quinta-feira, 30 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

AS MORDOMIAS DO SENHOR BARBOSA

João Eichbaum

Li nos jornais que o senhor Joaquim Barbosa, cognominado ministro do Supremo Tribunal Federal, depois da rusga que teve com o senhor Gilmar Mendes, também cognominado ministro do mesmo Tribunal, foi passear no Rio de Janeiro. Graças à mídia, e principalmente graças à TV Justiça, um palco que nós, contribuintes, pagamos para que os membros do dito Supremo Tribunal Federal possam mostrar a todo o Brasil o quanto são sábios e doutos, o senhor Joaquim Barbosa tornou-se uma espécie de “herói” popular, porque xingou o senhor Mendes, que encarna a figura do “anti-herói” desde que mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas, que o povo inteiro queria ver na cadeia, e por pouco não mandou prender o juiz que decretou a prisão, no lugar do banqueiro, que tem dinheiro pra comprar qualquer um.
Bem, mas o que eu queria dizer mesmo é que o senhor Joaquim Barbosa, depois de ter armado aquele barraco no Supremo Tribunal Federal, foi passear no Rio de Janeiro. Às nossas custas, diga-se de passagem (aérea). Porque fiquei sabendo, eu e todos os demais presentes na platéia desse país sempre deitado em berço esplêndido, que os Ministros do Supremo Federal também têm direito a passagens aéreas, para visitar o lugar de sua origem.
Sim senhores, com o nosso dinheiro. Mas, pergunto eu, com que direito? Pra que têm eles “auxílio moradia”, ou apartamento “funcional” em Brasília? Que necessidade têm os ministros de se deslocarem para suas cidades de origem às nossas custas?
Mas, não é só isso. Aplaudido num restaurante, no Rio de Janeiro, o senhor Joaquim Barbosa, todo sorridente, embarcou num carro oficial – diz a notícia.
Pois o cara trabalha (trabalha?) em Brasília, tem passagem aérea paga por nós e ainda usa “carro oficial” para passear e ir a restaurantes? Esse é o “herói” atual do Brasil?
Bem, os brasileiros têm os heróis que merecem.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

Para reflexão pós-Páscoa e começarmos bem o final de semana.
A) Três provas de que Jesus era judeu:
1 - Assumiu os negócios do pai;2 - Viveu em casa até os 33 anos;3 - Tinha certeza de que a mãe era virgem, e a mãe tinha certeza de que ele era Deus.
B) Três provas de que Jesus era irlandês:
1 - Nunca foi casado;2 - Nunca teve emprego fixo;3 - O último pedido dele foi uma bebida.
C) Três provas de que Jesus era italiano:
1 - Falava com as mãos;2 - Tomava vinho em todas as refeições;3 - A mulher mais importante da sua vida era a mamma.
D) Três provas de que Jesus era californiano:
1 - Nunca cortou o cabelo (hippie)2 - Andava descalço (hippie)3 - Inventou uma nova religião (hippie)
E) Três provas de que Jesus era francês:
1 - Nunca trocava de roupa;2 - Não lavava os pés;3 - Não falava inglês.
F) Três provas de que Jesus era brasileiro:
1 - Nunca tinha dinheiro;2 - Vivia fazendo milagres;3 - Se ferrou na mão do governo.
Diante do que foi exposto acima não foi possível chegar a um consenso sobre a nacionalidade de Jesus, mas todos concordaram com uma coisa: Judas, com certeza, era Argentino...

