quarta-feira, 31 de julho de 2019


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Antigamente, muito antigamente, até cerca de 1.300 ainda se pensava que a Terra era plana e que as águas caíam em cascatas engolfando barcos que se aventurassem; que as águas se aqueciam até ferverem à medida em que se navegasse de Setentrião para o Sul e que era essa fervura das águas que produziam as nuvens; que havia monstros horríveis no mar suficientemente grandes para destruírem embarcações com as caudas como se fossem crocodilos ou tubarões...
Antigamente acreditava-se em muitas bobagens ameaçadoras, que corriam de boca em boca...
Um dia os homens resolveram enfrentar o mar como quem pega touros à unha. Juntaram astrolábios e sextantes, lunetas, velas latinas, triangulares e quadradas, calafetaram bem os barcos, meteram a bordo um médico, um padre e um capitão e partiram ali da Torre de Belém, em Lisboa, perto dos estaleiros, com pergaminhos em branco prontos pra fazer mapas, e uma tripulação obediente e deslumbrada que ficava feliz mesmo sem não saber pra onde ia...
É incrível como temos capacidade de imaginar monstros, temê-los, e quando os encontramos, quando eventualmente aparecem, os adorarmos submissos como se fossemos minhocas aprendizes de cobras ... Moby Dick fica ali no meio termo só porque é uma baleia: Nem monstro nem deusa... Se fosse uma Lula gorda cabeluda, gosmenta, encharcada de álcool, teria que ser enjaulada até o dia do juízo final, porque têm o dom do canto das sereias engabeladoras ...
Há que navegar... Há que navegar com o que temos, mesmo que o cordame tenha que chiar, gemer, e as madeiras tenham que ranger e estalar... Bom Capitão nós temos.
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domingo, 28 de julho de 2019


PLANETACHO

SHOW
Tem palestra do Deltan custando mais caro do que show do Fernando e Sorocaba.

AGOSTO
Quanto ao FGTS, a liberação que começa daqui a pouco em agosto terá a trilha sonora de Naiara Azevedo: “Toma aqui os 50 reais”.

SEM MEDO
 O presidente Bolsonaro diz não temer ser hackeado, já que fala tudo o que pensa ao vivo e a cores. Verde e amarelo, puxando para o laranja...

FGTS.O.S
Já se fala que a liberação do FGTS vai abrir um rombo nas finanças do governo federal. Se os saques de até 500 reais salvarão a economia, certamente já serão outros 500...

LIBERADOS
A liberação indiscriminada de agrotóxicos deixa as coisas mais ou menos assim para o povo brasileiro: ou se morre por passar fome, ou se morre por se alimentar.

HACKERS
O ataque dos hackers assusta os poderes estabelecidos. Os hackers no mundo das fake News são prova de que quem grava a verdade merece castigo?

TA NO AR
Paulo Guedes quer negociar o ar do Amazonas. Ar engarrafado não é novidade. O que tem de cardumes gigantescos de garrafas pet poluindo os oceanos.

A portaria 666 de Moro que permite a expulsão de es “perigosos” não é nenhum apocalipse mas é metida a besta.

