Grande, esse que provoca inveja, principalmente de paulistas frustrados, como verifiquei  outro dia, (eles lamentam muito não terem nascido no Rio Grande), lá pras bandas de Passo Fundo e, de minha terra, Santo Angelo, com aquela terra vermelha que gruda mais que bosta em tamanco, chamamos “Tosa de Porco”, quando tem muito grito e pouco pelo. É isso que faz o (des)governo  Dilma. Ainda bem que o povo já percebeu. Por outro lado nossa gente já deveria ter se dado conta que a Presidente é na atualidade figura decorativa manobrada pelo partido comandado por Zé Dirceu, e Lula desde o Foro de São Paulo. Se tentar sair, como Celso Daniel, MORRE.

SOCIEDADE- O pobre trabalha-O Bolsa Família recebe -O soldado defende os dois- O contribuinte paga pelos três- O vagabundo “descansa” pelos quatro- O Lula bebe e rouba pelos cinco- O Banqueiro “esfola” os seis- o Judiciário engana os sete- O “Médico” Cubano mata os oito- O Coveiro enterra os nove- e o POLITICO vive a custa dos dez.
PITACOS-1-O Cérebro Humano é incrível! Funciona 24 horas, desde que nascemos. Só para de funcionar em DUAS ocasiões: Uma é quando morremos e a outra é quando vota no PT.
2- NOVELA- Esse lixo de  novela BABILÔNIA produzida por um dos Gays da Globo, conseguiu que duas extraordinárias atrizes jogassem no esgoto uma reputação de uma vida inteira. Fernanda Montenegro e Nathalia Thimberg estão ridículas nesse “beijo gay”. Só faltou sexo entre as duas “pelancudas”. Agora é só ir pra casa, cuidar dos netos, que não mereciam isso.
3-Os Políticos são eleitos para obedecer aos seus eleitores.  Então não deveriam ficar discutindo a Maioridade Penal! Mais de 95% do Povo QUER 16 ANOS e Ponto Final! O Povo quer também Tolerância Zero e chumbo quente pra bandido de QUALQUER IDADE! É só cumprir! Vem comigo que esperar não é saber. Quem Sabe faz a Hora. Não espera acontecer!
4-Que palhaçada é essa Ministro?!  Um criminoso vai para um interrogatório com direito a mentir??? Que País é este?! Cadê Meu General?!

                                                                                                                                            

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Magistrados querem “bicho
João Eichbaum

A projeto da nova Lei Orgânica da Magistratura só não pode ser chamado de pouca vergonha, porque vergonha é um substantivo banido da vida dos brasileiros. Já que a classe política não estimula a honradez, a dignidade e a honestidade, que são pressupostos da vergonha, nada sobra para o povo comemorar em matérias de valores.

Agora também o Judiciário está se candidatando a figurar no listão da sem-vergonhice. Para isso vem treinando há muito tempo. Começou com as equipes de assessores, secretários e estagiários sem qualificação, praticando monstruosidades que recebem o nome de “sentenças”. Depois veio o “auxílio-moradia”.

Agora os juízes também pretendem entrar para a roda dos que usam o erário público em benefício próprio e dos seus. O novo projeto os com contempla com planos de saúde, auxílio-creche, auxílio-transporte, auxílio-funeral, auxílio-moradia e, pasmem, “gratificação de produtividade”!

Isso mesmo, os juízes vão ganhar “bicho”: além de todos os privilégios acima enumerados enganchados no subsídio de trinta mil e poucos reais, eles vão se equiparar aos jogadores de futebol: bicho por vitória sobre os processos distribuídos.

Então, vai ficar assim: quem não trabalha ganhará tudo aquilo que foi acima mencionado e mais a bagatela de trinta e poucos mil mensais. Quem der duro nos seus assessores, estagiários e secretários, cobrando deles mais serviço, acrescentará a tudo isso mais a “gratificação de produtividade”.
O que sobrará depois disso, senão a verdade irreparável de que não temos em que confiar?


