quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

Intervenção federativa dos federais no Rio de Janeiro sem mudar a constituição, no que vai dar ????
1- Vão pegar os menores do tráfico e dos assaltos, prender, dar uns corretivos, umas bolachas, uns tapas nos cornos, ou vão mandar para as fundações formarem grupos, reclamarem da superlotação, pegarem fogo em colchões, matar uns reféns e pedirem mais liberdade ????????????

2- Vão pegar os maiores do tráfico e dos assaltos, prender, dar uns corretivos, umas bolachas, uns tapas nos cornos, botar em pau-de-arara, dar choque nos ovos, para aprenderem, ou vão mandar para as prisões formarem grupos, reclamarem da superlotação, pegarem fogo em colchões, matar uns reféns e pedirem mais liberdade ????????????

3- Vão pegar os políticos do tráfico e dos assaltos, prender, dar uns corretivos, umas bolachas, uns tapas nos cornos, fazê-los perder os direitos e tortos políticos, ou vão liberar para as Instituições para formarem grupos, partidos, reclamarem da falta de liberdade, roubarem mais impostos, matar mais idosos e pessoas nas filas do SUS, pela redução do poder aquisitivo ????????????

4- Enfim... Se não for para mudar nada, nada será mudado... E com essa turma de cafajestes políticos, melhor não mudar nada, que vai ser pior a emenda que o soneto..



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018


A MIGRANTE PERDIDA
João Eichbaum
Sem sexo não há vida e sem vida não há sexo. Esse círculo vicioso preside a existência do gênero animal. É a regra básica, sem a qual a natureza animal estaria fadada ao aniquilamento. Para gáudio de toda a humanidade, sexo é, antes de tudo, uma exigência biológica, sacanagens à parte.
Para quem não sabe: a migração das andorinhas, por exemplo, é movimentada pelo sexo. As gônadas (glândulas sexuais) nelas se desenvolvem, se inturgescem, na primavera. Fantástico: a energia da primavera, que produz florescência no gênero vegetal, produz tesão nas aves. Aí, elas migram para reproduzir. Depois fogem do outono, prenúncio do inverno, que lhes nega condições de procriar.
Aqui no Rio Grande do Sul, já a partir de fins de janeiro elas costumam marcar o ponto para a viagem: sentem os ajustes metabólicos proporcionados pela glândula hipófise, anunciando iminente mudança da estação. Então se juntam nos fios de luz, no litoral, numa espécie de ensaio do cerimonial da longa viagem.
A gente se encanta com aquela organização, com aquela disciplina, com aquele espírito gregário. Primeiro, juntam-se poucas. Três, quatro, meia dúzia, com seu voo coreográfico, antes de pousarem nos fios. Mas, em pouco tempo, o grupo cresce e elas precisam ocupar muitos fios de luz.
De repente, um belo dia, nem sinal mais das andorinhas. Partiram, antes do raiar do dia, obedecendo às ordens da natureza, porque não têm deuses lhes apresentando tábuas de leis divinas, nem Igrejas, nem levitas a lhes soprar nos ouvidos que “sexo é pecado”, nem convenções sociais que lhes viram a cara.
Mas, como todas as regras, as da natureza também têm exceções. Aquela andorinha solitária que, ao cair da tarde, veio pousar no fio, onde suas companheiras se reuniam, tinha perdido o trem e parecia não ter se dado conta disso. Ficou ali, entregue ao abandono, imóvel, como uma criança perdida. E, quando dois pássaros de outra espécie sentaram no mesmo fio, ela, apavorada, voou, sem sequer bater as asas.
Voou, deixando no vazio a incerteza do seu destino. Voará sozinha? Terá forças para suportar a solidão de uma viagem sem fim? Desiludida da vida, por disfunção de suas gônadas, irá se entregar à própria sorte? Ou terá seu amor voado com outra, na direção daquele azul, onde o céu se confunde com o mar?


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018


PLANETACHO

NO RIO
Os acontecimentos no Rio de Janeiro comprovam mais um equívoco de Temer. Foi ele decretar a intervenção militar e uma chuvarada causou tantos alagamentos na capital carioca, que o certo teria sido ter convocado a marinha...

EM CURITIBA
Depois que o STF decidiu que gestantes podem ficar em prisão domiciliar, não é de se surpreender se Eduardo Cunha simular uma gravidez.

BRASÍLIA
Algumas decisões polêmicas de Gilmar Mendes poderiam ser revistas se o STF adotasse um sistema de árbitros de vídeo semelhante ao da FIFA.

PLEITO
A dúvida que fica é se os candidatos virtuais à presidência podem aceitar doações de campanha em bitcoins.

