VELHOS OU MOÇOS?
Quem é que faz crescer a
economia de um país? Os velhos ou os jovens? Quem é sustenta o tesouro da
previdência, para que ela garanta a aposentadoria dos velhinhos? Se uma
pandemia exterminar ou, pelo menos, enfraquecer a mão de obra que alavanca o
crescimento de um país, produzindo emprego e renda, o que acontecerá para o país e para os
velhinhos que dele dependem? E para as crianças?
Essas são perguntas
primárias, que encontram eco nas respostas mais óbvias. Mas, a hipocrisia e um
sentimentalismo doentio, sem os pés no chão, sem atenção e sem respeito pelas
leis da natureza, levaram os líderes da humanidade a agir contra as essas leis,
nesse naufrágio chamado Covid 19, que ameaça o mundo: primeiro os velhos!
Aí, os velhos foram
submetidos a aglomerações, a virem das vilas para os centros das cidades
empilhados no transporte coletivo ou levados a tirar os moços do trabalho para
os conduzirem ao “drive thru”...
E enquanto isso, os jovens,
que sustentam o crescimento do país, alavancando a economia pelo trabalho,
amontoam-se em trens e ônibus, se expondo ao vírus, ou transmitindo-o. E esses
mesmos jovens que precisam motivar a vida, para poderem trabalhar, estão sendo
impedidos de frequentar festas, bares, restaurantes, outro setor de que depende
a economia.
Pandemia, senão é pior, é
igual a guerra. Alguém tem que morrer. Sejamos realistas. Preservemos os que
precisam ser preservados. Deixemos que se preservem por si mesmos aqueles que
não necessitam se expor. Essa é a lógica.
Ah, mas se não forem
preservados os velhos, que são os mais suscetíveis à epidemia, ficarão
superlotados os hospitais, o sistema de saúde se exporá ao caos... Não há
dúvida de que isso acontecerá, se os velhos, que podem se preservar, não o
fizerem.
Então, em última análise, a
vida, que move o mundo, depende da escolha pessoal dos velhos, desses que ficam
em casa, sem fazer nada: é a conclusão desse juízo de desvalor a que foi
submetida a humanidade.