terça-feira, 31 de janeiro de 2017

ASSIM SE FAZ UM MINISTRO DO SUPREMO
João Eichbaum
Na edição do último fim de semana, Zero Hora conta histórias folclóricas, que tornam folclóricos os candidatos a ministro do STF. É de morrer de rir a história do Luiz Fux. Quando recebeu, da própria Dilma, a informação de que seria ele o indicado, Fux despencou num vale de lágrimas.

Para se livrar do chorão, Dilma ordenou que o levassem num carro da Presidência. Lá pelas tantas, o motorista parou o carro e ligou para a presidente: “o rapaz continua chorando, o que faço?”. Dilma respondeu:  “espere que ele pare de chorar e pergunte para onde ele quer ser levado”. Não se sabe o que ele disse. Mas, se ele não fosse judeu, pediria, certamente, que o motorista o levasse até a Catedral de Brasília.

 O corpo de Teori Zawaski nem tinha sido retirado do avião submerso, e já o sonho de ser ministro do Supremo Tribunal Federal, na contramão da ordem natural, tirava o sono de muitos doutores, mestres e bacharéis de Direito.

Durante o velório do falecido ministro, o caixão esteve cercado por candidatos sonhadores. Empurrados pela certeza de que “quem não é visto, não é lembrado”, lá estavam aqueles engravatados senhores, botando na cara os ares de condolências compatíveis com o rito e com os costumes cristãos de se despedir dos mortos.

A presença do chefe da nação e de políticos que se tornam respeitáveis para quem deseja uma boca rica nesta república, além das augustas presenças de ministros do Supremo Tribunal Federal e de outras figuras ligadas ao mundo jurídico, transformava aquele ambiente na passarela ideal para o desfile de quem ambiciona a toga daquela Corte.

O velório foi, enfim, o apito de largada. A partir daquele momento, a vaidade passou a assumir a rédea do caráter dos candidatos, transformando-os em dóceis cordeiros, servos fiéis de ilustres padrinhos, homens despidos de arrogância, desapegados de princípios que defenderiam até a morte, se a vaidade não lhes exigisse tal renúncia, para vestirem a almejada toga.

É assim. A vaidade empobrece e envilece o homem. Na corrida pela toga de ministro do Supremo Tribunal Federal, os doutores e bacharéis, que se têm ou são tidos por sábios, se tornam pedintes e romeiros vulgares das vias do Poder. Nesse rastejar, eles se desatrelam da própria personalidade e deixam de ser árbitros do próprio destino, entregando-o, por via das dúvidas, nas mãos de safados ou de santos, porque nunca se sabe quem é quem na política.

Quem os vê depois, com a empáfia de deuses debaixo das farfalhas da toga, emparedados na sua torre de marfim e desconhecendo as injustiças que sofremos todos os dias, não imagina de que coisas foram eles capazes para chegar lá, o quanto perderam de si, o quanto se desnudaram,  quantas fraquezas tiveram que mostrar.


É o preço que paga para obter um respeito, que não merece, o homem dessangrado em humilhações e empobrecido pela vaidade. Ou vocês acham que  merecem respeito as lágrimas do Luiz Fux?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

O escritor famoso começou por baixo. Redigia notas de rodapé.

MARCHINHA
Ei-ke você aí, devolve o dinheiro aí, devolve o dinheiro aí...

O Brasil é o único país do mundo onde em toda varredura na cela de um preso incomunicável sempre é encontrado um telefone celular.

Matava um leão por dia. Até ser preso por sonegar imposto de renda

Ninguém acredita nas delações de Cerveró. Ele não fala olhando olho no olho

Moro aqui. Muro lá

Um mala endinheirado pode ser considerado um malote


Os últimos dados apontam que a região tem mais assaltos do que um campeonato inteiro de MMA

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

ENTRE COCHICHOS E JANTARES
João Eichbaum
No domingo que se seguiu ao enterro de Teori Zawaski, reuniram-se no Palácio Jaburu, em cujo pátio foram flagrados à sombra de árvores por repórteres da Globo, Michel Temer, Gilmar Mendes e Moreira Franco, secretário de Parcerias e Investimentos. O encontro se prolongou pela tarde e findou à noite com um jantar.

Os cochichos entre os três, com certeza, não eram para contar piadas de papagaio ou anedotas de sacanagem. De certo também não versavam sobre as excelsas virtudes do finado e tampouco sobre os milhões de desempregados do país. A toga que ficou sobrando no Supremo Tribunal Federal, com a partida sem adeus de Teori Zavaski, deve ter sido o móbil da conversa.

Gilmar Mendes não estava lá, representando o STF. As confabulações com Temer e Moreira Franco não dizem respeito a assuntos próprios de seu ofício. Afinal, seu ofício é um só: julgar. Mas, para julgar, ele não precisa consultar o Presidente da República, nem qualquer ministro que componha o time do Executivo.

