quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

NÓS, PRIMATAS

A TURMA DE COPENHAGUE

João Eichbaum

Tem uma turma grande na bela cidade de Copenhague, tentando salvar o mundo. Um monte de “jesus cristos” que quer fazer alguma coisa contra os efeitos do aquecimento solar.
Brasileiros, vocês sabem quantos lá estão, integrando a representação oficial do Brasil?
Nada menos do que setecentos.
Mais de trinta e quatro mil pessoas se credenciaram para participar da conferência. A ONU parou de emitir crachás, quando o número de interessados chegou a quinze mil.
Macaco é macaco mesmo. O homem não se dá conta de suas limitações, exatamente por continuar macaco. O que é que pode resolver uma conferência dessas? Que força pensam ter os primatas para conter a natureza?
A idiotice é tamanha que começa por aí: trinta e quatro mil visitantes, reunidos numa só cidade. Já pensaram o que representa isso? Será que os salvadores do mundo ainda não perceberam que é exatamente o excesso de gente que está exigindo as reações da natureza, que quanto mais gente, mais papel higiênico e mais esgoto são necessários?
Claro, não é só isso. Há o problema do desmatamento, do estrangulamento dos rios, da poluição das águas, etc. etc.
Mas não é necessário reunir tanta gente para que se chegue à conclusão de que os problemas do mundo estão resumidos em duas questões: a ganância e a falta de educação, no sentido de uma consciência universal.
Não serão as trinta e quatro mil pessoas interessadas na conferência que irão resolver os problemas. Os problemas são internos, de cada país e sua solução passa por decisões políticas, somente políticas. Para isso, não é necessário reunir tanta gente em Copenhague.
Mas, acima de tudo, está o óbvio, que são os caprichos da natureza. E já que perguntar não ofende, eu pergunto: e a era glacial, de um milhão de anos atrás, foi devida a quê?
Que cada país faça sua parte, mas não precisa reunir tanta gente para isso, pois uma coisa é certa: contra a natureza ninguém pode.

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