PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO
Meditação sobre a realidade transcendental largada
ao desbarato por causa de uma temporalidade contumaz e precoce.
É assim:
Com um pouco
de sorte na vida você se forma numa universidade e começa a ganhar um bom
dinheiro aos 21 anos. Aprendeu por exemplo, matemáticas, físicas, línguas...
Uma tremenda bagagem literária e científica que junta ao longo da vida,
perdendo férias, fins de semana, que aplicou em estudos e no trabalho, porque
além do mais, você é uma pessoa responsável. Porém,
por volta dos 45 anos o mercado começa a esquecer você por estar velhote, meio
desatualizado.
Foram cerca de
25 anos trabalhando ativamente e agora começa a gastar do que conseguiu
arrecadar. Então faz uns bicos, compra uma boa dentadura, uma linda peruca,
pinta o cabelo, mas aos 65 anos tocam a sineta da aposentadoria.
De repente você chegou aos 65 anos... E pensando bem, depois de tanto trabalho, você merece um apagar de alma bem tranquilo, sem correrias. Digno e sem problemas pra resolver.
De repente você chegou aos 65 anos... E pensando bem, depois de tanto trabalho, você merece um apagar de alma bem tranquilo, sem correrias. Digno e sem problemas pra resolver.
Uns extremistas
masoquistas então começam a achar que ainda devem continuar a trabalhar porque
são extremistas masoquistas e não têm senso de humor.
Outros, os extremistas sádicos, pensam da mesma forma, ora porque querem reduzir custos contratando idosos, ora porque trabalham para o governo e assim resolvem parte dos problemas "de caixa" um, dois ou as duas. Têm um tipo raro de humor trágico-asqueroso...
Outros, os extremistas sádicos, pensam da mesma forma, ora porque querem reduzir custos contratando idosos, ora porque trabalham para o governo e assim resolvem parte dos problemas "de caixa" um, dois ou as duas. Têm um tipo raro de humor trágico-asqueroso...
E nessas
meditações, pensa-se na bagagem das línguas, das ciências, das matemáticas, que
tal como a bagagem das roupas, dos trocados amealhados que não sobram até o
final do mês, da casinha que sobrou, também não vão nem no caixão que se queima
ou no que se enterra, que dizem por aí que num passe de mágica nem queimam o
caixão nem deixam que apodreça, porque seria um desperdício. Tudo se
reaproveita. Da próxima vez, exija que embrulhem em lençol branco sem etiqueta
no dedão do pé. É muito mais barato.
E o que
fazer com o inglês, o espanhol, o francês, o português, que se aprendeu a
falar? Falar com quem ????
Mas aprender,
sempre, para se saber sobre este mundo do passado, do presente, do futuro!
É a nossa melhor meditação prática no
mundo onde nascemos.
Leia mais em "bar do chopp Grátis"
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