segunda-feira, 26 de maio de 2008

ELES CHEGARAM AO PODER

Aqueles que, ontem, abjuraram a legalidade e pegaram dinheiro dos bancos de forma menos ortodoxa, vamos dizer assim, pretensamente a fim de fazer revolução, ou fizeram coisas piores, seqüestrando embaixadores, se juntaram aos barbudinhos dos sindicatos, aos estudantes profissionais da UNE e às raposas políticas do norte e do nordeste, que sempre estiveram ao lado de qualquer governo, para chegar ao poder, e lá instalaram seus traseiros com “animus manendi”, ou seja, com a intenção de ficar. Ah, porque o poder é bom! O poder oferece mordomias, cartões corporativos, dinheiro a rodo, bem estar, comodidade, boas comidas, banquetes, homenagens, nome na imprensa. E isso basta.
O ideal do bem estar do povo, que eles pregavam, ficou esquecido, ficou no último lugar na tabela de suas prioridades, porque ao chegarem ao poder eles se deram conta de que o conforto pessoal, o “status”, o estrelismo, o bom dinheiro sem precisar trabalhar superam qualquer idealismo. Aliás, trabalhar, mesmo, é o que eles pouco fizeram, porque passaram boa parte da vida na clandestinidade, alguns com nomes falsos, identidades falsas e até rostos falsificados por cirurgias plásticas.
Quem pagou tudo isso? Ninguém sabe. Donde sobreviviam eles? Ninguém sabe. O certo é que surgiram no cenário político e fizeram a única coisa que sabem fazer, para chegar ao poder: blá-blá-blá. E agora, com a chave do cofre na mão, pretextando reparos de estragos pessoais, que atribuem ao governo do regime militar, estão locupletando uns aos outros, com polpudas indenizações, ou seja, com o nosso dinheiro. Nós, que não saímos do país. Nós que sempre trabalhamos. Nós que levamos uma vida normal, que pagamos nossos impostos, enquanto muitos deles estavam foragidos, nós agora temos que pagar indenizações, valores com os quais nunca sonhamos.
Os problemas da área da saúde pioraram. As filas do INSS e do SUS e multiplicaram. A nossa segurança foi pro beleléu. Estradas? Mas que estradas? E os empregos onde foram parar? Ah, sim, empregos os há, para a companheirada, nas repartições públicas federais, estaduais e municipais. O concurso público foi abolido, para a admissão de estagiários, uma figura estranha na legislação trabalhista. De educação, então, nem se fala. Qual e onde foi a última escola construída pelo governo?
Então, o que veio fazer no governo essa gente toda, que achava o comunismo um paraíso e prometia mundos e fundos para a classe operária?
As respostas estão na imprensa, todos os dias: pilhagem nos cofres públicos, corrupção.
Mas, parece que o povão não tá nem aí e passa a seguinte mensagem, através de pesquisas de opinião encomendadas: os indignados que se retirem, nós continuamos amando a “bolsa-família”.

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