PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO
Em 1950 eu tinha 5 anos. Andei em "elétricos" destes, os
amarelos, no Porto e em Lisboa. Agora há mais modernos, mas estes são muito
bons ainda e há muitos muito bem conservados.
Quando saí de minha terra (Fornelos)
com meu pai, pernoitamos no Porto em casa de um primo dele o Filinto, que tinha
umas filhas muito bonitas de quem gostei muito e que mais tarde revi em Lisboa.
Nunca mais ouvi notícias do Filinto e das filhas dele desde então. Minha
família emigrou para o Brasil, Canadá, EUA, Austrália...
Minha família precisa de
"espaço"!
Quando em 1962 cheguei ao Brasil
cheio de sonhos que não realizei, porque outros sonhos surgiram ainda melhores
e realizei todos, menos o de ter um lugre à vela, dos antigos, havia bondes
verdes em todas as ruas... Pensei: Mudou a cor mas estou em casa! Aprendi
rapidinho a chiar carioca, e a me "entrosar" com a turma, deixando
"a malta" no cais de Lisboa...
A não ser pelo Lobby da Petrobrás,
nunca entendi aquela coisa esdrúxula e bandida de acabarem com os bondes!!!
A corrupção já vem de muito longe,
embora não fosse tão gritante como nos governos de FHC, Lula e Dilma... Nos
demais países da América do Norte, Ásia, Europa, nunca largaram o bonde por ser
o transporte mais barato. Acho que sofremos da "Síndrome de novos
ricos", assim como Lula e Dilma "perdoando" dívidas, coisa nunca
vista, senão só e somente só em maracutaias.
Ainda tenho esperanças na volta dos
bondes ao Brasil. As primas eram muito bonitas!
Quanto ao lugre, hoje com 73 anos,
teria que vendê-lo, embora tenha todo o tempo do mundo pra navegar nele. Se o
tivesse tido antes não teria tido tempo para o usar por causa do trabalho que
precisei realizar para suportar os sonhos...
Meus sonhos foram sempre
"auto-sustentáveis" !
Leia mais em "bar do chopp Grátis"
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