UM PAÍS PARTILHADO
Assumiu o inventariante do Brasil, depois de chorar no velório. Antes mesmo de tomar posse no cargo, acolitado por Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowsky, ele já havia feito a partilha do país entre os pobres e a companheirada.
Foi movido pela ideia de governar para os pobres, que Lula assumiu o poder. Mas, precisava brindar a companheirada com bilionários cargos no poder, para obter, em troca, os votos favoráveis à execução de sua solene ideia. Então, nada mais fácil: inchar a administração com trinta e sete ministérios. Com menos do que isso, não satisfaria os companheiros, nem teria cacife suficiente para atrair, só com seu gogó pegajoso, a direção dos partidos. Esses só são movidos pela ambição do poder, só sabem estender a mão para pegar os vinténs que lhes garantem tal ambição. A única regra por eles conhecida é a do “toma lá e dá cá”.
Qualificação, competência, conhecimento da causa são circunstâncias que menos contam na escolha da ministros. Nem a necessidade da criação de novos cargos é considerada. O que importa é ter dinheiro garantido pelo STF e pelos acordos políticos. E a conta, todo mundo sabe, vai parar no bolso do contribuinte.
Sim,senhores, na partilha do país só ficaram de fora os cidadãos que trabalham e os que criam empregos. Ficaram de fora os que dão vida ao país, os que pagam impostos para sustentar a quem não trabalha e as mordomias dos políticos e de outros altos funcionários a quem é conferido o privilégio de ter quem trabalhe por eles.
Na radiografia de um governo que não tem critérios específicos para compor a administração do país, mas apenas critérios políticos, movidos a interesses pessoais e de grupos, o que aparece com mais nitidez é a incompetência. É um governo que sepulta talentos e capacidades, porque a ambição pelo poder é mais forte. Não é o talento que conta, mas a fraqueza de se dobrar às ideias do inventariante.
Qualquer pessoa com conhecimentos mínimos de administração sabe que não se alcançam objetivos sem investimentos. Não é distribuindo verbas para os ornamentos dessa confraria chamada Congresso, que se governa um país. Todo o mundo sabe que tais verbas são empregadas no patrocínio de festas populares, de clubes de futebol, em qualquer coisa que divirta o povão. Só exatamente quem passa fome, fica de fora dessas atividades lúdicas.
Está escrito na Constituição, que o Brasil é uma república federativa e não uma associação de irmãs de caridade. É verdade que “erradicar a pobreza” é um dos “objetivos fundamentais” dessa república. Mas, sabendo que não se combate a pobreza sem investimento, o constituinte deixou de lado a pieguice para estabelecer “os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”, na ordem dos “princípios fundamentais”.
Sim, é incentivando a indústria, o comércio, as atividades agrícolas e pastoris, com o fomento de obras públicas, que se respeitam os mencionados “princípios fundamentais”, valorizando o trabalho. Só dessa forma se cria instrumentos e se abre caminhos para a“erradicação da pobreza”.
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