sexta-feira, 29 de maio de 2009

CEGONHA, PAPAI NOEL E JUSTIÇA

CNJ afasta corregedor suspeito de irregularidades


O corregedor-geral da Justiça do Amazonas, desembargador Jovaldo dos Santos Aguiar, será afastado do cargo preventivamente. Ele é alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça. É a primeira vez que o CNJ abre um Processo de Controle Administrativo contra um corregedor, que tem como responsabilidade apurar irregularidades na Justiça.
Segundo o presidente do CNJ, Gilson Dipp, há indícios de "graves violações dos deveres funcionais do magistrado". A recomendação de abrir o Processo, feita pelo ministro, foi acatada, por unanimidade, pelos conselheiros, na sessão plenária desta terça-feira (26/05). A decisão do CNJ é resultado da inspeção feita pela Corregedoria Nacional de Justiça no Judiciário do Amazonas, em fevereiro. Na ocasião foram constatados, entre outras irregularidades, pelo menos 39 procedimentos disciplinares contra juízes e desembargadores em tramitação no Tribunal de Justiça do Amazonas, dos quais 16 estavam "indevidamente paralisados" na mesa do corregedor Jovaldo dos Santos Aguiar, desde julho de 2008.
Antes de decidir pela instauração de Procedimento de Controle Administrativo, a Corregedoria Nacional de Justiça recebeu a reclamação, fez inspeção e promoveu uma sindicância para apurar se houve negligência ou irresponsabilidade por parte do magistrado. Concluída a sindicância, em que o desembargador pode se defender, foram constatadas outras irregularidades como abuso de poder, desvio de poder com intuito doloso de favorecer partes, uso de “laranja”, violação de imparcialidade e conduta incompatível com suas funções, cometidas inclusive, enquanto presidia o TJ-AM.
Enquanto estiver afastado, o desembargador terá suspensas todas as vantagens do cargo como carro oficial, motorista e nomeação de servidores para funções comissionadas. O desembargador deverá ser substituído no cargo de corregedor geral de Justiça e os processos de responsabilidade dele serão redistribuídos. O presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, Francisco Auzier Moreira, será comunicado da decisão do CNJ por ofício em que é solicitado que o desembargador não seja aposentado enquanto durar o processo. Com informações da Assessoria de Imprensa do Conselho Nacional de Justiça.






quinta-feira, 28 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A ARTE DE SER IRRESPONSÁVEL

João Eichbaum

Outro dia um deputado disse alto e bom som que estava se lixando para a opinião pública. Ele havia divulgado, previamente, sua intenção de inocentar um colega seu - aquele que construiu um castelo que era um deboche para os contribuintes e não contribuintes do erário deste país.
Dias atrás, um moça foi estuprada e assassinada, em pleno dia porque, acionada, a Brigada Militar deu de ombros, não tomou providência alguma.
Nesta semana, para completar, um juiz negou a prisão preventiva para membros de uma quadrilha que roubava caminhões.
O deputado que está se lixando para a opinião pública continuará recebendo seus subsídios, suas diárias, e todo aquele dinheiro a que se empresta um monte de nomes.
O policial militar que deu de ombros para o aviso de que uma mulher estava sendo agredida numa rodovia, em plena luz do dia, também vai continuar a receber seu parco, mas garantido soldo.
E o juiz, o meritíssimo, não perderá um centavo dos seus subsídios e continuará no cargo, aconteça o que acontecer, porque é vitalício.
Na verdade, os três estão se lixando para a opinião pública: o Legislativo, na pessoa do deputado, o Executivo, na pessoa do policial militar, e o Judiciário, na pessoa do juiz.
Todos são irresponsáveis e colocam, acima do dever, os seus sentimentos pessoais.
A quem haveremos de recorrer, nós, contribuintes desarmados, para obter segurança, e para ter a certeza de que nosso dinheiro não está sendo simplesmente levado para o bolso e para os castelos dos deputados?
É muito fácil ser “autoridade”. O difícil é ser responsável.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

É ASSIM QUE SE FAZ JUSTIÇA?


TJ-MA gasta 60% do orçamento com gabinetes


Dados colhidos pela Associação dos Magistrados do Maranhão – apresentados em audiência pública promovida pelo Conselho Nacional de Justiça em São Luís – revelam que 60% do orçamento do Judiciário estadual é gasto nos gabinetes dos 24 desembargadores do Tribunal de Justiça. As informações são do jornal O Globo.Mais da metade dos policiais militares cedidos ao TJ-MA presta segurança nas casas dos desembargadores. Eles também usam carros de luxo para deslocamento pessoal."O tribunal padece de má distribuição dos recursos e de falhas na visão de gerenciamento. Tudo que denunciamos não foi resolvido",lamenta o juiz Gervásio Santos, presidente da Associação.Gervásio diz que o dinheiro gasto com esses gabinetes é suficiente para manter funcionando todas as 72 varas de Justiça concentradas na capital. Apesar do apoio ao trabalho do CNJ, o juiz disse que dificilmente as coisas vão mudar no TJ se as desigualdades não forem enfrentadas. Ele recorda o sacrifício da administração do tribunal em 2004, em realizar o primeiro concurso público para servidores na história do Judiciário maranhense. Liminares tentaram sem sucesso barrar a medida. E, até hoje, a prova não foi totalmente assimilada."De uma hora para outra, foram substituídos três mil funcionários. Entrou gente que nada conhecia do sistema. O tribunal parou", recorda-se o presidente do TJ-MA, desembargador Raimundo Cutrim.
Número de comissionados é o maior problema. A inspeção da Corregedoria Nacional de Justiça identificou como maior problema justamente o número excessivo de funcionários comissionados do tribunal, em cargos que deveriam ser preenchidos por servidores concursados; apesar do exame, só 10% das vagas foram preenchidas por concursados.
O maior desafio é fazer os processos andarem. Nas varas criminais, existem quase 1.500 há mais de um mês nas mãos de oficiais de Justiça, e outros 1.600 aguardando cumprimento de expedientes. Juntos, eles representam 24% do total. A inspeção constatou ainda que, na Vara de Entorpecentes, o congestionamento de audiências prejudica o avanço, sendo que parte delas já está agendada para 2010. todas tratam de processos com réus presos. Em 2007, pelo menos 120 representações foram protocoladas contra os juízes na Corregedoria, mas nenhuma teve julgamento.
As inspeções feitas pelo CNJ, desde setembro de 2008, passaram pelos tribunais de Justiça do Maranhão, Bahia, Pará, Amazonas, Piauí e Alagoas, além do Tribunal Militar do Rio Grande do Sul e da Justiça Federal de Belo Horizonte. A maior preocupação da Corregedoria foi rastrear decisões estranhas, muitas envolvendo quantias vultosas que andaram bem mais rápido do que a média, além da má gestão dos cartórios e dos problemas na gestão da estrutura (licitações) e pessoal (nepotismo).

terça-feira, 26 de maio de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

CRÕNICAS SAFADINHAS


CARTAS AO OSMAR



Com muita frequência envio cartas ao Osmar e ele nunca responde. Se puser em linha reta a quantidade de cartas que enviei chegaria, no mínimo, a Coritiba.
Osmar é um correspondente que não corresponde e não responde, mas não desisto.
Nunca vi o Osmar, imagino que ele seja barrigudo e careca, deve ter entre quarenta e sessenta e dois anos, solteiro convicto, não é gay, seu prato favorito é espaguete ao pesto e é grande bebedor de cerveja.
Reconheço que ele tem bons motivos para não me responder e, talvez, o principal deles seja o fato de que ele é apenas uma personagem que acabei de inventar.
Voilás!
Mas vamos a mais uma carta:
Querido Osmar.
Mal baixou a temperatura e as mulheres saíram às ruas com suas calças justas, blusas apertadas e botas de cano longo e salto alto.
Assim, quem viu uma, viu todas.
Qual é o método, querido Osmar, que elas usam para saber como devem se vestir? A impressão que dá é que existe um sistema secreto de comunicação feminina: Esfriou, a roupa é esta.
Eu sei que a moda é ditatorial, mas também sei que nem tudo o que está na moda é bonito o que, no caso, não é verdade porque essa moda das calças justinhas é muito, Osmar, muito bonita..
O fenômeno é impressionante e foi apreciado, no última fim de semana, por milhares de pessoas.
Você sai à rua e percebe que as sandálias, decotes e saias curtas de verão não existem mais: Elas transformaram a metamorfose, redundantemente falando, numa técnica universal, como se utilizassem sensores cerebrais, chips neuróticos, transmissão de pensamento, telepatia avançada, combinando entre si e sem pedir nossa opinião.
Esfriou? Lá vem elas com suas calças justas, nádegas sobranceiras, botas de cano, salto alto e blusa apertada, seios perfunctórios, redondos, pontiagudos, agressivos, aconchegantes, chamativos, repelentes, grandes, imensos, pequenos e mínimos e, nos rostos, a afirmação categórica: pode olhar, mas não vem que não tem. Acesso interditado!
Elas passam por você, Osmar, com o nariz empinado e requebrado, sobre os saltos da botas. É claro que você se vira e vê bundas magras, gordas, pequenas, grandes, formatadas, mal-formatadas, bundas sumárias e bundas barrocas, balançando ou sacudindo, mostrando que há uma perfeita osmose entre a carne comprimida e o tecido da calça justa.
Mal dá tempo para olhar uma e outra já vem passando, Osmar.
Você está no engarrafamento das seis e elas passam pelo seu carro, sem desviar os olhos e o rumo.
As coxas estão ali, modeladas, modelares, coxas após de coxas, nem na procissão do Divino você viu tanta coxa junta. Mas não olham para você, simplesmente passam, o sinal abre e você tem que ir adiante...
Você, Osmar, não se queixa, é claro. Você saboreia. Afinal, por sorte sua, você mora num clima temperado, você mora onde faz frio no outono e no inverno. Graças a ele você ganha um alívio, um alento, uma distração e um nicho de fantasia e ilusão que a primavera e o verão desnudam, com seus decotes alentados, seus biquínis bundeáticos e pulseiras nos tornozelos.
Você sabe disto e não se queixa, Osmar, observando o passarinhar dos corpos femininos comprimidos pelos justíssimos panos.
Nesta época do ano você sonha, você imagina, você calcula que aquela ali, solta e a mercê das próprias carnes, deve desabar tal qual geléia, aquela outra, tão firme e tão rija, desprovida dos anteparos, sacode mais do que gelatina. Mas, em compensação, esta aqui, toda durango, deve ser uma loucura, por dentro e por fora.
Por um momento você se apieda dos habitantes de regiões tropicais. Pensa nos cariocas e na sua eterna confrontação com o corpo desnudo, nos nordestinos à mercê das temperaturas tropicais. E percebe que lá a imaginação tem pouco espaço, lá está tudo á vista, pobres coitados.
Você, Osmar, é da sorte, você pode prevaricar com você mesmo, você tem material para supor, para duvidar e para ocupar noites insones, solitárias e adequadas ao manuseio.
Como é que elas se organizam tão rapidamente? Com certeza isto vem de longe, vem dos tempos quentes, um planejamento eficaz, prevenindo qualquer margem de erro: abaixo de tantos graus, meninas, a roupa é esta!
O que me deixa em frangos, meu caro Osmar, é saber como você lida com tudo isto.
Por acaso você não se rebela?
Em nenhum momento você se sente injustiçado?
Como é que você faz, valente Osmar, para manter essa calma toda? Como você agüenta, placidamente, esta fila alucinada de corpos justos movendo-se diante de você, na porta do banco? Saindo do elevador? Acenando para o táxi? Falando no celular?
Será que elas se movem à mercê de algum instinto gregário? Será que elas reagem a um comando transcendente? Será um caso típico de inconsciente coletivo?
Veja, querido Osmar, o que aconteceu com o clássico “de nada”. Antanhamente você pedia: - Senhorita, pode me alcançar o sal? – Pois não. – Muito obrigado. – De nada.
Hodiernamente você pergunta: - Senhorita, sabe onde fica a rua Xexéu? – Claro, é a segunda esquina, à direita. – Obrigado. – Imagina.
“Imagina”, Osmar. Não é mais “de nada”, é “imagina”. Você agradece e ela pede para você imaginar. Imaginar o que, Osmar?
E todas elas, motivadas pelo mesmo instinto gregário, falando do mesmo jeito, querendo que você imagine alguma coisa, toda vez que agradece um favor.
Não sei você, Osmar, mas para mim é uma espécie de resumo, súmula, uma aférese ou coisa que o valha, de uma frase maior que ela me dedica, quando agradeço: Imagine que faço tudo o que você me pedir, na hora que você quiser. Eu ali: - Muito obrigado. E ela: - Imagina, é só me pedir que eu dou o que você quiser, meu bonitão...
E não poderão me acusar de indelicado, inadequado ou, na melhor hipótese, tarado. Ela me manda imaginar, eu imagino. Cumpro ordens.
Bem, Osmar, por hoje era isto. Espero que você esteja bem e que sua cerveja esteja gelada.
Se não for pedir muito, responda, desta vez.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A NAMORADA, O CACHORRINHO E A GOVERNADORA NO COLO DO CAPITÃO