terça-feira, 28 de abril de 2009

JULGAMENTO DA VELHINHA

Juiz: Qual sua idade?
Velhinha: Tenho 86 anos.
Juiz: A senhora pode nos dizer com suas próprias palavras o que lhe aconteceu no dia 1º de abril do ano passado???
Velhinha: Claro, doutor. Eu estava sentada no balanço de minha varanda, num fim-de-tarde suave de outono, quando um jovem sorrateiramente senta-se ao meu lado.
Juiz: Você o conhecia?
Velhinha: Não, mas ele foi muito amigável...
Juiz: O que aconteceu depois? Velhinha: Depois de um bate-papo delicioso, ele começou a acariciar minha coxa.
Juiz: A senhora o deteve? Velhinha: Não.
Juiz: Por que não?
Velhinha: Foi agradável. Ninguém nunca mais havia feito isto comigo desde que meu Ariovaldo faleceu, há 30 anos.
Juiz: O que aconteceu depois?
Velhinha: Acredito que pelo fato de não tê-lo detido, ele começou a acariciar meus seios.
Juiz: A senhora o deteve então?
Velhinha: Mas claro que não, doutor...
Juiz: Por que não? Velhinha: Porque, Meritíssimo, ele me fez sentir viva e excitada. Não me sentia assim há anos!
Juiz: O que aconteceu depois?
Velhinha: Ora Sr. Juiz, o que poderia uma mulher de verdade, ardendo em chamas, já de noitinha, diante de um jovem ávido por amor? Estávamos à sós, e abrindo as pernas suavemente, disse-lhe: Me possua, rapaz!
Juiz: E ele a possuiu?
Velhinha: Não. Ele gritou: 1º de abriiiiiiiiiiiiiiiiillllllll! Foi aí que eu dei um tiro no filho da puta!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

BAITA BARRACO

João Eichbaum

Para mim, que sei como se faz um ministro, não foi surpresa alguma aquele barraco armado no Supremo Tribunal Federal, quando se pegaram, num bate-boca de vizinhas mal humoradas e com TPM, os senhores Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Mas o povo, de um modo geral, ficou estarrecido, pois sempre teve o juiz como uma figura que impõe, mais do que respeito, medo.
Acontece, meus amigos, que não se faz juiz quem nunca teve vocação, nem preparo para julgar.
O juiz de carreira, bem ou mal, chega à magistratura depois de muitos anos de estudo, de preparação, de consciência do que terá pela frente. Mesmo assim, muitos há que decepcionam.
Imaginem-se, agora, os ministros, que nunca fizeram concurso para juiz, que não têm a mínima idéia de como vive um juiz no seu dia-a-dia. São pessoas que vão para o Supremo Tribunal Federal, porque são amigos do Presidente da República, ou de algum amigo influente do presidente. São pessoas que nunca pensaram em ser juiz, na sua vida, porque se esse fosse o seu ideal, teriam ingressado na magistratura pela porta da frente, depois de demonstrar que realmente conhecem o direito e têm capacidade para o exercício do cargo.
Em suma, os ministros são pessoas que se fazem juízes pela perigosa via da influência.
O resultado é que nem todos eles sabem se portar como juízes. No caso do bate-boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, chega-se à triste conclusão de que eles nem a Lei Orgânica da Magistratura conhecem.
E é por isso que eu digo: só acredita na Justiça quem acredita em coelhinho, papai Noel e cegonha.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

MATEMÁTICA DE MENDIGO

Preste atenção nessa interessante pesquisa de um estagiário...

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$6,00.
Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.
Será que isso é uma conta maluca?
Bom, 6 reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra 'encher o saco' por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET ). Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?
É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História :
É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo...
Esforce-se como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.
Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.
Lembre-se :
Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar um bando de ladrões.
Viva a matemática.
Que país é esse?
Não esquecendo que esse "empresário do asfalto" ainda pode ser agraciado com uma Bolsa Família, complementar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A ACOMPANHANTE DO SENADOR PEDRO SIMON