Só os ingênuos não atinarão com essa indisfarçável inquietude de Gilmar Mendes. Na certa ele já tem o número do candidato que irá vestir a toga, sob medida, no STF. Ou, se assim não for, ele deve estar se sentindo com a força de um cupido, para flechar alguém que tenha as preferências de Temer, na composição daquela Corte.

Embora esse jeito de ser e de agir não seja próprio de um ministro do Supremo, de quem se espera um pudor de noiva, além de circunspecção,  equilíbrio, sensatez e sabedoria, a desenvoltura de Gilmar Mendes, num palco destinado à política, poderia passar em branco, longe dos olhos da imprensa e da cupidez das redes sociais,  não fossem os efeitos colaterais.

Acontece que o cargo de Michel Temer está a depender de julgamento no Superior Tribunal Eleitoral, que é presidido pelo mencionado Gilmar. Além disso, prenunciam oráculos dignos de fé que estilhaços da Lava Jato, poderão cair no colo do marido da Marcela, quando as delações desovadas pelos executivos da Odebrecht provocarem o deus nos acuda do juízo final.

O cenário em que a larva da imoralidade vai decompondo a crença na política não é o melhor lugar para cochichos e jantares de egrégios juízes e virtuais réus, ou partes visceralmente comprometidas com alguma causa em juízo. Por melhores que sejam as intenções de qualquer juiz, do primeiro ao último grau, ele não pode se considerar maior do que a toga, que lhe dá apenas o poder de julgar.




quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

BANDITISMO MODERNO – SHOPPING X VELHINHOS

 Carlos Maurício Mantiqueira*

Um grande Shopping Center próximo a Marginal Pinheiros resolveu “matar” os velhinhos (clientes indesejáveis).

Os que se recusam a ingressar no sistema de abertura automática de cancelas e de pagamento com cartões, agora são obrigados a andar mais de duzentos metros para chegar ao único caixa que aceita dinheiro.

Anteriormente, eliminou os caixas em frente aos elevadores principais; depois os caixas próximos as grandes rampas.

Não bastasse, substituiu os bancos dos corredores por outros “sem encosto”.

Pragas já foram rogadas aos que tomaram as decisões iníquas.

Quem sabe algum causídico não venha a invocar o Estatuto do Idoso?

*Livre Pensador
Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Minha reflexão incômoda sobre a vida e a moral.
Ideário
Se fossemos todos leões e leoas, ficaríamos deliciados sempre que apanhássemos um humano distraído e o comêssemos, a menos que o humano estivesse com uma caça mais saborosa que pudesse trocar pela sua.
 Realidade
Leões existem e nós humanos temos que nos unir contra eles.

O Bullyng Religioso:
1.1 - Espero que se saiba quantas religiões existem no mundo e a diferença entre elas
1.2- E que a todas as religiões terem razão, haveria vários deuses que nunca apareceram para reclamar (são todos envergonhados)
1.3- Ou que, a haver apenas um deus único, os outros estão todos errados...
1.4- Escolher qual seria o deus certo é um problema...Tem gerado muitas guerras...
Uma estupidez de ignorantes! E discutir isso acho que continua a ser burrice... Querer "empurrar" sua religião para os outros é uma agressão psicológica, um Bullyng religioso... Querem assustar com "deuses"



terça-feira, 24 de janeiro de 2017

HERÓIS NÃO FABRICADOS

João Eichbaum

Acidente aéreo é matéria para repórter e não para cronista. A menos que haja muita fofoca para se extrair do acidente ou que a reportagem não seja completa, deixando furos e motivos para a imaginação voar, e isso de imaginação é coisa de cronista mesmo.

Claro que, sendo relator da Lava Jato e tendo no colo uma bomba para desmontar, o Teori estava sujeito a explosões. As delações da Odebrecht pairavam sobre cabeça de meio mundo, tirando o sono de dezenas de políticos, muitos dos quais de altíssimo calibre.

Ocorrido o acidente com o avião que levava o ministro, a primeira  conclusão foi: mataram o Teori. E choveram acusações, pragas, ofensas, ilações gratuitas, exclamações de ódio contra supostos assassinos. Paralelamente surgiram airosos comentários sobre a pessoa do relator da Lava Jato, sobressaltando sua isenção, seu espírito de justiça, sua seriedade, seu heroísmo e outras virtudes capazes de despertar invejas em querubins e serafins.

A imprensa, de uma hora para a outra, saiu dos presídios para se concentrar exclusivamente na pessoa de Teori Zavaski, para cogitar do “substituto” do Teori no Supremo e, perdida em elucubrações, parece culpar a morte pelo atraso da Lava Jato. Esquece do fato, das outras pessoas que estavam no avião, da realidade, das coisas da vida e da morte, que exigem o verdadeiro heroísmo.