terça-feira, 14 de abril de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Agora, sim, vai. Sem votação a imprensa (não se sabe quem da imprensa, mas tem empresário atrás da "bela") elegeu uma "empresária" ( não se sabe do quê), como " musa da direita". Este é o Brasil. Não adianta. Sem mulher núa não tem graça. E esta, espertamente, e bem orientada, com empresários a seu lado soube aproveitar o momento da passeata e desfilou na Av. Paulista, no centro de São Paulo, onde tudo acontece, quase nua. Desfrutou a fama de um dia. Valeu. Conseguiu o que queria, isto é, pousar núa na Revista PlayBoy e receber um bom cachet e ganhar dinheiro. A vantagem da mulher sobre o homem é esta. Tira a roupa, mostra o corpo e ganha dinheiro, sem esforço, sem estudar, sem trabalhar. Sem fazer nada. Só tirar a roupa e fazer algumas poses ensaiadas e um tanto chatas mas que para muitos é atração sexual e desperta o desejo masculino de ter relações sexuais com ela.

Esperta, bem orientada, e já patrocinada, para desfilar em roupas colantes transparentes, mostrando o corpo, no meio do povo, saiu do anonimato dos 10 milhões de habitantes de São Paulo, e pelo menos, por um dia, teve seu momento de " musa" e de glória.

Agora, sim, a coisa vai melhorar no Brasil. Já tem mulher nua na parada. Sem mulher nua no Brasil, nada acontece.

Lembram do Presidente Itamar Franco, no camarote, presidencial, de madrugada, no Sambódromo, do Rio de Janeiro,  tudo preparado,uanteriormente, a até então desconhecida "vedete"   -  Lilian Ramos  -  após o desfile de sua Escola de Samba, no entrevero da chegada, quando ninguém é ninguém, as mulheres peladas, os homens mijando na calçada, apesar dos 700 banheiros químicos, uma confusão total na tal de   "dispersão",   do carnaval carioca, milhares de pessoas, após o desfile, todos turbinados por alguma dose de bebida, para tomar coragem e desfilar perante a arquibancada lotada naquele momento mágico do desfile glorioso, na Av. Marquês do Sapucaí.

A mulher foi carregada no meio da multidão, a guarda presidencial "permitiu" a subida até o camarote do Presidente, onde todos, naquela hora, já estavam devidamente !"turbinados!" pela bebida, tanto que o Ministro da Justiça, Mauricio ......?......depois Ministro do S.T.F.,  nos fundos, já estava meio " adernado! " quase caindo de lado, e aí, aconteceu o que a vedete esperava. O fotógrafo colocado na avenida, em ponto estratégico, tudo preparado, fotografou de baixo para cima, o momento mágico brasileiro, da vedete de mão dada com o Presidente Itamar, com o detalhe fundamental e primordial, ela estava sem calcinha. Este foi o momento mágico.

Foi manchete no mundo. Ganhou dinheiro. Pousou nua na Play Boy, e acabou indo para a Europa, e ao que se sabe casou com um rico empresário europeu, provavelmente um nórdico, que adoram a mulher brasileira, principalmente, a mulata.

Aí se resume o Brasil, como no agir da dita empresária na Av. Paulista. Como a "empresária" paulista teve o privilégio de pousar em trajes menores atraindo a atenção e polarizando os holofotes, rádios e TVs. Evidente que ocorreu uma quebra do princípio democrático, posto que, todas as demais mulheres, podiam exercer o mesmo direito, desde que tenham corpo jovem, esbelto e escultural e sirva de atração para vender o produto exposto. Pois, no caso, a velhice é uma tragédia e a beleza é fundamental   -  (com o perdão das feias, no dizer do "poetinha" da praia de Ipanema, com a turma tomando todas na mesa do bar famoso e que fez a fama de -  Helô Pinheiro  -   até hoje, como a "garota de Ipanema"  inclusive de sua filha, Ticiane -   e mãe e filha pousaram nuas na Play Boy, mostrando o DNA da brasileira).

No caso concreto, acontecido na Av. Paulista, com a esperta "empresária" paulista, se aplica o princípio do filósofo francês Montesquieu ( 1689-1755) o pai da criação do Regime Democrático, com o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, independentes e harmônicos entre si - a fim de poder governar homens livres e dotados de livre arbítrio, onde a maioria governa com o respeito da minoria -   " Para que não se possa abusar do poder, é preciso que pela disposição das coisas, o poder impeça o poder" .