NOS STATES
O Trump está sugerindo que professores deem aulas armados nos Estados Unidos. A medida até pode não evitar atentados, mas ai de quem for pego colando nas provas.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018


VIVER TANTO, PARA QUÊ?
João Eichbaum
Em sua coluna de terça-feira última, na Folha de São Paulo, a jornalista Mirian Goldenberg refere o cientista inglês Aubrey de Grey que, segundo ela, “pretende criar, nos próximos 20 anos, medicamentos e tratamentos para reduzir ou reparar os danos provocados pelo envelhecimento”. A ideia de Aubrey é de uma longevidade de até mil anos.
Mirian então partiu para uma enquete pessoal, indagando às pessoas se elas gostariam de viver até mil anos. Resultado: metade não quer. E a jornalista cita um colega seu, de 63 anos, cujo nome não divulga, que dá suas razões para não se entusiasmar com Aubrey de Grey.
 “Deus me livre – diz o entrevistado por Mirian. Já vivi bastante, já está bom. Tenho tantos problemas com filhos, trabalho, família que não quero viver muito mais. Tudo tem limite, um ponto de saturação. As pessoas estão muito chatas, eu também estou muito chato. Se eu chegar aos 80, com boa saúde e dinheiro suficiente, já está bom demais. Mesmo assim vai ser difícil aguentar tanta burrice, violência e roubalheira."
Resumo perfeito da vida, no que concerne ao animal humano. Se os demais seres orgânicos têm sua limitação imposta pela natureza, que razões teria o animal humano para escapar de tal regra?
Animal essencialmente social que é, o homem, em razão disso, não tem absoluta liberdade para decidir sobre si mesmo. Há inúmeros vínculos que o prendem ao grupo, principalmente necessidades cujo suprimento depende desse grupo.
A fim de não onerar o grupo, se quiser viver até mil anos o homem terá que manter sua capacidade produtiva. Sem isso, não haverá previdência suficiente para mantê-lo no ócio. Mais sensível é o ponto de saturação no grupo do que no indivíduo. E quando chega a esse ponto, entra em vigor a lei do predador, imposta pela natureza. No caso do homem, seu predador é o próprio homem e o instrumento predatório será a desintegração social.
A longevidade nos tempos de hoje, que não é lá essas coisas, já dá mostras desse fenômeno. A celeridade da evolução, produzida pela tecnologia e somada à mudança de costumes, vai deixando os velhos de escanteio, desconectados da nova realidade, ou gerando neles a insatisfação, a revolta contra “tudo isso que aí está”. São os sintomas da desintegração social, que não permitirão uma vida digna até mil anos.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018


Bocó – Forrest Gump Tuíniquim

Carlos Maurício Mantiqueira*

O ditado popular ensina: Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.

Este almocreve que lhes escreve e clama pela redenção da Pátria que tanto ama, bem sabe que na vida as pessoas só se lembram de quem lhes fez mal.

Bafejado pela sorte, os há simplórios e seguidores de Mavorte.

No momento há um bolso ignaro. Não é gênio nem jumento.

Não obstante é competente o bastante pra gerar admiradores e detratores.

No palco da tragicomédia eleitoral, desvia os refletores dos verdadeiros palhaços: os eleitores.

Se dona Onça embarcar nessa canoa furada e permitir a troca das moscas (e não a limpeza da merda) o país deixará de ser chuchu beleza e dos estrangeiros será fácil presa.

Em neologismo esclarecedor: Tantufaz como tantufez.

Se desmoraliza um concorrente por vez.

Já vimos o que ocorreu em 90.

Como num filme de cowboy, o mocinho eleito sherife, na primeira cena, assalta o banco. Até hoje a poupança dói.

A zélia da zelite algoz e o galã, mágico de Oz.

Ou temos intervenCão ou será o fim da naCão!

Terminado o entrudo, estamos na mão do chifrudo?

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total



quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018


PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*
Bandido rico batendo em bandido pobre ????
Bom dia gente fina do Tucuruvi ao Andaraí, da turma do bodoque à turma do Oiapoque, desde a turma do estilingue até ao pessoal bilíngue, da turma do Tatuapé até ao pessoal que pesca tucunaré, a grande verdade é que nós, os cariocos e as cariocas, quer no singular quer no plural, já estamos intervindos, ou intervenidos ou intervençados, que êita palavrinha difícil que de tão rara nem parece ter palavra que sirva ao fato de estarmos sob intervenção federal...
Vindo de fichas-sujas, a intervenção federal no Rio de Janeiro nos enche de preocupações, logo agora que querem mexer na grana dos velhinhos assim como arrebentaram os fundos de pensão... Verbas milionárias pra gentes otárias e preguiçosas, apátridas e defeituosas, descalibradas e perniciosas...
Mas se for para o bem geral da nação e não apenas para enfiar a mão na massa e desfilar mais turistas pela cidade, todos uniformizados de paint-ball, digam ao povo que topo essa intervenção intervencionista, pau nos bandidos...
Mas fico aqui coçando a caraminhola, a cachimônia atordoada, o sótão cheio de macaquinhos embananados, tudo enrolado que até a vista se me turva....
... Me pergunto como pode bandido rico dar pau em bandidos pobres desde o a cidade de Deus ao morro da Catacumba???? Parece que tem muita grana pra gastar desde o morro da Providência até o da Previdência... Sem Dilma canetadas, têm agora o Meirelles canetinhas... Mas resta saber se livres para agir ou engessadas.
Aproveitem enquanto o Meirelles é tesoureiro no Brás, e nada há a temer porque o povo ainda está carnavalescendo...

