terça-feira, 31 de agosto de 2010

ESPETO CORRIDO

Hugo Cassel

Covardia
Essa é a acusação que faz o povo, aos mentores da candidatura José Serra. Ninguém entende a razão pela qual a oposição mantém essa posição "respeitosa e ética" frente às mentiras e aos ataques de baixaria não só da gorda afilhada de Lula como dele próprio. Os marqueteiros do PSDB encontram forte resistência de Serra em mudar o tom da campanha, botando pra fora os podres de Dilma, enquanto a candidatura vai ladeira abaixo. É de pensar se o PSDB quer perder a eleição, para depois, quando a meleca estiver estourando, aproveitar a deixa.
Dia 24 de agosto marca uma página triste da nossa história. Dia 25 de agosto é Dia do Soldado. O silêncio verde oliva nos envolve. Não houve desfile, nem parada. Pincei alguns tópicos da matéria do jornalista Rubens Alves, da Folha de São Paulo: "Mesmo o mais corajoso entre nós, só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece. Só tardiamente assumimos aquilo que sabemos. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem. Vou dizer aquilo sobre o que me calei: O povo unido jamais será vencido. É disso que tenho medo". Em tempos passados invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política. Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou seu lugar. A democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio, pois a vontade do povo, além de pouco confiável é de uma imensa mediocridade. (o panorama político do momento confirma). O grifo é meu.

Vergonha
Esse é o sentimento que temos da situação do País. É preciso registrar, entretanto, que em 1914, Rui Barbosa já lamentava o descalabro nacional quando escreveu seu poema com esse titulo: "Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer. Sinto vergonha de mim por compactuar com a honestidade, com a verdade, e por ver este povo antes chamado de varonil, enveredar pelo caminho da desonra. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto!".

Emergências
A imprensa gaúcha de um modo geral comenta a situação calamitosa que vive o País em relação ao atendimento do povo na Saúde. Com o fracasso comprovado de todos os programas do governo, que desviando verbas do setor, para aplicar em doações a países "amigos" (do presidente) o panorama é trágico. Principalmente o setor de emergência dos hospitais. Poucos leitores têm oportunidade para ver de perto, como eu, o interior de uma emergência hospitalar pela madrugada. A corrida contra o tempo, a improvisação, a dedicação e a responsabilidade dos profissionais. Faço aqui o merecido elogio ao pessoal da emergência do Hospital Santa Inês, que, como se sabe, luta com grande dificuldade, mas supre com garra e amor, o que falta de estrutura. Desde as atendentes, enfermeira, enfermeiros e médicos, pelo que constatei, tratam os pacientes com carinho e atenção e não como "mais um paciente". Merecem ajuda. No Postão da 1500 a coisa muda.

Lulices
"Um número baixo de votantes é uma indicação de que "menas pessoas estão a votar". (elementar meu caro Watson). "Quem dá o caráter de uma pessoa é a mãe e não o pai" (a julgar pelo caráter dele, a dona Lindu, a que "nasceu analfabeta" fracassou).

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