SEM PROBLEMAS: TROCA-SE O
XERIFE
João Eichbaum
Um dos conceitos mais falsos
que existem no sistema político é a chamada democracia. As ditaduras e as
oligarquias são o que são, não se escondem. A monarquia é mais uma palhaçada do
que uma verdadeira forma de governo: o rei e a rainha são a cereja do bolo e o
povo é o bufão.
Mas, a democracia é a mais
deslavada mentira. Foi inventada para iludir o povo. E isso não é de agora. Vem
da sua origem. Da Grécia. Para dar o fora na elite dominante, alguns filósofos
expertos inventaram o tal de “governo do povo pelo povo”.
Governo pelo povo, uma ova.
Quem assumiu o governo foram os mais antenados. O povo, o povinho, a plebe, ou
o povão – como queiram – ficou de fora. Só os “cidadãos” podiam votar e ser
votados. Escravos, mulheres e
estrangeiros não entravam nessa.
Nos últimos tempos, desde que a
religião do socialismo ortodoxo se estabeleceu no Palácio do Planalto, para lá
levada por Fernando Henrique Cardoso, a democracia do Brasil está assim
definida: enquanto a maioria trabalha e constrói, a minoria, ou seja, a
vagabundagem, destrói, a pretexto de protestar. E assim vai a vida.
Em nome dessa mentira o Estado
se agiganta, se intromete em tudo, toma o lugar da própria família, que é o
cerne da sociedade. A liberdade de
pensamento e de opinião, embora seja garantia constitucional, não conta para os
donos da democracia. Acima desse direito estão os direitos dos outros, os
chamados direitos humanos, que privilegiam classes, tendências, costumes
libertinos e condutas não aceitas pacificamente pela maioria.
Hoje, no Brasil, quem manda são
as “minorias”. E nessas minorias se incluem os rufiões da pátria que, ao invés
de arrumar amantes argentinas, preferiram se transformar, eles mesmos, no
próprio Estado: “l‘État c’est moi” (o Estado sou eu). Então, com o dinheiro da prostituição
política, compram consciências e seduzem “aliados” para a formação da
“maioria”, que faz o que eles querem.
Dentro desse sistema
“democrático”, um presidente acusado de corrupção usa o Estado como instrumento
de defesa: leiloa cargos e verbas em troca de votos que afastem de si o braço
pesado da Justiça. Além disso, autorizado pelo sistema “democrático”, escrito e
consagrado nos princípios constitucionais, escolhe seus acusadores e vai
faceiro e feliz participar de sua posse.
E a “democracia” não para por
aí, porque é imensa e abrangente. Se aparecem, por exemplo, 41 milhões de reais
num apartamento e a polícia começa a chegar nos ladrões, troca-se o xerife.
Isso é democracia: o povo que vá à merda!
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