João Eichbaum

A imprensa gaúcha sempre alardeou, por aí, que o senador Pedro Simon é um político honesto, um dos poucos que se salvam, nessa selva de mal intencionados, que são os políticos.
Sempre duvidei dessa afirmativa, a partir do pressuposto de que, para ser político, o primeiro requisito é a desonestidade.
Pois bem, agora que chegou a hora de provar essa alardeada honestidade, o senhor Pedro Simon não só não conseguiu fazê-lo, como tartamudeou a mais esfarrapada desculpa de que se tem notícia aqui nos pampas. Apanhado de surpresa nessa avalanche de barbaridades cometidas pelos deputados e senadores, que usam e abusam do dinheiro público, como se fossem os donos da nação, o senador gaúcho explicou que a Câmara fornece passagem para sua mulher porque ele, tendo 79 anos de idade, não pode viajar sozinho, tem que ser acompanhado, por recomendação médica.
Antes tivesse ficado calado o vetusto senador. Sua explicação esfarrapada, longe de inocentá-lo e de permitir que se lhe fixe na testa um adesivo, atestando sua apregoada honestidade, mostra que ele perdeu – se é que algum dia teve – primários conceitos de moralidade.
Então porque ele é velho, nós é que temos de lhe pagar acompanhante? Será que ele não sabe que existem milhares de velhinhos atirados em depósitos de velhos, porque não têm quem os acompanhe? Será que ele ignora a miséria dos que passam madrugadas na fila do SUS, será que ele não sabe que existem velhos dormindo ao relento, vivendo de esmolas? Nada disso lhe desperta a consciência? E ele dorme em paz, usando nosso dinheiro para pagar a viagem de sua acompanhante, enquanto muitos outros, na sua idade, não têm sequer o que comer?
Ora, convenhamos, senhor Pedro Simon. Se o senhor não tem mais condições de viajar sozinho, peça as contas, se mande, vista o pijama, vá ler jornal e assistir televisão, porque, assim como assim, até hoje o povo gaúcho não sabe o que o senhor faz no Senado. O senhor e aquela cambada, capitaneada pelo Sarney, que lá está instalada, comendo, bebendo, vestindo, passeando e fodendo às nossas custas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

A FARRA DAS PASSAGENS AÉREAS

João Eichbaum

O pior é isso: não comi a Adriane Galisteu, mas lhe patrocinei viagens de avião. Não, não que eu me considere corno. Sou é um perfeito idiota, porque pago imposto de renda e o meu dinheirinho foi parar nas mãos do namorado dela, um deputado, um tal de Fábio Faria. E o cara nem pestanejou: usou a grana pra agradar a namorada.
Não comi, mas certamente comeria a filha do deputado Henrique Alves, se me tivesse sido dada a oportunidade, antes dela viajar com o meu dinheiro pra Nova York, Miami e Buenos Aires.
Pela cara do deputado Sandro Mabel, não comeria a mulher dele, porque feio e velho como é, não pode ter uma cara-metade comestível. Mas ela também se aproveitou do meu dinheiro para ir a Buenos Aires.
Ah, as três filhas do deputado Mário Negromonte devem ser umas tesãozinhas! Mas foram intactas, com o meu dinheiro, para Nova York.
Tirando a mulher e a neta do deputado Inocêncio de Oliveira, as demais que foram patrocinadas com o meu dinheiro para irem a Nova York, suas filhas, eu comeria.
Mas não comi ninguém, gente, nem a mulher do José Aníbal, nem a do José Sarney Filho, nem a do João Paulo Cunha, do Fernando Coruja e do Ivan Valente. Mas todas elas usaram o meu dinheiro para se divertirem, no exterior, às minhas custas.
Como vocês estão vendo, não estou lamentando pelo meu dinheiro, estou lamentando por não ter comido nenhuma delas. Afinal, o assunto que estou tratando é o da prostituição do dinheiro público.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

Três trabalhadores de uma empresa de limpeza estão num andaime, lavandoos vidros de um grande edifí­cio. De repente, um deles da um gemido, vira-sepro outro ao lado e diz:
- Ai, ai, ai, preciso ir ao banheiro... Precisamos descer!
- Você está louco! Vai demorar a vida toda - fala o colega.
- Mas eu não tô aguentando mais, cara! Não vai dar tempo dedescer!
- Então, bata na janela e peça pra senhora deixar voce usar o banheiro,aconselha o amigo.
Foi o que ele fez. Assim que a senhora permite a sua entrada pela janela, ele voa para o banheiro. Estava o cara, tranquilo, fazendo suas necessidades, quando ouve uma gritaria danada. Quando sai, viu que o andaime tinha quebrado e os dois amigos tinham se espatifado no chão.
No dia seguinte no velório, estão lá os amigos, as viúvas inconsoláveis e o cara acompanhado da esposa, quando chega o dono da empresa.
- Sei que foi uma perda irreparável, mas posso, pelo menos, tentar aliviar tamanho sofrimento. Isso nunca aconteceu em nossa empresa que sempre pensou na segurança dos funcionários. Eu me sinto muito triste e ajudarei em tudo que puder as viúvas.Como sei que as senhoras pagam aluguel, darei uma casa para cada uma.Também sei que as senhoras dependem de ônibus; por isso, darei um carro pra cada uma. Quanto aos estudos de seus filhos, não se preocupem mais, pois tudo será por conta da empresa ate que terminem a faculdade. Para finalizar,as senhoras receberão todos os meses 3 mil reais, para as compras da 'cesta básica'.
A mulher do sobrevivente, já meio arroxeada, não se contendo mais, belisca o marido e fala:
E O BONITÃO CAGANDO, NÉ???