Os únicos heróis que surgiram, em razão desse acidente, mas não mereceram uma linha sequer de louvor, foram aquelas criaturas maravilhosas de pescadores, que conseguiram evitar o afundamento da aeronave, os mergulhadores e os bombeiros que vararam a noite fazendo das tripas coração para retirar as pessoas de dentro do aparelho.

Ninguém se torna herói porque morre. Herói é aquele que arrisca a vida, para sustentar a família – sem receber o salário em dia. Coisa que não acontece com políticos e juízes.






segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

Tatu tatuou tornozelo
Tatuagem tosca
 tridimensional,
 todavia, temporária:
 três trimestres!
Tatuador trambiqueiro
 tem tara.
Tornozelos tatuados.
Três televisões
Transmitindo.
Tatu transtornado
tatuador tagarela:
- Tu topou tatu!
Tatu tímido,
tapou tornozelo.
Terça tem terapia

A bola na vidraça da vizinha.
Na infância o futebol tem apenas
duas posições: o gol e a linha


PAISAGEM

A montanha coçava
as costas das nuvens

Triste como o violino

 do mendigo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CRÔNICA PRA QUEM GOSTA DE BANDIDO

João Eichbaum

Então, ta. O único problema do Brasil, no momento, é a falta de vagas nos presídios. A imprensa inteira, todos os políticos, palpiteiros de todos os matizes e até o Michel Temer, que ainda não tinha dito a que veio, estão voltados para o tema.

Os problemas do sistema prisional não nasceram ontem. O assunto é muito antigo. Só não se pode dizer que é requentado, porque nunca veio à tona, nem pra jogar conversa fora. Não se tem notícia de construção de algum presídio nos 8 anos do governo de FHC: a mortandade do Carandiru não lhe serviu de lição.

O PT esteve 12 anos no poder e construiu um único presídio, o de Catanduvas. Foi no curso de seu governo que aconteceram os esquartejamentos e decapitações no presídio de Pedrinhas, em São Luiz do Maranhão. Então, a história é velha.

O crime, aos poucos, foi abocanhando o sistema e crescendo, à sombra da omissão e da incompetência dos governantes. Agigantou-se o poder dos criminosos, a ponto de se lhes atribuir uma organização que o Estado não tem.

Só agora foram descobrir que a fonte do crime está nos presídios e que a violência avassaladora, que espalha o terror e o medo na sociedade, é fruto da promiscuidade. Quem é do ramo sabe que isso significa descumprimento da Lei das Execuções Penais, ou seja, irresponsabilidade dos governantes.

Tudo isso aconteceu graças ao arremedo de democracia praticada no Brasil, um sistema em que ignotos vices são atrelados a caçadores de votos e que facilita a eleição de aventureiros, gente só comprometida com a própria avareza de poder, e locadores profissionais de mandatos. Nesse espaço, tomado inteiramente por interesses políticos, não há lugar para administradores, estadistas, homens de visão.

Escolhidos os candidatos pelos partidos e não pelo povo, que os tem de engolir, o resultado não poderia ser diferente: no abandono, sob a opressão e a pilhagem fiscal, quem paga imposto não encontra resposta para a vida. O Estado fica surdo e mudo aos apelos do direito à saúde, à segurança, ao trabalho e à educação. Porque o país está à deriva, num mar de incompetência, onde desaguam os interesses inconfessáveis e os detritos da corrupção.

Então fica bem claro quais são os culpados pelas matanças nos presídios. Não é a maioria da população brasileira, aquela que, decididamente, não gosta de bandidos. Ela está, sim, é cansada de sustentá-los, de incentivá-los ao ócio, de proporcionar-lhes investimentos no sindicato do crime e de, além disso tudo, pagar-lhes auxílio-reclusão acima do salário mínimo e garantir-lhes sexo no dia da visita.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Em breve no Blog Bar do Chopp Grátis, uma nova visão - besteirólica- da história universal. Segue uma palhinha...
"...1- Da macacolândia à ereção
O mundo era povoado por macacos que adoravam transar, mas faziam parte da dieta de muitas feras que também queriam viver (comer). A coisa mais difícil para eles, que adoravam passar o dia transando, era trepar em cima das árvores. Frequentemente tombavam e as feras os comiam enquanto ainda estavam tontos. Por isso desciam e trepavam em pé pra ver se vinha algum idiota pra atrapalhar ou fera para os comer. A mulher se agachava. Bastava que só um olhasse. Agora sim, ficamos a saber o que realmente motivou o Homo Macacus a tornar-se o Homo Erectus.Por causa das ereções! Depois o Homo Erectus passou a Homo Sapiens por "decreto". Na verdade passamos de Homo Erectus a "Homo Dominatur", aquele que domina o ambiente mas não necessariamente é inteligente. Se fosse não estaríamos nesta confusão ambiental...."LEIA MAIS NO BLOG BAR DO CHOPP GRÁTIS”