Portanto, os organizadores da passeata que proibiram tantas coisas, em linha de princípio, pois, se diziam democráticos, deveriam ter impedido que a "empresária" paulista desfilasse quase nua. Aliás, há quem diga que a veste da "empresária" é mais atraente e mais sexy do que o nu frontal, pois, vestiu um colante justo e transparente Vocês não acham. Ou teriam cometido abuso de poder. Ou seriam moralistas e machistas e coisas que tais.

Nério "dei Mondadori" Letti.



segunda-feira, 13 de abril de 2015

PLANETACHO

AS NEIRAS
A diferença entre os grafites e as pichações
é a mesma que existe entre
as tatuagens e as cicatrizes.

O inventor do silicone deveria ser
homenageado com um busto
em praça pública.

A TV demitiu a moça do tempo.
Ela era muito temperamental.

Será que nos reino de Oz existem

Problemas com a camada de Ozônio?

sexta-feira, 10 de abril de 2015

DOUTORADO NÃO ENSINA A LER

João Eichbaum

A notícia de jornal VS de hoje diz literalmente assim: “ao negar um habeas corpus e manter na prisão funcionário da OAS, o ministro do STF, Teori Zavaski, afirma que não determina a soltura dos empreiteiros envolvidos na Operação Lava Jato porque as prisões preventivas não violam o princípio da presunção de inocência e porque eles soltos (sic) podem voltar a cometer crimes, trazendo ‘um sentimento de impunidade e de insegurança na sociedade’.

“Para Zavaski – continua a notícia – crimes de lavagem de dinheiro e de colarinho branco ‘podem ser tão ou mais danosos à sociedade ou a terceiros, do que crimes praticados nas ruas, com violência’.

“A prisão preventiva poderá será decretada – reza o art. 312 do Código de Processo Penal – como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal...”

Alguém consegue enxergar no texto da lei alguma palavra ou expressão que autorize a prisão preventiva “para evitar que o réu volte a cometer crimes”? Que se preocupe com o “sentimento de impunidade e de insegurança da sociedade? Que permita ao juiz escolher os crimes que “possam ser” mais, ou menos, danosos à sociedade?

Não se confunda “sentimento da sociedade” com ameaça à quebra da ordem pública. “Sentimento” é uma coisa vaga, relativa, pessoal, sem conceito ontológico na ciência do Direito: não existe na axiologia jurídica. Sentimento não é sinônimo de argumento. O sentimento não tem a consistência do fato. E se não existe o fato, não existe base para a incidência da lei. A lei rege comportamentos e não sentimentos.

Agora dá para entender porque o senhor Teori Zavaski fez mestrado e doutorado: seu curso de graduação foi insuficiente para lhe ensinar primárias lições de hermenêutica, e sobretudo suas restrições em matéria penal. Mas parece que não adiantou muito. Acontece que, sem o pleno domínio do vernáculo, fica difícil distinguir entre o que diz a lei e o que ela não diz.




quinta-feira, 9 de abril de 2015

A POLÍTICA É O ESPELHO DO POVO

João Eichbaum

Coincidência ou não, depois que o direito de votar foi estendido aos analfabetos, as instituições políticas brasileiras desceram a um nível de desqualificação sem precedentes. Pessoas completamente despreparadas têm assento nas cadeiras legislativas, ministros sem a mínima noção da área que irão comandar integram o poder executivo.  De presidentes e governadores nem é bom falar.

O Poder Legislativo federal de há muito abandonou suas funções específicas porque a malícia dos mais espertos, condimentada pela ignorância jurídica em geral, conseguiu a façanha de conferir ao Executivo o poder de legislar, através das chamadas “medidas provisórias”.

A indigência de conhecimentos jurídicos aliada à submissão dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao Executivo, que os nomeia, deixou que se criasse esse monstrengo jurídico, fazendo voltar aos velhos tempos do “decreto-lei” o nosso sistema legislativo.

Resultado: os atuais legisladores perderam o “cacoete” de legislar. Aliás, alguns deles nem sabem o que significa isso. Se duvidarem, perguntem ao Tiririca, ao Danrlei, ao Vicentinho, à Maria do Rosário, ou a quem vocês quiserem, qual é a diferença entre o “artigo” e o “parágrafo” ou entre esse e o “inciso”.