sexta-feira, 17 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

COTAS


João Eichbaum

Experimente chamar um negrão de “negrão” e você vai ver o que é bom: processo, honorários de advogado, indenização, e até cadeia.
Mas esse mesmo negrão, quando se inscrever para o vestibular na Universidade Federal, ou para um emprego público, vai estofar o feito e caprichar na letra, na hora de mencionar a sua cor: negro.
São as duas faces da burrice legislativa, a da lei que inventou o crime de racismo e a da lei que inventou as tais de cotas.
Essas leis são as que oficializaram a discriminação no Brasil: os brancos são mais inteligentes do que os negros. Os negros são uns coitadinhos, que devem ser respeitados mais do que qualquer outra pessoa. Por isso, eles não só merecem mais vantagens do que os brancos, como não podem ser ofendidos pela exclamação de um adjetivo, que outra coisa não significa senão a explicitação de uma cor: negro.
Negro nenhum irá para a cadeia se chamar um branco de filho-da-puta, ou de corno, expressões verdadeiramente ofensivas.
Então, a verdadeira discriminação está na lei, nessa lei que, além de burra, é injusta. Porque, se fosse justa, reservaria cotas também para as loiras.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

CRÔNICAS IMBECILIZANTES


SOBRE GÊNIOS
Paulo Wainberg


Ou eu sou muito burro ou sou muito imbecil. Provavelmente as duas coisas, mas ninguém nota a diferença.
Nem eu.
É que eu tomo conhecimento de algumas coisas que, por mais que use minha parca inteligência, não consigo atingir o alcance, a finalidade e, prosaicamente, a utilidade.
Van Gogh foi um gênio da pintura e o sujeito mais errado do planeta. Nada na vida dele deu certo. E "nada", aqui, não é eufemismo, é nada mesmo. Passou a vida sustentado pelo irmão mais novo, Théo, fracassou na vida amorosa e, como pintor, vendeu um único quadro, por quatrocentos francos, que se chama, se me lembro, a Taberna ou algo semelhante.
Quando morava na cidade de Arles, interior da França, onde tentou instituir um point de pintores e, obviamente, fracassou, morou junto com Gauguin por um tempo, uns dois meses, eu acho. Os dois se gostavam e não se entendiam, aliás discordavam visceralmente de absolutamente tudo. E discutiam sem parar.
Certa noite, não suportando mais, Gauguin resolver dormir numa estalagem e foi surpreendido por Van Gogh, navalha numa mão e a orelha na outra, orelha esta que V.G. gentilmente ofereceu de presente à uma prostituta de suas relações.
Gauguin sequer visitou o amigo no hospital e mandou-se para o Haiti onde já morara e onde permaneceu por vários anos, até regressar e morrer.
Até aí tudo bem, tudo certo. V.G. era meio doido, deprimido e se matou. Gauguin era do tipo aventureiro, viajou o mundo como marinheiro, mulherengo, etc, etc.
Os dois entraram para a história graças à genialidade artística, para lá de estudada, dissecada e, tão a gosto dos críticos, classificada.
Agora leio no jornal que dois estudiosos alemães chamados Kaufmann e Wildegans publicaram um livro em que colocam a seguinte questão: A orelha de Van Gogh foi cortada por ele mesmo ou foi Gauguin quem, em legítima defesa, decepou o lóbulo auricular, diante de um ataque furioso do outro?
Hein?
Insisto: Hein?
Os estudiosos sabiam que Gauguin era um exímio espadachim e iniciaram a pesquisa a partir de minuciosa análise de um quadro de Gauguin chamado Girassóis Sobre uma Poltrona de 1901. Afirma Kaufmann: "O tema da obra, em especial o girassol 'morto' ao fundo, com um olho, nos pareceu conter uma mensagem secreta. Concluímos que, com ele, Gauguin representa o amigo morto (Van Gogh), que o observa do além. E o olho simboliza o peso na consciência de Gauguin."
