domingo, 11 de maio de 2008

UM PAÍS QUE NÃO TEM JEITO

Outro dia li, num jornal de Porto Alegre, um artigo assinado pelo professor Luiz Fernando Jobim, (a quem não conheço, mas que gostaria de conhecer e que espero não seja parente muito chegado daquele outro que gosta de aparecer fardado de milico) intitulado “Vote em branco ou pague o funeral”. Em estilo candente, o professor desanca os políticos que prendem instituir o “auxilio funeral” em benefício de seus familiares, quando partirem desta para a outra da qual, felizmente, não retornarão mais. E prega o professor o voto em branco, para quem não quiser pagar os funerais dos deputados. Mas o que me chamou a atenção mesmo, no artigo, foi uma frase muito feliz do professor, que demonstra pleno conhecimento da história deste país invadido pelos portugueses: “ esperamos pelo Xangri-lá, onde seremos todos felizes sem a política luso-brasileira, corrupta e ineficaz”.
Isso mesmo, quem conhece a história sabe que este país começou mal exatamente por ter sido invadido por portugueses, que vieram aqui comer as nossas indiazinhas e levar o nosso pau brasil (que deveriam levar, sim, no nada respeitável ânus deles). Ora, o que poderia dar de um país invadido, depois de descoberto, por portugueses? Indolentes e ambiciosos, os portugueses fizeram um Brasil à imagem e semelhança deles. Trouxeram para cá governantes e administradores corruptos e incompetentes, e até o rei deles, o tal de João VI, cujo maior gozo sexual era a punheta que lhe batia um camareiro, aqui botou os pés para oficializar os saques que a fazenda nos impõe até hoje. Foi essa a política e os políticos que herdamos, como sugeriu o professor Luiz Fernando Jobim.
Pois bem, com esse tipo de gente mandando no Brasil, alguém poderá acreditar que este país tem jeito?

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