Diante desse quadro, nada justifica a surpresa com a proposta de emenda constitucional de um deputado, substituindo na Constituição os dizeres “todo o poder emana do povo”, por “todo o poder emana de Deus”. Do mesmo modo, não é de causar estupefação que citações bíblicas figurem na exposição de motivos como fundamento para se reduzir a maioridade penal. Dize-me quem és, dir-te-ei que políticos elegeste.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Só uma lembrança, salvo melhor Juizo, o de quem entender mais de Direito, o delito de injúria racial, racismo, etc.. que sempre teve e cada vez mais progride no Brasil ( como assalto a banco com explosivo, estupros, assassinatos, agora com o componente da droga, com doze tiros no rosto no narcotraficante,com arma automática, etc.. os crimes hediondos e de alta lesividade e de alta impactação e que metem medo e trauma na população, sem esquecer a guerra diária do nosso trânsito tresloucado - que mata mais do que a Guerra Civil da Siria e outras guerras  - ) devo lembrar - que o M. Público não pode se omitir, pois, o delito de injúria racial é crime de ação pública incondicionada. Não precisa que o ofendido, o injuriado, represente, faça queixa, etc....desde que o Delegado de Policia tomou conhecimento (autoridade policial constitucional) ou o M.P. tomou conhecimento, ninguém precisa mover a máquina pública repressora, seja com ação privativa do ofendido, seja com ação penal dependente de representação, em seis meses, a chamada ação penal pública condicionada. Até prova em contrário, o crime de injúria racial é de Ação Penal Pública Incondicionada.  Tomou conhecimento abre o inquérito policial. A fim de que o injuriante, o indiciado se defenda no devido processo legal.  Eu penso assim. Respeito quem pensa diferente. Recém a doutrina e a jurisprudência sobre a nova lei de Injúria Racial, elevada a crime de alto poder lesivo, segundo o espírito da Lei  (interpretação teleológica, ciência do valor - do espírito da Lei)   - que deseja acabar com o racismo no Brasil, com 380 anos de escravatura, sob ferros, galés, chicote, tronco e forca no pelourinho, quilombos, e o Brasil, importou da Africa, dizem, ao que se sabe, uns 6 milhões, sim, seis milhões de escravos africanos. Esta mancha brasileira ninguém tira da história do nosso amado Brasil. Ainda por cima o baiano Ruy  Barbosa, como Ministro da Fazenda do primeiro governo republicano, após a queda do Império, em 15.11.1889,  sob a chefia do Marechal Deodoro da Fonseca, mandou queimar todos os arquivos, papéis, registros e tudo o que havia sobre os africanos e afrodescendentes no Brasil, como que para apagar a chaga da escravidão. Lógico, o baiano sabido, não conseguiu. Só fez foi acirrar mais os ânimos do oculto racismo e a hipocrisia brasileira de que no Brasil, não tem racismo. Olha só esta Lei nova o que está provocando. Está no início. Vamos ver onde vai parar tudo isso.  Sempre tendo na memória que o Brasil foi o último país no mundo a acabar com a escravatura africana e talvez a imigração forçada de africanos para o Brasil, tenha sido, no planeta, até agora, o maior movimento de pessoas, de uma terra, a terra natal, para outra terra, a terra chamada Brasil, onde vieram para trabalhar de graça.