Realmente, no quadro, há um girassol morto que parece um olho. O mais extraordinário é que os pesquisadores criaram e decifraram o "Código Gauguin", analisaram psiquicamente o artista, descobriram seu profundo sentimento de culpa e concluíram que os ataques de fúria de Van Gogh decorriam de uma admiração homoerótica por Gauguin. Daí que, como a evidência demonstra, foi Gauguin o decepador da orelha de Van Gogh.
E, mais do que isso, não apresentam de significativo a dar substância à sua tese. Deixaram passar, por exemplo, um possível ar acusador no famoso auto-retrato de Van Gogh, com as bandagens sobre a orelha mutilada.
Por que?, pergunto eu. Por que os reveladores de tão crucial hipótese não viram uma acusação explícita naquele olhar meio febril, meio resignado, que Van Gogh estampa para si mesmo e para o mundo?
Deixo de lado esta dúvida por absoluta falta de resposta e me detenho na questão crucial: Van Gogh cortou a própria orelha ou foi Gauguin o autor do serviço?
E, diante dela, porque sou muito burro ou muito imbecil, não consigo deixar de pensar no seguinte: que diferença faz?
Caso a versão tradicional da auto-mutilação prevaleça tudo continuará, no mundo real, exatamente como estava: Van Gogh era um gênio e doente mental, tinha surtos de pintura em que pintava um quadro por dia durante meses, foi internado num manicômio onde se suicidou e sua genialidade só foi reconhecida anos após sua morte. Gauguin voltou ao Haiti, produziu quadros geniais e morreu.
Imaginemos, porém, que os estudiosos acima citados tenham razão e que Gauguin extirpou a orelha de Van Gogh. Além do fato de sair no jornal, ganhar alguma notoriedade, uma boa grana com palestras e debates, qual a contribuição prática, metafísica ou artística que os estudiosos legam à Humanidade, aos colecionadores, aos museus e às pessoas comuns, como eu?
Me repito, eu sei, mas tenho que insistir: Hein?
Juro por qualquer coisa que minha burrice e imbecilidade não me permitem alcançar a transcendência do fato. Ou da dúvida. Ou da hipótese. Nem como bizantino exercício intelectual encontro relevância para o caso.
Podem me chamar de capadócio!
O que me lembra o caso de Homero, poeta grego da antiguidade e autor da Odisséia e da Ilíada que, como sabem, contam respectivamente a história de Ulisses (Odisseu, em grego) e da Guerra de Tróia, poemas épicos que, entre outras coisas, apresentaram a mitologia Grega de forma organizada e sistemática.
Durante séculos e até meados do século XX, discutiu-se Homero e sua existência. Tudo começou porque, segundo alguns filólogos medievais, haveria uma discrepância lingüística de dois séculos entre uma obra e outra. Várias teorias foram elaboradas: Homero nada fez a não ser compilar textos dos aedos, aqueles poetas trovadores que embalavam as noites de luar com o som de suas liras. Outras afirmavam que apenas um Homero era original, o autor da Odisséia e quem escreveu a Ilíada teria sido um sub-poeta imitando o mestre. Outras mais disseram que Homero nunca existiu e que as duas obras pertenciam ao folclore popular. E, finalmente, a que mais gostei: O autor das obras não era Homero, o poeta grego, e sim um outro poeta grego que, por acaso, também se chamava Homero.
Inconclusiva a questão, abandonaram o tema e recomendaram - ó sábios - que a Odisséia e a Ilíada fossem desfrutadas como obras poéticas que eram, sem abrir mão da sua contribuição lingüística.
Burro do jeito que sou e imbecil de marca maior, nem vou me surpreender se algum estudioso revelar que Ian Fleming descobriu a penicilina e que Alexander Fleming foi o criador de Bond, James Bond e que ambos eram uma única e mesma pessoa.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

