domingo, 3 de março de 2024

 

            QUANDO O ROMPANTE É MAIOR DO QUE O HOMEM

Para chefiar o Poder Executivo de um país, em que o “poder emane do povo” e seja em nome do povo exercido, não é requisito essencial ser rico, intelectual, com cultura acima da média. Basta ter uma inteligência mínima, traduzida em bom senso, que permita à pessoa o reconhecimento de seus limites, um instrumento que lhe dê capacidade para superar os próprios defeitos.

Ao longo da história há exemplos de pessoas de origem humilde, mas dotadas de tenacidade, que lhes permitiu domar as dificuldades da pobreza e do estado social inferior.

Mas, pelo que se conhece da história, para a ascensão social dessas pessoas, com condições de liderança, a contribuição de peso veio daquele do qual emana o poder: o povo. Foram povos de cultura mediana apreciável, e num tempo em que não havia analfabetos funcionais, esse status que hoje mistifica a ignorância.

Esses, os analfabetos funcionais, sendo a maioria, podem eleger ignorantes, mas sedutores, com talento de encantadores de burro, astutos o suficiente para se adonarem do poder. E todo o ignorante, por assim sê-lo, não tem condições de reconhecer a própria ignorância. Então, se for eleito, ele se acha o melhor de todos, o mais capacitado e, com seu poder de sedução, vai arrebanhando cada vez mais ignorantes para o seu lado.

Só ignorantes? Não. Do poder de sedução desse líder se aproveitam aqueles que nunca teriam condições de liderança para assumir o poder. Eles não são ignorantes. Muitos têm curso superior, mestrado, doutorado, etc, mas são pessoas cujo comportamento desonra o cargo que ocupam. A todos, porém, o fascínio pelo poder embriaga e os faz perder a noção dos valores. Pouco lhes importa o que vai custar a realização de suas ambições.

“O povo tem o governo que merece” não é um ditado dogmático, que valha letra por letra, como se fosse uma sentença absoluta, insofismável, inapelável. Governos escolhidos por uma maioria esmagadora podem merecer o referido axioma, porque a minoria, vencida, é inexpressiva. Mas quando, em regime democrático, a diferença entre votos vencedores e vencidos é insignificante na proporção do eleitorado, não se poderá dizer que “o povo tem o governo que merece”.

No Brasil, numa eleição disputadíssima, foi eleito o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. Homem sem cultura, que se jacta de nunca ter lido um livro, Lula tem aquele poder de seduzir as pessoas despreparadas e as pessoas preparadas para tirar todo e qualquer proveito da política dominante. Por exemplo, quem não é socialista, socialista se torna, mas sem abdicar das benesses do capitalismo. Isso porque, socialista ou comunista, sem intimidade com os princípios rudimentares do capitalismo, Lula se diz socialista, mas vive como um rico capitalista. Assim como não permite que ele entenda o verdadeiro socialismo, sua indigência intelectual o impede de conhecer a ciência política e se comportar como estadista. Por ter arrogância maior que sua estatura intelectual, ele está marcado com o troféu humilhante de “persona non grata” em país estrangeiro.

 

 

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