sexta-feira, 26 de julho de 2019


DAS NOVELAS JUDICIÁRIAS DE CADA DIA
João Eichbaum
A polícia apreendeu quatro mil e quinhentos quilos de maconha estocados num depósito em Porto Alegre. No local foram presos seis homens, alguns dos quais pesavam a droga. A juíza plantonista, depois de escrever no despacho que “foram observados os direitos constitucionais penais e processuais penais dos flagrados satisfatoriamente", ainda transformou o flagrante em prisão preventiva, pois – segundo a meritíssima – “restou abalada a ordem pública pelos indícios de tráfico de drogas e associação para o tráfico, transitando para além da mera tipicidade dos fatos imputados".
Mas, vinte e quatro horas depois, no capítulo seguinte, mudou o enredo da novela. A juíza deve ter pensado e repensado, decerto perdeu horas de sono, se revirou na cama, contou carneirinhos e resolveu resgatar a paz de sua alma. Decidiu realizar “audiência de custódia”. Não prevista na legislação brasileira, é uma encenação de inocência entre lágrimas e ranhos, que dá as costas para a sociedade e favorece delinquentes. Parida pela filosofia do coitadismo no Pacto de San José da Costa Rica, a tal de audiência gera a seguinte regra: se apanhou não vai preso.  
De modo que, no dia seguinte, lá estavam, na frente da juíza, “os flagrados satisfatoriamente”. Eles mesmos, aqueles que tinham abalado a “ordem pública pelos indícios de tráfico de drogas e associação para o tráfico”, um dia antes. Então, assumiram ares de coitadinhos e desfilaram perante a juíza. Um tinha levado tijoladas nas costas e no pescoço. Outro tinha sido “obrigado a dar informações sobre o fato”. Um terceiro teria levado chutes na barriga, nas costas, nos joelhos e nas pernas... Mas, ninguém se queixou de chute nos bagos, para não ter que exibir diante da juíza um pinto daquele tamanhinho.
O que realmente impressionou a magistrada foi a camisa de um deles “com manchas aparentemente de sangue”. Então, nada feito. Ficou o dito pelo não dito. A juíza revogou o próprio despacho. Que ordem pública, que nada! Abalada ficou ela, a meritíssima, que deve ter tido seu coração desmanchado pelas lágrimas que o inundaram. Liberou os cidadãos, em nome dos direitos humanos.
De certo, convencida de que tem poderes para refundar a vida dos criminosos, trocando a lei pelo enternecimento, substituiu as grades da prisão por piedosas recomendações de preceptora aos meninos: compromisso de apresentação mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; proibição de se ausentar da comarca de Porto Alegre, sem autorização desse juízo, a não ser que conte com autorização judicial; não se envolver em novos crimes; recolher-se das 20h às 6h, sob pena de revogação da liberdade provisória. Só faltou a obrigação de comparecer à missa das sete.
Pelo visto, os tentáculos do tráfico de drogas, que viciam, corrompem, roubam, ferem e matam, têm também o poder incomensurável de transformar delinquentes em monges. Mas deles não se beneficiam os trabalhadores que moram na periferia. Esses são esfolados no transporte público entre sua casa e o trabalho. Saem pela madrugada e voltam à noite. Não lhes é concedido o privilégio de um longo descanso, entre as 20h e as 6h.





terça-feira, 23 de julho de 2019


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO
Em 1950 eu tinha 5 anos. Andei em "elétricos" destes, os amarelos, no Porto e em Lisboa. Agora há mais modernos, mas estes são muito bons ainda e há muitos muito bem conservados.
Quando saí de minha terra (Fornelos) com meu pai, pernoitamos no Porto em casa de um primo dele o Filinto, que tinha umas filhas muito bonitas de quem gostei muito e que mais tarde revi em Lisboa. Nunca mais ouvi notícias do Filinto e das filhas dele desde então. Minha família emigrou para o Brasil, Canadá, EUA, Austrália...
Minha família precisa de "espaço"!
Quando em 1962 cheguei ao Brasil cheio de sonhos que não realizei, porque outros sonhos surgiram ainda melhores e realizei todos, menos o de ter um lugre à vela, dos antigos, havia bondes verdes em todas as ruas... Pensei: Mudou a cor mas estou em casa! Aprendi rapidinho a chiar carioca, e a me "entrosar" com a turma, deixando "a malta" no cais de Lisboa...
A não ser pelo Lobby da Petrobrás, nunca entendi aquela coisa esdrúxula e bandida de acabarem com os bondes!!!
A corrupção já vem de muito longe, embora não fosse tão gritante como nos governos de FHC, Lula e Dilma... Nos demais países da América do Norte, Ásia, Europa, nunca largaram o bonde por ser o transporte mais barato. Acho que sofremos da "Síndrome de novos ricos", assim como Lula e Dilma "perdoando" dívidas, coisa nunca vista, senão só e somente só em maracutaias.
Ainda tenho esperanças na volta dos bondes ao Brasil. As primas eram muito bonitas!
Quanto ao lugre, hoje com 73 anos, teria que vendê-lo, embora tenha todo o tempo do mundo pra navegar nele. Se o tivesse tido antes não teria tido tempo para o usar por causa do trabalho que precisei realizar para suportar os sonhos...
Meus sonhos foram sempre "auto-sustentáveis" !