Nério "dei Mondadori" Letti



terça-feira, 7 de abril de 2015

HORAS MALDITAS
Hugo Cassel

O BRASIL teve, tem e, terá ainda muitas horas malditas que fazem seus efeitos por muitos séculos. Lembro algumas delas: Aquela em que  Colombo, descobriu a América. Se não fosse ele estaríamos felizes escondidos por aqui; Aquela outra quando Cabral “descobriu” o Brasil e inventou a corrupção ao trocar missangas e,  espelhos , por agua e comida, com os índios ; Aquela hora maldita em que expulsamos os franceses, e os holandeses. As coisas seriam muito melhores hoje com eles, governando. Chego a imaginar como seria nossa vida se a Alemanha  tivesse ganho a Guerra. Por ruim que fosse pelo menos nosso time seria Campeão do Mundo. Tem mais aquela horinha pra lá de azeda, que foi quando nasceu o exemplar mais perfeito de patife, mentiroso, bebum, corruptor, corrupto, lesa-pátria, e ladrão assumido, que se conhece, e que devia estar  na cadeia, isso é pouco quando lê o Governo doar 150 milhões para filmar a vida de seu maior herói bandido José Dirceu, e declarar ficha limpa esse canalha Genoino, que pelos crimes que praticou devia apodrecer na cadeia. Claro que temos dezenas de “Horas Benditas”, inclusive aquela da minha mãezinha, naquela fria madrugada de Agosto de 1929, em Lagoa Vermelha, porém isso já é outra história. Resta ainda a hora mais bendita de todas: Aquela em que o General Castelo Branco deflagrou o movimento democrático de 64. VIVA 31 de MARÇO!
DESENCONTRO: A  ABRAJET , (Ass.Bras.de Jornalistas de Turismo), havia programado a primeira reunião do seu  Conselho, para Fevereiro depois do Carnaval.  Foi convidada pelo Ministro de Turismo a fazer isso em Maceió sua terra natal, em outra data de Março no que foi também atendido, eis que desejava discutir assuntos relacionados com a OLIMPÍADA. Na data aprazada  porém, ficou retido em Brasília e não apareceu, enviando um assessor para exibir slides, o que foi feito muito bem, mas sem consistência ou autoridade para responder as perguntas. Situação atípica. O anfitrião da festa foi o grande ausente. Falam em substitui-lo. Liberado em Brasília, tomou outro rumo. Em Maio haverá um congresso em BUZIOS. Resta orar para que a pessoa que estiver de plantão como Ministro de Turismo, possa informar sobre a OLIMPÍADA o andamento das obras. A menos de 500 dias a perspectiva de novo vexame é “funérea”.

                                                                                                                                            

segunda-feira, 6 de abril de 2015

PLANETACHO

ASSIM FUNCIONA A ECONOMIA:
as galinhas põem os ovos,
mas os coelhos têm a franquia

PÁSCOA
O mágico não acreditava
em coelhinho até que eles
começaram a sair de sua cartola

LÁPIDE
Aqui jaz o inventor do feriadão.
Descanse em paz.

VALDÍVIA DO PALMEIRAS
JÁ ENTRA EM CAMPO NO
CARRO DA MACA

O ÍMÃ É LAXANTE DE
ENGOLIDOR DE ESPADAS.

VOCÊ SABIA COCO CHANEL NÃO É UM
CANAL DE TV A CABO DE MÁ QUALIDADE

EM TERRA DE SASQUATCH
NÃO TEM TESTE DO PEZINHO


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Estimado confrades. Esperando que a Semana Santa, seja santa de verdade, e os pecados sejam perdoados, com o exemplo da morte de Jesus na Cruz, encaminho o presente, para, quem tiver tempo e o desejar e interessar possa, tenha uma leitura pensativa para os dias da Semana Santa. Como a Semana Santa é o tempo de pedir perdão, se confessar e comungar e adorar o Senhor Morto na Cruz, então, aqueles que pecaram em pecado mortal, que irão para o inferno direto,no fogo alto e queimante, sem chance de sair do inferno, irão à missa, fazer adoração do Senhor Morto, e se arrepender dos pecados cometidos, para quando começar a próxima semana, todos os brasileiros, estarão de alma e coração, limpos, assim como os pulmões da pessoa com saúde. Nada de tuberculose e pulmões atacados levando à morte, pois, a tuberculose voltou, à milhão, sobre a população brasileira, como a AIDS -  e aí - então começaremos uma nova vida, com a alma limpa dos pecados e viver  uma nova vida, sem pecar, sem peculatar, sem desviar dinheiro público e estamos cansados de cada semana aparecer na Policia Federal, uma nova Operação, não sei o quê, que impacta e leva o medo e o constrangimento total do nosso Brasil. Que dirão de nós, atualmente, nossos netos?.....

Nério "dei Mondadori" Letti.


quinta-feira, 2 de abril de 2015

SÓ QUEM GOSTA DE SER ENGANADO ENGOLHE ESSA

João Eichbaum

“Para magistrados especializados na infância e juventude, a redução da maioridade penal é um equívoco e retrocesso”, diz a notícia divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). E o presidente da Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (ABRAMINJ), Renato Rodovalho Scussel, sai a campo, explicando: “O debate sobre a redução da maioridade penal está num viés equivocado. O que existe é um maior clamor de segurança pública e reduzir a maioridade não adianta em nada. Quando se fala que mais de 83% da população é favorável à redução, na verdade vemos que 83% está querendo é mais segurança pública, uma polícia mais equipada e mais qualificada, o combate à corrupção”.

