QUANDO O ROMPANTE É MAIOR DO QUE O
HOMEM
Para chefiar o Poder Executivo de
um país, em que o “poder emane do povo” e seja em nome do povo exercido, não é requisito
essencial ser rico, intelectual, com cultura acima da média. Basta ter uma inteligência
mínima, traduzida em bom senso, que permita à pessoa o reconhecimento de seus
limites, um instrumento que lhe dê capacidade para superar os próprios
defeitos.
Ao longo da história há exemplos
de pessoas de origem humilde, mas dotadas de tenacidade, que lhes permitiu domar
as dificuldades da pobreza e do estado social inferior.
Mas, pelo que se conhece da
história, para a ascensão social dessas pessoas, com condições de liderança, a
contribuição de peso veio daquele do qual emana o poder: o povo. Foram povos de
cultura mediana apreciável, e num tempo em que não havia analfabetos funcionais,
esse status que hoje mistifica a ignorância.
Esses, os analfabetos
funcionais, sendo a maioria, podem eleger ignorantes, mas sedutores, com
talento de encantadores de burro, astutos o suficiente para se adonarem do
poder. E todo o ignorante, por assim sê-lo, não tem condições de reconhecer a própria
ignorância. Então, se for eleito, ele se acha o melhor de todos, o mais
capacitado e, com seu poder de sedução, vai arrebanhando cada vez mais
ignorantes para o seu lado.
Só ignorantes? Não. Do
poder de sedução desse líder se aproveitam aqueles que nunca teriam condições
de liderança para assumir o poder. Eles não são ignorantes. Muitos têm curso
superior, mestrado, doutorado, etc, mas são pessoas cujo comportamento desonra
o cargo que ocupam. A todos, porém, o fascínio pelo poder embriaga e os faz
perder a noção dos valores. Pouco lhes importa o que vai custar a realização de
suas ambições.
“O povo tem o governo
que merece” não é um ditado dogmático, que valha letra por letra, como se fosse
uma sentença absoluta, insofismável, inapelável. Governos escolhidos por uma
maioria esmagadora podem merecer o referido axioma, porque a minoria, vencida,
é inexpressiva. Mas quando, em regime democrático, a diferença entre votos
vencedores e vencidos é insignificante na proporção do eleitorado, não se
poderá dizer que “o povo tem o governo que merece”.
No Brasil, numa eleição
disputadíssima, foi eleito o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. Homem sem
cultura, que se jacta de nunca ter lido um livro, Lula tem aquele poder de
seduzir as pessoas despreparadas e as pessoas preparadas para tirar todo e
qualquer proveito da política dominante. Por exemplo, quem não é socialista,
socialista se torna, mas sem abdicar das benesses do capitalismo. Isso porque,
socialista ou comunista, sem intimidade com os princípios rudimentares do capitalismo,
Lula se diz socialista, mas vive como um rico capitalista. Assim como não
permite que ele entenda o verdadeiro socialismo, sua indigência intelectual o
impede de conhecer a ciência política e se comportar como estadista. Por ter
arrogância maior que sua estatura intelectual, ele está marcado com o troféu
humilhante de “persona non grata” em país estrangeiro.
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