quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O CONTO DO VIGÁRIO


João Eichbaum


Vocês se lembram do “conto do vigário”?
Assim, ó, pra quem não se lembra ou nunca ouvir falar disso: um malandro olhava e examinava quem podia ser a vítima. Os caras de bobo, naturalmente.
Pois, a partir da cara da vítima, o malandro a abordava, meio que chorando, dizendo que não era da cidade, que não conhecia nada e que tinha sido premiado na loteria e não sabia como, nem onde pegar o dinheiro. A vítima com cara de bobo já crescia o olho.
Aí o malandro continuava. E, pela reação da vítima, partia para o próximo passo. Oferecia o bilhete premiado por merrecas e se daria por satisfeito com o que a vítima lhe pagasse. Por exemplo, dizia que o prêmio era de dez mil, mas ele vendia o bilhete premiado por mil. Claro que o bobo com cara de bobo topava.
E aí se dava mal, claro, quando ia na Caixa para receber o dinheiro: o bilhete era branco.
Pois agora se reavivou o caso do vigário. Com vigário mesmo, o vigário de Áurea. O vigário, padre Domina, polonês, disse pra comunidade que a igreja precisava de reformas e partiu para o conto do vigário. Pegou dinheiro de todo o jeito, com quermesses, rifas, doações, missas, batizados, casamentos e por aí afora, a velha maneira de pedir em nome do deus judaico cristão.
Só que em vez de reformar a igreja, o padre foi mesmo gozar a vida. Viajou pelo exterior, foi à copa da África, assistiu Fórmula Um e por aí adiante. Ah, e rodou muito, com o carro “da comunidade”.
Só que a igreja continuava na mesma e o “conselho paroquial” foi ver as contas: tudo zerado, isto é, sem dinheiro e com muita dívida. Só de gasolina a dívida era de treze mil.
O padre foi afastado, se mandou para a Polônia.
Agora foi denunciado na justiça. Ele e o Bispo Zanandrea. O bispo foi denunciado por mentiroso. Mentiu pro delegado que tava tudo em ordem, que as contas do padre estavam perfeitas, que o padre não devia nada.
Moral da história: agora, sim, temos o verdadeiro “conto do vigário”, com os mesmos personagens, o espertalhão e o bobo, mas em nova versão: entra batina no meio.
E tem mais, menos amigos, agora também se confirma que não adianta se queixar pro bispo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Gremistas - Contratamos o polêmico, complicado, difícil e novo rico empresário, misto de técnico, o quetionado Luxemburgo. Vamos ter que suportar o papo furado deste homem. O gremista antigo, desde a década de 40, do tempo da Baixada Tricolor, não merece este castigo. E ele entrou com pé frio. Depois de ganhar o Grenal com solução caseira e barata,  ( Roger  )  -  conforme deve ser no Grêmio,  fomos fragorosamente e de forma trágica eliminados do campeonato gaúcho, no primeiro turno, perdendo, para o fraco time do Caxias. Comparar a folha de pagamento do Grêmio com a do Caxias, o Grêmio, com seus jogadores profissionais, deveriam, no momento da partida, pelo menos naqueles 45 minutos, virar amadores e lembrar do meu neto, Douglas, de 8 anos, que é gremista apaixonado, chorou na derrota, e como eu vô Nério, vou explicar para o neto que o Grêmio ficou afastado do campeonato gaúcho, não tem chance de levantar uma taça, para dar uma satisfação à enorme torcida    - ( nem lembrar no meu consulado em Antonio Prado, enorme, cheio de jovens, com dois telões, conforto, bar, bancadas, grande,  reunindo a juventude pradense e que sairam desolados e sofrendo a flauta e os foguetes dos colorados )   -   Nada pior. O Marcelo Moreno só faz onda no campo. jovem, bem preparado fisicamente, corre, corre, corre, e não joga nada. Não jogou nada no Grenal e muito menos lá em Caxias. Não ameaça nunca o golo adversário. Tem medo. Não tem faro do golo. Não é goleador nato. Não sabe meter a bola na rede. Tal qualidade é para poucos que o dito Marcelo Moreno não tem. Não adianta insistir com este Marcelo Moreno. E custa caríssimo.

Está longe de ser um Geada, anos 40,  um Juarez, o nosso tanque, dos anos 50, tetra-campeão gaúcho,  com  o Foguinho que ganhou muitos grenais nos Euicaliptos, muito longe de ser - longe, longe, bá quilômetros de distância de ser o Alcindo, o bugre, dos anos 60, já no time do Carlos Froner. não chega perto do Balthazar de Deus, nem do Jardel, mais recente que todos conheceram e outros menos votados mas que metiam a bola para dentro, tipo André Catimba, craque. Saudosismo. Não. Nada disso. Futebol não mudou nada. Continua o mesmo. Como sempre dizia meu amigo Gessi - tem que chegar antes do que o adversário. Adiantar, tomar a bola, correr para o golo, diblar o zagueiro e meter dentro do golo. Pronto. Grande Gessi Lima. De apelido "fumaça". Já morreu. Um dos grandes craques que jogaram no Grêmio. Não tem ninguém atualmente jogando nos campos gaúchos que tem a técnica, o  dominio de bola, o dible fácil, o chute a gol, de Gessi Lima, da linha famosa - Hercilio, Gessi, Juarez, Milton e Vieira. O que o Milton corria em campo. Está aí vivo para contar, como o Airton na zaga.

 Tivesse o Airton, na zaga, jamais aquele menino de 17 anos, juvenil do Caxias, teria acertado a cabeçada que nos matou e nos tirou o campeonato gaúcho de 2012. Ano da ARENA. Vamos inaugurar a ARENA com o Grêmio sem ser campeão e não ganhar nada.

E lembrem que no brasileirão o Caxias, quanto lembro, está na série D. Nem está na série C. Não está nem a série B, e faz frente ao meu Grêmio e desclassifica o Grêmio. E demais.

 Jamais. Com o Airton na zaga, o Pavilhão, a grande área era dele, sua casa, e aí ninguem fazia festa. Nunca se omitia. Jamais perdia cabeçada. Toda bola alta era dele. Pronto. Acabou. Por quê?....Era  um grande jogador. Craquésimo. Um dos melhores do Brasil, um do maiores jogadores do Grêmio de todos os tempos e  jogava com amor, com paixão, rindo, não fazia falta, jogava limpo, dado seu preparo ´físico estupendo. Perguntem aos antigos se o Airton dava ponta-pé ou carrinho criminoso no Larri ou nos adversários?;;;Desarmava o adversário, tirava a bola, entregava para o Alcindo, no meio, já deslocando, em alta velocidade ou pela meia direita ou pela meia esquerda e tinha o contra ataque gremista fulminante  e era meio golo ou golo quase certo.

Agora ficam trocando passes de forma irritante frente à zaga e quase tomamos um golo numa cruzada de bola para o Gilberto Silva, na meia lua, que espanou para a lateral, dando um bico horrível. Mania de jogador que não joga nada, trocar passe na meia cancha até  perder a bola e tomar o contra-ataque. A bola tem que ser jogada perto da área do advesário e aí, sim, fazer o bailado, o deslocamento, o triângulo, ficar com a posse de bola perto da área do adversário não perto da nossa área

Agora querem que torcida gremista engula e  fique ingênua -= me poupem e não desdenhem de minhna inteligência e da torcida gremista -  que na apresentação do tal de Luxa - um homem de maus bofes e não tem apoio da torcida - foi levantada, estrategicamente, dizem que por acaso, assim como se fosse uma estrela cadente descida do céu, a sagrada jaqueta trilcolor, mas que na parte de trás tinha o número  23 - número do partido do nosso Presidente - candidato a reeleição. Veja só. Entáo, se não tivesse marketing oculto de fazer propaganda em momento totalmente impróprio deviam ter mostrado a camiseta tricolor de parte da frente onde não aparece berrante, enorme, o número 23. Que pena. Tudo bem. O Grêmio é grande e aceita tudo. Porém, não pode misturar. Misturou deu zebra e o castigo pegou.

