quinta-feira, 24 de maio de 2018


ESTAMOS NO ONÇACO CHEIO
Carlos Maurício Mantiqueira*

As palavras sofrem mudanças semânticas no decorrer do tempo.

Expressões chulas até os anos 60 do século passado, hoje fazem parte do vocabulário coloquial até de respeitabilíssimas senhoras.

Exemplos:
Avacalhação;
Esculhambação;
Abrir as pernas;
Se foder;
VTNC (em certa medida) etc.

Também ocorreu o contrário:

Pau e cacete significavam aborrecido.

Estudaremos apenas a questão do “saco cheio”. Hoje significa que alguém está farto de outrem ou de alguma coisa.

No momento, até os puxa-sacos da felina, deploram a sua inação diante dos esfacelamento moral do país.

Nossos “cardeais” (os 15 do alto Cãomando) encastelados em sua zona de conforto, parecem “dizer” gestualmente ao povo : “vocês que se lixem!”

Invectivados com epítetos tais como: melancias (verde-amarelos por fora e vermelhos por dentro), plenibúndios (por bundões), carreiristas e outros quetais, só ainda não foram tisnados de traidores. Mas falta pouco.

Com erráticas aproximações sucessivas, confundem até os mais fiéis admiradores, como este pobre vate. Parece-me ouvir: “Vai te catar!”

Angorás de estimação: a hora é agora!

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total


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