RESULTADO DAS ELEIÇÕES: NADA DE NOVO
João Eichbaum
Saiu o resultado das eleições. Venceram os vagabundos, os cachaceiros, os indolentes, os que não trabalham, mas vivem à custa daqueles que não conhecem outros benefícios na vida, senão os que lhes proporciona o trabalho.
Vejam o mapa, meus amigos. A vitória da Dilma Rousseff vem do norte, do nordeste, de Minas e do Rio de Janeiro.
Em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, os estados que produzem, que dão duro, que trabalham, que geram a riqueza dos cofres públicos, de que se aproveitam os políticos e o povinho do norte e do nordeste, ela não teve vez. Também nos estados do centro-oeste, para onde os gaúchos exportaram o gosto pelo trabalho e pelos empreendimentos, a Dilma empacou.
A grande diferença, neste país, está entre os que trabalham e os que, não trabalhando, se aproveitam.
Lá em cima, no norte e no nordeste estão os descendentes de portugueses, dos mamelucos, daquela cruza gerada por holandeses, índios, negros e portugueses. No Rio de Janeiro está o povo que só se ocupa de praia, cerveja, mulatas, e carnaval, e não ta nem aí pro trabalho.
Na parte debaixo estão os descendentes de imigrantes alemães, italianos, poloneses, japoneses, gente que só vive para o trabalho.
Quando colocaram na presidência da república um cara que pouco trabalhou na vida, amputou um dedo para obter benefícios previdenciários e se dedicou a discursos sem pé nem cabeça, com língua pegada, para liderar bóias frias que trabalhavam nas indústrias de São Paulo, não podia dar outra. O norte e o nordeste tomaram conta do país, quer dizer, a indolência, a preguiça e o comodismo se aboletaram no poder, principalmente porque contaram com a ajuda inescrupulosa do Sarney, do Collor e do Calheiros, raposas da política, que também nunca trabalharam na vida e, sem trabalhar, enriqueceram – todos nordestinos, diga-se de passagem.
Claro que nesse embate entre os do sul e do centro-oeste, que trabalham, e os do norte e nordeste que não trabalham, a diferença, no que diz respeito a número de eleitores, não é muito acentuada. Pode até dar empate. Mas o Rio de Janeiro e Minas cometem o desequilíbrio.
Então, quem decide é Minas Gerais, onde se concentra a politicagem, ou seja, onde se trabalha, mas também se tira proveito dos cofres públicos, e o Rio de Janeiro, onde só se goza uma vida que não exala o suor do trabalho, mas sim o da praia e o do samba.
E Minas e o Rio de Janeiro foram o fiel da balança: decidiram em favor da Dilma.
Mas, nada vai mudar. No sul, continuaremos trabalhando, dando duro, enfrentando os riscos da indústria, da agricultura e da pecuária, porque precisamos trabalhar para viver. No centro-oeste, pelo mesmo motivo, se manterá a luta pela vida, através da pecuária e da agricultura, correndo atrás do gado, rezando pra não chover demais, nem de menos. No norte e no nordeste a vida continuará leve, mesmo sem chuva, se balançando nas redes, com uma garrafa de pinga ao lado, tudo financiado pelo bolsa-família. Minas continuará se aproveitando da política para crescer, e no Rio de Janeiro o sol vai continuar brilhando, para que o povo se deleite na praia, olhando bunda de mulatas e caindo no samba.
Nada de novo, portanto, nos traz o resultado dessas eleições.
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