João Eichbaum

O cara estava com a namorada, com a qual tinha passado um fim de semana na praia. Pois, quando estava voltando, com a sua fofa e o cachorrinho, um beagle de dois anos, para a zona gringa da serra, o cara viu uma coisa estranha. Um caminhão vermelho e um automóvel Fox parados, um homem agarrado numa mulher, pressionando-a contra um guard-rail da estrada. Diminuiu a marcha e começou a buzinar, com a intenção de ajudar a mulher, mas foi ameaçado pelo homem que a agredia. “Os olhos dele me metiam medo”, disse o cara. Então, desistiu. Diz ele que pensou na sua vida, na da sua namorada e na do cachorrinho. Assim: “na hora que ele fez menção de puxar uma arma eu acelerei. Precisava cuidar da minha namorada e do meu cachorro.”
E continuou, descrevendo sua valentia: “aí eu olhei para a cintura dele e vi que não tinha nada. Isso me fez parar mais à frente, a uns trinta ou quarenta metros, e comecei a buzinar até que ele largasse ela. Ele correu para o meio da estrada e correu para o automóvel, fazendo menção de que viria atrás de mim. Saí na curva e acelerei, sem olhar para trás”
Bem, já que a valentia não era o seu forte, pelo menos o cara fez uma coisa que estava ao alcance de sua pouca masculinidade: ligou para a polícia. Quem o atendeu foi um policial que se encontrava a 100 quilômetros do local, mas que nada fez. Só muitas horas depois o automóvel Fox, que o cara tinha visto, chamou a atenção e alguém ligou para outro posto policial. Desse posto ligaram para um terceiro posto, e esse último, finalmente, pediu providências à polícia local.
Pois a mulher agredida foi estuprada e morta, o cara de Caxias se salvou, e se safou, ele, a mina dele e o cachorrinho, mas a polícia não cumpriu com seu dever e até hoje está devendo explicações.
É isso que acontece, quando a segurança, pela qual nós, contribuintes, pagamos, é gerenciada por um “imbecil e incompetente” chamado Estado – como diria o diretor cinematográfico José Padilha.
A segurança só está presente quando despenca um palanque em que a governadora está discursando. Aí tem um capitão, ao lado dela, para carregá-la no colo. Que coisa gostosa, numa hora dessas, é a segurança. O resto, que se foda.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

COISAS DE MINEIRO

via Luiz Cioccri

UAI SÔ

Um mineirinho bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte para os finalmentes. Durante a relação, a americana fica louca e começa a gritar:
- Once more, once more, once more.....
E o mineirinho responde desesperado: - Beozonte, Beozonte, Beozonte.....

O EMPRESÁRIO E O MINEIRIM!

Num certo dia, um empresário viajava pelo interior de Minas. Ao ver um peão tocando umas vacas, parou para lhe fazer algumas perguntas:
- Acha que você poderia me passar umas informações?
- Claro, sô!
- As vacas dão muito leite?
- Qual que o senhor quer saber: as maiáda ou as marrom?
- Pode ser as malhadas.
- Dá uns 12 litro por dia!
- E as marrons?
- Tamém uns 12 litro por dia!
O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
- Elas comem o quê?
- Qual? As maiáda ou as marrom?
- Sei lá, pode ser as marrons!
- As marrom come pasto e sal.
- Hum! E as malhadas?
- Tamém come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
- Escuta aqui, meu amigo! Por quê toda vez que eu te pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou das marrons, sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
- É que as maiáda são minha!
- E as marrons? - Tamém!

A PESQUISADORA E O MINEIRIN

Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho perdido no interior de Minas. - Essa terra dá mandioca?
- Não, senhora. - responde o roceiro.
- Dá batata?
- Também não, senhora!
- Dá feijão?
- Nunca deu!
- Arroz?
- De jeito nenhum!
- Milho?
- Nem brincando!
- Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
- Ah! ... Se plantar é diferente..

quinta-feira, 21 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

O PESSOALZINHO DA ESQUERDA

João Eichbaum


"Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para o cargo em comissão na Presidência da República. A decisão, unânime, foi da Segunda Turma da Corte, que rejeitou o recurso apresentado pela filha de FHC contra a decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, que suspendeu a nomeação. Luciana foi contratada em 1995 pelo então secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge, para o cargo de secretária-geral-adjunta. Na ocasião, petistas entraram com uma ação popular contra a nomeação da filha de FHC. Uma liminar suspendeu os efeitos da nomeação, decisão que foi mantida pelo TRF-1. Para o tribunal, a nomeação contraria o princípio da moralidade administrativa."


Pois é, a filha do Fernando Henrique Cardoso. Vocês se lembram dele? Pois eu me lembro. Há alguns atrás ele, como pensador da esquerda, socialista, etc. batalhou contra o regime militar, se escafedeu, foi parar no Chile, como outros tantos de sua laia. Era tudo gente que queria “libertar” o Brasil do regime militar, queria democracia, queria um regime de esquerda, porque só a esquerda tem moral para melhorar o mundo, no dizer de todos eles.
Quando voltou para o Brasil, ele, o filho do general, se juntou ao Lula e os dois iam para a frente das fábricas distribuir panfletos, pedir melhoria de salário, condições de emprego, etc. prometendo mundos e fundos. Eles, os homens que queriam endireitar o Brasil.
Depois, assumido o poder, nem um nem outro resolveu bosta nenhuma e se tornaram adversários, porque o poder é melhor do que qualquer outra coisa, com a embriaguez do poder qualquer político, como qualquer bêbado, esquece tudo.
São notícias como a que se lê acima que revelam a “moral” dessa gente da esquerda. Assim como o FHC queria que nós sustentássemos o emprego de sua filha, o Lula arranjou tudo para que o seu Lulinha ficasse rico da noite pro dia. Tudo com discurso moralizador.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

