terça-feira, 5 de maio de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

UM TAL DE DIREITO

João Eichbaum

Parece que o cara se chama Carlos Alberto Menezes Direito. O nome eu não sei bem como é. Mas, o sobrenome é Direito.
Porra de sobrenome, não?
Pois é. Esse senhor, segundo noticiam os jornais, é Ministro do Supremo Tribunal Federal. E é um cara ligado à Igreja Católica, Apostólica, Romana. Para ter idéia de como ele é ligado à tal religião, vocês se lembram do caso aquele das células tronco? É, aquele caso que estava sob julgamento do Supremo Tribunal Federal, para se saber quando é que começa a vida.
Pois o senhor Direito – Ministro do Supremo Tribunal Federal – na hora “H”, pediu vistas do processo e sentou em cima dele. A nação inteira ficou à espera do voto do tal de ministro, para saber como continuaria o julgamento da questão.
É que claro que não seria necessário pedir “vista” porra nenhuma, porque o que estava em discussão era uma questão de direito e não de fato. Mas o senhor Direito, quer porque não conhecia o direito, quer porque não passava de um fantoche da Igreja Católica, simplesmente pediu “vistas”. E aí o julgamento se interrompeu.
Pois o senhor Direito agora está nas manchetes, não por ser católico, apostólico, romano, mas por ser um aproveitador.
Acontece que ele, enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal, mandou ofícios à Polícia Federal e à Receita, para que deixassem passar incólumes, na alfândega, seu filho, sua nora, sua mulher e outros menos votados, quando desembarcassem de voos internacionais. Mordomia pura. Ele, o senhor Direito, queria o torto.
Agora a gente ficou sabendo que essa é uma “resolução” do Superior Tribunal de Justiça: seus componentes não são cidadãos comuns, porque estão acima da galera. Eles têm sala VIP, não podem ser revistados pela Polícia, nem pela Receita. Ou seja, podem contrabandear à vontade.
Gente, quem é acredita na Justiça? Quem é acredita no senhor Direito, esse que é um cara como qualquer um de nós, que caga, mija, come, dorme, fode, mas tem o privilégio de sonegar informações à Receita Federal? Tal privilégio nós, que cagamos, mijamos, comemos e fodemos como ele (ou melhor do que ele, talvez) não temos.
Puta que o pariu!

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