João Eichbaum
5
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens
edificavam.
Precisou descer, é? Não dava pra ficar
esperto lá de cima? Ou desceu pra ver as minúcias, como se fosse fiscal da
prefeitura?
6 E disse: eis que o povo é um e todos têm a mesma língua e isto é o que começam a
fazer. E agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer?
Pô, uma coisa meio sombria, um troço
meio paranóico, né? Tipo assim: nada a
ver, qual é a dos manos aí?
Entenderam?
Nem eu.
A CONFUSÃO DAS LÍNGUAS
7
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua
do outro.
Mas o que é que os manos tavam fazendo
de mal? Todo mundo ali unido, uma mão lavando a outra e talicoisa, construindo
a sua torre, e vem o Velho Javé botar confusão!
Se ele não queria a torre era só dar um
empurrãozinho, que a torre virava pó, se esfarelava. Não seria nada para quem
já tinha mandado um dilúvio e extirpado a vida da face da terra. Pra Ele seria
a mesma coisa que dar um pontapé numa dessas torres de areia que as crianças
fazem na praia hoje em dia.
Mas ele resolveu tudo com uma
brincadeira de mau gosto, fazendo cada um falar diferente para que um não fosse
entendido pelo outro.
Pode? Isso é coisa de gente que tem a
cabeça no lugar? Pra quê mexer com quem tá quieto, não está prejudicando
ninguém?
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