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018


O PAPEL DO GENERAL
João Eichbaum
Todo mundo viu. O Brasil inteiro se aterrorizou com a violência no Rio de Janeiro, uma cidade dominada por traficantes de droga e bicheiros. Uns e outros, traficantes e bicheiros, fizeram sua parte no Carnaval. Enquanto esses distraiam o povo, tirando sarro dos políticos, os dependentes daqueles saqueavam o dito povo embevecido.
Lê-se no jornal Zero Hora de domingo: “caminhões tendo suas cargas roubadas, pais escondendo-se com os filhos entre carros parados em rodovias, enquanto ocorriam tiroteios, policiais assassinados, arrastões em toda a cidade”. E no mesmo jornal, na página seguinte, o general designado para presidir a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, se saía com a seguinte pérola: ‘é pura mídia”.
Pois esse é o general que, segundo a imprensa, tem 23 condecorações nacionais e quatro estrangeiras. Mas, só o que ele disse já basta para se aquilatar o valor das condecorações e de suas finalidades, num país empestado pela corrupção, que há mais de setenta anos não sabe o que é uma guerra.
Diante da imprensa, o general não teve palavras, nem jogo de cintura que o apresentassem como pessoa de espírito preparado enfrentar imprevistos. Com esse perfil ele vai para o Rio, a fim de administrar os serviços de segurança. Talvez lhe tenham dito que o Rio de Janeiro é uma cidade onde só dormem pessoas felizes, e não um lugar onde o crime se arraigou e conquistou a hegemonia há muitos anos.
Notícias pretendem enriquecer o currículo do general com experiência “em ações da segurança pública”: foi enviado ao Espírito Santo “para socorro das Forças Militares”, durante a greve dos policiais militares daquele Estado.
 Ora, ora. Enviado não manda nada. Se um interventor não tem poder de polícia, muito menos um “enviado”, salvo subversão das regras constitucionais. E a bronca no Espírito Santo era com os policiais, pendenga entre milicos, não com o crime.
Outra experiência: “coordenador-geral da assessoria especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos”. “Coordenador da assessoria”... Então ta, maravilha! Ele é o homem certo para atuar na peça teatral do governo federal, com aquele peitinho que mamãe besuntava de Vick Vaporub, hoje carregado de insígnias. Como ator, ele desempenhará um papel de faz de conta, já que não há violência, nem terror, nem arrastões, nem tiroteios no Rio, sendo tudo isso “pura mídia”...

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018


PLANETACHO

TUITI
Temer se lamenta: “Devia ter pedido para o Segovia me livrar de mais este enredo também”.

CARNAVAL
O prefeito de São Paulo, João Dória, foi esnobado por Zeca Pagodinho em um camarote patrocinado por uma cervejaria na Sapucaí. Dizem que Zeca nunca esteve tão sóbrio.

CANDIDATOS
Luciano Huck anunciou que não vem mais. Alckmin não descarta pedir apoio a Luciano. Tipo assim: fazer um lar, doce lar, no Palácio do Planalto.

VIOLÊNCIA
Enquanto isso, no Rio o Cristo Redentor está prestes a pedir asilo na embaixada do Vaticano.

ENTÃO
Quando todos pensávamos estar vacinados contra tudo de errado que ocorre neste País, acontece uma coisa destas em clínicas de vacinas, para nos contrariar...

NO ESPAÇO
A maior prova de que existe vida inteligente fora da Terra é que os ETs não querem contato com a gente.

INTERVENÇÃO NO RIO
Botaram um coturno no Pezão.

POR OUTRO LADO...
A Paraíso da Tuiuti é também conhecida como o inferno de Temer.

ELEIÇÕES 2018
Se a Odebrecht comprou todos os políticos sujos, nós não devíamos aceitar devolução.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018


DAS MÁS LÍNGUAS ...
João Eichbaum
Aludindo às críticas assacadas contra o Supremo Tribunal Federal, o ministro que mais náuseas provoca na boca do povo, Gilmar Mendes, disse em entrevista que o “debate no Brasil virou uma coisa terrestre, pedestre, rastaquera...”
O jornalista Leão Serva, da Folha de São Paulo, em crônica publicada na segunda-feira de Carnaval, tira sarro da fala do ministro, extraindo dela um forte conteúdo preconceituoso: “confundir o pedestre com má qualidade ou baixeza é uma prova da suprema desigualdade social do país, no qual tradicionalmente os donos de carro têm poder e dinheiro e ignoram o direito dos mais pobres a pé nas calçadas”.
E a seguir, o cronista informa o significado da palavra “rastaquera”, trazido pelo dicionário: “é o indivíduo que pratica gastos luxuosos e ostentações, pessoa de meios de subsistência suspeitos e que ostenta luxo exagerado e de mau gosto”.
Não, caro Leão Serva. As palavras usadas por Gilmar Mendes (pedestre, rastaquera) nada têm de preconceituoso. Ele lhes desconhece o sentido, porque seu vocabulário não passa daquele “juridiquês” limitado, com a mesma profundidade de um  vocabulário de papagaio.
Tratando-se de empregar adjetivos fortes, que contenham a carga ofensiva pretendida pelo ministro, ele não encontra em seu vocabulário senão palavrões onomatopaicos, que valham mais pela sonoridade do que pelo conteúdo.
O domínio do vernáculo nunca foi o forte do Gilmar Mendes, como não o é de muitos, senão de todos os ministros do STF. Parece que suas excelências desconhecem a mais primária das regras das ciências jurídicas: sem o domínio pleno de seu único instrumento, que é a linguagem, não há como aplicar cientificamente o Direito.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018



PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*

A tecnologia de segurança importada pelo "Crivella"
- Oi prefeito Crivellla... O que foi fazer na Alemanha, que mal lhe pergunte ????
- Vim ver tecnologias para segurança
- Mas assim, sem fazer concorrência ????
- Tive uma inspiração divina e vim de supetão, mas me descobriram eu igualzinho ao Gilmar em Portugal, e por isso que fiz este vídeo explicando..
- Mas na Alemanha está todo mundo no Carnaval, só trabalha aquele pessoal representante, normalmente de Bancos... A Suíça fica aí ao lado da Alemanha...
- Não não... Estamos vendo segurança pra homens e mulheres e até pra animais.... Não torra o saco.... Depois eu conto...Tudo moderninho... E vocês têm o governador.. O Pezão está aí, que daqui da Alemanha eu tô vendo o pé dele ...
- Nada.... O pé grande foi para a terra dele descansar porque o Rio está muito violento... Me dá o endereço daquela loja de guardanapos....
(Se não fosse carnaval... Andar em mangas de camisa no invernio alemão...tem que ser muito macho... E o sobretudo não dá nem prá saída....)

Rio de Janeiro visto pelo lado do cotidiano.
Um dia chegaram as Forças Armadas ao Rio, prontas para defender a população, justamente quando uma quadrilha de traficantes tentava derrubar o chefe da outra num mal afamado bairro da cidade. O governador interveio na intervenção. Não deixou as Forças Armadas agir nesse dia...
E , evidentemente, parece mais do que certo que nossos governos e a própria sociedade tratou de minar as forças das forças armadas de tal forma que não adianta se esforçarem porque não têm força suficiente para combater as forças armadas do crime de toda a natureza desnaturada: Traficantes, rapinas, assaltantes, bandidos, meliantes, de todos os tipos, estão armados, fazem o que querem...
Nossas forças armadas parecem atores de filme piores que os de Roliúdi: Uma chanchada nacional onde o juiz de plantão é sempre uma inutilidade que fala pelos cotovelos as erudições que a cada dia perdem a força e fazem parte da chanchada...
Deprimente!!!!
A globo (Fátima Bernardes )fingiu que não entendeu a Beija-Flor, descrevendo a escola como contando a história de Frankenstein... O Monstro é o próprio Estado comandado por políticos ladrões, juízes cooperantes e forças armadas ineficientes. A corrupção é geral.

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018


O SENHOR LEWANDOWSKI
João Eichbaum
Para quem não sabe: Ricardo Lewandowski é segundo tenente da reserva do Exército e formado em Direito por uma autarquia municipal, a Facudade de Direito de São Bernardo do Campo. Tais dados constam no currículo do cidadão acima citado, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal.
Tendo ingressado na magistratura não por concurso, mas pela porta dos fundos do quinto constitucional, no Tribunal de Alçada de São Paulo, Lewandowski não é juiz por vocação, mas por ter aproveitado a ocasião. Então, não se pode exigir dele a construção de silogismos que transformem em dogmas jurídicos qualquer afirmação sua, tanto nos autos, como fora deles.
Olhem só: para concluir que a “inocência presumida” é “relevante”, ele invoca o “congestionamento do sistema judiciário”, acarretando excesso de trabalho dos juízes de primeiro e segundo grau.
E, além disso, traz à tona “a intolerável existência de aproximadamente 700 mil presos encarcerados em condições sub-humanas”. Em seguida afirma que os juízes “nem sempre” consideram “outros problemas igualmente graves, como o inadmissível crescimento da exclusão social, o lamentável avanço do desemprego, o inaceitável sucateamento da saúde pública e o deplorável esfacelamento da educação estatal...”

A pergunta que cabe: uma coisa tem a ver com a outra? O que é que têm a ver as pregas do cu com as têmporas? Onde estão as premissas das quais decorre a conclusão de que a “inocência presumida”  é “relevante”?

Senhor Lewandowski: a “inocência presumida” é uma norma constitucional. Mas o excesso de trabalho dos juízes, as condições desumanas dos presídios, a exclusão social, o desemprego, o sucateamento da saúde e o “esfacelamento” da educação são fatos. Os fatos têm natureza diversa da “norma”. Os fatos são a realidade, o trivial, o que acontece. A norma é um valor abstrato, que nem sempre se dá bem no labirinto intrincado da vida.

Se no seu doutorado não lhe ensinaram que o silogismo desnutrido põe a ruir qualquer pensamento, aprenda agora, senhor Lewandowski: premissas e conclusão devem ter a mesma natureza. Depois de aprender esses fundamentos, estude, pesquise, procure um professor e tente nos convencer de que seu amigo Lula não pode ser preso.


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018


SEM AMOR
João Eichbaum
“Os pais de Alyosha (Matvey Novikov), um menino calado de 12 anos, não se entendem mais. A mãe, Zhenya (Maryana Spivak), apaixonou-se por um homem rico. O pai, Boris (Aleksey Rozin), envolveu-se com uma mulher grávida. Durante o complicado processo do divórcio, Alyosha desaparece sem deixar pistas.

