ESTAMOS
NO ONÇACO CHEIO
Carlos
Maurício Mantiqueira*
As palavras sofrem mudanças semânticas no decorrer do tempo.
Expressões chulas até os anos 60 do século passado, hoje fazem
parte do vocabulário coloquial até de respeitabilíssimas senhoras.
Exemplos:
Avacalhação;
Esculhambação;
Abrir as pernas;
Se foder;
VTNC (em certa medida) etc.
Também ocorreu o contrário:
Pau e cacete significavam aborrecido.
Estudaremos apenas a questão do “saco cheio”. Hoje significa que
alguém está farto de outrem ou de alguma coisa.
No momento, até os puxa-sacos da felina, deploram a sua inação
diante dos esfacelamento moral do país.
Nossos “cardeais” (os 15 do alto Cãomando) encastelados em sua
zona de conforto, parecem “dizer” gestualmente ao povo : “vocês que se lixem!”
Invectivados com epítetos tais como: melancias (verde-amarelos
por fora e vermelhos por dentro), plenibúndios (por bundões), carreiristas e
outros quetais, só ainda não foram tisnados de traidores. Mas falta pouco.
Com erráticas aproximações sucessivas, confundem até os mais
fiéis admiradores, como este pobre vate. Parece-me ouvir: “Vai te catar!”
Angorás de estimação: a hora é agora!
Carlos Maurício Mantiqueira é um
livre pensador.
Fonte: Alerta Total
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