A folha de pagamento é altissima e os jogadores não tiveram consciência profissional no jogo decisivo de Caxias, com torcida, clima ótimo, de botar o coração no bico da chuteira e ganhar do Caxias. Não. Perderam. Tomamos um golo de bola alta, vinda de frente, não de lado, e um menino de 17 anos nos enfiou a bola de cabeça no fundo da rede e nos acabou, pois, depois, nos penais, tudo pode acontecer.

 No Japão contra o AJAX, na segunda vez, os dois batedores de penais perderam, Dinho e Arce. Quer maior castigo para a torcida tricolor. Ora, o Arce e o Dinho perder penal na final do campeonato mundial. Podíamos ser bi-mundiais. Não fomos. `Por culpa nossa. deficiência nossa, ruindade nossa. Falta de preparo. Falta de profissionalismo. Bate rasteiro, com força, no canto. Pronto. Goleiro algum pega este penal. Com segurança e eficiência, como fez o Gilberto. Não inventou. Bater alto no ângulo, precisa talento, saber bater na bola e é tarefa para poucos.

O jogador do Gremio, em Caxias do Sul,  bateu um penal como não se bate., à meia altura, fraco, no lado do goleiro, como o goleiro quer e pede, na altura de sua mãos. Se jogou e defendeu. Lógico, este penal é sempre o penal que o goleiro ataca, como o nosso jogador bateu. Que ruindade, que ingenuidade. Que tragédia. O Caxias converteu os cinco golos e o Victor não atacou nenhum. Sempre bateram alto ou baixo, fora do alcance, com porrada. Bater penal é treino e técnica do jogador. Quem bate mal penal no Grêmio, como fez o jogador, em Caxias, não lembro o nome dele, deve ser  afastado sumariamente do grupo e não jogar no primeiro time.Não sabe bater penal não joga no primeiro time. E uma regra simples. Bateu um penal de pátio de colégio. Infantil. Nem parece de profissional.  

Portanto, nós gremistas e a metade do RGS e o meu ótimo Consulado de Antonio Prado estamos fóra da decisão do primeiro turno do campeonato gaúcho. Nada pior. FAzer o quê, agora?.....Jogador profissional que fica só treinando como os do Inter, agora, e não joga, não se esforça, perde o preparo físico, engorda, e leva tudo no essencial profissionlismo e não gosta treinar, treinar, treinar, o dia toda E tão massante que perde a forma. Cuidem os primeiros jogos após paradas, Distendem músculos.  Se machucam. Torcem  o tornozelo. Tem dores e não jogam nada.

E a vergonha objetiva de nossa péssima campanha se completou em Caxias, pois, só nos classificamos no tapetão, pois a Federação Gaucha de Futebol retirou 6 pontos do Cruzeiro, por má escalação de jogador, caso contrário o Grêmio nem teria ido às finais. Teria ficado fóra.

 E o que foi aquilo, a demissão do Caio Júnior. Que coisa trágica.  Os jogadores do Grêmio na meia cancha, não fecham o espaço, fica um buraco, e erram no terceiro passe. Erram o passe. Não sabem passar a bola de perto para o companheiro e tomam o contra-ataque sempre perigoso.

Eu pagava R$80,00 mensais pela minha cadeira cativa, tenho duas.Desde o inicio do Olimpico. Faz tantos anos com o Dr. Hélio Dourado.  E a partir de janeiro, de 2012, com surpresa, sem avisar, sem comunicar, a taxa de conservação  de cada cadeira cativa passou para R$169,00. Um horror. O aumento fantástico. Mas vou fazer esforço e continuarei a pagar, pois, meu neto Douglas, com 8 anos, vai assistir o Grêmio nas cadeiras do vô com o pai dele, meu genro. Se náo desistia. Um abuso aumentar de R$80.00 mensais para R$169,00 mensais, assim como quem troca de camisa. e com o time ruim e que não ganha nada. Abuso e autoritarismo  e falta de respeito com os antigos gremistas. Dinheiro curto.

Assim que meu gremismo, é objetivo, concreto, real, além da paixão pelo tricolor, eu pago, agora, todos os meses, para o Grêmio, vá ao campo ou não   -   R$338,00    -   mensais, no banco, via boleto bancário, pagamento sagrado e o faço com prazer, para efetivamente ajudar o meu Grêmio como é na Europa. Não sou rico. E um sacrificio. Mas faço com imensa felicidade pois meu neto Douglas senta nas sagradas cadeiras cativas que eu pago faz tantos anos, todos os meses.  Mas que ficou salgado ficou. Que o aumento foi abusivo, foi.....Por isso, e devido a isso e a pagar os  R$338,00 mensais penso que tenho uma ponta de direito de opinar e externar minha opinião sobre o péssimo time do Grêmio que temos atualmente. Uma legião de estrangeiros e que não sabem  jogar juntos e falta afeto, cooperativismo, ajutório, é um por si, não há aquele apego e união afetiva entre os jogadores atuais. Nem se conhecem. Acho que nem sabem o nome direito de todos. O Luxa não deve saber ainda o nome de todos os jogadores do Grêmio. Mas deve aprender. O Roger, vai ensinar para ele.

Minha esposa, a loira Flora, é gremista fanática.

.   

Nério "dei" Mondadori  Letti,   -   gremista, cabeça inchada, torce pelo Grêmio desde 1945, da Baixada Tricolor. Vamos respeitar meu neto, Douglas,  com 8 anos e os meus 72 anos. Me poupem por favor

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

VEJA VÊ VANTAGENS NA LEITURA DE LIXO


Janer Cristaldo

Quem acredita em tudo que lê, melhor não tivesse aprendido a ler, diz um provérbio oriental. Vou mais longe. Quem se nutre de best-sellers, nem devia ter aprendido a ler. Ainda há pouco, eu afirmava que fora da leitura não há salvação. Em meus dias de universidade, uma aluna me perguntava. Professor, é verdade que a leitura pode transformar a gente? Ora, é uma das poucas coisas que realmente transformam, eu diria. Pessoas, viagens, encontros, doenças, adversidades sempre mexem com nossas vidas. Mas a leitura continua sendo o método mais eficaz de mutação. 

Mas há leituras e leituras. Uma coisa é ler Harry Potter e outra é ler Crime e Castigo. Conheço inclusive leitores contumazes – e os conheço de perto - que lêem talvez até mais do que eu leio, mas não fazem distinção alguma entre Rowling e Dostoievski. Crime e Castigo? Ah, sim a história daquele estudante que matou uma velhota? E estamos conversados. Como se fosse entrecho da novela das oito. As reflexões do russo sobre a vida e a morte, sobre o homem, Deus e a sociedade, escorrem como água entre os dedos. Ou seja, ler nem sempre é sinônimo de aquisição de cultura.

A revista Veja desta semana dá capa ao último best-seller tupiniquim, o padre Marcelo Rossi, com o título “O milagre da leitura”, enfocando Ágape, livro que já vendeu 7,5 milhões de exemplares. Em editorial, a revista saúda “os resultados auspiciosos do censo encomendado ao Upea pela Câmara Brasileira do Livro. Os dados mostram que, de 2009 para 2010, o número de exemplares impressos no Brasil bateu em quase 500 milhões, com um crescimento de 23%.”

Desse montante, 230 milhões pertencem ao que chamo de indústria textil – assim mesmo, sem acento, a indústria do texto. 144 milhões são comprados pelo governo e distribuídos gratuitamente às escolas, o que explica em boa parte a perenidade de autores que há muito estão mortos e bem mortos. E explica também a ojeriza dos jovens à leitura.

Muito bem. Mas que está lendo o brasileiro? Para começar, o tal de Ágape, do padre Marcelo Rossi. Ladeado por Zíbia Gasparetto, escritora espírita cujos livros são ditados por entidades de luz e já venderam 16 milhões de exemplares. Mais Jô Soares, que mistura o imperador D. Pedro II com Sarah Bernhardt e Sherlock Holmes, mais um violino Stradivarius. Mais outros ilustres nomes das letras pátrias, dos quais jamais ouvi falar: Thalita Rodrigues, crônica do cotidiano dos jovens; Ana Beatriz da Silva, série sobre as angústias da mente; Roberto Shinyashiki, o guru corporativo que fala sobre felicidade. Jô à parte, tudo auto-ajuda, esse gênero abominável da literatura, que vende falsas esperanças para os pobres de espírito.

Isso que Paulo Coelho não foi arrolado na reportagem, por não ter publicado título novo desde 2010. E sem falar em Gabriel Chalita, autor polímata que em seus 43 anos escreveu mais de 60 livros. Dos quais ninguém lembra título algum.

O Brasil está cheio de escritores que vendem milhões de livros e dos quais jamais ouvimos falar. Alguém conhece algum título – ou pelo menos ouviu falar – do padre Lauro Trevisan, de Santa Maria? Pois o homem – leio na Wikipédia – é autor de mais de 40 livros, todos eles best-sellers a nível internacional, com mais de dois milhões de exemplares vendidos. Em Portugal, as suas obras Apresse o Passo Que o Mundo Está a Mudar (2001), Como Usar o Seu Poder para Qualquer Coisa (2002), Conhece-te e Conhecerás o Teu Poder (2002), Regressão de Idade para a Libertação Total (2001) e Relax com Programação Positiva(2001) estão publicadas pela Editora Pergaminho. Os gaúchos têm uma celebridade em seus pagos e a desconhecem. Estes livros, você não os vê nem em livrarias. Exceto, é claro, na livraria que o padre administra em Santa Maria. São vendidos a partir de conferências e cursos de auto-ajuda.

Quem me acompanha, sabe de minha ojeriza aos best-sellers. Se um livro vendeu de repente um milhão de exemplares, este é um de meus critérios para não comprá-lo. Não existe tanta gente inteligente no mundo. Não existe um único best-seller em minha biblioteca. Aliás, quando saio atrás de um título, tenho de trotar entre uma livraria e outra, pois trata-se de livro geralmente pouco divulgado.

Os brasileiros estão lendo mais, diz Veja. Ora, de que adianta ler mais, quando o que se lê é isso? “O intelecto só precisa de uma faísca, mesmo que fraca, para acender o fogo da curiosidade e abrir uma clareira acolhedora que dará início ao interminável processo de enriquecimento do mundo interior. Qualquer livro pode ser essa faísca”. A frase soa a texto de auto-ajuda. Pelo jeito, o redator se deixou contaminar ao lidar com tanto lixo.

Paulo Coelho ou padre Marcelo, Zíbia ou Trevisan, Thalita ou Chalita não produzem faísca alguma, não acendem fogo algum nem abrem clareira alguma. Quem lê essa gente jamais vai chegar a Poe ou Pessoa, a Dostoievski ou Orwell, a Cervantes ou Nietzsche.

Não vejo vantagem alguma neste maior número de brasileiros que lêem, quando o que se lê é lixo.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A BÍBLIA LIDA PELO DIABO

João Eichbaum



8 E Cusch gerou a Nimrod e este começou a ser poderoso na terra. 9 Este foi poderoso caçador diante da face do Senhor: pelo que se diz: poderoso caçador diante do Senhor.

Não, não é nada disso que vocês estão pensando. O Nimrod não tinha um carrão, não. E naquele tempo não tinha ônibus, nem parada de ônibus.
Então, não fiquem pensando que o Nimrod andava passando pelas paradas de ônibus em dia de chuva, caçando gatinhas.
Nada disso. Ele era caçador, mesmo. Só não me perguntem com o que ele caçava. Com espingarda é certo que não.
Mas, o que eu quero dizer é o seguinte: Jeová não era como o IBAMA, nem como esses deputados idiotas que proíbem a pesca. Ele sabia que a predação é própria da subsistência dos seres animais. Ele sabia que sem carne o animal carnívoro não pode viver.
E é por isso que Ele gostava do Nimrod.

11 E o princípio de seu reino foi Babel, e Erech, e Acca, e Calneh, na terra de Shinar. 12 Desta mesma terra saiu para a Assíria e edificou a Nínive e Reboboth-Ir e Callah (esta é a grande cidade).

O danadinho, que devia parecer um Mané de gorro e óculos, ganhou assentamento e já foi tomando conta de tudo que lhe aparecia pela frente. Só que na biografia dele não pinta gata nenhuma.

13 E Mizraim gerou a Ludim e a Anamim, e a Leabim, e a Naphtubim. 14 E a Pathrusim e a Caslushim (donde saíram os filisteus) e a Caphtorim.

Só me diga uma coisa: como é que os filisteus foram aparecer assim, como quem não quer nada? Quem é que deu pra quem, pra nascerem os filisteus?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

HOJE SÃO OUTROS OS CARNAVAIS

João Eichbaum




João Eichbaum

Do ponto de vista científico, o carnaval, no Brasil, traduz uma certeza: o homem é, realmente, um macaco.
Fiquem olhando e parem para pensar.
O que significa aquilo, aquela gente pulando e se requebrando, as negras e mulatas mostrando todas as partes de que foram feitas?
Você não está acostumado a ver  coisa parecida no zoológico?
Qual é o sentido daquele bum,bum, bum? Dá para chamar de música aquilo, aquela barulheria repetitiva o tempo todo?
A gente tem que dar a mão à palmatória para os carnavais de antigamente: as canções carnavalescas, os sambas, as marchas tinham música e letra. Mas hoje?
Eu, fora.
Do ponto de vista sociológico, outra verdade. É só o pobrerio que vai pra rua,  e paga  para ver desfile de escola de samba. Os ricos, das duas, uma: ou vão para os clubes chiquérrimos, onde só tem mulher bonita, ou ficam olhando na televisão.
Enquanto os pobres ficam se apertando nas arquibancadas, suando, ou se molhando na chuva, bebendo cerveja em lata ou cachaça, os ricos (os pouquíssimos que dão bola para carnaval) estão noutra, em qualquer lugar, menos na avenida.
Mas, o que chama a atenção, mesmo, são os pobres antes e depois do carnaval. Antes,  uma semana antes, eles já estão fazendo fila, ou, pior, indo com muita antecedência pra entrar na fila e comprar ingresso, levando cadeira, água, cobertor e fazendo suas necessidades, sabe-se lá onde.
Depois, ah, depois, é tão ridículo quanto antes: aí eles se emocionam quando a  sua “escola de samba” ganha, é classificada, ou coisa assim. Para eles é o máximo, é a emoção, a grande emoção da sua vida, ou o fundo do poço, se a “escola” for derrotada.
O que é que eles ganham com isso, gente? O que é que ganha aquela gente desdentada e mal cheirosa, chorando ou gritando porque sua “escola”  foi vencedora?
Só posso concluir uma coisa. Com os milhões e milhões de reais que os governos municipais passam para as “escolas de samba” aquela gente toda é beneficiada: não precisará trabalhar, nem declarar imposto de renda, como todos nós, e ficará “prestando serviços” para as escolas de samba, em troca de alguns vinténs para a cachaça.
Só pode ser isso.
Preconceito? Não. Constatação pura de quem não tem medo de ser chamado de preconceituoso. Ou vocês acham que os ricos necessitam das camisinhas distribuídas pelo governo?



