sexta-feira, 25 de junho de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

COPA DO MUNDO (II)
João Eichbaum

Falei outro dia que a seleção brasileira me causa indiferença – principalmente essa, formada por mercenários, que ganham milhões na Europa, não jogam lá essas coisas, e vivem muito mais o espírito europeu do que o brasileiro.
Mas, hoje, vou torcer pela seleção brasileira, apesar do Daniel Alves e do Júlio Batista, que não jogariam no meu time, de jeito nenhum, a não ser de goleiros, se faltasse gente e não tivesse nenhum guri por perto, para preencher o “quorum”.
Bom, porque vou torcer pelo Brasil?
Não por ser brasileiro, mas porque detesto português. Eta povinho miserável! Vieram aqui, derrubaram nossas matas, levaram o nosso ouro, o nosso pau-brasil, comeram as nossas índias e, quando se cansaram delas, trouxeram as negras da África, escravizaram aquela pobre gente, enfim, não fizeram merda nenhum que prestasse, e que nos enchesse de orgulho, pela linhagem.
Olhem o povo do norte e do nordeste! Coitados, são os descendentes diretos dos portugueses, dos quais herdaram a lassidão e a falta de iniciativa e só sabem aproveitar a vida, quando tudo se torna fácil, quando, por exemplo, entram para a política, como o Sarney, o Lula, o Calheiros, ih, tantos outros...
Olhem os do sul! Olhem para nossas belas mulheres, descendentes de alemães, italianos, suíços. Quem é que realmente brilha? Gisele Bündchen, Sirlei Malmann, Ana Hickmann, por aí afora. Alguma Silva? Oh, aqui oh!
E a nossa indústria! Ai de nós se não fossem os imigrantes empreendedores!
Portanto, amigos, Portugal fora! Torço até pro Grêmio, se ele jogar contra Portugal.
Só me perdoem, em caso de derrota. A culpa será do pé frio aqui.

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