sexta-feira, 4 de junho de 2010

COM A PALAVRA, HUGO CASSEL

NAS PAGINAS DO PASSADO

Com esse título a revista AVIAÇÃO em sua edição de abril, mostrou coisas da aviação antiga.Nesse mesmo número o publicitário Gianfranco Beting, filho do grande jornalista Joemir Beting, que eu admiro por sua coragem ao cumprir o sagrado dever de dizer sempre a verdade,fala sobre a VARIG.
De minha parte como ex-tripulante da Viação Aérea Riograndense,na década de 50, sempre disse e repito: Aviação no Brasil começa com V. Aquele ridículo “leilão” em 2006 como diz Gianfranco enterrou apenas uma sigla sem alma.
A Varig não era apenas uma empresa comercial, com seu nome indelevelmente unido ao nome do Brasil, no planeta inteiro. A Varig era um corpo e uma alma imensa e poderosa constituída pela alma de todos nós, funcionários.e tripulantes. Desde o primeiro vôo de seu primeiro avião em 1927. Nenhuma outra aérea, em qualquer parte do mundo até hoje repetiu isso. Repito mais um pouco do Gianfranco, embora não concorde quando diz que “O nome da Pioneira está sendo apagado gradativamente pela empresa que a comprou.
Varig mesmo foi a combinação dos melhores aviões, tripulados pelos melhores profissionais, operando nas melhores rotas, nos mais convenientes horários, com os melhores passageiros,(eu acrescento com o melhor tratamento maior segurança).”
Por essa razão é que a VARIG VIVE. Já comprovei em vários países onde, mostrada uma foto de qualquer aeronave com nome Varig ou com a famosa Rosa dos Ventos no leme, a exclamação é a mesma: BRASIL! Vive na luta desesperada de seus ex-funcionários espoliados em seus direitos de indenização, num processo vergonhoso que se arrasta sem solução no Congresso Nacional.
Pode ser saudosismo, mas acho que a aviação antigamente tinha mais amor e mais poesia.Onde o piloto era o “bracinho” que amava sua profissão era o “dono do pedaço” sem ter que brigar e obedecer um computador que só sabe o “politicamente correto”.
Espero nas próximas edições contar alguma coisas dos velhos C47 (DC3), sobras de guerra, que encheram os céus do Brasil, e onde privei com grandes homens como Getulio Vargas, João Goulart, Brizola, Salgado Filho, Pasqualini e tantos outros.

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