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Olha aí o que o amigo Dr. Waldyr Borges Junior pensa do triângulo amoroso do Bairro da vila Assunção em P. Alegre. A Dilma estava nervosa. Muito calor. Muita gente nos pavilhões da festa uva. E um saco aguentar aquela gringada expondo seus produtos e seus orgulhos caxienses. Caxias do Sul operou durante anos, desde  os inicios da colonização italiana processo espoliativo interno principalmente de minha terra. Comprava a uva, a preço que queria na cantina, o industrial  ( luta do agricultor, setor primário da produção contra o setor secundário da produção, a indústria, que esmaga o cacho de uva e transforma em vinho) e pagava quando queria, e assim matou a colônia de Antonio Prado, pois a uva era a poupança do colono. O resto era agricultura de subsistência, pois, com familias grandes, eis que o italiano    e  a italiana depois de um dia de trabalho gostavam muito de "pinchar", isto é, fazer o que os romanos e gregos sabiam fazer como poucos, manter relações sexuais. Daí aquelas familias com doze filhos. Os mais novos tinham  que se mandar em busca das terras novas em Santa Catarina, no Paraná, sempre subindo. As mulheres casavam e recebiam no máximo uma máquina de costura. Ficava em casa, para cuidar dos velhos, o mais velho, que acabava ficando com a pequena colônia, de 25 hectares, com o compromisso de cuidar dos velhos até morrer. Por isso, os velhos queriam deixar a terra escriturada  para o casal do mais velho, a lei do primogênito. Herda a terra que é pouca, o mais velho. Deu. Acabou. Os outros que partam e vão se virar. Ou vão querer partilhar 25 hectares de terra entre doze filhos e 5o netos....Surgiu na colônia italiana a chamada "ficta vendita", sito é, o casal de colonos, velhos e doentes, vendo que a morte chegava, escriturava   "vendia" a terra para um vizinho de confiança, para que este vizinho de confiança após a morte do casal vendedor, "vendesse" a terra, a colôni para o filho mais velho, que estava na pose da terra e cuidando da colònia. Na Itália sempre herdou a terra o mais velho. Era lei. E o imigrante trouxe este costume. Mas aqui era proibido, Nulo o negócio por prejudicar legítma de herdeiro e deixar herdeiros universais, os outros filhos fóra da herança da  terra. Confusão.Isto o italiano chamava de  "ficta vendita". Uma venda fictícia. Porém, o mais velho tinha o dever de cuidar e enterrar dignamente os pais.  Náo havia nada de assist|ência medica, farmacèutica, hjospitalar, aposentadoria, pensão ara o colono. Só depois isto chegou na colônia. O ..Módulo Rural. Agora tem módulo fiscal, segundo a região que vai de 25 hectares até 168 hectares - segundo as peculiaridades produtivas da região - o que gera confusões com o o dito Código Florestal em andamento no Congresso.  Funrural, foi uma ótima criação. Com as duas leis do Ferrari, Estatuto da  Terra e Estatuto do Trabalhador Rural - de 1964 e 1965, mas que só foi realmente posta em prática, no governo Médici, apesar que muitos não aceitam, acham que o general só mandou prender e bater na esquerda festiva - não - ele o Gen. Geisel, tiveram a intuição do pré-sal e do ouro negro, o petróleo em alto mal e estenderam o dominio brasileiro das 12 milhas náuticas até 200 milhas ´náuticas. O Funrural atribuindo a aposentadoria ao colono, depois à mulher rural, de um salário minimo, ocorreu no governo do general de Bagé, que pouco falava e muito fazia, como no quartel. Todo os quartéis em que serviu a instrução do soldado era ótima, disciplinada e o quartel era bem cuidado, ajardinado, limpo e tudo nos conformes. Começava em casa. O melhor momento do Palacio do Planalto foi quando o general Golbery do Couto Silva, mandou na Casa Civil, na Casa Militar, era o gerentão,  o que  mandava, chegava todos os dias às 6,oo hs da manhã, no expediente e antes de ir ao gabinete percorria todas as salas, banheiros, e fiscalizava se estava limpo, as coisas no lugar, cuidava da casa. Os servidores gostavam do Golbery . Com a experiência de anos de quartel levou para dentro daquele povinho goiano, lento, indolente, de pouca vontade, acostumado a pitar um crioulo capira acocado como o Zéca Tatú. Não havia um papel no chãol. Nada fora do lugar. Tudo organizado. Almoçava no Planalto e só saia pelas dez horas da noite. Era a rotina da caserna. Depois de dois anos tem o resultado fantástico.O pessoal se acostuma a viver no limpo e organizado e se organiza e mantem limpo. Evita a zorra total. E o espírito momesco da saturnália das bacantes do nosso carnaval  não entravam na cabeça do Gen. Golbery e nem no Palacio do Planalto. Mas, a história esqueceu o Cel Mario Andreazza, que morreu pobre mas com fama de ladrão. O Homem que fez a auto-estrada que ainda serve para ir a praia. Já pensou se o Mario Andreazza não tivesse feito esta estrada até o litoral........O que seria...Outro teria feito.  Não sei. Como Brasilia. Só Juscelino.  Que era casado com a Sara, mas mantinha uma amante permanente no Rio. Jamais outro faria. Já pensou a capital do Brasil, agora, em tempos de festa de carnaval, no Rio, bota esculhambação nisso. Todo mundo pelado. O Célio Marques Fernandes foi prefeito de P. Alegre por cinco anos, garantido por uma liminar na disputa com o Renato Souza, presidenta de Cãmarqa de Vereadores, após a cassação do Sereno Chaise e do Vice Dr. Ajadir de Lemos e não fez nada. Ningém lembra que o Célio Marques Fernandes foi prefeito de P. Alegre, assim já fica difícil lembrar que o João Werle foi prefeito de P. Alegre duante uns dois anos.. Complicado. E gente que não marca. Timidos. Não gostam de politica. Não amam a politica. A politica é para poucos. O carioca só pensando em desfilar, e depois praia, depois cachaça, e trabalho que é bom nada. Começou e inaugurou  e contornou a lagoa dos Barros, com aterros imensos, em 14 Km. comandados por ele pessoalmente, era engenheiro militar e cuidou de perto o aterro, na famosa lagoa e deve ter vindo umas vinte vezes de avião, pousava na ponta do asfalto, fiscalizava pessoalmente, dava ordens, tomava nota no seu caderno e na semana seguinte vinha de novo ver se a empreiteira estava fazendo o serviço direito. Não dormia. Fumava quatro carteiras  de cigarro por dia. Visitou os 5.000 municipios do Brasil.Sabia tudo do Brasil, Mais que o Marechal Rondon. O Rondon foi infante estendendo telégrafo nos postes em linha física e o Andreazza andou de avião com o destacamento precursor de belas e lindas mulheres. Ele um gãlã de cinema. Gostava de mulher, o caxiense sabia das coisas, como o Higino Corsetti, que nos tirou do telefone à manivela, com a ligação no dia seguinte e nos colocou no mundo com a micro ondas e as torres de ferro e a TV e o telefone moderno. Andreazza morreu de câncer de pulmão e os amigos pagavam o hospital e o tratamento, pois, sua aposentadoria de coronel muito baixa não dava para pagar nem o bafo do tratamento caríssimo. A extrema esquerda, a festiva, fica furiosa só em falar nestes brasileiros que vestiam farda, por acaso, eis que meninos pobres, para estudar foram para o quartel, como muitos foram para o seminário e viraram padres. Assim como a atual presidente da Petrobrás é uma mulher que se criou na favela do Complexo do Alemão, catou latinhas, lixo, etc..até que conseguiu sair da favela, estudar, foi residir na illha do governador, entrou no Grupo Escolar público e aproveitou a chance de subir na vida,  foi adiante e hoje preside a Petrobrás. Bota valor e mérito nisso. Que baita mulher. Não foi para o quartel e nem para seminário. Se fez ao natural como todo o brasileiro deveria fazer. O brasileiro comum. Pobre. Dá para sair da miséria. E do salário minímo. Só que tem que se esforçar, estudar, trabalhar, batalhar, suar, e sempre "avanti" como dizia Mussolini. El Ducce.  

Daqui um pouco dá barraco lá no bairro Vila Assunção, pois, o Carlinhos Araujo que sempre deu sorte com mulher, vive com uma arquiteta, segundo dizem, e a arquiteta quando a Dilma chega, convenientemene se afasta da casa, para evitar o triângulo amoroso que em regra nunca dá certo. Sempre dá barraco. Ou as vezes briga e sendo gaucho das estâncias termina em tiro. E o cara que vai se meter para apartar sai todo mijado em briga de casal. Mas como é carnaval então vamos admitir o salão, confete e serpetina e mais mulheres no salão, lança perfume e Pierrot,  Arlequim e Colombina.

Nério "dei Mondadori" Letti.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

GOVERNO INSTITUI A BOLSA-TURISMO


O Brasil é sem dúvida um país riquíssimo. Tem os deputados mais caros do mundo, os magistrados mais bem-remunerados do Ocidente, financia o sustento dos bugres, os maiores latifundiários do país – que ainda não descobriram como cultivar suas terras –, financia generosamente bandoleiros que invadem fazendas produtivas e remunera regiamente os celerados que um dia tentaram transformar o Brasil numa republiqueta soviética. E ainda sobra grana para mais favores. 