Meu pensamento com tirocínio de hoje, sem contudo pedir benção para a Verdade!
As rédeas da politica não são rédeas: são controle remoto!
Uma vez, e mais de uma, como na Bastilha, o povo iluminou o caminho dos políticos... Por pouco tempo!
Uma vez e mais de uma, como em 1917, os políticos filósofos iluminaram o caminho do povo... Por pouco tempo!
Quem tem hoje o controle remoto volta a ser o povo, como no caso do Brexit e de Trump... Senhoras e senhores da filosofia, recolham seus alfarrábios e se habituem... A Humanidade vai sem calções, calças , cuecas ou calcinhas, mas VAI!!!!


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

O TROPICÃO

Por Carlos Maurício Mantiqueira*

Nos tópicos, o animal canino é o tropicão.

É por esse motivo que o verão é chamado de canícula.

Ou seja, calor do cão numa república ridícula.

Fora o desCãoforto, suar é bom. Os franceses dizem: “Bon soir!”.

A indústria de perfumes para bichos está a imitar as grandes marcas com ligeiras adaptações.

Coco Canel, n° 13 (putza di merda) indicado pros “cumpanheiros”.

Fedor Planaltino para dos politicocos o desatino.

Vai-Te Merda, para os mixos que reviram lixos.

Numa Cãopílio pra quem tem medo do bigorrilho. (mas já foi rei de Roma).
Como no futebol, quem não marca toma.

No alvorecer ou no ocaso do jaburu, nada a temer a tomar na rima.

Do jeito que está, não milita nem desocupa a moita.

Claque serena ou torcida afoita receitam formicida para quem dá pena.
Membros da Ordem do Javalí:

“Já vali muito; hoje não valho mais nada !”

Será pessoa sortuda quem escapar da papuda, digo, polpuda propina.

Deus nos acuda!.

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.


Fonte: Alerta Total

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

BANDIDOS E CACHORROS

João Eichbaum

Segundo pesquisa conduzida pelo Datafolha no ano passado, para 57% dos brasileiros, “bandido bom é bandido morto”. Observe-se que a enquete foi realizada antes das barbáries praticadas nos presídios de Manaus, de Roraima e de Natal.

Imagine-se agora, depois desses últimos acontecimentos, que transmitiram à população a certeza de que o crime, sendo mais organizado do que o Estado, a esse subjuga. Mesmo sem índices estatísticos atuais, pode-se afirmar que a maioria do povo brasileiro jamais mostrou inclinação em favor dos criminosos.

Gente que, cercada de livros, em gabinetes com ar condicionado, se tem por intelectual mas, ao invés de argumentar, chama de “néscios” aos que pertencem à maioria da população, mostra alarmante incapacidade de raciocínio: a ofensa atrai para o ofensor a qualificação de “burro”, na ausência de argumentos que o coloquem em nível superior.

De certo esses “intelectuais” partem da falácia chamada “dignidade humana”, sofisma de filósofos cujas ideias nunca mostraram a que vieram. O mais elementar raciocínio revela que o homem, sendo apenas uma espécie do gênero animal, desse não consegue se desgarrar completamente. Toda a criatura humana pode virtualmente agir ora como homem, ora como animal, dependendo das circunstâncias.

Essa dualidade de comportamento já afasta, ontologicamente, a tese de que a “dignidade” nasce com o homem, é ínsita nele. A dignidade foi um termo convencional inventado pelo homem, para proporcionar a convivência social. Isso sim. O homem tem condições sociais de se portar com dignidade. Mas apenas condições sociais. Não, biológicas.

Biologicamente o ser humano é um animal igual aos outros. E nesse nível de igualdade há homens que se tornam inferiores a alguns animais quadrúpedes. Por exemplo, o convívio social do cão com o seu dono lhe aguça o instinto de tal forma, que ele pode se comportar melhor do que muitos homens.

Donde se pode extrair sinais de dignidade: da fidelidade de um cão, ou de um homem que retalha em fatias seus semelhantes, motivado unicamente pelo orgulho de demonstrar o seu poder?

A pergunta fica no ar. Respondam-na os “intelectuais”, para quem os bandidos vivos são tão bons como suas vítimas, estupradas, decapitadas, espoliadas sob violência. Sim, sendo todos criaturas humanas dotadas de dignidade, não se pode fazer diferença entre eles, não é?



segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

O discurso chapliniano de Barack Obama

O pronunciamento de despedida de Obama da presidência dos Estados Unidos historicamente talvez só possa ser comparado com o discurso final de Chaplin em o Grande Ditador.
Assim como Obama, Charlie Chaplin antevia a era de sombras que se aproximava com o avanço do nazismo de Adolf Hitler.

