quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

PATICUMBUM

Carlos Maurício Mantiqueira*

Enredados no samba sem fronteiras, escondidos como gato na tuba, vem um bocó referir-se a suruba, num tsunami de asneiras.

Caju, chegou a hora de tomar na rima.

Agora não mais é só uma questão de bom gosto. Saibam que rei morto é rei posto.

Quero vê-los entrar num restaurante, japonês ou italiano, e um de cada vez, tomar uns sopapos dos que até hoje só engoliram sapos.

O bloco dos “Não pago mais pra ladrões” é o que mais cresce entre os foliões.

É escarnecer do povo aprovar o “quinderôvo”.

Muito embora aja com tato, está sem cachorro perdido no mato.

“É dos carecas que elas gostam mais...”

Antas, cachorras e periguetes que não param de mascar chicletes, pensam em trocar suas bikes por modernos patinetes.

E tomem serpentinas e confetes!

Na quarta-feira acabou-se a brincadeira.

Tudo será cinza num país injusto e ranzinza.

Procuremos ver o lado bom; melhor que o papa hóstia, é.

Seu genitor, sem nenhum pudor, jantou com o Top Top e outros asseclas que chafurdam nas melecas, em lugar elegante. Só faltou o merdandante.

Que venha o Zé Pereira. Viva o Momo!

Que saia da sombra a figura mais esquiva.

Pronta pro cordão amarelo e verde oliva.

Efegagácê, ó aqui pro cê!

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador

Fonte: Alerta Total




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