Em 5 de outubro de 2011, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que institui o Estatuto da Juventude e define um conjunto de direitos específicos para ara jovens entre 15 e 29 anos, como a meia-entrada em eventos artísticos e culturais. Atualmente
, as leis que regem a meia-entrada são estaduais. A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, foi enviada para análise do Senado. A autoria do projeto é da deputada comunista Manuela d’Ávila. Como hoje rock também é cultura, o projeto garante também meia-entrada para estes festivais de bate-estaca e drogas. 


Quando se pensa que a capacidade dos deputados de criar leis idiotas se exauriu, nunca falta quem os supere. Quarta-feira passada, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) o projeto de lei prevendo que jovens de 15 a 29 anos de baixa renda terão duas passagens gratuitas em todos os aviões, ônibus e barcos interestaduais que transitarem no País, além de duas passagens com desconto de 50%, se o benefício integral já tiver sido utilizado. Os "jovens" terão ainda meia-entrada nos eventos culturais e esportivos financiados com dinheiro público e 40% de desconto nos eventos patrocinados pela iniciativa privada.


Você é jovem e cansou de puxar fumo nos festivais de rock em São Paulo? O governo garante passagens para você degustar novas ervas no Rio. Quem paga estas mordomias a nossos jovens? Adivinhe. Não é difícil.


Está instituída a bolsa-turismo. Antes privilégio de professores universitários que pretendiam doutorar-se no Exterior e de deputados e senadores “em missão”, agora são estendidas a “jovens” universitários em geral e “jovens” não-universitários.
De iniciativa do governo de Lula, o estatuto tramitou sete anos na Câmara. No entender do senador Demóstenes Torres – leio no Estadão -, o estatuto é "totalmente demagógico", elaborado para atender à União Nacional dos Estudantes (UNE) e "outros movimentos que hoje estão perdidos, não têm bandeira alguma, não combatem o governo e não combatem a corrupção". Demóstenes tentou reduzir a idade dos jovens para 21 anos, mas o relator alegou que o teto da juventude, aos 29 anos, decorre de um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU).

O relator mentiu. Segundo a definição da ONU, os jovens constituem a faixa de idade compreendida entre 15 e 24 anos. Se formos adotar um critério nacional, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domícílios (PNAD), a faixa é mais estrita, de 15 a 21 anos. O relator mentiu e o senador goiano sequer se deu ao trabalho de pesquisar. Caiu como um patinho na lorota do PT.

Temos agora, então, marmanjos de 29 anos considerados como jovens para efeitos de mordomias. Juventude, para mim, é um estado de espírito, e podemos ser jovens tanto aos 20, como aos 40 ou 60. Da mesma forma, há não pouca gente de 20 e poucos anos já irremediavelmente senis. Ocorre que a lei não pode definir estados de espírito. Precisa recorrer a critérios mais precisos. Nos dois projetos, os proponentes pretendem definir, de cambulhada, a idade legal dos jovens no Brasil.


Definir jovem como alguém   entre 15 e 24 anos me parece sensato. A pessoa saiu da adolescência, teve tempo de fazer algum curso universitário ou preparar-se profissionalmente para algo. A partir daí, começa mesmo a vida. Se bem que, nos últimos anos, tenho visto a adolescência se prolongar até os 30 ou mais anos. Filhos que se encostam nos pais e pais que os sustentam até longa idade, eis a melhor fórmula para criar um inútil.


Já considerar jovem alguém entre 15 e 29 anos não passa de demagogia de político desonesto. Os autores de tais projetos, com olho em votos, estão distanciando os jovens da adultez. Que mais não seja, quem paga a fatura não são eles. Adulto
, define o Houaiss, é aquele que se encontra na fase da vida posterior à juventude e anterior à velhice. Do ponto de vista jurídico, seria aquele que alcançou a maioridade, que chegou à idade em que a lei lhe concede capacidade para os atos da vida civil. Do ponto de vista psicológico, seria aquele que é emocional e intelectualmente maduro, que demonstra capacidade de agir, pensar ou realizar algo de maneira racional, equilibrada, sensata.

Tenho um conceito bastante pragmático do que é ser adulto, que não coincide com o dos dicionários. Adulto é aquele que já saiu do ninho paterno e provê seu sustento. O primeiro salário, por escasso que seja, já é um primeiro sinal de adultez. Pode até que nem supra as necessidades de um jovem, mas fá-lo sentir como é duro ganhar a vida. 

Há alguns anos, um leitor me dizia não ver sentido nem sabor algum na vida. Deduzi logo que se tratava de um jovem pendurado nos pais. Não deu outra. Só o trabalho dá sentido e sabor à vida. Após um dia exaustivo de trabalho, o singelo fato de chegar em casa, pôr chinelos, tomar um uísque, abraçar a mulher querida ou dedicar-se a algum lazer dileto é uma ante-sala do paraíso. E nada melhor que passar no caixa e receber seu salário no final de cada mês, por parco que seja.


Neste momento, terminou a adolescência. Entre nós, isto pode ocorrer até mesmo aos 15 anos. No caso dos soldados do tráfico, por exemplo, bem antes. Não consigo conceber como se possa chamar de adolescente um menino com um revólver na cintura e disposto a matar se for preciso. Por vias transversas, ele já chegou à adultez.


Já afirmei, em algum momento, que me senti adolescente até os 40 anos. Me senti adolescente, não que o fosse. Até os 40, viver foi sempre festa. Gostava dos ofícios que exercia, trabalhar para mim era lazer. Comecei a trabalhar com carteira assinada aos 22 anos. Antes disso, fiz muito bico para custear minhas universidades. Mas desde meu primeiro trabalho em jornal, me senti autônomo. Aos 40, justo no dia em que os comemorava com meus colegas em Madri, após um curso de aperfeiçoamento em espanhol, me descobri desempregado e com o nada pela frente. Naquele momento, senti que a festa havia acabado.


Todos os amigos e amigas de meu pequeno círculo, nessa idade, os 22, ou mesmo antes, eram donos de seu nariz. Houve quem começasse a trabalhar aos dezoito anos. Os projetos em tramitação no Legislativo prolongam prejudicialmente a adolescência e dependência, no caso, do Estado.


Mas, no ritmo em que vai o País, seus autores até que foram tímidos. Um jovem gaúcho, se quiser, poderá ter direito a fazer turismo na Amazônia sem pagar passagem. Já um garçom ou taxista nordestino que trabalha duro em São Paulo, por exemplo, terá de suar a camiseta para visitar os seus no Nordeste.


Precisamos de mais audácia de nossos legisladores. Por que não duas passagens grátis ao ano para o Exterior? Assim nossos jovens poderão ter essas experiências vitais na existência de qualquer pessoa, como conhecer Paris, Londres, Nova York, ilhas gregas ou canárias. Me parece muito tímido isso de restringir as viagens gratuitas de nossos jovens ao território nacional.

Mais dois ingressos anuais a um bom motel, com acompanhante, é claro. Quando o ministério da Educação propõe um kit gay nas escolas, seria interessante proporcionar aos marmanjos local confortável para suas práticas sexuais. Quando se tornarem adultos, isto é, lá pelos trinta anos, estarão aptos a prover seu sustento.

Acho que até falei demais. Considerada a fúria legiferante de nossos legisladores, não me espantaria que amanhã tais propostas estejam sendo examinadas no Congresso.





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O NÉRIO SABE DAS COISAS


Recebi do amigo tangueiro de Sorocaba, o maior entendido em tango do Brasil., pesquisando em Buenos Aires tudo sobre o tango e agora  me mandou este emeil de carácter politico, o grande Rogério Moraes, e devido à gravidade do que afirma, repasso, aos amigos, para os devidos fins, e cada um faça seu pensamento.