Não é apenas a pequena série de imagens cortantes de Alyosha, triste ou chorando compulsivamente, que nos chama a atenção para o mal-estar. Vemos isso em praticamente qualquer cena que mostre duas ou mais pessoas em algum tipo de interação.”

Basta essa excelente resenha de Sérgio Alpendre, na Folha de São Paulo de ontem, abordando o filme russo “Sem Amor”, para que um caroço nos suba à garganta.

Andrei Zvyagintsev é o diretor russo que chama a humanidade às falas, com essa obra que, no dizer de Sérgio Alpendre, é marcada “por uma indiferença mais poderosa que mil ofensas verbais”. E acrescenta Sérgio: “não há trégua, não há nem sequer vestígio de felicidade que não seja muito breve e até injustificável”.

Aí está, em forma de arte, o retrato das relações humanas no mundo moderno. O egoísmo e a animalidade, que algumas religiões, como o cristianismo, conseguiram reprimir no homem por algum tempo, hoje voltam à tona com força redobrada.

O descarte da paixão antiga, que parecia única, insubstituível, insuperável, é exigência dessas duas propriedades que acompanham o ser humano, desde que ele nasce: o egoísmo e a animalidade.

O egoísmo exige a felicidade, e a animalidade impulsiona freneticamente essa exigência. Tal é o círculo vicioso que comanda as relações humanas. E a ilusão de uma nova felicidade passa a ser construída com a massa amorfa da infelicidade de alguém.

Direitos iguais para machos e fêmeas é algo muito bonito e desejável. Mas a conquista dessa igualdade tem o seu preço, graças às construções filosóficas e religiosas que, por muitos séculos, a impediram. Hoje, nessa sociedade igualitária em que se vive, as oportunidades de felicidade são iguais para todos. E as conseqüências são inumeráveis.

Poucos, muito poucos, se dão conta de que a criança, esse animalzinho sensitivo e inteligente, apreende desde cedo o sentido de família e o assimila como um valor indestrutível. Em conseqüência disso, a ruptura do grupo familiar sempre terá efeitos negativos, em maior ou menor grau.

O diretor russo se debruça sobre um desses efeitos multifários, com a maestria e o desembaraço de quem tem autoridade para dispensar teologia e filosofia, quando o assunto é humanidade. Condensados na paixão, o egoísmo e a animalidade, respondem pelos rastros inimagináveis de uma transa.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

TRATADO SOBRE A BASTARDIA

Carlos Maurício Mantiqueira*

O filósofo francês Condillac em sua obra “Logique” diz que uma linguagem bem precisa é, por si só, um início de ciência.


Estamos na era dos insultos.

O povo já proclamou: “Non inultus premor”.

No planalto, um bando de estultos ainda não percebeu o “perigo” iminente do fim da farra.

A classe polititica é composta, em sua grande maioria, por filhos da puta por direito de nascença. Ou seja, a politicagem é genética.

Alguns, o são por direito de conquista. Bem nascidos, fazem questão de trair a Pátria apenas “pour se faire remarquer”.

O terceiro tipo é composto por bastardos honorários, que chegaram ao cão egresso no vácuo de uma votação estrondosa de palhaços de todos os gêneros. Normalmente, não conseguem ocupar a tribuna nem uma única vez, desprezados que são pela raposas felpudas.

Assim, quando um moribundo, sob as ordens de um marimbondo de fogo, diz funcionarem as instituicães, não devemos nos alarmar. Fausto também vendeu sua alma ao diabo. Esqueçamo-lo.

Aos “deuses” do aviário lembremos o ditado popular: “Urubu quando está caipora, até no cagar descadeira”.

Sempre alcança quem espera e produz.

Leiam de Chesterton “A esfera e a Cruz”. Que eu saiba só foi traduzida para o português num e-book. Há edições em inglês, francês e espanhol.


“Chassez la nature; elle reviendra au galop”.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total



quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO*



Ação conjunta de empresa brasileira e Filho de ex- presidente, José "Filó do Filé", desvia 500 milhões de dólares de Angola para Londres.
Ora,ora,ora vejam só... Depois que o PT assumiu aqui, começou um processo de '"estafa" entre empresas e os políticos. O casamento perfeito para exaurir os recursos púbicos, e como sabemos, lá do Rio Grande do Sul, "cachorro que come ovelha, só matando". Mas aqui, no Brasil, não tem ninguém "matando cachorro a grito". Nem a grito...
Gilmar Mendes, muito pelo contrário, "solta os cachorros"... Imagine-se: Se o casamento entre políticos e empresas já era o ideal pra sumir com verbas, imagine-se juntando os tribunais de contas, o fisco e os juízes... Vão secar o Brasil, deixá-lo na rua da amargura, devendo a alma pelos próximos 100 anos.
José Filomeno dos Santos ,filho do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos e irmão da dona de Bancos, empresas de petróleo que queria comprar a Europa, Isabel dos Santos, uniu-se a uma empresa brasileira, a "Perfect Print', criaram uma outra Fantasma a "Mais Financial Service", e falsificaram até a assinatura do presidente do "Credit Suisse"...
Na verdade, gente como FHC, Lula e Dilma, e são muitos, acharam que a "esperteza" ganharia de lavada da inteligência popular, da gente que tem a visão de nação e não de lucros imediatos particulares...
A CIA americana entrou na jogada, e descobriu tudo... Depois dizem que os americanos querem dominar o mundo... Não é não... Eles são bons no que fazem...Só isso...