Pode parecer exagero, mas o novo presidente americano tem feito e dito coisas que lembram o personagem do humorista inglês Sacha Baron Cohen, que interpreta o polêmico e extravagante Borat, o segundo melhor jornalista do Cazaquistão. Assim como Borat, Trump age com atitudes ofensivas e declarações de machismo e ódio, expõe sem pudores todos os seus preconceitos, por mais terríveis que sejam, propagando suas opiniões forjadas a partir de uma intolerância radical e meticulosa. Se fosse um comunicador como o personagem Borat já seria um problemão.


Acontece que Trump está assumindo o posto de “dono do mundo”. O que vem pela frente não parece ser boa coisa. A expressão de Obama é de quem está entregando o cargo para a besta do apocalipse com seu topete na testa em formato 666.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

RICO RI À TOA

João Eichbaum

A situação, no Rio Grande do Sul, o Estado que uma vez exportava modelos de façanhas, mas hoje não passa duma imensa cabanha de vacas magras, está mais para cócegas de pulgas do que para cócegas de gargalhadas; mais para sorrisinho amarelo do que para exposição de arquitetura odontológica.

Há escolas caindo aos pedaços, com salas de aula desprotegidas contra a chuva, paredes sem pintura, telhados vulneráveis, instalações sanitárias deficientes, patrimônio mobiliário sem garantia contra furtos e depredações.

O sistema prisional, que mais lembra a idade média do que a moderna era da tecnologia, é um palco para desfile de tragédias e incompetência. Os presídios não passam de casarões com muros, grades e paredes, nas quais a umidade desenha as figuras escabrosas do descaso. Lá dentro, onde pequenos espaços são disputados por um amontoado descomunal de gente, a miséria humana se desabotoa, para escândalo de quem acredita em dignidade.

Encerrado num presídio, ninguém é feliz, ninguém se sente justiçado de acordo com o Direito: todo mundo se considera “vítima do sistema”. Aqui no Estado, juntando-se essa insatisfação natural à revolta contra o descalabro material, criou-se um fosso de ódio entre a sociedade e os segregados.

Reunida, a nata da bandidagem organizou o crime de tal forma, que o Estado se apequenou: não teve mais condições de oferecer segurança aos cidadãos. Pipocando aqui e acolá, o crime faz o Estado de bobo: enquanto o poder estatal corre para um lado, o poder criminal pratica suas atrocidades em outra ponta.

Na saúde e no sistema viário nada existe que faça sorrir. Hospitais precários, sem condições de atender à demanda por falta de leitos e com estrutura técnica do tempo da gonorreia, a saúde é mais administrada por liminares apressadinhas do Judiciário do que pela Secretaria competente. Para transitar por estradas esburacadas, sem sinalização, sem segurança para pedestres e motoristas, paga-se pedágio.

E para emoldurar esse quadro de iniquidades sociais, a falta de dinheiro levou o governador Ivo Sartori a fechar a porta da felicidade para muitas famílias. Com os salários atrasados e parcelados, professores, policiais, agentes penitenciários, peritos do IGP e funcionários de todos os níveis, encarregados de tocar a máquina estatal, têm que fazer ginástica para sobreviver, pagar aluguel ou prestação de casa, e iludir os filhos com a falsa promessa de que no mês que vem será melhor.

Mesmo diante desse descalabro social, com milhões de gaúchos sem razão alguma para sorrir, o que mais a imprensa mostra no rosto do ex-seminarista Ivo Sartori é o sorriso, um largo sorriso, o mesmo sorriso de quem senta à janela enfeitada com gerânios e tem vista para o mar.

Está muito longe do bom senso acreditar que ele ache tudo isso lindo e maravilhoso. Mas, viverá Sua Excelência em outro mundo? Conseguirá ele transformar em sinfonia de ovações os berros desafinados dos apupos? Não lhe pesam a responsabilidade e o tamanho do cargo? Ou ele ri só de pensar em sua aposentadoria vitalícia, com salário de desembargador?




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

IMPASSE LIVRE


Por Carlos Maurício Mantiqueira

Dando uma de Migué; ou Miché; ou melhor, Michê.

Só foi por acidente que tornou-se presidente.

Os antecessores, principalmente a Anta, senhores, foram tão ruins que levaram o país aos querubins. Se afins ou serafins, a porcolíticos chinfrins.

Os meios justificam os fins ? Ou ao Cãotrário, mordendo esse povo otário.
Acabou-se o estoque da cartola; nem coelho, nem bezerra, nem esmola.