QUEREM BOTAR NO DA TIA IEDA

João Eichbaum

Querem, porque querem, botar no da tia Ieda. Começa pelo PT, naturalmente, que costuma fazer que nem quero-quero, canta só do lado em que não está o ninho, isto é, os cartões corporativos, o mensalão, as passagens aéreas pagas com o nosso dinheiro para parentes, namoradas gostosas, companheiros e companheiras, tudo com o aval do Lula, para quem hipocrisia é não aproveitar o dinheiro do povo.
O PT, claro, por questões políticas. A companheirada está assustada, com medo de que, fazendo um bom governo, isto é, pagando as contas, zerando o déficit, pagando o funcionalismo em dia e fazendo sobrar pra algumas obras, a tia Ieda seja reeleita, quebrando uma tradição, pois macho nenhum se reelegeu neste Estado, nem com o bigode tocando nos colhões. E aí, o que sobra para o PT se a Dilma bailar na curva?
Então tem que tocar no da tia Ieda. É a única opção que resta para o PT.
Mas, além do PT, tem o tal de Feijó, que se diz empresário. Empresário de quê, mesmo? Pois é, o tal de Feijó, que certamente se inspirou no Juruna, anda de gravador em punho, em punho nada, escondido no bolsinho do paletó, pra garantir a merda no ventilador. Um adversário ele já nocauteou, o Cezar Busatto, que perdeu a boquinha de secretário de Estado, levou um chute em Canoas e agora está lá em Santa Maria, jogando pra torcida.
Pois o Feijó, de há muito quer botar no da tia Ieda também. Pra pegar a cadeira dela. Eu disse a cadeira, não as cadeiras, ta bom? Pois então já que o caso do Detran está Justiça e a tia Ieda ficou fora dele, o Feijó resolveu atacar, juntamente com o partido dele, o tal de DEM, que foi aliado da Ieda e agora ta caindo fora, pra ficar ao lado do PT.
E pra botar no da tia Ieda sabem o que é que o Feijó anda contando por aí? Que ele recebeu duma empresa vinte e cinco mil (eu disse 25.000) reais, botou tudo numa mochilinha e remeteu, através de um motorista, para o tesoureiro da campanha eleitoral da Ieda.
Vinte cinco mil numa mochilinha? E entregue para um motorista?
Bom, a firma que o Feijó diz que deu o tal dinheiro, diz que não deu bosta nenhuma. O tesoureiro da campanha diz que só recebeu uma mochilinha com brindes.
Conta outra, Feijó. Arruma outra estória pra botar no da tia Ieda. Da carochinha não vale. Vinte cinco mil numa mochilinha? Só se for a mochila do Papai Noel, porque nele qualquer criança acredita.
Bem, dinheiro na mochila, pro PT é crime, é sacanagem, é corrupção. Se fosse na cueca, aí seria outra coisa e nem precisaria de CPI.

terça-feira, 19 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

VAI POSAR PRA NÓS NA PLAYBOY OU NÃO VAI?

João Eichbaum

Tem cara e jeito de gostosa. Loira, diga-se de passagem, não sei se de farmácia ou não. Mas é loira. O corpo, pelo que se viu na televisão, não é de se jogar fora. Pra uma coroa de 43 anos, ta tudo em cima. E aquele olhar de vítima penaliza a qualquer um, dá vontade de lhe passar a mão nos cabelos loiros e trazê-la carinhosamente para um peito amigo.
Deixem-me apresentá-la, se é o que vocês querem.
Chama-se Magda Cunha Koenigkan e costumava reluzir nas colunas sociais de Brasília. Com aquela gostosura toda, tinha que reluzir, mesmo. Seu ex-marido, Marcos Koenigkan é empreiteiro. Empreiteiro sugere um tipo grosso, mal falquejado, mas empreiteiro em Brasília tem outra qualidade, além das mencionadas: é rico. Sabe como é, tem as obras públicas, tem o dinheiro do povo, essas coisas. Então o cara fica rico, se torna “marchand”, vende imóveis de luxo e só pode ter uma mulher gostosa.
Bem, não me perguntem o que foi que aconteceu, que eu não sei. Com mulher gostosa tudo pode acontecer e com um grosso rico também.
Pois a Magda se separou do Marcos e conheceu o Marcelo Cavalcante, o “embaixador” do Rio Grande do Sul em Brasília. Conheceu o cara num dia, numa festa, e dois dias depois já tava botando sua escova de dentes junto com a dele, vivendo bem, voltando a aparecer nos jornais, curtindo viagens e festas. Só que isso durou pouco: menos de dois anos, depois o tal de Marcelo apareceu boiando no Lago Paranoá, mortinho da silva.
É que a vida dele e, conseqüentemente, a dela tinha dado pra trás. A tia Ieda Crusius destituiu o cara, por causa de uns rolos que envolviam o nome dela e a boa vida do casal foi pras cucuias. Além de ter que pagar pensão pra uma filha, o cara pagava o aluguel da casa em que morava com a loira gostosa. Em pouco tempo estava nadando em dívidas e apareceu afogado.
Se com ele a vida da gostosa já estava se tornando uma merda, imaginem sem ele. Aí ela queria pensão e, como não deu, pediu ao deputado Cláudio Diaz, um emprego para seus três filhinhos, todos com mais de vinte anos.
Bem, esse é o currículo da loira que estragou a vida da tia Ieda, contando coisas que o companheiro lhe havia contado. Tudo na base do “diz”. Mas como o PT não se importa com a verdade e sim com a política, desde que não envolva cartões corporativos nem mensalão, resolveu pedir a instauração de uma CPI, tudo com base no diz-que-diz da gostosa.
Da minha parte, estou me lixando para a CPI, mas já estou me preparando pra ver a gostosa na Playboy, porque estrias e gordurinhas não aparecem nas fotos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

JUÍZES & JUÍZES

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça acolheu recurso da United Cinemas International Brasil Ltda. (UCI) para anular pedido de indenização por danos morais concedido a um juiz e seu filho.
Na ação os autores alegam que a empresa os impediu de assistir a um filme não recomendado à idade da criança. A relatora, ministra Nancy Andrighi, considerou que tal atitude revelou-se adequada ao princípio de prevenção dos interesses especiais da criança e do adolescente.
O fato ocorreu em fevereiro de 2000, quando o magistrado e seu filho foram juntos ao cinema e, após entrarem na sala, foram retirados pelos funcionários sob o argumento de que o filho não teria idade para assistir ao filme. Na época, era vigente a Portaria n. 796 de 2000 do Ministério da Justiça, que regulamentava, de forma genérica, a classificação indicativa para filmes.

Por um lado, o mau exemplo de um pai, um magistrado, que leva filho menor ao cinema, para assistir a filme impróprio. Retirado do cinema, ingressa com ação indenizatória, por danos morais, a já velha indústria dos danos morais. Seus colegas de primeiro grau lhe concederam a indenização.
Todo mundo sabe que são os juízes de primeiro grau os aplicadores do Estatuto da Criança e do Adolescente. Daí vem a pergunta: que moral têm juízes que incentivam filmes impróprios para os filhos para aplicar dita lei?
Felizmente há, no outro lado, juízes que realmente assimilam o espírito da lei, como a relatora do processo no STJ, que deu uma lição de como educar os filhos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