Para meu gosto continuou achando que esta coisa de Arlequim, Pierrot e Colombina, o trio amoroso que se formou, na casa junto ao rio Guaiba, onde a água  bate no alicerce da casa, no bairro Vila Assunção, logo após, à direita, onde ficava o famoso bar do Timbuca, point da juventude gaudéria, e que foi derrubado pois ocupava terreno de marinha, depois de anos e anos de exploração gratuita do local, isto é, onde mora o meu ex-colega de Direito da UFRGS Carlinhos Araujo, ´é perigoso e ainda vai dar barraco. O Carlinhos Araujo sempre foi um cara que deu certo com mulher, uma barbaridade. No centro Acadêmico André da Rocha, da Faculdade de Direito, por ser guri abonado, nos anos 50, filho do notável e rico advogado Dr. Afrânio Araujo - nao precisava trabalhar como estudante, como nós, que para se sustentar tinha que trabalhar de dia e estudar no turno da noite e por isso não se tinha tempo algum para fazer politica estudantil, de viajar ( sem dinheiro, pelados) a turma da esquerda da´época estava muito bem, desfrutavam de bons empregos, pois, o governo da União era pródigo e o governador Brizolla adorava a juventude ( 1958 a 1962) e sendo da esquerda e do velho e bom PTB arrumava emprego com o Brizolla. Um emprego que o cara não precisava fazer expediente rigoroso, pois, sendo estudante universitário era permitido sair do emprego e frequentar a Faculdade, vindo daí, como sempre, o alargamento do benefício, como é comum no Brasil, até hoje, quando você dá uma benesse de tres horas, este favor se torna um direito, se amolda ao costume, se ajusta à conduta e o cara acaba ficando quase todo o dia fora do trabalho. Assim meus colegas da esquerda, a maioria, a liderança, os poderosos, que viravam os bondes, tomavam conta da cidade, lideravam os poderosos sindicatos, principalmente o do José Vecchio, dos motorneiros e cobradores da Carris, dos bondes elétricos - era só virar um bonde na saida da garagem, de madrugada que estava  feita a marmelada. A estação ficava bem em frente à FAculdade de Medicina e de Direito da UFRGS, na Av.João Pessoa e ficava fácil sob o mando do vereador notável do PtB, José Vécchio,  um homem grande e de bigode grande ´´intimo amigo de Getúlio, ex-motorneiro, pois, tinha progredido para lider sindical e era até vogal dos empregados na Justiça do Trabalho, ganhando um bom salário mensal, o que lhe sobrava todo o tempo do dia e da noiite para fazer politica sem precisar dirigir bonde pela cidade . Parar P. Alegre dos anos 50 era coisa mais fácil do mundo.
Era só virar um bonde na saida da garagem e estava feita a "encrenca" e o tumulto. Parava  a cidade. Até desvirar o bonde, colocar nos trilhos e abrir passagem para os demais bondes sair da garagem para transportar a população passavam o dia todo em debates, provocações, imprensa, rádio e tudo muito bem ordenado e comandado, sob a liderança do lider máximo, o jovem de 36 anos, Leonel de Moura Brizolla, já no poder do governo do Estado. Formaram-se inúmeros jovens universitários de líderes estudantís na época e que depois facilmente galgaram postos importantes no alto escalão do governo e muitos se elegeram deputados e se tornaram politicos.

Lógico, a revolução de março de 1964 apanhou essa turma, inclusive o Carlinhos Araujo, prendeu, surrou, torturou, julgou e os condenou e o tema até hoje está em debate, dividindo a familia brasiliera, em cujo mérito eu não entro, pois, eu era pobre, vinha do Col. Anchieta, católico, e participava, por batismo da liderança forte dos da esquerda do que chamavam de !"grupão", dos "quadrados", pois, nós não éramos da esquerda, nem da Internacional Socialista e nem se viajava a Cuba, onde Fidel tinha recém ganho a Revolução  de Sierra Maestra e derrubado Fulgêncio Batista,   o "paredón" já fuzilava os contra que não tinham chance de fugir para os Estados Unidos.

  Não tinha dinheiro, nem tempo  para fazer politica e meu emprego era terrível, tinha que cumprir o expediente, já com ponto mecânico, dois expedientes, no SENAC, na escola recém construida, na rua Cel Genuino,  onde eu era datilógrafo da grande Escola fundada pelo notável Manoel Alfeu Silva, dono da farmácia Silva, na rua José do Patrocinio, líder da Federação do Comércio Varejista, portanto, do PSD, contra o Brizolla e por isso caiu em desgraça e foi destituido e eu perdi o emprego. Graças a Deus já estava no fim da faculdade, me formando, peguei o canudo e me mandei para minha terra Antonio Prado, advogar, sem dinheiro e "matando cachorro a grito"  onde tinha casa, cama, comida e roupa lavada de graça, na velha casa de meus pais.

 Pois bem, toda a faculdade,  só me sobrava tempo para estudar à noite. Comi durante oito anos no Restaurante Univesitário, no bandeijão, lá na Azenha, ao lado da Panambra, obra do grande Reitor Eliseu Pagliolli,  RU- que já servia umas duas mil refeições diárias por um cruzeiro para ajudar o estudante pobre. Os tres anos do Clássico no Anchieta, pela UGES e os cinco anos anos da Faculdade de Direito na UFRGS.

A turma da esquerda, tinha todo o tempo livre, para fazer politica estudantil e dominavam totalmente os Centros Acadêmicos de todas as faculdades. Basta lembrar o da Engenharia, com o Celso Fulvio Petracco. Agora sumiu da míidia. O Centro Acadêmico Mauricio Cardoso da PUC, onde se formaram inúmeros líderes politicos de nomeada, inclusive o Pedro Simon, Sinval Guazzelli,  que até hoje é Senador, faz uns 25 anos e não larga de forma alguma. A Arquitetura era o foco maior do "comunismo" da vanguarda, pois, aí além dos estudantes a maioria dos professores eram da esquerda também. Pagliolli construiu para a ´época o moderno prédio da Arquitetura, até hoje existente, na esquina da av. Osvaldo Aranha com Sarmento Leite.  Viviam em greve, agitação e passeatas.  A turma da filosia também era muito adiantada. Estavam duzentos anos na nossa frente em politica e politização. Sabiam tudo de politica e tinham todo o apoio do governador Brizolla que seguidamente vinha em mangas de camisa até os Centros Acadêmicos, como governador. Era um  líder notavel.

Como o Detp. de Arte Dramática da Filosofia, dos artistas, que já faziam um bom teatro, todos da esquerda, cultos, viajados, politizados, Paulo José,  ( de Caçapava) José Cesar Pereyo,  ( do Alegrete) Décio Escobar,  ( de São Borja),  Linneu Dias  ( de Livramento) que casou com a Liliam Lemmertz  ( de Lageado) e teve esta filha global, Julia Lemmertz. Geraldo Morais, Fernando Peixoto, Sandra Ervé (depois Chaves Barcellos) , Luiz Carlos Maciel, Edson Nequette, Wilson Chagas,   e tantos outros que não lembro o nome, agora, mas formavam um grupo notável de artistas e intelectuais  e que foram todos para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde venceram, na carreira de atores.

O grupo era tão forte e coeso que o Pagliolli, o tornou independente. Acabou com o Depto. de Arte Dramática atrelado à faculdade de Filosofia, e ao centro acadêmico Franklin Delano Roosevelt - Criou o DAD - Departamento de Arte Dramática - hoje se chama CAD - e lhe deu o prédio antigo bem ao lado da Faculdade de Odontologia, na curva e no hoje calçadão da Av. Salgado Fillho, à direita de quem desce criando a sala de teatro Alziro Azevedo, até hoje existente, onde se formaram gerações e gerações de atores e atrizes e continuam se formando até hoje.

Muitos colegas do primeiro ano do Direito de 1958, da UFRGS, fomos fazer teste de entrada no novo teatro do DAD. Era a grande novidade. Total lá estavam as gurias adiantadas, já fumavam, independentes, cultas, as da esquerda,, artistas dançavam de rosto colado e até já tinha algumas que ao natural, sem culpa, sem maiores tráumas, acabavam  indo para cama com o namorado. Tudo numa boa. Assim como hoje, mais ou menos, a juventude  "fica". Diferente, mas para dar um exemplo.