Merdandantes, carregadores de uísque (ora levando ora trazendo) melosos, coloridos pensam atravessar a crise de rabos erguidos.

Pensam estar “blindados” para o que der e vier. Se esquecem da vingança do clister.

E se dar uma rasgadinha na Cãostituição é mister, esperem uma mordidinha d'uma pobre oncinha.

Pior o dono da “lojinia”. Mixo; não quis passar pra história como o moralizador.

Lembre-se do ditado: “Quem foi a Portugal, perdeu o lugar”.

Assim caminha o Brasil da Pedalada, em ritmo de Cruz Queda!!!


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Em breve no Bar do Chopp Grátis, uma daquelas "inquisições" que nos deixam meditabundos, procrastinados perante as evidências, sorumbáticos pelo temor do futuro, incrédulos pela sucessão de atos históricos, mas certos de que o reino não é da Dinamarca, mas que está, assim mesmo, completamente podre !!!
Devemos aprender "Narco-geo-política" em vez de"Geopolítica" ???
Assim como as rainhas de Inglaterra protegiam seus corsários, quem protege atualmente os narco-traficantes ??????


Grande meditação
Os gusanos alquimistas esquecidos...
Gusanos esquecidos são aqueles que roubavam apenas para Lula e Dilma e seus "protegidos"... Evidentemente que os "não protegidos" estão presos... Exatamente os que o serviram mais e mais fielmente... (Os outros não os protegem também. São inimigos)
Os "protegidos" roubaram, desviaram também para os outros. E estes estão livres, movendo-se num mar de bosta, protegendo e sendo protegidos agora pelos outros de quem já foram sócios.
Gusanos movem-se em meio a bosta, mas detêm a pedra filosofal: Transformam cargos em ouro, bosta em queijo!!!! Ficaram livres e esquecidos, fazem parte de um novo grupo!
Vivem longe do Paraná , e riem... E riem... A risada dos gusanos é
cadavérica! Indenizam cadáveres de presos, mas não os soterrados de Mariana, por exemplo..



terça-feira, 10 de janeiro de 2017

QUANDO DEUS SE DISTRAI, O CAPETA ENTRA EM CENA

João Eichbaum

Foi dar com o rabo do olho no mancebo de apuradas feições, a veneranda madame, de cabelo caju protegido contra a neve da idade, emitiu o nome de Jesus como jaculatória, por ter sentido uma coisa estranha, um rebuliço interior, que balanceava entre um sopro no coração e um orgasmo múltiplo.

Bem treinado nas artes de bom falar, expelindo adjetivos e advérbios, para evitar que substantivos mal interpretados o obrigassem a desmanchar dúvidas, o mancebo, de feições apuradas e um olhar de arranca-coração, estava se apresentando como padre àquela senhora, encarregada das chaves da igreja.

Então era aquela a criatura enviada por Deus para prestar os serviços de missa, confissões e demais sacramentos na capela da praia Presidente? Desde que Deus levara seu marido a conhecer as belezas do céu, a distinta viúva nunca tivera a ventura de ver um padre tão vistoso, de falar tão doce e de olhar tão escorreito como aquele. Não teve o mínimo repuxo de dúvida: entregou as chaves ao ministro de Deus.

Tão logo o mancebo instalou no altar aquela ostentação da natureza, que era sua pessoa, todas as beatas senhoras acenderam os olhos, ao mesmo tempo em que desencravavam suspiros, trancados há muito tempo lá no fundo. Aquele padre era uma obra muito bem acabada de Deus, pomposo, homem de fazer vista, figura de não caber em missa de sétimo dia.

Terminada a missa, se estabeleceu a fila do beija-mão do homem de Deus, com pedidos de confissão. O padre foi todo ouvidos. Sentou-se no confessionário com pose de santo e foi abrindo os tímpanos para ouvir sussurros de pecados, pecadilhos e outras confidências de maior calibre, não descuidando de salivar conselhos.

Mas, um ministro da eucaristia que, com medo do Lava a Jato do Juízo Final, também fora debulhar seus pecados nos ouvidos do padre, coçou uma pulga atrás da orelha: ficou cheio de ave-marias e pai-nossos por rezar a título de penitência, mas não recebeu aquele sinalzinho básico de absolvição das culpas.

Ele, que iniciara sua carreira como anjo de procissão e por isso era escolado em ritos, rezas e outros negócios de sacristia, resolveu desovar nas orelhas do presidente da comunidade a suspeita de que o aparecido na paróquia não tinha jeito de quem havia sido remetido por Deus. Então, pelo sim, pelo não, foram ao padre e lhe requereram carteira de identidade, com assinatura do bispo, selo da mitra e tudo o mais.