A notícia prova duas coisas: a) que o juiz não sabe argumentar - o que não é novidade alguma para advogados que se deparam, a cada dia, com monstruosidades que não merecem sequer o nome de “sentenças”; b) que a perspectiva de terem que trabalhar mais, para fazer jus a seus altíssimos subsídios, não cai no gosto dos juízes.

Ora, ora, todo mundo sabe que os “adolescentes” servem de testas de ferro na execução dos mais horrendos crimes. O que não adianta é ter polícia, botar toda a polícia do mundo atrás deles, descobri-los e prendê-los: eles serão soltos, por serem “de menor”.

Evidentemente, quando os adolescentes passarem a responder por seus crimes, o número de processos se multiplicará ao infinito e a sociedade, clamando por segurança, exigirá que a Justiça cumpra seu papel. Qual seria o maior interesse dos juízes: trabalhar mais ou usufruir do “auxílio moradia”?

Um lembrete: não existem “magistrados especializados na infância e juventude”, coisa nenhuma. Juiz entende de lei – e olhe lá! Especializados em “infância e juventude” – se é que existe especialização em primata humano – são psicólogos, psiquiatras, técnicos em educação, pedagogos, etc. Conclusão: uma das maiores empulhações do (des)ordenamento jurídico brasileiro são as tais de varas “especializadas” em “menores”.



quarta-feira, 1 de abril de 2015


O NÉRIO SABE DAS COISAS

Tenho que ser sincero. Gosto de ler. Desde jovem. Fui despertado para o gosto pela leitura, pela minha avó paterna, Hildegonda Biazus Letti, para nós, lá em Antonio Prado, a " nona Gonda", mãe de meu pai, Horacio Letti, viuva, jovem, com 41 anos, do meu avô paterno que morreu em 1932, de cirrose hepática ( como bom italiano farrista bebeu todas e o fígado o levou rapidamente, ele era ótimo seleiro, fazia todos os arreios, ganhou dinheiro, a selaria ficava no atul Bazar Chini, na Av. Valdomiro Bocchese, casa tombada, pelo patrimônio histórico federal, como representante da imigração italiana) . Assim que minha avó ficou viúva, com 41 anos, em 1932, gastou tudo o que tinha com a doença do marido, pois, a cirrose hepática mata lentamente e naqueles tempos não tinha plano algum de previdência, nem de pensão. Assim que minha avó paterna, ficou viúva, jovem, bonita, elegante, marcou como mulher na Praça Garibaldi,de Antonio Prado. habilidosa, na cozinha e na costura, abriu o Café Itália, na frente da casa, onde hoje tem o artesanato municipal e foi meu escritório de advocacia, de 1963 a 1966. A casa existe e está conservada, por obra e graça desta mulher notável, minha avó paterna. O meu pai era filho único. Assim que meu pai casou, em seguida, se mudou já com tres filhos, Nicanor, Nivalda e Neura, para o bairro Golin, hoje Bairro Fátima, na Rua 7 de setembro, 150, pois, meu pai trabalhava como guarda-livro da grande empresa Golin, Irmãos & Cia -  onde ficou por 40 anos. 
Desta forma ele foi morar no local mais movimentado da cidade, o polo econômico de Antonio Prado e ficou perto do trabalho. Ia a pé. Na casa da rua 7 de setembro, 150, bairro Golin, nascí eu, e o Norberto, o mais novo. Hoje a casa já foi demolida pelos atuais proprietários.

Minha avó paterna, Hildegonda Biazus Letti, além de manter o Café Itáli, com o fogão à lenha,nos fundos, na sala do meio, mantinha o jogo que era lícito e os fazendeiros da Vacaria, que viviam em Antonio Prado, sempre frequentavam as tres mesas de pano verde, que minha avõ mantinha com carinho, servindo quitutes, almoço e janta, pois, o jogador inveterado, ele não abandona a mesa de jogo, do pano verde, maiormente, os fazendeiros da Vacaria, dado sua filosofia de vida, de pouco fazer posto que o gado fazia no campo e vendia a tropa e enchia o bolso de dinheiro.