UM VENTO LOUCO CHAMADO NORTE

João Eichbaum

Ele se encaixa com perfeição nas especificações requisitadas pela chatice e arma o maior barraco. É morno, feito de um calor que o corpo humano recusa, mas não tem forças para o repelir. O corpo amolece, se entrega, se sente deslocado, perde as propriedades que o tornam feliz, fazendo a gente preferir um vinho vagabundo em copo plástico àquele cheio de pó morno.
O vento se revira em si mesmo e dá cambalhotas, varre Santa Maria de alto a baixo, atropela as pessoas sem pedir licença, cria estranhos ruídos, invade qualquer porta aberta, assusta operários nos andaimes, participa de todos os eventos com a impropriedade de seu ímpeto e do seu indesejável calor. Transforma-se em personagem sinuoso e, triunfante, atravessa qualquer obstáculo que não esteja preparado para enfrentá-lo e mandá-lo de volta, mas contorna tudo o que opõe resistência às suas loucuras de trânsfugo e não faz outra coisa senão atucanar e atrapalhar a vida das pessoas, fazendo da paisagem da cidade uma foto tremida.
O vento norte não entra em acordo com ninguém e com nada. Confia apenas na sua força, no seu calor amolecedor, na sua loucura implacável, no seu espírito sacana, capaz de botar o céu no lugar errado.
É um vento que deixa na miséria anímica ou enlouquece qualquer um, por segundos, afrouxando energias e abortando forças. Destrói e não reconstitui, derruba e não reergue, abate e não reanima, atiça, paradoxalmente, o desânimo, impõe sua presença, a nada se apega, capitaliza o marasmo e o mau humor. Entra na cidade com o desespero de quem quer sair logo dali, se esquecendo de que tem um rabo imenso, que dura três dias, desatinado, interrompendo propósitos de felicidade e deixando todo mundo a viajar na maionese.
Ele é um fantasma que não assusta, não assombra, mas atrapalha. Fantasma, porque é feito de vento, mas atrapalha porque se intromete na vida das pessoas e assassina, com volúpia, necessidades singulares. Ele não dissimula, não se esconde, não disfarça o seu itinerário, não se envergonha de ser assim, desorganizado, sem data para aparecer e de perder, fragorosamente, para a chuva que lhe vem no encalço.
Pois nasci na cidade desse vento louco, turbinado, que dança com as árvores, brinca de rodopiar com as folhas, levanta nuvens de pó e, no meu tempo, aguçava a curiosidade dos marmanjos despudorados, fazendo subir as saias plissadas das meninas, naquele ponto cruel, a esquina da Venâncio Aires com a Avenida Rio Branco.
Hoje, longe e livre, dele não sinto saudade, mas tenho lembranças não muito vagas, das saias plissadas que rodopiavam alto, sem dar a mínima chance para mãozinhas desesperadas que procuravam esconder a cor das calcinhas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

COISAS DE MINEIRO -VIA LUIZ CIOCCARI

MINEIRIM NO RIDIJANEIRO

Um mineirim tava no Ridijaneiro, bismado cas praia, pé discarço, sem camisa, caquele carção samba canção, sem cueca pur dibacho. Os cariocas zombano, contano piada de mineiro. Alheio a tudo, o mineirim olhou pro marzão e num se güentô: correu a toda velocidade e deu um mergúio, deu cambaióta, pegô jacaré e tudo mais. Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e grudadim na pele. Tudu mundo na praia tava oiano pro tamanho do 'amigão' que o mineirim tinha. O bicho ia até pertim do juêio...A turma nunca tinha visto coisa igual. As muié cum sorrisão, os homi roxo dinveja, só tinham olhos pro bicho. O mineirim intão percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:
-Qui qui foi, uai? Seus bobãum... vão dizê qui quando oceis pula na agua fria, o pintim doceis num incói tamém...?

TRAIÇÃO À MINEIRA

O amigo chega pro Carzeduardo e fala:
- Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
- Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
- Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
- Duvido! Ele não teria corage....
- Mais teve! Pode confiri.
Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que sai de casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta. Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanage.
Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o que houve. E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
- Foi terrive di vê!!!... ele jogou ela na cama, tirou a brusa.... e os peito caiu....tirou a carcinha...e a barriga e a bunda dispencaro...... tirou as meia...e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda. E eu dentro do guarda roupa, cas mãos no rosto, pensava: 'Ai...qui vergonha que tô do Arcide!!!'

quarta-feira, 13 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

Isso é uma vergonha!!!
Marisete


EIS A JUSTIÇA BRASILEIRA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eis o porquê da expressão:'deixar o cachorro passar e implicar com a pulga'Isso foi exibido em todos os telejornais noturnos na quinta feira.Paulo, 28 anos, casado com Sônia, grávida de 4 meses, desempregado há dois meses, sem ter o que comer em casa foi ao rio Piratuaba-SP a 5km de sua casa pescar para ter uma 'misturinha' com o arroz e feijão, pegou 900gr de lambari, e sem saber que era proibido a pesca, foi detido por dois dias, levou umas porradas. Um amigo pagou a fiança de R$ 280,00 para liberá-lo e terá que pagar ainda uma multa ao IBAMA de R$ 724,00. A sua mulher Sônia grávida de 4 meses, sem saber o que aconteceu com o marido que supostamente sumiu, ficou nervosa e passou mal, foi para o hospital e teve aborto espontâneo. Ao sair da detenção, Ailton recebe a noticia de que sua esposa estava no hospital e perdeu seu filho, pelos míseros peixes que ficaram apodrecendo no lixo da delegacia.Quem poderá devolver o filho de Sônia e Paulo?
Henri Philippe Reichstul, de origem estrangeira, Presidente da PETROBRAS.Responsável pelo derramamento de 1 milhão e 300 mil litros de óleo na Baía da Guanabara. Matando milhares de peixes e pássaros marinhos. Responsável, também, pelo derramamento de cerca de 4 milhões de litros de óleo no Rio Iguaçu, destruindo a flora e fauna e comprometendo o abastecimento de água em várias cidades da região. Crime contra a natureza, inafiançável.Encontra-se em liberdade. Pode ser visto jantando nos melhores restaurantes do Rio e de Brasília.
Esta é uma campanha em favor da VERGONHA NA CARA.Eu já divulguei, e você? Faça sua parte, não demora em nada.(Março/2009)
Eng. Renato Esdras Leal VicecontiPerito Criminal(51)9804-0978

terça-feira, 12 de maio de 2009

COISAS DE MINEIRO - VIA LUIZ CIOCCARI

CUNVERSA DE MINEIRIM

- Cumpadi, muié é bicho estranho, num é mêsss???
- Num gosta di pescá....
- Num gosta di futebor...
- Num sabi contá piada...
- Num toma umas pinguinha....
- Óia, cumpadi....si num tivesse xoxota, eu nem cumprimentava.

MUIÉ MINEIRA

Os dois cumpadres pitavam o cigarrim de paia e prosiavam. Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mesmo aquela coisa que as muié tem (faz um sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, é vermeia e que come terra?
Uai...quentim... vermeia..? A gente gosta? Uái sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!!
O outro dá uma pitada no cigarro:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu treis fazenda.