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domingo, 21 de julho de 2019


PLANETACHO
COMO EU IA DIZENDO...

Extinção
Onça pintada hoje em dia só mesmo no quadro da parede.
Diálogo
Ele tenta puxar assunto falando em aquecimento global...
Ela lhe dá um gelo!
Consumo
 Consumista é o tipo de pessoa que leva uma vida de faz de (muitas) contas
Pessimismo
O que os pessimistas mais ouvem nos tempos de hoje: ...Você tinha toda a razão.
Eles
Político é um sujeito que não tem passado. Só antecedentes.
Coincidência
O coitado trabalhou anos no setor de achados & perdidos. Até que perdeu o emprego.
Apóstolo
Já dizia o São Tomé era digital: nem vendo para crer...
Sinal
 Nestes últimos anos tem mais gente fora de serviço do que aparelhos de celular.
Para combinar
É tanto programa de gastronomia na TV que o negócio está beirando piada...de mau gosto.
Loucuras climáticas
O clima no Rio Grande do Sul é mesmo muito estranho, tanto que um ano passou a ter mais estações do que a linha do Trensurb.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

BOLSONARO E O ARTIGO 37
João Eichbaum
A chamada grande imprensa, aquela que usa sua linha editorial como se fosse a palmatória do mundo, trata Jair Bolsonaro com o rancor implacável de quem perdeu as eleições. Faz papel de oposição, tanto quanto o PT, PSOL, PCdoB, PSB e outros que tais. Acostumada a botar governos no rumo da vontade dela, fica de olho em tudo o que o Bolsonaro faz, só para criticar.
Bolsonaro sabe disso. E muita gente levou as mãos à cabeça, quando ele disse publicamente que iria indicar o filho, Eduardo, para embaixador nos Estados Unidos. Pessoas que votaram nele se horrorizaram, gente que acreditava nele se decepcionou. A elite está escandalizada, como se o primeiro mundo pensasse muito, antes de defecar e andar, cuidando para não magoar a diplomacia brasileira.
Mas Bolsonaro não deu meia volta, e disse que se fosse nepotismo não indicaria o filho. Ele não é jurista, nada entende de Direito, mas falou com espantosa segurança, dando de ombros para o falatório da grande imprensa e seus sequazes. Alguém, de certo, lhe botou no bestunto que a nomeação de parentes para cargos políticos não é considerada como “nepotismo” pelo Supremo Tribunal Federal.
 De fato. Do acórdão da Reclamação 7.590, relatada por Dias Toffoli consta: “Decisão judicial que anula ato de nomeação para cargo político apenas com fundamento na relação de parentesco estabelecida entre o nomeado e o chefe do Poder Executivo, em todas as esferas da Federação, diverge do entendimento da Suprema Corte consubstanciado na Súmula Vinculante 13”.
Trocando em miúdos, a Súmula Vinculante 13 só considera como violação da Constituição Federal as nomeações para cargos de confiança e funções gratificadas. Ora, o cargo de embaixador não se enquadra nessas modalidades. É cargo político. A nomeação decorre da confiança que liga o Chefe do Executivo ao indicado, mas o cargo não é de confiança.
Só que não é bem assim, como o Bolsonaro pensa. O STF não é exatamente aquela moça lânguida e formosa, de olhos vendados e ubres sensuais, construída de pedra, cimento e até de marfim, que enfeita a entrada dos tribunais. O STF é um ajuntamento de doutores que lá estão por serem, ou por terem sido, afilhados de algum político poderoso. Tal como no caso dos embaixadores, o nome de quem vai desfrutar dos benefícios da toga do STF sai da algibeira do presidente da república. Mas seu apadrinhamento os ministros esquecem, quando julgam os afilhados dos outros. O Marco Aurélio, por exemplo, que foi nomeado por seu primo Collor de Melo, já adiantou que o caso do Eduardo Bolsonaro é nepotismo.
O artigo 37 da Constituição Federal dificulta ou facilita a vida. Pode permitir, por exemplo, que os ministros se fartem em repastos de lagosta e vinhos premiados, à custa do povo. O STF, encarapitado no palco do poder, faz teatro criar ou triturar direitos. Do artigo 37 eles extraem a moral que convém: uma moral diferente para cada caso. O Bolsonaro que vá tirando o filho dele e o respectivo cavalinho da chuva.