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

NÃO BASTA USAR TOGA
João Eichbaum
A senhora Rosa Weber não transita pelo Código Eleitoral e leis correlatas com a mesma desenvoltura com o que o fazia, na sua juventude, no corredor das leis trabalhistas. Seu forte, na área jurídica, eram férias, décimo terceiro, justa causa, aviso prévio, e outras miudezas do gênero, que qualquer trabalhador conhece na ponta da língua.
Até ser ministra do Superior Tribunal Eleitoral, cargo decorrente de sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal por obra e graça da então presidente Dilma Rousseff, o máximo que ela conhecia, certamente, era seu título eleitoral, no concernente à obrigação de votar.
Evidentemente, nunca foi juíza eleitoral e, por isso, jamais lidou com impugnações de candidatura, inelegibilidades e outros tropeços, a que estão sujeitas as pessoas que aspiram ao bem estar e às mordomias só reservadas para quem se encosta em cargos políticos.
Graças a essas lacunas na sua trajetória pela magistratura, a referida senhora foi protagonista de uma gafe que, certamente, vai engrossar o anedotário das lides forenses: pediu vista de um processo eleitoral, do qual era relatora.
Esclarecendo, para quem não conhece o sistema judiciário: nos tribunais, relator é o juiz encarregado de estudar o processo, interpretando os fatos e o direito, para emitir um juízo de valor. Para isso, deve ser guiado pelo princípio ético de que, não bastando ser juiz, é preciso ser responsável.
Condenado por improbidade administrativa, o atual prefeito de São Leopoldo, Ari Vanazzi, coordenador da campanha da Dilma, teve a candidatura impugnada: esse era o conteúdo do processo confiado a Rosa Weber. Ela, como relatora, no seu voto deu ganho de causa a Vanazzi.
Gilmar Mendes não se convenceu e pediu vista. Semana passada trouxe o processo para julgamento e contrariou o voto da relatora. Diante da posição do polêmico colega, ágil e desembaraçado em Direito Eleitoral e legislação congênere, Rosa Weber se apequenou: sucumbiu à humilhação de pedir vistas de um processo do qual era relatora.
Teria ela confundido justa causa com ato ímprobo? Ou teria confiado o processo àquela equipe que sempre a assessorou, nas miudezas das causas trabalhistas, entregando-lhe a decisão de uma questão gravíssima, a questão da imoralidade dos políticos, que mais atormenta a população brasileira e é responsável pelo escárnio internacional do país? Ou, simplesmente, escorregou na banana?



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

É VOCÊ QUEM FARÁ A INTERVENÇÃO. SABIA?

Jorge Ferrão*


Já gravou seu vídeo-recado para a Rede Globo? Eles desejam ter, de graça, um desenho real, precisamente localizado, individualizado e mais próximo da “verdade” sobre o grau de satisfação, insatisfação e desejos de quem sobrevive no Brasil. Uma pesquisa dessas, mesmo por amostragem, daria para comprar uma nave espacial para fugir do risco de prisão em um escândalo de corrupção da Fifa – apenas para usarmos um exemplo hipotético de cálculo de custo...

O Grupo Globo pergunta: “Que País você quer para o futuro”? Resposta complicada... Entender o momento presente já é difícil... Compreender o passado, recente ou distante, parece mais complexo ainda. No entanto, as pancadarias ou raros debates nas redes sociais da Internet indicam que a maioria das pessoas, nos 5770 municípios, deseja “mudanças” para um País “Honesto”. O sonho é possível? Ou a Corrupção é invencível? Outro mistério da Bruzundanga difícil de desvendar...

Aparentemente, a bronca gigantesca e generalizada é com a máquina estatal controlada pelo Crime Institucionalizado. A revolta é contra os governos (Federal, estadual e municipal) que deixam muito a desejar em termos de gestão pública honesta, transparente e eficiente. Prevalece um sentimento de ódio contra a classe política – ironicamente escolhida pelo voto do mesmo revoltado que a esculhamba, critica os “governos” e não suporta mais a safadeza-bandida da máquina estatal.

O que nossos descontentes precisam saber, entender e espalhar para todo mundo? Elementar, caro eleitor e pagador compulsório de quase uma centena de “impostos”. O caminho viável para o Brasil é a adoção do Federalismo pleno – que vai empoderar os municípios e seus bairros e, acima de tudo, suas famílias. O poder local precisa ser a base de tudo. Por aqui, ainda não é... Porém precisamos lutar para isto... As soluções virão de baixo para cima, da base, dos indivíduos...

O desafio é gigantesco. Os donos do poder na pretensa “União Federal” não querem largar o osso... Só aceitam “reformas” da estrutura errada e apodrecida. Não querem mudanças estruturais. Pior ainda, vão reagir contra qualquer profunda alteração da realidade em vigor - o tal “status quo” que os “intelectuais” enchem a boca pra falar... A novidade boa é que, interligadas pelas redes sociais que a tecnologia viabilizou, as pessoas exercem sua pressão direta para cobrar e exigir “mudanças”. O movimento torna inviável qualquer ditadura – principalmente a do crime.

