E
O PUTIN HEIN?
João
Eichbaum
Mandaram
a Dilma tomar, com licença da palavra, naquela fenda apertada, em cuja zona
ribeirinha a mamãe dela passava Hypoglós. Lembram? Lembram da Copa do Mundo de
2014, aquela dos 7x1, aquela em que os jogadores brasileiros mais choraram do
que jogaram bola?
Parece
que o brado retumbante do Itaquerão, falando de traseiros ultrajados, varou
mares, céus e oceanos e desembocou na Rússia. Pensem bem: onde se meteu o chefe
daquela tirania democrática, durante os jogos, na festa mundial da bola, lá
realizada?
Terá
sido Putin realmente eleito pelo povo? Ou só foi eleito pelas urnas? Se foi
eleito pelo povo, por que não esteve de corpo presente, nos jogos dos quais
participou a Rússia? Por que não apresentou nos estádios aquela cara de
escrivão do Juízo Final? Por que não compareceu, comemorativo e faceiro, aproveitando
o sucesso do goleiro Igor, a quem as mulheres russas pediam que lhes fizesse um
bebê?
Quem
viu, nos entrementes do jogo Rússia x Croácia, as cenas de camaradagem da
presidente da Croácia com o primeiro ministro russo, está até hoje se perguntando:
por que não foi o Putin aproveitar a ocasião de fazer companhia àquela loira
radiosa, de olhar esfuziante e muito bem apanhada nas demais partes, e cuja presença
é de deixar de olho vidrado qualquer exemplar da garbosa alcateia masculina?
Deve
gerar pânico a corneta do povão, mandando o cara entregar o fiofó para um
desbravador. Principalmente quando as urnas dizem o que o povo não disse. Putin
preferiu não ouvir o que a Dilma ouviu. Por isso só foi ao estádio, na partida
final, quando a massa se dividia entre croatas e franceses. Mesmo assim, se manteve na retranca, sumido, arisco
como galo que tem medo de ser tomado por galinha, enquanto o Macron e a
presidente Kolinda Grabar-Kitarović atraíam as câmeras.
Mas,
para que o Putin não precisasse comparecer ao estádio, encerrando a solenidade
de uma copa do mundo, com a Rússia disputando a partida final, só uma derrota poderia
salvá-lo.
Sobrou
então para um brasileiro, o ex-jogador do Grêmio, Mário Fernandes: no pênalti
decisivo, o rapaz botou a bola rente à trave, direitinho, pelo lado de fora,
conforme mandava o figurino. Deixou a Rússia fora da Copa e salvou o Putin de
ouvir coisas alusivas àquelas suas partes reservadas para o dedão do
proctologista.
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