DIPROMA
O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali. Ele chama:
- Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudar em Belzonte e ela voltou com ele!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

NO SUPERMERCADO
Paulo Wainberg


Gosto de ir ao supermercado. Não muito, mas quando estou lá, gosto.
Sucede que, no último ano, por razões estruturais e conjunturais, coube a mim o exercício da crucial tarefa, embora minha esposa, se perguntada, afirmará que eu nunca vou ao super.
Você, que é casado, me entende.
Bem.
Uma ida por semana para o “grosso”, também conhecido como O Rancho, e várias outras, esporádicas e eventuais, para comprar aquilo que você só sabe que falta quando precisa: frios na hora do café, cotonetes, sabonete e xampu, fósforos e palitos.
Aparentemente, fazer compras em supermercado é uma tarefa fácil, que não exige maior perícia. Afinal tudo o que você precisa é seguir a lista de produtos que a secretária do lar, a trabalhadora doméstica, a empregada, em suma, elabora com sua letra perfeita para quem tem a idade mental de cinco anos.
Você segue aquela ordem e vai ensacando as coisas, coloca dentro do carrinho, paga, bota no carro, vai para casa, descarrega e pronto. Salvo quando, por alguma razão a doméstica não está, sua mulher está indisposta e você tem que guardar as coisas nos seus devidos lugares.
No meu caso o devido lugar é a geladeira para tudo o que veio gelado. O resto fica placidamente depositado sobre o balcão da pia.
Não, não é má vontade, não me entenda mal e não me critique: é que não sei onde é o lugar das coisas.
Isto eu aprendi, à custa de muito sofrimento: a cozinha é um local misterioso, com lógica própria e personalíssima, incomum e muito, mas muito perigosa.
Bem.
Depois da décima ida ao super, me localizei, o que foi muito bom. É muito bom saber o lugar das batatas, das frutas, dos enlatados, das bebidas. É bom, também saber onde fica o açougue, as saídas apropriadas dos labirintos, também chamados corredores e respectivas gôndolas.
É bom adquirir esse conhecimento que lhe evita zanzar como barata num imenso território, atrás dos produtos da lista, indo para lá e para cá e descobrindo, passo a passo, que num mesmo corredor você pode comprar várias coisas.
Para isto é fundamental ir sempre ao mesmo super, método que adotei como um imperativo categórico. Mesmo assim ainda me surpreendem quando reformulam o labirinto, trocando a ordem das coisas.
Comprar no super é fácil, difícil e mortal. Cebolas, frutas, tomates e carnes é a parte fácil. Ceras, detergentes, rações e sacos de lixo é a parte difícil. Mortal é quando você, seguindo fielmente a lista, as cenouras devidamente ensacadas, os refrigerantes enfileirados e as gelatinas aglutinadas, depara-se com o seguinte item: Albion!
Exatamente, meu caro, foi-lhe solicitada a compra de Albion! É neste momento que você pede para morrer: o que é Albion? Para que serve? É de comer ou de lavar? O que fazem, na sua casa, com um Albion?
Quando isto me aconteceu, estanquei. Literalmente paralisado, olhei para os lados movendo apenas os olhos. Albion, Albion, nenhum Albion nas gôndolas repletas entre as quais em me encontrava. E nenhum atendente ou funcionário do supermercado por perto. Apenas uma senhora, de aparência apressada, jogando uma mangueira de jardim dentro do carrinho.
- Desculpe, minha senhora - falei, com medo que ela me achasse um tarado querendo coisa. – O que é Albion?
A mulher, segurando uma pá de jardineiro como se fosse decepar-me, respondeu:
- Albion?
- Sim, olhe aqui – e mostrei a lista para ela.
Ela olhou atentamente, inclusive botou os óculos, coçou o nariz e, com um sorriso feio (ela era feia, muito feia), disse:
- Honestamente, nunca ouvi falar.
Pronto! Eu estava definitivamente perdido. Se uma mulher, dentro do supermercado, nunca ouvira falar em Albion...
Resolvi dar o assunto por encerrado. Algo assim como: você está sozinho em casa e vai-se encontrar com a família na casa de amigos. São nove da noite e, já na porta, ouve o som de água correndo. Intrigado você vai atrás do som e, ao chegar na cozinha (zona de perigo), vê o chão alagado e percebe a água correndo por baixo da geladeira. Dá uma olhadinha, pelo lado, e percebe que o jorro vem de um cano que deveria estar conectado ao refrigerador, água destinada a produzir gelo, pois o seu aparelho é “ice Magic”, ou “free frost” ou coisa assim, seja isto lá o que for.
Você faz o que? Hein?
Eu fingiria que não vi, iria encontrar minha família e, na volta, minha mulher que visse o estrago e resolvesse o problema. Não sem o meu integral apoio.
Foi o que fiz no supermercado: esqueci o Albion e prossegui na tarefa de colocar no carrinho os itens propostos pela trabalhadora do meu lar. A lista, escrita numa folha de caderno, de cima para baixo, mais ou menos nessa ordem: cebola, tomate, maçã, detergente, desodorante, formol (eu acho que tinha formol), solvente, dissolvente, vassoura, cem sacos de lixo (achei uma loucura, mas obedeci), maionese dietética, requeijão em copo, papapá, pereré e coisa e tal e lá embaixo, espremido entre panos de prato de flanela e o fim da folha: passe bem.
Cá comigo, pensei: “Delicada a empregada, olha só! Coisa rara, hoje em dia”. Por certo ela, sabedora das agruras que me esperavam, tivera uma espécie de epifania, uma revelação da própria cortesia interior, desejando-me, na sua forma singela e rudimentar de se expressar, tudo de bom.
Naquela noite, em casa, conversando com minha esposa, comentei a gentileza da empregada e, para minha surpresa, ela caiu na gargalhada. Gargalhada mesmo! Daquelas que não terminam, de tirar o fôlego e provocar acesso de tosse.
Quando ela ultrapassou a crise, esclareceu-me: Passar Bem é a marca de um produto para passar as roupas, inclusive as minhas camisas que, sempre gosto bem passadas.
Mais um capítulo negativo na minha saga em busca dos bons sentimentos. Não, a empregada não estava me desejando tudo de bom, ela queria que eu comprasse Passar Bem.
Dormi, naquela noite, desiludido e frustrado. Aquela alegria que senti pela aparente demonstração de solidariedade, esfumara-se como a fumaça dos meus cigarros.
E, na manhã seguinte, descobri que Albion é uma marca de papel higiênico.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Via Luiz Cioccari

NUDEZ MINEIRA

Dois cumpadre de Uberaba tavam bem sossegadim fumando seus respectivo cigarrim de paia e proseano. Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta pro outro:
- Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
No que o outro respondeu:
- Acho bão, sô!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de novo:
- Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
E o outro:
- Uai! É mió nudês do que nunosso, né mesmo?


