segunda-feira, 2 de agosto de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

OS PALHAÇOS SOMOS NÓS

João Eichaum


Há poucos dias, os jornais publicaram foto e nome de alguns candidatos. Por exemplo Romário, ex-jogador de futebol, polêmico, irresponsável, com filhos de várias mulheres, devedor de pensão alimentícia, bravateiro, e por aí afora.
Não é preciso dizer que Romário veio da favela, certamente nunca leu um livro em sua vida, não concluiu o ensino fundamental.
Outro: Danrlei, também ex-jogador de futebol. Embora não registre no currículo as mesmas inconveniências do Romário, tem uma biografia que não exibe outra qualidade senão a de ter sido jogador de futebol e bravateiro.
Pincei esses dois, mas há muitos outros, do mesmo nível, espalhados por esse Brasil afora. Todos “pescados” pelos políticos porque, tendo sido “ídolos” populares, são donos de considerável potencial eleitoral, não só se elegendo, como ajudando a eleger outros candidatos dos respectivos partidos.
É claro, sendo neófitos em política e de cultura geral quase nula, para outra coisa não prestarão senão como marionetes dos espertalhões da política, que se valerão deles para conquistar interesses de intenção e valias duvidosas.
É por isso que a política faz desse país, onde vinte por cento dos eleitores são analfabetos, uma gracinha. É por isso que o Brasil, infelizmente descoberto por portugueses, nunca saiu do lugar, nunca se levantou, se acostumou a ficar deitado, e só é conhecido no mundo inteiro por causa do futebol, do carnaval e de suas mulatas bundudas.
O torneiro mecânico Luiz Inácio, que também é chegado a bravatas e, em matéria de cultura rivaliza com Romário e Danrlei, serviu, graças à sua popularidade, como mola propulsora para a ascensão política de uma cambada de comunistas que não se elegeria nem para síndico de condomínio. E hoje estão lá, enroscados no poder.
Mas é disso que o povo gosta: de oba-oba.
No último fim de semana, por exemplo, o mencionado torneiro mecânico, que hoje é presidente desta república descoberta por portugueses, e que não sabe distinguir entre um antropólogo e um geólogo, veio ao RGS, sabem para quê? Para assinar um edital de licitação, dar ordem que se faça outro, prometendo estradas, e para dizer que no nordeste só tem mulher feia. Veio de lá de Brasilia só para isso.
E o povo delirou, aplaudiu, achando muita graça, em vez de chorar.
Precisa dizer mais?
Precisa dizer que os políticos são os donos do circo e nós, pagadores de impostos, os palhaços que sustentam o “bolsa-familia” dos eleitores dessa gente?

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