quinta-feira, 10 de setembro de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

DEUS NÃO PAGA IMPOSTO

João Eichbaum

Em consonância com sua cultura e seu grau de inteligência, é claro que o Lula acredita na existência do Deus judaico-cristão e, além disso, é católico, apostólico romano.
Por todas essas qualidades, evidentemente, não poderia deixar de aproveitar o nosso dinheiro para ir visitar o papa Bento XVI. Foi a Roma e bateu um papo com o papa.
Mas quem ganhou, mesmo, com a visita foi o chefe dos católicos: o Lula lhe prometeu que iria isentar a Igreja de todos os impostos no Brasil. Dito e feito. Aqui chegando, apresentou um acordo feito com o papa, nesse sentido. A Câmara não só aprovou o acordo como o estendeu a outras religiões, aprovando a chamada “Lei das Religiões”, sob a qual se abrigará também o Edir Macedo.
Resultado: daqui para diante, Deus não pagará mais imposto e será também dispensado de fazer declaração de isento, pois é evidente que o Senado, presidido pelo Sarney, aquele do “Deus te abençoe, não fará diferente.
Não só a Igreja Católica, mas qualquer outra instituição que se diga representante de Deus, ou de Alá, ou de Javé, poderá enriquecer à vontade, poderá negociar o que quiser, que estará isenta de IPI, ICMS, IR, ITR, etc. E todo mundo sabe que as religiões comercializam em qualquer área: na de saúde, na de ensino, na de comunicações, na de indústria editorial, para ficar só por aí.
Bem, além de atentar contra o direito constitucional da livre concorrência, a carolice do Lula e dos deputados estrangula a receita da União, dos Estados e dos Municípios, nos passando a certeza de que, se faltar dinheiro para o MST, por exemplo, ou para botar nas cuecas dos petistas, o nosso vai estar na reta.
Mas, o pior de tudo isso é a criação da escravatura do trabalho. Sim, por mais abominável que pareça, as instituições religiosas estarão isentas dos ônus trabalhistas e, é claro, aproveitarão a mão de obra barata dos desempregados, que campeiam aos milhões por este país, para alargar seu patrimônio e garantir a boa vida de seus pastores.
Uma perguntinha só: onde andarão os sindicatos?

Nenhum comentário: