TERROR ISLÂMICO CONTRIBUIPARA CONFORTO DURANTE VÔOS
Janer Cristaldo
Essa agora! Uma amiga sabra já havia me contado o caso de um terrorista árabe que foi preso em Israel, antes de conseguir explodir-se. Seu pênis estava enrolado em várias camadas de papel higiênico. Queria preservar o instrumento para as 72 virgens prometidas por Alá aos mártires no paraíso.A novidade agora é a bomba-supositório. É o que nos conta o jornal francês Le Fígaro. Um atentado contra o príncipe Mohammed bin Nayef, em agosto passado na Arábia Saudita, reivindicado por uma ala da Al Qaeda – que há muito virou franquia – alertou os serviços de segurança do mundo todo. Segundo o jornal, o autor utilizou um explosivo ingerido, ou mais provavelmente introduzido como um supositório. Ou seja, indectetável. Segundo um alto funcionário do ministério do Interior em Paris, o camicase precisava apenas acionar seu celular para detonar a bomba. Esta escalada tecnológica do terror está preocupando os especialistas em segurança.Citado pelo jornal, um oficial da direção central da polícia explicou que “nossas plataformas aéreas são equipadas de detectores de metais, mas no caso do camicase saudita, só um controle com raios X teriam permitido detectar o explosivo, como se faz com as cápsulas de drogas no ventre dos passageiros. (...) Ora, não é fácil imaginar como fazer passar milhões de passageiros pelos raios X antes de subirem a bordo”.Como que não é fácil? Nos últimos anos em que tenho viajado sempre passo pelos tais de raios. Várias vezes tive de tirar o cinto e ficar segurando as calças, pois a fivela do cinto aciona o alarme. Não passa nem uma garrafinha de uísque pela metade. Certa vez,quando estava em Barcelona com duas amigas, um guardinha vetou a garrafa. Queria que a deixássemos do lado de cá da fronteira. Ok! - respondi - O continente fica. Mas não o conteúdo. Empinamos a botella, de boca em boca, até o último gole. Uma vez vazia, a entreguei prazerosamente ao guarda. Pode jogar no lixo.Surgiu agora uma moda mais recente e humilhante: o funcionário da aduana o faz levantar os braços, como a um marginal qualquer de rua, e revista seu corpo todo com um aparelho. Até aí, tudo bem. Mas para que levantar os braços? Por acaso constituo uma ameaça aos policiais se não levanto os braços?Segundo Le Fígaro, as exposições repetidas aos raios X são perigosas para a saúde, principalmente em função dos riscos de câncer. Seriam impensáveis para os frequents flyers, que adquiririam as radiações no mesmo ritmo em que as milhagens de fidelidade. Se a ingestão de explosivos se revela impossível de ser detectada de forma segura e rápida, a única solução seria impedir sua detonação por radiofreqüência. Ou seja, proibir os celulares durante os vôos.O que aliás seria um alívio para muitos passageiros, e entre eles me coloco. Nada mais irritante do que ouvir um idiota contando vantagens ao celular para que todos seus vizinhos o ouçam.O terrorismo islâmico ainda vai acabar contribuindo para o conforto dos passageiros durante os vôos internacionais.
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