Com a desculpa de que ia pegar a identidade na casa da viúva onde se hospedara, o padre tomou outro rumo. Sumiu, escafedeu-se, para não ser vistoriado. Desapareceu e deixou como legado aos maridos a tortura de não saberem que pecados suas mulheres lhe haviam deitado nos ouvidos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

PLANETACHO
tacho@gruposinos. com. br

Temer anunciou esta semana a construção de presídios para detentos perigosos. Ele não especificou de quais partidos.

A coisa anda assim: escolas com educação mínima e presídios com segurança máxima

TEMPOS DIFÍCEIS ESTES EM QUE AS DIFERENÇAS ENTRE PARTIDOS E FACÇÕES SÃO MÍNIMAS

No Amazonas ou aqui, a lei da selva vigora mesmo é dentro das cadeias

OTIMISTA É UM SUJEITO QUE COMPRA UM GUARDA-CHUVA. O PESSIMISTA CONSTROI LOGO UMA ARCA

Com os alagamentos desta semana, vem uma dúvida: será que o Uber presta algum serviço de submarinos?

Quando criança queria...
...ir à lua de triciclo ou salvar a mocinha amarrada por um vilão nos trilhos do trem.
...ter um cavalo alazão.
...ter a voz igual à dos caubóis.
...escalar uma montanha que se disfarçava de árvore.
...pegar sarampo da filha da vizinha.
...ir para um planeta que tivesse todo dia uma chuva de verão no fim da tarde.
...que o céu fosse da cor do papel que envolvia as maçãs argentinas.

...que o parque de diversões nunca mais fosse embora e que mesmo assim todos os dias fossem de alegria e expectativa de sua chegada.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

OS PRESÍDIOS, A ONU E OS DIREITOS HUMANOS

João Eichbaum

Em nome e por conta dos “direitos humanos”, o presídio de Manaus, onde ocorreu o morticínio de 52 presos, tem 25 celas de luxo, que são chamadas de motel. Tais celas, segundo a polícia federal, são destinadas ao “comando”, ou seja, aos chefes do tráfico de drogas, que têm dinheiro suficiente para fazer o que lhes der na telha, dentro do sistema prisional. Sob a proteção dos direitos humanos, eles urdem a nossa sorte, como se fossem donos do mundo.

O exercício do prazer é concedido aos cafajestes lá encarcerados, porque a abstenção do sexo papai e mamãe provavelmente está listada entre os castigos que não se deve infligir aos animais da espécie humana, dentro da área de jurisdição da ONU.

Sim, senhores, porque o sexo puramente animal, sem fins de procriação, já está garantido, dia e noite, em alguns presídios, como no Rio Grande do Sul e em São Paulo. A atracação de homem com homem e de mulher com mulher, para a liberação dos instintos de libidinagem, faz parte da preservação dos “direitos humanos”, por decisão do STF.

Para quem não sabe, a “declaração universal dos direitos humanos” é obra da ONU – Organização das Nações Unidas – datada de 1948, três anos depois do fim da segunda guerra mundial.  A criação dessa Organização foi liderada pelos Estados Unidos, país responsável pelo maior ato terrorista da história, matando com a bomba atômica, milhares de inocentes em Hiroshima e Nagasaki e aniquilando dezenas de milhares com a radiação.

Os demais membros permanentes dessa organização, que nunca disse ao cidadão comum a que veio, são Rússia, China, Inglaterra e França. A Rússia jamais deixou de fazer guerra, e nem por isso foi punida. A China é o país que todo o mundo conhece: tem um passado criminoso e escraviza a mão de obra. A Inglaterra atropelou e humilhou o povo argentino, como faz com todo o estrangeiro que pretenda tomar água do Tâmisa. Desses países, o único que para nada serve, nem para a paz, nem para a guerra, é a França.

Países com tais currículos não têm autoridade moral para ditar e exigir “direitos humanos”. Mas os miseráveis de terceiro mundo a eles se curvam, fazendo valer regras que seus criadores não cumprem. O respeito pelos “direitos” que protegem a animalidade dos humanos, segregados exatamente em razão de sua bestialidade, é o que mais preocupa os altos escalões dos governos.

Um Legislativo que faz leis brandas para autores de crimes hediondos, um Executivo que, além de não construir presídios, paga mais pelo auxílio-reclusão de um vagabundo do que pelo trabalho de um operário, e um Judiciário, que mais se preocupa com os presos do que com a sociedade, é o que temos.

 Então, não é necessário exigir muito da imaginação, para chegar à fonte onde se abastece a realidade descomunal do crime, responsável por nossas mortes cotidianas e pelas dores desmedidas que vão compondo a nossa história.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

PRIMEIRO ACERTO
Por Carlos Maurício Mantiqueira*

Não sei se foi sem querer ou, de caso pensado; o fato é que o novo prefeito deu um exemplo correto.