COLABORAÇÃO DA VIVIAN
Marido e mulher vão ao psicólogo após 20 anos de matrimônio.Quando são perguntados sobre o problema, a mulher tira uma lista longa e detalhada de todos os problemas que teve durante os 20 anos de matrimônio:... pouca atenção, falta de intimidade, vazio, solidão, não se sentir amada, não se sentir desejada... A lista é interminável.Quando ela termina de ler a lista, o terapeuta se levanta, se aproxima da mulher, pede a ela que pare e lhe dá um abraço e a beija apaixonadamente enquanto o marido os observa desconfiado...A mulher fica muda e senta-se na cadeira meio aturdida...O terapeuta se dirige ao marido e lhe diz:
"Isto é o que sua esposa necessita ao menos 3 vezes por semana. Pode fazê-lo?"
O marido medita um instante e responde:
- Bem, posso trazê-la aqui nas segundas e quartas... Mas nas sextas... tenho futebol.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

COISAS DO LUGO

NOVAS REGRAS PARA O JOGO DE XADREZ NO PARAGUAI


Agora só quem pode comer é o bispo

Colaboração da Catiúcia


Uma solteirona descobre que uma amiga ficou grávida só com uma oração que rezou na igreja de uma aldeia. Dias depois foi a essa aldeia e diz ao padre:
- Bom dia, padre.-
Bom dia, minha filha. Em que posso te ajudar?-
Sabe, padre, soube que uma amiga veio aqui e ficou grávida só com uma ave-maria.
Não, minha filha, foi com um padre nosso, mas já o despedimos… Agora ele entrou para a política no Paraguai!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

CRÔNICAS DISCURSIVAS


PANDEMIA E PANDEMÔNIO
Paulo Wainberg

Já lhes aconteceu, querido amigo, estimada amiga, de confundir alhos com bugalhos?
Alguma vez você, no supermercado, pegou um pé de bugalho na mão e afirmou, categórica e definitivamente e em evidente confusão: isto é um pé de alho?
Você já colocou bugalho no espaguete ao alho e óleo? E, durante o jantar, sentiu a diferença?
Você já pendurou pencas de bugalhos nas aberturas da casa, para afastar os vampiros? E depois foi mordido por um?
Você já mastigou bastante bugalho, com cachaça e canja de galhinha, para curar uma forte constipação? E continuou espirrando?
Qual é o cheiro do bugalho?
Porque o do alho, na boca, é brabo. Todo o gostinho bom do alho sucumbe ao que ele faz com o hálito da donzela. Ou do mancebo.
Eu sempre digo: coma alho e retire-se!
Já lhe aconteceu de comer bugalho?
Comigo, sinceramente, nunca aconteceu. Jamais confundi um bugalho com alho. Nem conheço alguém que tenha caído em tal armadilha.
Este assunto me veio à cabeça porque sou um contestador permanente dos fatos tidos como aceites, definitivos e incontestáveis.
Dogmas.
Vivem dizendo para não confundir alhos com bugalhos e, quando pergunto o que são bugalhos, ninguém sabe me responder. Fui consultar, no Google é claro, e descobri que bugalho é muito parecido com alho, desde que se encontre uma árvore de bugalho, se é que bugalho dá em árvore.
É o caso da vinda do presidente do Irã ao Brasil, por exemplo. O homem – no sentido mínimo da palavra – é raivoso, racista, antissemita, prepotente, arrogante, pregador da guerra e da destruição, vinha ao Brasil, onde seria recebido pelo Presidente Lula e pelo Corpo Diplomático, tendo em vista interesses comerciais.
Aliás, como será um corpo diplomático? Imagino o de uma mulher tatuada, de alto a baixo, com passaportes.
Acho que manter relações comerciais com o Irã é muito bom para o Brasil e muito bom para o Irã. Estes são os alhos.
Mas receber, com honras de chefe de estado, tal sanguinário personagem, aí estão os bugalhos.
Não cabe mais à nossa geração e às que nos sucedem, aceitar radicalismos destruidores, sejam de que natureza forem.
Não há espaço, no mundo moderno e suas maravilhosas conquistas, para ideais obsoletos, nacionalismos purgatórios, supremacias raciais, religiosas e éticas.
Eu, pelo menos, acredito nisto.
Acredito que a globalização é um fato e que uma jovem iraniana sabe perfeitamente o que se passa na cabeça de um rapaz americano, simplesmente acessando a internet, por mais que a proíbam de acessá-la.
Não vejo razão para que existam, no mundo, bolsões de miséria, de doenças, de genocídios e de obscurantismo em geral.
Não há mais lugar para bugalhos, neste Planeta.
Porém, infelizmente, eles existem, a contaminar nosso alho e nossa sopa. Estão aí, como o presidente do Irã, como os terroristas de todo o gênero, como as grandes corporações a transfigurar a globalização e a distorcê-la como fato econômico, fonte de lucro, riqueza e poder.
Bugalhos proliferando, como as drogas, o alcoolismo, a imprudência e a impudícia. Como o crime organizado, a indústria poluente, o capitalismo feroz, o comunismo elitista, o nazismo revisto, a corrupção institucional, as perdas e ganhos, os danos morais, os modus operandi, a discriminação e o jogo sujo.
Estamos na era do futuro, hora de separar o joio do trigo, de extirpar a febre aftosa, de combater o vírus e nunca mais confundir alhos com bugalhos, assim mesmo, no plural.
A iminência de uma pandemia ajuda a refletir sobre o pandemônio: Se somos capazes de unir as nações para combater um vírus de gripe – supondo que não seja verdadeira a teoria da conspiração, segundo a qual o vírus foi criado pelos farmacêuticos – somos também capazes de extirpar os homens-virus que, como o presidente do Irã, os neonazistas, os xenófobos, os racistas discriminadores, os corruptos e seus corruptores e os terroristas em geral, querem uma pandemia de terror e um pandemônio permanente, a garantir-lhes o espaço virulento onde podem chafurdar e exercer o poder.

