sexta-feira, 23 de outubro de 2009

NÓS, PRIMATAS

ASNEIRAS DE UM TEÓLOGO
João Eichbaum

Tive saco para ler um artigo intitulado “ de Santo Agostinho a Darwin, a teoria da evolução”, porque conheço os ancestrais do autor, o médico e advogado José Mariano da Rocha Neto, de Santa Maria. O pai dele, que foi o fundador da Universidade de Santa Maria, era uma “papa-hóstia” irrecuperável. Não perdia missa, nem comunhão. Até capela particular tinha na mansão dele. Vivia rezando.
Por isso me chamou atenção o artigo, e o li, achando que o doutor iria dar a mão à palmatória, admitindo a evolução, contra todos os preceitos religiosos.
Mas não foi assim. O texto está longe de denunciar que a autoria seja de uma pessoa culta e qualificada por conhecimentos científicos. Ele começa, dizendo que “santo”Agostinho já afirmava, entre 386 a 391(DC) que “todo o corpo pode mudar-se em outro corpo”.
Em primeiro lugar, o tal de “santo” Agostinho não tinha formação científica. Era, como todo o filósofo e teólogo, um simples palpiteiro. Tanto que foi dizer essa bobagem que “todo o corpo pode mudar-se em outro corpo”. A evolução não é isso, não é mutação de corpo para corpo. Mas se dá um desconto para ele, em nome da teoria da evolução porque, nos anos 386 a 391 a inteligência do primata humano estava mais próxima da dos macacos do que da do Bill Gates.
Mas disse mais asneiras o Agostinho: “ as almas dos seres humanos foram criadas no primeiro dia da Criação e ficaram esperando outros cinco dias (cinco bilhões de anos) para serem postas por Deus em cada corpo humano”.
Convenhamos, um articulista que tem coragem de citar asneiras como essa não tem perfil de cientista. A afirmação do “santo” Agostinho só presta como piada e atesta o nível de sua inteligência...
Mas o doutor Mariano conclui dessas bobagens de Agostinho que “Deus nos ama desde toda a eternidade”.
“Data venia”, o doutor confundiu o cu com as têmporas, não só porque um Deus que ama seus filhos não os expõe ao sofrimento, à maldade, à pobreza, à fome, à miséria moral e material, como também porque, das idiotices ditas pelo tal de “santo”, é impossível concluir pela existência de um amor divino.
Só a embriaguez religiosa herdada do pai poderia permitir ao autor do artigo a divagação sem lógica sobre um tema que hoje está sob o inteiro domínio da ciência.

2 comentários:

Nubia Graziela disse...

Sempre afirmo que os católicos "inventam e imaginam seus próprios deuses" e esse santo Agostinho,que na verdade não tenho muito conhecimento sobre ele,é mais um Deus que os seres humanos criaram para si. Realmente para se refugiar dos seus próprios problemas de miséria,fome,desemprego e é por isso que surgem outros problemas morais e socias como a prostituição que leva às drogas e que levam à própria autodestruição .Bom e aí pergunto aonde está o seu Agostinho e entre outros religiosos em que acreditam que Jesus Cristo surgirá dos céus e levará a "sua amada Igreja e levará o seu povo fiel e honrado". Tudo bobagem somos relmente carne que um dia vamos apodrecer debaixo duma terra ao qual sobrará somente para os vermes.Concondam comigo? BJ...................

Nubia Graziela disse...

ME DESCULPEM PELOS ERROS: "SOCIAIS,REALMENTE E CONCORDAM" MAIS UMA VEZ ME DESCULPEM!!!!!!!!!!!!