sexta-feira, 20 de julho de 2018


E O PUTIN HEIN?
João Eichbaum
Mandaram a Dilma tomar, com licença da palavra, naquela fenda apertada, em cuja zona ribeirinha a mamãe dela passava Hypoglós. Lembram? Lembram da Copa do Mundo de 2014, aquela dos 7x1, aquela em que os jogadores brasileiros mais choraram do que jogaram bola?
Parece que o brado retumbante do Itaquerão, falando de traseiros ultrajados, varou mares, céus e oceanos e desembocou na Rússia. Pensem bem: onde se meteu o chefe daquela tirania democrática, durante os jogos, na festa mundial da bola, lá realizada?
Terá sido Putin realmente eleito pelo povo? Ou só foi eleito pelas urnas? Se foi eleito pelo povo, por que não esteve de corpo presente, nos jogos dos quais participou a Rússia? Por que não apresentou nos estádios aquela cara de escrivão do Juízo Final? Por que não compareceu, comemorativo e faceiro, aproveitando o sucesso do goleiro Igor, a quem as mulheres russas pediam que lhes fizesse um bebê?
Quem viu, nos entrementes do jogo Rússia x Croácia, as cenas de camaradagem da presidente da Croácia com o primeiro ministro russo, está até hoje se perguntando: por que não foi o Putin aproveitar a ocasião de fazer companhia àquela loira radiosa, de olhar esfuziante e muito bem apanhada nas demais partes, e cuja presença é de deixar de olho vidrado qualquer exemplar da garbosa alcateia masculina?
Deve gerar pânico a corneta do povão, mandando o cara entregar o fiofó para um desbravador. Principalmente quando as urnas dizem o que o povo não disse. Putin preferiu não ouvir o que a Dilma ouviu. Por isso só foi ao estádio, na partida final, quando a massa se dividia entre croatas e franceses.  Mesmo assim, se manteve na retranca, sumido, arisco como galo que tem medo de ser tomado por galinha, enquanto o Macron e a presidente Kolinda Grabar-Kitarović atraíam as câmeras.
Mas, para que o Putin não precisasse comparecer ao estádio, encerrando a solenidade de uma copa do mundo, com a Rússia disputando a partida final, só uma derrota poderia salvá-lo.
Sobrou então para um brasileiro, o ex-jogador do Grêmio, Mário Fernandes: no pênalti decisivo, o rapaz botou a bola rente à trave, direitinho, pelo lado de fora, conforme mandava o figurino. Deixou a Rússia fora da Copa e salvou o Putin de ouvir coisas alusivas àquelas suas partes reservadas para o dedão do proctologista.


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