  

quarta-feira, 17 de julho de 2019


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO
Theresa May sai vencedora da Downing Street # 10, London...
Não há clima para novo plebiscito porque os britânicos só precisam de um plebiscito para resolver qualquer coisa...
Jeremy Corbyn, o espantalho idiota não se reelege mais... Tal como Hitler que fundou o Partido Socialista trabalhista alemão (os nazistas), também tem uma costela anti-semita, o desgraçado...
Enterra-se assim, melancólica e tristemente, a "esquerda idiota britânica" que simpatiza com o nazismo....
Toda a esquerda é idiota!!!! Mas nem tanto... Pra Cuba ninguém quer ser deportado...

Nosso "jeitinho" brasileiro, querendo sempre dar carteiradas, comprar o guardinha, desviar verbas públicas, nos levou a sermos o 2o maior consumidor de drogas do mundo inteiro, o quinto em assassinatos, e agora somos TOP na falsificação...

Somos notícia internacional por falsificarmos Lamborghinis e Ferraris... 

Progredimos muito !!!!

Espera-se que não falsifiquem prêmios Nobel, que reapareça a Jules Rimet... Por favor não corrompam o filho do Trump, coitado...

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segunda-feira, 15 de julho de 2019


Chucruthe times

Nós, os bichos

Nós, os seres humanos, somos mesmo bichos muito estranhos. Nos pavoneamos. Rateamos. Amorcegamos. Bancamos galo. Ficamos de galinhagem. Cometemos burrices. Asneiras.

Nós, os humanos, nos dias frios lagarteamos. Quando bebemos demais somos chamados de gambás. Quando não somos bons amigos somos traíras. Amigos da onça. Nossas mãos às vezes formigam. Tem horas que pagamos mico. Quando roubamos somos gatunos. Os que têm beleza são gatos. Os intrometidos são abelhudos.

Nós nos distraímos e mosqueamos. Comemos demais e jiboiamos. Quando nos espalhamos, debandamos, mas se nos encolhemos, nos encorujamos. Quando acontece algo de muito errado, dizes não ter nada a ver como peixe. Por isto, animai-vos, mas com muito cuidado. E perdoem a ingenuidade deste foca.


sexta-feira, 12 de julho de 2019


A FALTA QUE FAZ O BOM VERNÁCULO

João Eichbaum
Do texto de um juiz que se apresenta como "doutor em Direito Penal”, a ZH destaca o seguinte tópico: “o escopo de criminalizar a magistratura deve ser tomado com o mais absoluto repúdio”. O meritíssimo estava a falar do projeto de lei que tipifica como crimes de abuso de poder algumas condutas de magistrados. Donde se conclui que o objeto de sua crítica é a “intenção” de aprovar o referido projeto.

