terça-feira, 14 de julho de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

SEMPRE ÀS NOSSAS CUSTAS

João Eichbaum

Olhem só o que disse o deputado Marcelo Itagiba, do PMDB do Rio de Janeiro, aquele que veio aqui para tratar, “em audiência pública”, junto com a Maria do Rosário e o Pompeo de Matos, (todos às nossas custas) sobre “neozismo”:
“Defendo que a própria negação do holocausto seja enquadrada como crime”.
O tal de deputado esse, segundo a notícia, é delegado de polícia federal e já foi secretário de Segurança no Rio de Janeiro.
É exatamente por isso que estamos mal de segurança. Pessoas com esse nível intelectual à testa da segurança pública só podem fazer da segurança isso mesmo: uma merda.
Será que esse tal de deputado não sabe que existe um princípio constitucional que preserva a liberdade de pensamento?
Negar a história recente e fundamentada, como a perseguição aos judeus, é tanta burrice quanto atribuir conduta penal a quem não acreditar em toda e qualquer versão da história. A partir das idéias do deputado, certamente, teremos uma lei que nos obrigará a acreditar que Jesus Cristo existiu e era um deus, como teremos também uma lei que nos obrigará a gostar de bichas e nos tirará toda a alternativa sexual, por “discriminação”, já que, segundo se noticia, os tais de “neonazistas” brasileiros perseguem a bicharada.
Mas, para culminar com o festival de asneiras, promovido às nossas custas, a informação do deputado é de que “as audiências públicas poderão mobilizar a Polícia Federal a participar de investigações nacionais e apressar a aprovação de uma legislação mais severa, capaz de reprimir práticas intolerantes”.
O cara deve falar com autoridade, já que é delegado de polícia federal: sem “audiências públicas” a PF não faz bosta nenhuma. E como deputado ele também nos revela uma grande coisa: só as “audiências públicas” poderão apressar a feitura das leis contra o “neonazismo”. Donde que se conclui que o Legislativo não funciona por falta de “audiências públicas”, razão pela qual só temos “medidas provisórias”.
Bom proveito com o nosso dinheiro, senhores, Itagiba, Pompeo de Matos e Maria do Rosário!

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