segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

PRA QUEM AINDA ACREDITA EM PAPAI NOEL, CEGONHA E JUSTIÇA

AS AMBIÇÕES DA MINISTRA
João Eichbaum
Leio nos jornais que a ministra Ellen Gracie foi indicada para vaga na OMC, (Organização Mundial do Comércio) pelo Palácio do Itamaraty, “em nome do governo brasileiro”. Diz mais a notícia: “a ministra comunicou aos colegas, na quinta-feira, que disputaria a vaga”.
Indicada pelo governo brasileiro. Eu li, vocês leram. O “governo brasileiro” é o Executivo, aquele pelo qual responde um cidadão que nem o curso primário tem completo. Pois a ministra se sujeitou, se submeteu ao governo, assim limitado em sua cultura.
Diz a mesma notícia que “desde que deixou a presidência do STF a ministra ambiciona nova colocação”.
Se ela for escolhida, amanhã, na história, figurará a senhora Ellen Gracie como uma representante brasileira na OMC, assim como se orgulham os brasileiros de terem tido um baiano na corte de Haia, o Rui Barbosa que, na verdade, só tinha um baita papo e nada mais.
Tanto a ministra Ellen como Rui Barbosa .nada mais fizeram do que “negociar”, vamos dizer assim, a sua indicação para os órgãos de jurisdição internacional. Ninguém os foi buscar em casa, ninguém reconheceu, espontaneamente, os seus talentos, a sua habilidade, no trato com as questões internacionais, pela simples razão de que eles jamais tiveram oportunidade de demonstrar tal capacidade.
Pergunto, para vocês, qual foi a questão internacional que foi resolvida pela “inteligência” de Rui Barbosa? Alguém aí da platéia sabe me responder?
É assim, meus amigos, que as pessoas se projetam: porque se candidatam, porque querem aparecer, porque querem ter seus nomes nos anais, porque fazem qualquer tipo de negócio, para alcançar seus objetivos.
Diz a notícia que “o primeiro cargo pretendido” pela ministra era a Corte de Haia, que não levou. Depois “ seu nome foi cogitado para ocupar o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos,” o que também não levou.
“As tentativas frustradas – diz a notícia – motivaram críticas reservadas dos ministros do Supremo, que não gostaram de ver a colega negociar cargos com o governo e continuar julgando ações, algumas envolvendo o próprio Executivo”.
Aí eu pergunto: e a independência do Judiciário, como é que fica? E esses ministros que criticaram a “colega” têm autoridade moral para tanto? Ou se esqueceram eles de que, sem “padrinhos”, jamais chegariam ao Supremo?
Não vou comentar nada, gente. Só estou mostrando de que “espécie” de gente é composto o Supremo Tribunal Federal.

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