Mas não foi isso que ele disse. Pensou uma coisa e disse outra. Intenção não é sinônimo de “escopo”. Intenção significa desejo, vontade, propósito de realizar alguma coisa. O sentido de “escopo’ é finalidade, alvo, objetivo. No caso, a intenção de criar o crime de abuso de poder tem o escopo de limitar o poder dos juízes, restringindo-lhes o espaço para o exercício de seu poder.

O emprego da palavra “escopo”, no sentido de “propósito” só cabe depois de ser definida uma ação que indique vontade, desejo, intenção. Sem vontade, sem propósito dirigido, não se chega a escopo algum.

“Criminalizar” a magistratura? Criminalizar quer dizer “tornar crime alguma conduta”, definir como delituoso algum comportamento. Em linguagem técnica, o verbo adequado é “tipificar”. Então “criminalizar a magistratura” nada significa na linguagem jurídica. No direito penal só se criminalizam condutas, procedimentos, comportamentos, ou seja, ações, e ações só podem ser definidas por verbos. Os crimes são tipificados por meio de verbos, e não de substantivos. Magistratura é substantivo coletivo, que indica a categoria dos magistrados e, assim sendo, não pode ser objeto de punição penal.

Como se esses tropeços no vernáculo e na nomenclatura jurídica não fossem suficientes, o doutor em Direito Penal conclui que o “escopo de criminalizar a magistratura deve ser tomado com o mais absoluto repúdio”. O verbo “tomar” aqui foi empregado, provavelmente, no sentido de “receber”.

Ora, quem repudia, não recebe. A contradição neutraliza o sentido da frase, reduzindo-a a um amontoado de palavras que retiram a autoridade do autor do texto como formador de opinião.

 Mas, pior do que isso é a qualificação do substantivo repúdio: “absoluto repúdio”. Haverá repúdio “relativo”, ou qualquer outro tipo de repúdio que não contenha em si mesmo todo o sentido da palavra? Repúdio é repúdio, e pronto. É um substantivo que não necessita de adjetivos para definir sua extensão ou exprimir sua intensidade.

Trata-se, enfim, de um texto coleante, obtuso, que mais serve para mostrar as dificuldades do autor em se comunicar, tanto na linguagem jornalística quanto na linguagem acadêmica, do que para esclarecer seus pontos de vista. À linguagem jornalística repugnam expressões rebuscadas, vocábulos postiços, catados no dicionário. A linguagem acadêmica exige o rigor científico de premissas bem definidas, que atraiam a conclusão.

Mas o caso do doutor não é isolado. De um modo geral, os trabalhadores do processo não dominam a contento seu único instrumento de trabalho, que é a linguagem. O “copia e cola”, favorecido pela tecnologia, e a mão de obra dos assistentes, secretários e estagiários, dispensam muitos juízes, advogados e membros do Ministério Público do exercício diuturno da redação, empobrecendo seu vernáculo. Então eles se abastecem no dicionário.

  

