quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

OS DEUSES SE AMARRAM NOS EPILÉPTICOS

João Eichbaum

Entre os doutos em neurologia, existe respeitável corrente que atribui a religiosidade energumênica a um dos vários tipos de epilepsia.

De fato, consistindo em “alteração da atividade elétrica do cérebro”, várias são as manifestações que a epilepsia pode causar no campo psíquico, assim como no físico. Alucinações, por exemplo. Aí, vem um cara, dizendo que falou com Deus e mostra para um povo escravizado e ignorante, as “tábuas da lei”, hoje conhecidas como “os dez mandamentos”. Ou uma “virgem” que diz ter sido fecundada através de uma simples mensagem do “anjo Gabriel”. Ou um artesão que, ao cair, ouviu a voz de Jesus Cristo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”.

Foi assim que Moisés criou a religião judaica, a “virgem” Maria diz que pariu Jesus Cristo e Saulo de Tarso fundou a maior multinacional de todos os tempos, conhecida como “cristianismo”.

Outro epilético, Muhammad Bin Abdullah Bin Abdul Mutalib Bin Hachim Bin Abd Manaf Bin Kussay, conhecido entre nós como Maomé, não ficou para trás. Plagiando as alucinações de Moisés e da “virgem” Maria, vendeu para uma multidão de ignorantes a imagem de interlocutor de Deus, missão que teria recebido diretamente do anjo Gabriel.

Da “virgem” Maria nenhum narrador fala de manifestações físicas. Mas, Saulo de Tarso caiu por conta de um ataque epiléptico, Moisés ficava “rubro, ao descer do Sinai” e Maomé era freqüentemente “tomado pela dor e experimentava barulhos altos nos ouvidos”. Além disso, “gotas de suor brotavam nele, mesmo nos dias mais frios”, segundo afirma Christopher Hitchens em “God ist not Great”.

Bem, agora me diga. Você acredita que alguém que tem quatorze mulheres e, além disso, toma como “noiva” uma menina de seis anos de idade, alguém que prega a morte de quem não acredita em Alá, possa ser uma pessoa normal?

Pois Maomé, o epiléptico, o polígamo, o pedófilo, o assassino de incréus, por incrível que pareça, até hoje domina grande parte do mundo. A impressão que se tem é de que, para os muçulmanos, mais importa ele do que o próprio “Alá”.

Meses atrás, acusada adultério, uma mulher, depois de muitas chibatadas, foi condenada à morte por apedrejamento. Seu suposto parceiro ficou impune. Na semana que passou, um juiz, no Paquistão, condenou à morte, por enforcamento, uma mulher, não militante do islamismo, a quem muçulmanas atribuíram “comentários depreciativos sobre Maomé”. Tal atitude configura o “crime” de blasfêmia.

A força de qualquer religião tem como terreno fértil a incapacidade de pensar, a incapacidade de construir um silogismo. É por isso que todas as religiões nascem, crescem e enriquecem, sustentadas pela patuléia.

Poucos têm a coragem de contestar aquilo que se arraigou profundamente na mente do povo: que Deus existe e se manifesta por meio de sacerdotes e profetas. Até mesmo pessoas de certa cultura sofrem restrições de pensamento e abominam a lógica, quando se trata de idéias e conceitos que lhes foram incutidos e lhes governam pensamento, desde a infância.

É por isso que as aberrações, fruto exclusivo da ignorância, como acontece no Paquistão, no Irã, na Arábia Saudita, ainda estão na ordem do dia do primata humano. Enquanto houver papas e aihatolás, enquanto o mundo for dominado por líderes que se têm como executores de ordens divinas, ou acreditam em algum deus, tipo Alá, que só permite o adultério de machos e preserva, como divinos, seus epilépticos profetas, o ser humano será subjugado pelo medo.

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