E que o Pagliolli, permitiu que o aluno que já tinha passado no vestibular e cursava uma faculdade de ciências humanas, Direito, Filosofia, Línguas Néo-Latinas, etc...não precisava fazer um novo vestibular para tentar ingressar no novo DAD. Era só fazer um teste ao vivo de teatro. Lá fui eu. Duas horas da tarde. Chovia.. O teatro (pequeno, aconchegante) lotado de colegas. Fui o primeiro. Caí com o professor Angelo Ricci. Um italiano do néo-ralismo super culto, magro, alto,. nariz adunco, levemente calvo, falando um português misturado com italiano. Eu quando cheguei e sentei na sua  frente, quis dar uma de bacana e conquistar o mestre e tentei falar italiano usando meu macarrônico dialeto vêneto de Antonio Prado. O professor me deu olhada séria, fez um gesto com a mão, abanando a mão atrás da orelha direita como quem faz pouco e manda parar e disse que o meu dialelo não se falava na Itália e ele pediu então que eu falasse o toscano, o italiano gramatical. Que eu não sabia. Foi um baita fóra que eu dei e provocou risos na platéia de meus colegas.Não perdi o rebolado. O professor Angelo Ricci fez algumas perguntas se eu queria ser artista, qual minha faculdade, etc..e abriu um grosso livro das Odes de Horácio, o poeta latino, me passou o livão me mandou para o pódio e disse " recite" e leia a poesia onde está marcado. Era umas quatro páginas daqueles versos, em decassílabo, tipo os Lusíadas, a Eneida de Virgilio, etc.. enormes, em português, tradução do poeta Ornestaldo de Penna Forte ( um grande na época) .

Eu no pódio, logico, não olhei para a platéia, meus colegas, me olhando e rindo, fiz a leitura da melhor maneira ´possível, procurei empostar a vóz, aquelas coisas. O professor    Angelo Ricci,   mandou eu parar. Mandou sentar. Apanhou  o livro e leu os mesmos versos me imitando. Fantástico. Foi um gargalhada só na platéia, eu sendo imitado, como eu tinha lido as Odes de Horácio. A imitação foi perfeita. Coisa de artista profissional. Foi um choque pois eu jamais tinha visto alguém me imitar.  Aí o grande e notável Angelo Ricci, disse - agora eu vou ler como as Odes merecem ser lidas. Bá, Nem é bom falar. Tirou o dó de peito, aí, sim, ele empostou a vóz, e leu em vóz alta, com talento de artista do néo- realismo italiano. Foi um arraso. Não dá nem para comentar. A vóz daquele homem magro, feio, alto, meio calvo, encheu a sala Alziro Azevedo como um trovão. E descarregou como cascata os versos do notável poeta ialiano. 

Me deu dois de nota e me mandou embora e volte depois, querendo, quando tiver outro teste. Terminou aí minha carreira de artista.

Não voltei mais. Vejo agora no Panorama Pradense, que o nosso GTA festeja 50 anos, e meu nome aparece na lista dos fundadores. Meu Deus, o tempo passou. Mudei eu ou mudaram os outros. O que aconteceu?  Não, náo é verdade que se passaram 50 anos da fundação do GTA. Será que estou velho?...Minha cabeça está lá em Antonio Prado, foi ontem, tudo aqui presente. Com 25 anos, iniciando a advogar na velha casa tombada, na Praça Garibaldi, 80, sendo Prefeito o "seu Polycarpo" que na base   -   "zhô pórcchi" isto é , blasfemando, baixinho, mais para ele próprio, do que para os outros , transformou Antonio Prado. Permitiu, ajudou os jovens e vibrou na inauguração da primeira cancha de futebol de salão, construida, sob ordens dele, nos fundos da Prefeitura     ( como o Ramão jogando no Pradense, resfolegando, brabo, sacudindo a cabeça e dizendo blasfemas para si próprio durante o jogo pois não conseguia fazer o golo) . A maneira pradense de descarregar a raiva. Contra sí próprio. Com os outros eram pessoas generosas, afáveis, simples e de fino trato.  

 Iniciaram o   DAD com tres professores notáveis italianos que Pagliolli trouxe da Itália, do néo-Realismo Italiano - Professores Rugero Jacobbi, Angelo Ricci, e Adolfo Celli ( este depois casou com Tonia Carrero)  formando a famosa Companhia de Teatro no Rio, "Tonia, Céli Autran" e que marcou época no teatro brasileiro.  ( Paulo Autran) .  Trouxe o maestro Salvador Campanella, da Itália,  que fundou e regia a  Grande  Orquestra Farroupilha e depois a OSPA e o maestro máximo húngaro, Pablo Komlós 

 Grande Elyseu Pagliolli, talvez, até hoje, disparado o maior reitor que a UFRGS já teve pela obra que fez. Tudo que ele fez está aí. Chegou ao refinamento de fazer um restaurante mais fino no centro, na Reitoria, e sobre o Restaurante, fez um notável salão de baile, que marcou época, naqueles tempos, onde se realizaram memoráveis bailes da Reitoria, pois cada faculdade tinha direito a usar o salão de graça e toda a estrutura, tres vezes ao ano, o baile dos bichos, o baile de aniversário do Centro Acadêmico respectivo e o baile de formatura. E mais os bailes da Feurgs, da UEE, da UNE, etc...acabava tendo baile todo o ano. Epoca de ouro lembrada até hoje. Os bailes da Reitoria da UFRGS. Obra do grande Pagliolli.

Lógico, as familias traziam suas lindas filhas para os bailes da Reitoria, total queriam casar a filha, para não ficar encalhada, com acadêmicos da UFRGS ,  futuros doutores como realmente aconteceu. Namoros. Noivados. Paixões. Casamentos.  

Pois bem, a nossa Dilma deu uma escapada em Caxias, inaugurou a Festa da Uva, e se mandou para P. Alegre. Dizem que foi para a  suite presidencial do Plaza San Rafael, onde o dispositivo de segurança está todo pronto, feito e arrumado e não cáusa problema para os coitados dos militares que tem o dever  legal de dar segurança a Presidente, quando se hospeda em seu apto, no Cristal e vai visitar o ex- marido, Carlinhos Araujo, na Villa Assunção. Altera todo o dispositivo já preparado,  uma correria para os seguranças. Muda todo o dispositivo e eles tem a obrigação legal de cuidar da presidente. Imagine se acontece alguma coisa para a presidente?...

Sempre tem louco e psicopata solto aprontando por aí, ainda mais neste tempo de carnaval, cachaça e calor abafante.

No Plaza é só dar um telefonema antecipado que um andar inteiro fica reservado para a comitiva presidencial, e as medidas de segurança, já estão treinadas, arrumadas, prontas, azeitadas e os militares que fazem a segurança ficam tranquilos pois não altera o dispositivo que já está preparado faz anos.

Mas, o problema é mais embaixo. Como desde o tempo de estudante, o Carlinhos sempre deu sorte com mulher e vivia cheio de mulheres ao seu redor. Inclusive a famosa global Beth Mendes, apaixonada pelo Carlinhos, para desespero da ja´esposa Dilma, mesmo assim, hoje a Dilma vai visitar o ex-marido, sempre, e a atual companheira do Carlinhos, dizem que é uma arquiteta, muito linda,  convenientemente se retira da casa ao lado do rio Guaiba, enquanto a presidente e o antigo amor de Carlinhos visita o Carlinhos. Não é uma situação comum. Vamos convir. Quando o casal se separa. Se separa mesmo. Aqui no Brasil a coisa complica de verdade. Mais ainda no RGS. Onde ainda impera o machismo e não adianta que não tem,   apesar da tese e dos ensinamentos da Desa. Maria Berenice Dias e da Lei Maria da Penha, a coisa aqui no meio da gauderiada ainda é complicada, este negócio de marido e mulher e triãngulo amoroso, de Pierrot, Arlequim e Colombina. Nunca termina bem. E quem se mete acaba saindo todo mijado. Todos os dias tem namorado, amante, marido e outros que tais metendo tiros na mulher. Eta mundo velho sem porteira, como dizia o Cap. Rodrigo, de Erico Veríssimo, no Tempo e o Vento. E o vento continua soprando, abafado, quente, movimentando a vontade e formando a origem neurótica do delito do homem contra a mulher.

 Em S. Paulo acabaram de condenar o matador da namorada Eloá a 98 anos de prisão. O máximo no Brasil é trinta anos.. ..Não temos prisão perpétua. Nem pena de morte. Alias, nesta area, estamos muito mal. E só olhar nossos presidios. Bombas de efeito retardado. O dia que estourar..Vai ser um banho de sangue.