quarta-feira, 10 de julho de 2019


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Deus, a ostentação e a morte
Não há notícias de comunicações entre vivos e mortos. Há quem diga que serve de "posto de retransmissão" , que são intérpretes, etc, mas querem é aparecer, faturar uns trocados... Nenhuma empresa como a Vivo, a Tim, a Claro, a Ôi, se preocuparam em criar sequer 3G para comunicação "mundo real x além "... Caiam na real, não viagem na batatinha, que nem Jesus avisou que ia ressuscitar...
Hindus queimam cadáveres à beira de rios, o que é uma excelente ideia, os Sioux deixavam os cadáveres numa plataforma para secarem, tribos do Bornéu transformam em múmias, muitas religiões enterram ou cremam. O cemitério tipico judeu expressa a simplicidade e a materialidade sem importância de cadáveres. Aprecio esta modalidade de disposição de cadáveres, porque o que vale é o espírito, e o dinheiro em ostentação em enterros deve ser preservado para os vivos, que precisam. Mortos não precisam de nada, nem de homenagens. Quem quisesse homenagear, tiveram a vida toda antes do vivente virar cadáver.
No terreiro o pai de santo faz as suas benzeduras, dança, fuma tabaco, invoca, levanta poeira, nada mais simples. Jesus ia para as montanhas, e ao ar livre fazia suas benzeduras, seus sermões, invocava, nada mais simples, também, mas sempre poderia chover... Menos simples são os templos, feitos para muitos fins, inclusive de proporcionar abrigo para a chuva. Quase todas as religiões cobrem seus templos com ouro. Quando não os templos, distribuem fartamente para os seus dirigentes, colaboradores, facilitadores das leis, mídias, apoio para obtenção de votos nas câmaras, no Senado, nos partidos...
Velórios de alguém famoso atraem sempre séquitos de toda a espécie de seres humanos, desde fãs, a comerciantes de flores, agentes de propaganda, repórteres, emissoras de televisão, políticos e algumas moscas. Há sempre moscas de todos os tipos avoejando e esvoaçando sobre o cadáver e os convidados. O velório é sempre um evento único, mediático, onde se pode fazer propaganda de si mesmo sem ter que pagar cachê ao morto, cadáver, vida encerrada... A propaganda se faz por frases, depoimentos, coroas de flores com nomes, imagens televisivas, comentários "on line".
Foram enterrados Gabriel Diniz, herói de um sucesso só, e Niki Lauda, velados semana passada. Wesley Safadão chorou tanto ou mais que a noiva. Niki Lauda foi na catedral de Viena. Uma senhora catedral... Parece que na catedral de Viena nem o morto sabia do que se passava no Ginásio Ronaldão em Maceió.
Nem pó somos... Só ficam os ossos sem tutano e átomos livres. nenhuma molécula de vida... E com o tempo nem lembranças!

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domingo, 7 de julho de 2019


Chucruthe times
                                                                                       Planetacho

AGORA NA VERSÃO COM GELO

Peru não morreu na véspera, é experiente. A maioria de seus atletas joga a liga inglesa no Chester United e Chester City

Chilenos acusam Peru de ter utilizado Viagra
Chilenos acusam peru de doping. Com um frio de seis graus na quarta-feira, na arena do Grêmio, o Peru cresc...surpreendeu chilenos que acusam os rivais da utilização de azuizinhos.

VAR GENTINOS
Já os hermanos estão revoltados com a greve do Var no Mineirão. A choradeira foi tão grande que chegou-se a pensar que Cebolinha poderia ter sido cortado. Os argentinos criticaram o juiz e até a presença do Bolsonaro, que teria influenciado no resultado da partida. Esta história todo mundo já ouviu.

Laçador tira férias e é substituído por boneco de neve
Curtindo as férias de julho, a estátua do Laçador deu lugar temporariamente ao tradicional mas não tradicionalista boneco de neve. Não resta dúvida que se houvesse uma versão de Game of Thrones no Brasil, os errantes brancos viriam do sul.

Coluna do Pinguim
Como presidente do Sindicato dos Pinguins, tenho que me posicionar. Não podemos ficar em cima da geladeira neste momento histórico. Já não faz frio como antigamente no mundo inteiro. O problema é aqui no Rio Grande do Sul nem o aquecimento global funciona direito...bmr proceis!

X X X X X

TEMPO PARA HOJE
 Amanhecer com temperaturas de fazer pinguim pedir roupinha de lã emprestada para poodle. Final da tarde melhora com um frio de renguear cusco.

sexta-feira, 5 de julho de 2019


TIRE AS CRIANÇAS DA SALA
João Eichbaum

A contradição é fruto da ignorância ou da desonestidade, senão consequência do acasalamento das duas. Em países sovados na demagogia, as Assembleias Constituintes e os Congressos, que mudam suas Constituições como seus integrantes mudam as cuecas borradas, não passam de um saco de ganância, interesses próprios e estultícias.
                                                                     
No Brasil temos uma Constituição mutilada pela contradição, que arrasa a ciência jurídica, representada pelo Direito Constitucional. Não temos uma Constituição regida por regras científicas, mas por sopros ocasionais de interesses e troca de favores entre espertos e ignorantes, fazendo da democracia um mero engano do destino.

