PATICUMBUM
Carlos Maurício Mantiqueira*
Enredados no samba sem fronteiras, escondidos como gato na tuba,
vem um bocó referir-se a suruba, num tsunami de asneiras.
Caju, chegou a hora de tomar na rima.
Agora não mais é só uma questão de bom gosto. Saibam que rei
morto é rei posto.
Quero vê-los entrar num restaurante, japonês ou italiano, e um
de cada vez, tomar uns sopapos dos que até hoje só engoliram sapos.
O bloco dos “Não pago mais pra ladrões” é o que mais cresce
entre os foliões.
É escarnecer do povo aprovar o “quinderôvo”.
Muito embora aja com tato, está sem cachorro perdido no mato.
“É dos carecas que elas gostam mais...”
Antas, cachorras e periguetes que não param de mascar chicletes,
pensam em trocar suas bikes por modernos patinetes.
E tomem serpentinas e confetes!
Na quarta-feira acabou-se a brincadeira.
Tudo será cinza num país injusto e ranzinza.
Procuremos ver o lado bom; melhor que o papa hóstia, é.
Seu genitor, sem nenhum pudor, jantou com o Top Top e outros
asseclas que chafurdam nas melecas, em lugar elegante. Só faltou o merdandante.
Que venha o Zé Pereira. Viva o Momo!
Que saia da sombra a figura mais esquiva.
Pronta pro cordão amarelo e verde oliva.
Efegagácê, ó aqui pro cê!
*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador
Fonte: Alerta Total
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