Neste domingo maravilhoso, com sol, clima ameno, são 10,00 hs. da manhã,
convidando a visitar a Praça da Encol, (nome popular da firma construtora de
triste memória cujo nome pegou) - ou Dr. Carlos Simão Arnt - (nome
oficial, coitado do velho dono da navegação fluvial, fantástica, cujo nome
ninguém lembra e não pegou) e passear e fazer a caminhada na trilha, parar em
frente à placa que designa o local como - Largo Alfredo Le Pera, -
ler e recitar o nome dos tangos que estão na placa de Gardel e Le Pera. Depois,
prolongar a caminhada até a rua próxima, logo acima, rua Carlos Gardel, e fazer
a homenagem ao mito maior do tango, Dom Carlos Gardel - "el morocho del Abasto"
- e assim voltar para casa, alegre e com coração satisfeito, e depois do almoço
com a família unida, e de um bom vinho, assistir a vitória do Grêmio, o imortal
de sempre, o tricolor amado, sobre o Pelotas, na Boca do Lobo, na tradicional
Pelotas, do Banco Pelotense, que Getúlio Vargas, ajudou a fechar, criou o
Banrisul e meteu de primeiro presidente o amigo, colega de positivismo e de
Faculdade de Direito da UFRGS, turma de 1908, o General vacariano Firmino Paim
Filho, genro do Dr. Protásio Alves. Isto lá pelos anos de 1931, depois da
hecatombe de outubro de 1929, grande depressão, quebra da bolsa de valores de
New York, que paralisou o nosso Estado, e no torvelinho econômico que se formou
naquela barafunda, o Getúlio, derrotado na eleição para Presidente, se mandou
para o Rio de Janeiro, de trem, passou por Itararé, na batalha que não saiu, e
assumiu o poder, derrubando Washington Luiz e impedindo a posse do eleito que o
derrotara, o paulista, rico cafeicultor, Júlio Prestes. Sabia das coisas o nosso
fazendeiro e sorumbático homem de São Borja, cuja fazenda do Itú, fica em
Itaqui. Não em São Borja, como muitos dizem.
Tudo isso acompanhado pela Orquestra notável de Hector Varella e a vóz
suave, tangueira na essência, de Hector Mauré ( para mim, depois, de Gardel, a
melhor vóz do tango) no clássico " Amarras"....Bem aí, é para tomar outra
garrafa de vinho.
O que vocês acharam do abraço e da troca de mesuras e salameleques entre o
Papa, o alemão, e o barbudo Fidel, lá em Cuba?....
Tem gente bufando de ambos os lados. Porém, como dizia o Karl Marx,
conterrâneo do Papa, "para ser comunista não precisa ser pobre" pois, no dia em
que todos ficarem ricos acaba o comunismo.
Nem vou falar do que aconteceu no Brasil em 1° de abril de 1964. Aí, sim, é
alterar o humor de um lado e a raiva do outro lado. Não tem acerto. O Brasil e
muito grande, a pobreza endêmica é total, cada vez maior, o pobre cada vez mais
pobre e o rico cada vez mais rico.
Vamos ficar e nos amarrar no tango de Hector Mauré.
Melhor assim, sem divergências, numa boa.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado. Com
crucifixo ou sem crucifixo, como diz meu primo, INRI Mondadori, filho do meu tio
Pedro Mondadori (irmão de minha mãe, Elvira) e da tia Aurélia Lunardi
Mondadori. A tia Aurélia era tão católica e temente a Deus que botou o nome de
um dos filhos de INRI, inspirada na inscrição sobre o crucifixo ( Jesus,
Nazareno, Rei dos Judeus, só que em Latim - fica mais ou menos assim - "Iesus
Nazarenus Rex Iudex".
Como dizia Federico Fellini " e la nave vá".
E completava o Frade dos Livros, o nosso Frei Cândido de Veranópolis,
capuchinho jovem, (mudavam de nome) - por dez anos pároco no Ipê, década de
60 do século passado e depois se tornou o gênio da imigração italiana e surgiu o
Frei Rovílio Costa:
"con noantri o sensa noantri il mondo vá torno stesso" - "com nós ou sem
nós o mundo gira da mesma fórma".
E no fim da missa o padre dizia em latim, virando-se para o povo (rezava de
costas) - Ite missa est - dando a benção para todos - "ide, a missa terminou".
Nério "dei Mondadori" Letti.
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