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...” – estabelece o art. 5º da Constituição Federal.

E no inciso X do referido artigo são declaradas “invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”, sendo “assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação...”

Mas, olhem o que diz, desavergonhadamente, o artigo 53 da mesma Constituição: “os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

A contradição salta aos olhos até dos analfabetos funcionais. O que diz o artigo 5º não vale para deputados e senadores: eles não são iguais aos demais brasileiros, e podem ofender à vontade a quem quer que seja, sem serem obrigados a indenizar as pessoas que tiverem sua honra, sua vida privada e sua imagem violadas por eles, congressistas.

Se você ofender um deputado ou um senador, ah, vai sofrer processo criminal, por injúria, difamação ou calúnia, e ainda estará sujeito a ter arrancada uma grana legal. Muito legal, sim, porque está na lei. Mas o deputado ou o senador pode vilipendiar você, botando-o na rua da ignomínia, sem que você tenha direito a dar um pio, porque se der, será processado por eles.

Nem nos piores bordéis dos tempos de antigamente, se viu e se ouviu o que se viu e se ouviu na sessão da Câmara dos Deputados, a que compareceu o ministro Sérgio Moro, para dar explicações sobre os alardeados diálogos havidos com o procurador Deltan Dallagnol, durante o processo do Lula.

Ataques de histeria desataram o vocabulário despudorado de deputados da oposição ao governo Bolsonaro, abriram-lhes as comportas do vilipêndio, lhes não deixaram um mínimo resquício de dignidade, furtaram-lhes a noção de que sua postura não servia como exemplo a crianças e jovens que querem o melhor para o país.

O parlamento ficou nu, mostrando que a demagogia está a serviço do mau caráter. Ao descerem as cortinas daquele espetáculo de degradação humana, vê-se Sérgio Moro se afastando do parlamento, ao som de cacarejos histéricos que o acoimavam de “fujão”. E o saldo que ficou da pantomima é a certeza de que, enquanto não forem eliminadas as contradições da Constituição do senhor Ulisses Guimarães, o povo não passará de boi de ocupação no campo dos privilegiados.


quarta-feira, 3 de julho de 2019


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Joaquim Levy: guri inocente mas bem mandado, ou espertalhão mafioso?
Trabalhou para Sergio Cabral mas não pediu demissão do cargo. Deve ter-se sentido confortável e foi merecedor da confiança de Cabral, condenado a quase 200 anos de prisão por roubo de bilhões de reais. O que exatamente Levy fez para Cabral ???...
Sergio Cabral pode e deve delatar...
E da mesma forma trabalhou para Lula e para Dilma... O que exatamente Levy fez para Lula ??? E o que lhe pediu Dilma que "não lhes (a eles) agradou" e o levou a pedir demissão ??...
Quem são "eles", os tais para quem tem que agradar??? São os mesmos a quem Mantega e Armínio Fraga agradaram ???
As instituições ainda estão aparelhadas, mas não por Lula nem por Dilma... Parece que Lula, Dilma e Sergio Cabral não quiseram "dividir" irmãmente com os tais "eles"... Foram muito gananciosos... "Eles" blindam Dilma, estão loucos pra soltar Lula.
Podem apertar o guri que ele fala, e poderá dizer se "eles" são os mesmos que o indicaram para o Banco Mundial por reconhecimento de serviços prestados.
Isso é caso de Polícia Federal. Levy é caça grossa.
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