DESPERDÍCIO
SEM ESCRÚPULOS
João
Eichbaum
A
Caixa Econômica Federal, uma autarquia da União, está envolvida em denúncias de
corrupção e dinheiros mal havidos. Um de seus ex-diretores, o Geddel Vieira,
mantinha num apartamento a apreciável soma de cinquenta milhões de reais, em
dinheiro vivo.
Em
matéria de atendimento ao público, a instituição não serve de modelo. As
pessoas morrem de tédio, cansaço e irritação, esperando horas e horas por um
atendimento qualquer e têm que correr de Herodes a Pilatos, atrás de documentos
exigidos, porque vivem sob o domínio de uma invencível burocracia.
O mesmo se diga com relação aos contratos de
financiamento. Os custos nessa área roubam da Caixa as características de uma
instituição com fins sociais. Afinal, ela foi constituída para atender às
necessidades de pessoas com menores condições econômicas. E não consta que ao
Estado seja permitido cotejar no mercado financeiro com outras instituições,
cujo objetivo é exclusivamente o lucro.
Sua
Fundação, instituída para dar garantias de vida digna para seus funcionários
aposentados, está encalacrada em dívidas e negócios mal feitos, ensejando
disputas judiciais onerosas
Com
todo esse espectro negativo, a instituição governamental não tem o mínimo
recato. Bota dinheiro fora em publicidade, como se fosse um negócio privado,
que necessita de tais expedientes para sobreviver dentro da luta irracional
pelo lucro, que alimenta todos os estabelecimentos do gênero.
Sabe-se
que agora ela está preparando uma festa de arromba em Brasília, no estádio Mané
Garrincha, uma obra faraônica dos governos Lula e Dilma, que para nada presta,
e onde estão enterrados milhões e milhões arrancados de quem trabalha e paga
imposto.
A
festa vai reunir “celebridades” tipo Galvão Bueno, o ex-jogador de futebol
conhecido como Cafu e ainda um tal de Luiz Barriceli e a gatíssima Renata Fan.
Tudo a peso de ouro, claro.
Falta
de pudor. Falta de vergonha na cara. Essa é a Caixa, chamada de “econômica”,
instituída num país com milhões de miseráveis. Essa é a Caixa que, depois de
extorquir juros escorchantes de quem necessita de casa própria e de outros bens
duráveis, esbanja dinheiro em festas com seus bezerros de ouro.
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