Aliás, o maior desafio brasileiro é neutralizar a ligação direta entre os políticos que concentram poder e ditam ordens a partir de Brasília com as bases criminosas que atuam na base local. Este é o verdadeiro conceito de crime organizado (ou institucionalizado): a associação delitiva entre criminosos de toda espécie, a classe política e servidores públicos). Ou seja, o crime só se organiza com a presença e permissão estatal.

Nosso modelo estatal capimunista (falsamente capitalista, e cinicamente socialista/comunista) é a base do Crime. Novidade teórica-prática nessa relação institucional criminosa: tudo é legitimado por culpa ou dolo das Forças Armadas. Afinal, todo o poder, incluindo o regime criminoso, é mera concessão do Poder Armado. Traduzindo: os militares, que são a primeira força instituinte da Nação, tem a legítima capacidade de combater (ou ser conivente com) o Crime (Institucionalizado).

Tem culpa (ou dolo) os militares? Sim... Eles têm... Porém, o maior responsável (na verdade, irresponsável) é o cidadão. Afinal, é o povo, unido, quem precisa exercer o legítimo poder de pressão para mudar o Brasil – seja para melhor ou para pior... O indivíduo, unindo-se a outros, é que tem capacidade real de realizar a Intervenção Institucional. O verdadeiro “salvador da Pátria” é cada um de nós – e não algum outro sujeito em quem somos convencidos (ou obrigados) a votar...

Sem mudança estrutural, o Brasil dança... O triste e lamentável é que a gente se ferra antes. Por isso, temos de lutar e realizar a Intervenção Institucional. Precisamos de uma Nova Constituição – que jamais pode ser escrita pelos bandidos que estão atualmente no comando, como deseja o PT, por exemplo. É fundamental implantar o Federalismo de verdade. E a prioridade estratégica da nova Nação Brasiliana será a Educação (ensino de qualidade + fortalecimento da base familiar).

Intervenção é a Solução! Os militares terão de escolher, depressa, se ficarão do lado do povo ou se permanecerão, passivos, coniventes ou tolerantes com o Crime Institucionalizado. A zona de “conforto” pode custar caro para os acomodados... Vide a Venezuela, onde as tropas regulares são substituídas ou ficam subordinadas aos poderosos líderes das milícias revolucionárias... O Foro de São Paulo segue avançando, sena na base da porrada venezuelana, ou do gramscismo boliviano e equatoriano, menos conflituoso.

O Brasil está no perigoso meio termo. O narcocomércio urbano avança. Amplia o terror nas grandes cidades, mas já avança para os municípios do interior. A guerrilha rural também segue ameaçando o agronegócio, embora não seja tão eficiente na missão criminosa e revolucionária. O aumento da tensão e uma explosão de violência, não controlável imediatamente, fortalecem as pré-condições para a consolidação do regime criminoso, em meio a uma guerra de todos contra todos os poderes republicanos.

Sem mudança estrutural, Bruzundanga dança... O processo está em andamento... Compreendê-lo não é missão para amadores e, muito menos, para idiotas e imbecis coletivizados. O Brasil tem um duplo potencial... Tanto para ser Nação que lidera o mundo... Quanto para ser um exemplo canalha de manicômio prisional a céu aberto...

Resumindo: temos que definir de que lado estamos e o que efetivamente desejamos para o Brasil. Já passou da hora de tal escolha ser feita...   

* Crônica sensacional desse  excelente jornalista!

FONTE: ALERTA TOTAL

 


 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O POVO
João Eichbaum
Tão logo foi anunciado o julgamento do recurso do Lula, os adoradores do sobredito Luiz Inácio ameaçaram usar o povo contra as Instituições. Eles, os praticantes do credo comunista, que se têm como “representantes” do povo, que dominam um povinho próprio para manobras, apelam, na hora que lhes convém, para a democracia.
Pois, bem. Ameaçaram com uma metáfora bélica chamada povo. Tiraram, não se sabe donde, que o povo tem poder direto na democracia, que os três poderes só fazem o que o povo quer, que qualquer autoridade treme dos pés à cabeça, quando ouve falar em povo. Quer dizer: confundem a democracia com sua demonização.
E é claro que, no dia do julgamento, juntaram um monte de desocupados, devidamente paramentados com bonés e camisetas vermelhas da CUT, em mais de uma centena de ônibus, para “ocuparem” Porto Alegre. Não é preciso dizer que a milícia da foice, remunerada com o que ainda resta do imposto sindical arrancado de quem trabalha, se prestou para atravancar as ruas e estragar a vida do resto do “povo”.
Depois do espetáculo forense que parou o Brasil, o povo dos adoradores do socialismo comunista tomou rumo próprio, sem dizer a que viera. De nada adiantou sua presença, porque a pena do Lula foi aumentada de 9 para 12 anos.
Mas, a fase das bravatas não passa. O conteúdo dos discursos continua sendo o povo, a popularidade do Lula, a força da democracia e o lero-lero de sempre: que o Lula é candidato e a vontade do povo prevalece sobre o poder constituído.
As lições do comunismo, que só existe na América Latina, foram absorvidas pelo PT: é com foice, martelo, gritos e violência, que se conquista o poder. É usando o povo como massa de moldar que se chega lá. O povo que invade propriedades, o povo do bolsa-família, das quotas, dos trinta dinheiros que ganha, para botar o boné da CUT: esse é o povo.
 Só esse povo, para o qual nada mudou durante os treze anos do PT, salvo a estabilidade da preguiça remunerada, tem valor para a religião da esquerda comunista. O outro povo, o que é contra o Lula, não existe para a “democracia” comunista. O povo que trabalha, que paga que impostos, que, sem querer, sustenta vagabundos, esse povo não conta.




quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

ALUCINAÇÕES PETISTAS

Maria Lucia Victor Barbosa

O Partido dos Trabalhadores sempre foi uma ilusão. Prometeu ser o partido mais ético do mundo, aquele que vinha para mudar o que havia de sujo na política, mas aperfeiçoou e levou a extremos nunca vistos a corrupção.

O PT criou uma figura populista, boa de lábia, adestrada em lides sindicais. A criatura foi endeusada, chamada de estadista e, simultaneamente, de pobre operário. Entretanto, Lula da Silva sempre foi uma farsa. Simulou ser de esquerda, mas deixou de lado a ideologia e enveredou pelo pragmatismo optando pelo lado de cima.  Deu migalhas aos pobres chamando isso de inclusão, enquanto convivia muito bem com empreiteiros, banqueiros, grandes empresários.

Pretendeu ser o líder da esquerda latino-americana e, para isso, cumulou os hermanos esquerdistas com recursos do BNDES, ou seja, do povo brasileiro, mas o líder da esquerda nessa parte atrasada do mundo que se destacou depois do então doente e decrepito Fidel Casto foi Hugo Chávez. Dois déspotas que, em nome da esquerda conduziram seus países à desgraça, como, aliás, Lula e o PT nos conduziram.

Lula, os companheiros petistas, os amigos do lado de cima, os políticos, que se não primavam pela virtude entraram também de modo exacerbado no roubo da coisa pública, foram longe demais. Contudo, não contavam com o fato de que as circunstâncias mudam. Sobretudo, não imaginavam o surgimento de uma novidade muito importante observado pelo jornalista Azevedo do Correio Brasiliense. Disse este, que enquanto a cúpula política não mudou e segue envelhecida mantendo os mesmos hábitos e comportamentos, uma nova elite (elite no sentido verdadeiro do termo que quer dizer produto de qualidade) surgiu no Judiciário composta por juízes, promotores, desembargadores, ministros. Acrescente-se que essa elite, nova também na idade, segue as escolas de Direito americana e inglesa, muito mais objetivas e técnicas.

Naturalmente, não se pode esquecer que permanecem no cenário jurídico os magistrados seguidores do Direito Romano, cultivadores dos discursos cheios de floreios. Eles são lentos nos julgamentos ou os protelam indefinidamente, descobrem ou criam brechas nas leis por onde a Justiça escoa.

Expoente da nova elite do Judiciário é o Juiz Sérgio Moro, que já pôs na cadeia mais de uma centena de larápios de colarinho branco e mandachuvas petistas. Com relação a esses casos nenhuma queixa do PT. Nenhum gesto de solidariedade de Lula em favor de seus fiéis companheiros ou dos amigos poderosos que interagiram com ele em falcatruas e o sustentaram nababescamente.

Mas, por ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Tríplex do Guarujá e condenando a 9 anos e seis meses de prisão pelo o juiz Sérgio Moro, tem desqualificado, insultado, ameaçado o magistrado juntamente com os companheiros.

Para piorar a situação petista, os três desembargadores do TRF4, João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Laus, representantes da nova elite do Judiciário, de modo eficiente, técnico, objetivo justo e legal, levaram Lula à lona ao confirmar unanimimente a sentença do Juiz Moro, com diferença do aumento da pena: 12 anos e um mês em regime fechado. Com isso, Lula e o PT ficaram mais alucinados.

A partir daí Lula fica ou deveria ficar inelegível e ser preso. Mas no Brasil existem muitos tribunais, muitos recursos, muitos jeitos de burlar a lei e, certamente, o caso chegará ao Supremo Tribunal Federal onde se tem assistidos a decisões que mudam ao sabor das circunstâncias, gambiarras judiciais para acertar certas situações, julgamentos de teor político e não legal. além da ingerência em atos que pertencem ao Executivo e ao Legislativo.

Portanto, é nessa instância mais alta do Judiciário que Lula poderá se livrar de todos seus crimes, conforme afirmou a ré senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (Folha de S. Paulo, 29/01/2018) em que pese o ex-presidente ter chamados os ministros do STF de acovardados.

Apesar do resto de esperança, os petistas estão cada vez mais alucinados. A senadora ré fala em mortes se Lula for preso.  O senador Lindbergh quer mais da “esquerda frouxa, sonha com um milhão de pessoas nas ruas para defender seu guru, aposta na violência. E o PT afirma que levará a candidatura do Lula até ás últimas consequências.

Também se espalha o boato de que haverá convulsão social se o ex-presidente for preso.  No fundo os petistas temem mesmo é não se eleger ou reeleger dada a desmoralização da sigla. Resta esbravejar e achincalhar a Justiça, especialmente a nova elite do Judiciário. Nada além de alucinações, bravatas, farsas.


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga
Fonte: Alerta total