Todo trabalho é digno e assim deve ser considerado pela população. Mais vale uma imagem do que mil palavras.

A limpeza mais necessária é a moral. Dever de todos nós; garis ou filósofos.

Mostremos ao povo as mazelas do judas ciário.

Se tivesse funcionado minimamente o País não teria chegado à sarjeta.

O cãoEgresso e o executor estão abaixo de traseiro de minhora na avaliação da avassaladora maioria de nosso povo.

De sopapo em livraria a xingamento em aeroporto, até um linchamentozinho básico é apenas um passo.

As antigas ex-celências passam a sentir o calor provocado pelo japonês: Massarico Noku.

Nada a temer ou paúra bruta pro bando de FDP?

*Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador


Fonte: Alerta Total

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

PENSAMENTOS DO RUI ALBERTO

Prato de hoje: o sexo do berbigão
Enquanto tomo meu primeiro café da manhã e leio as primeiras notícias do dia nos noticiários e jornais do mundo, fico pensando nessa maravilhosa que nos permite pensar e que vem sem manual de instruções, assim como um computador ultra moderno.

Imagine-se agora que já éadulto, ser dotado de um cérebro quando era criança, sem manual de instruções, e ter que aprender a usá-lo...

Não se admirem se encontrarem neste mundo quem não o saiba usar ou o use de forma limitada. Fiquei pensando na mulher do embaixador grego...Ela não se limitava a roubar uns trocadinhos da carteira dele...Com que cérebro ela lhe abria as pernas durante tantas noites e permitia que ele a penetrasse???

Podemos pensar que abria as pernas para o marido, para partilhar os bens e a boa vida...E que abria as pernas para o amante, para poder matar o marido...Quer dizer, que “prazer sexual” lhe vinha de onde ou onde o tinha?

Há gente que só pensa em dinheiro...E usa aquilo!!! Pior quando, além de tudo, ainda passa a vida dizendo para os filhos que o marido é um cafajeste, que está sempre errado, que não faz nada!

Não existe gente feia, apenas as que são ruins mesmo, com carinhas de santas (os).






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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

BRIGADIANOS: A VIDA ENTRE O ÓDIO E O HEROÍSMO

João Eichbaum

Em serviço, estão sob a contínua espreita da morte: sua vida serve como penhor de segurança da sociedade. Há momentos em que, se transformando no braço impessoal do Estado, eles deixam de ser puramente homens. Sua presença, na hora do perigo, atenua o temor, infunde confiança, afugenta a ansiedade. Eles não escolhem o destino. O destino é que os escolhe.

Aqui, são alçados à condição de heróis, acolá são vergastados pelo ódio histérico de gente de cabeça estragada. Quem os aplaude hoje, amanhã poderá odiá-los. Quem hoje os odeia, poderá amanhã implorar-lhes socorro. Eles, como seres humanos, não possuem dois lados da mesma personalidade. O que os transforma em objetos contraditórios de amor e ódio é o dever.

Debaixo da farda, em cima dos coturnos e com a arma na mão, são policiais e, como tais, assim tratados, mesmo que no exercício dessa função, estejam salvando vidas. Mas lá, junto ao mar, com as camisetas amarelas, o calção preto, o boné e o cinturão vermelhos, o olhar atento sobre as águas furiosas e traiçoeiras, são sempre salva-vidas.

Assim são os brigadianos. Esfalfados no treinamento sem trégua contra o crime e submetidos ao rigor intenso para o desafio das águas indomáveis, não são feitos de matéria distinta dos seres humanos, nem pertencem a uma classe especial de criaturas que dispensam os sentimentos a que está submetida a espécie humana: têm família, têm filhos, sofrem de paixões e desamores.

Mas, pelos serviços prestados, a contraprestação do Estado é a negação de direitos fundamentais, que só um salário e um tratamento digno podem proporcionar. Seus exíguos vencimentos estão sempre correndo atrás das contas a pagar. Sua exposição à morte nem sempre é reconhecida pela Justiça, que liberta o cafajeste, a quem trata como coitado e sujeito de muitos direitos humanos. Nesse mesmo gesto ela nega ao policial e à sociedade o supremo direito à vida.

Mesmo assim, o peso do dever, os acasos odiosos do destino, a tensão de um dia inteiro em razão do alerta, exigido pela missão de salvar vidas, não chegam ao ponto de torná-los criaturas brutas, insensíveis, bloqueadas contra valores que possam torná-los mais homens e menos policiais.

Salvando vidas contra as ciladas do mar ou enfrentando as ciladas da morte para defender a sociedade, vários deles ainda buscam uma trégua para curtir no “facebook” os escritos deste cronista. É um privilégio concedido ao antigo companheiro de futebol, que foi abandonado pela bola.


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