sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

AMA COM FÉ E ORGULHO
João Eichbaum

O Laurentino Gomes, no seu livro “1822”, desvenda nossas origens, como já começara a fazê-lo no anterior, “1808”: o Brasil nasceu de uma diarréia. As dores do nascimento deste “gigante”, que hoje está entregue aos cuidados do Lula, que, por sua vez, o entrega a pessoas como Erenice Guerra, não foram dores de parto, mas dores de barriga.
Olhem o que diz o Laurentino: “ ao se aproximar do riacho do Ipiranga, às 16h30 de 7 de setembro de 1822, o príncipe regente, futuro imperador do Brasil e rei de Portugal, estava com dor de barriga”. E, invocando o testemunho do coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo, subcomandante da guarda de honra do príncipe, conta o autor de “1822” que, volta e meia, Dom Pedro I, tinha que descer da mula que o levava, para aliviar o intestino no matagal que se estendia ao longo da estrada.
E foi com essa disenteria que o príncipe regente, Dom Pedro I, proclamou a independência do Brasil, às margens do Ipiranga, um arroio de água escura e cor de barro, que coleava entre roçados e inços, ao longo da estrada que levava de Santos a São Paulo.
Então, meus amigos, o que é que vocês queriam de um país que nasceu de uma caganeira?
Que fosse um país culto, como a França? Rico como a Alemanha? Poderoso como os Estados Unidos? Trabalhador como o Japão?
Não, meu caro, não adianta reclamar. Você não tem escolha: ou é a Dilma, ou é o Serra, ou é a Marina. Porque um país nascido de uma diarréia não pode dar coisa melhor.
Olhe em volta de você, meu amigo, olhe os deputados estaduais e federais, os senadores, os ministros do Supremo, o presidente atual e aquele ex-presidente de culhão roxo desta pobre república, gerada num churrio, como é que você iria arranjar coisa melhor?
Não, meu caro! A natureza não se muda.
O Brasil é o que o príncipe regente, Dom Pedro I, mulherengo e pusilânime, dominado pelo José Bonifácio, gerou.
Você pode até amar “com fé e orgulho” esta terra, mas não verá “país nenhum” que tenha políticos iguais aos gerados nas Alagoas, no Maranhão, no Pernambuco.

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