Assim, minha avó sustentou a familia e ajudou, posto que meu pai, era filho único. Católica fervorosa, do Apostolado da Oração, levava todas as tardes para o padre vigário, bolinhos, feitos por ela, com carinho, em bandeija da Metalúrgica Eberle de Caxias,  um luxo, recobertos pela toalha branca engomada para o padre tomar seu café da tarde, com mistura. Bordava, forrava botões, costurava, fazia bainha, picot, a máquina Singer, que importou de Dresden, (  A Singer ainda ela alemã,) em 1911 - fazia milagres com aquela máquina, nas roupas e também ganhava algum dinheiro. Pintava, bordava, tocava piano, tocava violino, vestia sempre vestidos longos e salto Luiz XV, elegante, cuidadosa, dizia que a pessoa devia tomar banho todos os dias, e como exemplo de saúde e  cuidado com o corpo se alimentava com o produto de sua horta, nos fundos da casa, e sabia fazer comida, com pouco sal, pouco açúcar e o pão integral e como a justificar sua maneira de se cuidar, dizia que tinha o mesmo peso fazia mais de 50 anos. E outra - dava como exemplo, que a pessoa come para viver, e não vive para comer, com o que se vangloriava, que fazia muitos anos, nem se lembrava mais, que sempre "ia aos pés"  isto é, rigorosamente, pela manhã, após o café frugal, evacuava com normalidade, todos os dias, na mesma hora. Ela dava como sinal de vida e de bom gosto com o corpo a regularidade intestinal.  ESta mulher, lá em Antonio Prado para se manter atualizada, assinava o Correio do Povo, desde 1915 e lia. Assinava o figurino famoso alemão, na época, o Burda - e dele tirava os moldes para as costuras mais refinadas.  O  figurino " Burda ",  alemão,  marcou época para o figurino e o vestir das mulheres da época, antes da Segunda Guerra Mundial, isto é, antes da destruição alemã, principalmente o bombardeio de Dresden que foi arrasada pelas bombas dos aliados  .Ouvia rádio e mantinha amizade com a elite de Caxias do Sul, esta eleite caxiense,  já rica e em evidência.

Tudo isso meu veio à mente e muito mais, na lembrança de minha avó paterna, cuja casa está lá, de pé, na Praça Garibaldi, 80, conservada, às ordens, vinham visitá-la, tombada pelo Patrimônio Histórico Federal, como representante da imigração italiana, com esta propaganda  "nuvens de livros" milhares e milhares de livros reduzidos a alguns CDS. introduzidos no meio eletrônico, hoje da Internet e que aos poucos vai acabando com a biblioteca do livro impresso. Eu acho isso um horror. Em todos os casos, para ser um caminho inexorável.

Mas, devo confessar, que li os sete volumes com gosto e capricho, quando adolescente , incentivado pelo minha avó paterna,   -  " a nona Gonda"  -   de O Tempo e o Vento - de Erico Verissimo - e nunca mais esqueci, a saga da fundação do RGS, das familias inimigas, como sempre, no RGS, dos Terra e dos Cambará, em Santa Fé, a cidade que Erico Verissimo criou para descrever o drama  da formação do RGS. Minha avó tinha uma pequena biblioteca, pois ela recebia a Revista do Globo, quinzenal, fantástica Revista e assim também os livros das grandes coleções da Editora Globo, notável livaria do RGS, que marcou época e que desapareceu na voragem do tempo. Havia livros na casa de minha avó, e o armário ainda está lá, conservado e com muita coisa que pertenceu a ela, principalmente os livros católicos, de rezas e missas e seus terços, etc....

Finalmente, fazendo o cotejo com o que acabo de escrever sobre minha avó paterna   - a nona Gonda  - Hildegonda Biazus Letti -  sobre a leitura de livros - e   devo confessar que jamais vou conseguir ler os sete volumes de   -   O Tempo e o Vento     -   de Erico Verissimo, aqui no meu micro, na tela do mesmo. Leio um pouco. Paro. Canso. Dá sono. Dor na parte posterior do pescoço, sei lá, adoro ler o livro impresso. O eletrônico ainda não entrou na minha cabeça.


Nério "dei Mondadori" Letti