terça-feira, 5 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

UM TAL DE DIREITO

João Eichbaum

Parece que o cara se chama Carlos Alberto Menezes Direito. O nome eu não sei bem como é. Mas, o sobrenome é Direito.
Porra de sobrenome, não?
Pois é. Esse senhor, segundo noticiam os jornais, é Ministro do Supremo Tribunal Federal. E é um cara ligado à Igreja Católica, Apostólica, Romana. Para ter idéia de como ele é ligado à tal religião, vocês se lembram do caso aquele das células tronco? É, aquele caso que estava sob julgamento do Supremo Tribunal Federal, para se saber quando é que começa a vida.
Pois o senhor Direito – Ministro do Supremo Tribunal Federal – na hora “H”, pediu vistas do processo e sentou em cima dele. A nação inteira ficou à espera do voto do tal de ministro, para saber como continuaria o julgamento da questão.
É que claro que não seria necessário pedir “vista” porra nenhuma, porque o que estava em discussão era uma questão de direito e não de fato. Mas o senhor Direito, quer porque não conhecia o direito, quer porque não passava de um fantoche da Igreja Católica, simplesmente pediu “vistas”. E aí o julgamento se interrompeu.
Pois o senhor Direito agora está nas manchetes, não por ser católico, apostólico, romano, mas por ser um aproveitador.
Acontece que ele, enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal, mandou ofícios à Polícia Federal e à Receita, para que deixassem passar incólumes, na alfândega, seu filho, sua nora, sua mulher e outros menos votados, quando desembarcassem de voos internacionais. Mordomia pura. Ele, o senhor Direito, queria o torto.
Agora a gente ficou sabendo que essa é uma “resolução” do Superior Tribunal de Justiça: seus componentes não são cidadãos comuns, porque estão acima da galera. Eles têm sala VIP, não podem ser revistados pela Polícia, nem pela Receita. Ou seja, podem contrabandear à vontade.
Gente, quem é acredita na Justiça? Quem é acredita no senhor Direito, esse que é um cara como qualquer um de nós, que caga, mija, come, dorme, fode, mas tem o privilégio de sonegar informações à Receita Federal? Tal privilégio nós, que cagamos, mijamos, comemos e fodemos como ele (ou melhor do que ele, talvez) não temos.
Puta que o pariu!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

NA FALTA DE COISA MELHOR
Paulo Wainberg


De uma coisa eu tenho certeza: se eu tiver a capacidade de evoluir com a rapidez de um vírus, ninguém me segura.
Portanto, nesta incansável tarefa de encontrar soluções para os problemas mais graves da Humanidade, que tem ocupado boa parte dos meus trinta e sete minutos de lucidez por dia, venho hoje apresentar um plano diabólico para controlar as manifestações viróticas que tanto tem preocupado e adoecido a Humanidade e ocupado os noticiários e aeroportos.
Imaginei introduzir, no mundo viral, um agente secreto, nada mais nada menos do que um vírus ambientalista, de esquerda de preferência, do PT ou PSOL se possível, com graduação superior em Burocracia, no Senado, com perdão da má palavra.
Já tenho até o nome de meu vírus espião: PW31. PW, é claro, são as minhas iniciais, e 31 é a idade que eu gostaria de ter hoje.
Diante da massa viral evoluindo, naquela agitação natural de quem quer empreender e modificar o mundo, PW31 estabelece as futuras normas de procedimento, democráticas, para que a evolução dos vírus não sirvam aos interesses exclusivos da elite.
A primeira coisa é mapear o corpo humano, habitat natural deles:
- Não podemos permitir que áreas nobres, como pulmões, coração, fígado e rins sejam sonegados ao povo em troca de ganhos absurdos de grupos virais privilegiados. Não! Todos os vírus tem o direito de usufruir dessas regiões. Os projetos empreendedores vão elitizar aquilo que é de todos e isto é inconcebível.
Por instantes os vírus em mutação paralisam, tomados pela surpresa. Como assim? Depois de duras horas de trabalho e incontáveis perdas, na luta para arregimentar defesas contra antibióticos e outras agressões medicinais? Após segundos intermináveis na implementação bioquímica, para a transformação da espécie?
Ao mesmo tempo, milhares de vírus um grau abaixo na evolução, conhecidos na sociedade como os anteriores, vibram. Finalmente alguém se interessa por eles, pelos direitos deles.
- O Povo é do povo! – gritam em coro.
Meu espião, como se fosse um vereador de oposição, sabendo que a lógica dos anteriores obedece ao princípio segundo o qual, se eles não podem usar, ninguém pode e deixa como está, prossegue, mantendo os mutantes imóveis, paralisados e incapazes de cumprir seu destino de disseminar e ocupar mais e mais organismos, através da, por exemplo, gripe suína:
- O estômago, este rico manancial, um paraíso ambiental formado por sucos gástricos onde vermes, muitos em extinção, usufruem dos bolos fecais, não pode parar nas mãos de alguns poucos vírus da elite. São estes que nos arruínam, que impedem que os fluxos naturais, como os intestinos, escoem. Não, meus amigos, agora basta!
Nas arquibancadas, os mutantes vaiam e os anteriores aplaudem. Um início de briga agita o plenário, mas a turma do deixa disto logo entra em ação, aplacando os ânimos.
- A partir de hoje – continua PW31 – fica criada a Secretaria Gerencial da Ocupação dos Espaços, que irá examinar os projetos de evolução e seus impactos, inclusive nas articulações e nos joanetes.
Vaias e aplausos.
- A Comissão Interviral de Proteção à Lombriga será encarregada de analisar e aprovar as ações poluidoras de vírus mutantes na bexiga, acnes e no reto.
Mais aplausos do que vaias.
Ficam criadas duas ONGS e uma OCIPE: Uma ONG terá como lema: “Salvem os Espermatozóides” e atuará no corpo masculino. Outra ONG terá como lema: “Salvem os óvulos e os ovários também” e atuará no corpo feminino. A OCIPE estabelecerá as parecerias público-privadas entre as duas ONGS.
Muitos aplausos e pouquíssimas vaias. Lentamente a ala dos vírus mutantes esvazia, milhões de seus integrantes saindo às veias e artérias, cabisbaixos e com ar de desânimo. A turma dos vírus anteriores aumenta avassaladoramente.
Por fim o meu espião dá o golpe mortal no grupo dos mutantes, acabando definitivamente com suas defesas e resistências, não lhes restando outra alternativa que não a de serem expurgados e banidos, através das veias sudoríferas, lacrimais, no xixi e no cuspe:
- Fica instituído o Plano Diretor que vai regulamentar as construções e outras obras. Qualquer tipo de tumor, benigno ou maligno, cânceres de toda a espécie, quistos sebáceos, aumentos de próstata, fígado e inchaços em geral, formação de calos, cancros moles, cancros duros e alhures, terá que seguir os trâmites e só será aprovado se preencher os requisitos constantes das portarias, instruções normativas, cálculos biliares, padrões neoplásicos que, oportunamente, serão editados e, mais tarde, devidamente regulamentados.
As galerias lotadas pelos vírus anteriores vêm abaixo, meu espião é imediatamente aclamado e eleito Presidente Perpétuo da Comunidade Virótica.
Enquanto isto, o último vírus mutante, derradeiro sobrevivente da espécie, melancolicamente joga-se nas geléias de um glóbulo branco, praticando o suicídio.
Provavelmente a Indústria Farmacêutica vai me processar, trucidar, esquartejar ou, na pior das hipóteses, acabar comigo, mas isto é outra crônica.
Como falei lá em cima, se eu evoluir com a velocidade de um vírus, ninguém me segura.