sexta-feira, 11 de maio de 2018


DESPERDÍCIO SEM ESCRÚPULOS
João Eichbaum
A Caixa Econômica Federal, uma autarquia da União, está envolvida em denúncias de corrupção e dinheiros mal havidos. Um de seus ex-diretores, o Geddel Vieira, mantinha num apartamento a apreciável soma de cinquenta milhões de reais, em dinheiro vivo.
Em matéria de atendimento ao público, a instituição não serve de modelo. As pessoas morrem de tédio, cansaço e irritação, esperando horas e horas por um atendimento qualquer e têm que correr de Herodes a Pilatos, atrás de documentos exigidos, porque vivem sob o domínio de uma invencível burocracia.
 O mesmo se diga com relação aos contratos de financiamento. Os custos nessa área roubam da Caixa as características de uma instituição com fins sociais. Afinal, ela foi constituída para atender às necessidades de pessoas com menores condições econômicas. E não consta que ao Estado seja permitido cotejar no mercado financeiro com outras instituições, cujo objetivo é exclusivamente o lucro.
Sua Fundação, instituída para dar garantias de vida digna para seus funcionários aposentados, está encalacrada em dívidas e negócios mal feitos, ensejando disputas judiciais onerosas
Com todo esse espectro negativo, a instituição governamental não tem o mínimo recato. Bota dinheiro fora em publicidade, como se fosse um negócio privado, que necessita de tais expedientes para sobreviver dentro da luta irracional pelo lucro, que alimenta todos os estabelecimentos do gênero.
Sabe-se que agora ela está preparando uma festa de arromba em Brasília, no estádio Mané Garrincha, uma obra faraônica dos governos Lula e Dilma, que para nada presta, e onde estão enterrados milhões e milhões arrancados de quem trabalha e paga imposto.
A festa vai reunir “celebridades” tipo Galvão Bueno, o ex-jogador de futebol conhecido como Cafu e ainda um tal de Luiz Barriceli e a gatíssima Renata Fan. Tudo a peso de ouro, claro.
Falta de pudor. Falta de vergonha na cara. Essa é a Caixa, chamada de “econômica”, instituída num país com milhões de miseráveis. Essa é a Caixa que, depois de extorquir juros escorchantes de quem necessita de casa própria e de outros bens duráveis, esbanja dinheiro em festas com seus bezerros de ouro.

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