Eu, de minha parte, posso afirmar, com tranquilidade, que minha mãe, está no céu. Pela simples e singela razão de que aguentou meu pai. No fim da vida do meu pai, cirrose hepática, varises esofágicas, só com 62 anos,  faleceu em 18 de abril de 1971, ainda lá na casa do bairro Golin, hoje bairro Fátima, rua 7 de setembro, 150, ao lado da loja Ciconetto e da Moduarte  -   como jantava fóra todas as noites, com a tujma da opa, do funil, da "pesada"!, e ficou preso em casa     -   tipo o Lulla que o médico o trancou em casa e proibiu de desfilar como destaque na Gaviões da Fiel Corintiana - supremo castigo  - dizem que vai obedecer, ficar em casa e ver pela TV e não vai fugir como costumava fazer o Darcy Ribeiro, enfermo, escapava, fugia do hospital e aparecia no escritório, na praça, e no bar com a turma. 

 Minha mãe, Elvira Mondadori Letti,  para bem de acomodar meu pai,  Horacio Letti, comprou um Fusca, do padre vigário da paróquia -  Leonel Pergher, aprendeu a guiar, mais ou menos, com a Lidia Paganella, já    casada com o Mandelli   (novo)  o do ônibus para Farroupilha e craque do Pradense,  saiu por Antonio Prado e colônias próximas, a levar meu pai, para sair de casa, pois, ele ainda não tinha perdido   -   " a balda"  -  de sair todas as noites, com a turma e querer jantar, beber, fumar e comer e cantar com a    -  "pesada"  -  daqueles homens.  De Antonio Prado.  Minha mãe não aprendeu a dar o ré. Não conseguia. Ia só para frente. Para dar o réu pedia auxilio ao mais próximo.

E  " la náve vá", como dizia Federico Fellini, ídolo e mestre dos tres italianos do DAD, Rugerro Jaccobi, Angelo Ricci e  Adolfo Celli.

Lógico, agora, o navio sem o Schettino no comando para evitar a "Schetinada" na Ilha de Giglio, em frente a Florença. na Toscana, cujo dialeto se tornou o italiano gramatical de hoje, em meio ao torvelinho de  uns dois mil dialetos italianos, conforme a região.


Nério "dei Mondadori" Letti.


-------Mensagem original-------

Data: 02/17/12 18:25:51
Assunto: Por que Fátima Bernardes saiu JN-Globo??? - IMPORTANTE!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A BÍBLIA LIDA PELO DIABO


João Eichbaum


2 Os filhos de Jafé são Gomer, Magog, Madaí, Javan, Tubai, Mesech e Tiras.

Se o Celso Roth fosse vivo naquela época já botava os sete para “povoar” o meio de campo. E é por isso que hoje, quando consegue empatar um jogo ele se alegra e diz "graças a Deus". É porque foi Javé que inventou o amontoamento.

3 E os filhos de Gomer são Asquenaz, Rifat e Togormah. 4 E os filhos de Javan são Elishá, Tarashish, Kittim e Donanim.

Ai, ai, tem uns caras aí com um nome bom pra cabelereiro, maquiador, “maitre” de alta costura, e coisas do gênero. Nossa, que lindo!

5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo suas famílias, entre as suas nações.

`Como dá pra notar, o mundo começou a ser divido em “assentamentos”, por conta do Velho Javé. Tá aí a origem do MST: é bíblica.
Mas o pessoal falava línguas diferentes? Como é que pode, se era tudo da mesma família?
É que desde aquele tempo já tinha gente analfabeta, que não sabia ler e ia inventando a língua. Como hoje: a língua que o Lula fala, por exemplo, só ele, ninguém mais.

6 E os filhos de Cam são Cush, Mizraim,Put e Canaan. 7 E os filhos de Cush são Seba, Havilá, Sabá, Raamá e Sabteca e os filhos de Raamá são Sheba e Dedan.

Bah, a fila já andava, naquele tempo. Tudo com coerência e sentido prático, de acordo com a ordem de “multiplicar-se”.






quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O FIM DO MUNDO?

Paulo Wainberg


Ou o mundo vai acabar, ou não vai, neste ano. A profecia maia, baseada em elevados cálculos astronômicos, ricos em logaritmos, algoritmos e ritmos, estima uma conjunção planetária, galáctica e universal que acarretará o fim do mundo, não se sabe se apenas o nosso ou os demais também.  
Caso fosse eu um citador, não perderia a oportunidade para citar o filósofo alemão Fritz-Frantz Flüssembader, racionalista do Segundo Período – a quem acabei de inventar – que em seu livro mais famoso, Das Nacht um Der Tag, ensinou que “Wen Mir Schlaffen, Ich Macht Gurnicht”, isto é, numa tradução livre, “quando nós dormimos eu nada faço”, pondo fim à polêmica sobre o significado do descanso.
Mas não sou um citador, portanto, não cito.
É minha missão, sagrada e inadiável, instruir você, paciente leitor, estimada leitora, sobre como proceder em caso de (a) o mundo acabar, (b) o mundo não acabar e (c) as duas coisas acontecerem.
Em caso de (a), meu primeiro conselho é para que você não esteja lá, na hora do evento. Porque as duas primeiras consequências do fim do mundo serão que as suas ações despencarão e você não será mais obrigado tomar chá, em caso de gripe.
Se o fim do mundo for sequencial e não simultâneo, você ainda terá um tempinho para curtir o mercado, ou daqui ou da Ásia, dependendo de por onde começar o desastre.
Imagine como seria a vida humana, na ausência do mundo. Difícil, muito difícil, onde você iria acampar, por exemplo? Ou passar as férias? Por isto recomendo, enfaticamente, que diante da iminência do fenômeno, você comece a fazer, hoje, agora, imediatamente, tudo o que sempre teve vontade de fazer. Depois vai ser complicado.
Se você seguir esta recomendação, torça para que o mundo acabe mesmo, pois fazendo tudo o que sempre teve vontade e o mundo não acabar, o que você vai dizer em casa? Como vai encarar seu chefe?
Minha derradeira instrução é dirigida aos mais afoitos, aqueles que, diante do inevitável, resolvem acabar com o mundo individual antes de acabar o mundo coletivo. Não façam isto! Dêem uma chance para o azar porque, no mínimo, o fim do mundo vai ser mais bonito do que qualquer espetáculo de fogos que você já assistiu. Caso você se antecipe, não vai estar lá para ver.
         Em caso de (b), estamos todos com o mesmo problema: continuar levando a vida do jeito que está e do jeito que der.
         Recomendo que a população, caso o mundo não acabe, continue fazendo greve, protestando, se explodindo e se matando, já que o mundo continua, precisamos que os noticiários de televisão também continuem.
         O aspecto positivo de o mundo não acabar, é que poderemos continuar assistindo as várias versões, dependendo dos interesses da emissora, sobre as notícias de corrupção, umas a favor, outras contra, mas nenhuma indiferente.
         Outra coisa boa é que enquanto nosso PIB cresce, nosso Pub lota e o dinheiro circula mais, principalmente com as multas aplicadas aos motoristas embriagados.
         Tem o sexo, também. Já pensou não existir mais o mundo? Como é que você vai fazer sexo, aonde, a que horas, não existirão motéis, bancos traseiros, sofás da sala, paredes para apoiar e muito menos camisinha para garantir. Prevalecendo a hipótese (b), esses problemas não nos afligirão e você só precisa conseguir a parceria. Ou nem isto.
         Por último, caso ocorra a hipótese (c), aí, meu amigo, lamentavelmente você vai ter que escolher. Não me peça ajuda para a sua opção, decida sozinho que mais lhe convir e faça bom uso.
         Nada recomendo porque não quero ser acusado, depois, de induzir a testemunhaem erro. Sóo que me falta é você vir se queixar que eu não avisei que o Fim do Mundo podia doer, ou que o mundo não acabando você ia ter que continuar pagando o carnê.
         Eu fora.
         E, com a coerência de sempre, reafirmo que não sou um citador, porque se fosse estaria invocando, justamente agora, as sábias palavras do grande físico italiano Pimpinelli Scarlatina que declarou, na hora de bater o escanteio:
 “Lacha com me que io suono sinistro.”