OS PRIMATAS DE MITRA E BÁCULO


João Eichbaum

Para quem não sabe, eu explico: mitra é aquela coisa que os bispos usam na cabeça, em forma de cone, com duas fitas caindo para trás; báculo é o que eles trazem solenemente na mão, quando presidem cerimônias litúrgicas: uma espécie de bengala.
Pois, nem a mitra, nem o báculo e, muito menos, os votos de castidade, são suficientes para desvestir o primata de seu instinto básico, que é o da procriação.
Os bispos, o papa, os cardeais, etc. costumam se comportar como “palmatórias do mundo”: vivem pregando moral, ameaçando com o inferno e prometendo o céu. Falam como se fossem de uma casta superior, como se não fossem primatas, como qualquer um de nós.
Para desmentir essa falsa superioridade, volta e meia um deles se vê metido em encrencas. É o caso do presidente do Paraguay, Fernando Lugo, que era bispo, renunciou para ser político, mas antes disso comeu uma adolescente de dezesseis anos. Ou, seja, cometeu um crime de sedução.
Agora é que a coisa veio a furo, e ele confessa um relacionamento de quase uma década, do qual nasceu um rebento.
Assim são os homens. E não há religião, não há moral, não há qualquer espécie de ética que os liberte das forças da natureza.
A natureza desmente a falsa dignidade dos primatas humanos. Eles se dizem dignos porque não querem parecer macacos. Em vão. A animalidade estará sempre presente na vida deles, porque é impossível domar a natureza.
O homem só será digno, no dia em que assumir e confessar: sou um macaco, como qualquer um. Aí, sim, será um macaco digno, por reconhecer a própria animalidade.









































































































A luz do mundo vem, para mim, dos teus olhos,
o hálito da vida vem de tua boca,
e só a brisa suave das tuas palavras
é capaz de aquietar meu coração.
Por isso, te amo.



Me considero um mendigo,
porque suplico a esmola do teu amor;
me considero um doente,
porque clamo pelo remédio do teu amor;
me considero um andarilho,
porque ando em volta, na vida, sem rumo e tonto,
à procura do teu amor.












































































OS PRIMATAS DE MITRA E BÁCULO


João Eichbaum

Para quem não sabe, eu explico: mitra é aquela coisa que os bispos usam na cabeça, em forma de cone, com duas fitas caindo para trás; báculo é o que eles trazem solenemente na mão, quando presidem cerimônias litúrgicas: uma espécie de bengala.
Pois, nem a mitra, nem o báculo e, muito menos, os votos de castidade, são suficientes para desvestir o primata de seu instinto básico, que é o da procriação.
Os bispos, o papa, os cardeais, etc. costumam se comportar como “palmatórias do mundo”: vivem pregando moral, ameaçando com o inferno e prometendo o céu. Falam como se fossem de uma casta superior, como se não fossem primatas, como qualquer um de nós.
Para desmentir essa falsa superioridade, volta e meia um deles se vê metido em encrencas. É o caso do presidente do Paraguay, Fernando Lugo, que era bispo, renunciou para ser político, mas antes disso comeu uma adolescente de dezesseis anos. Ou, seja, cometeu um crime de sedução.
Agora é que a coisa veio a furo, e ele confessa um relacionamento de quase uma década, do qual nasceu um rebento.
Assim são os homens. E não há religião, não há moral, não há qualquer espécie de ética que os liberte das forças da natureza.
A natureza desmente a falsa dignidade dos primatas humanos. Eles se dizem dignos porque não querem parecer macacos. Em vão. A animalidade estará sempre presente na vida deles, porque é impossível domar a natureza.
O homem só será digno, no dia em que assumir e confessar: sou um macaco, como qualquer um. Aí, sim, será um macaco digno, por reconhecer a própria animalidade.









































































































A luz do mundo vem, para mim, dos teus olhos,
o hálito da vida vem de tua boca,
e só a brisa suave das tuas palavras
é capaz de aquietar meu coração.
Por isso, te amo.



Me considero um mendigo,
porque suplico a esmola do teu amor;
me considero um doente,
porque clamo pelo remédio do teu amor;
me considero um andarilho,
porque ando em volta, na vida, sem rumo e tonto,
à procura do teu amor.























































































OS PRIMATAS DE MITRA E BÁCULO


João Eichbaum

Para quem não sabe, eu explico: mitra é aquela coisa que os bispos usam na cabeça, em forma de cone, com duas fitas caindo para trás; báculo é o que eles trazem solenemente na mão, quando presidem cerimônias litúrgicas: uma espécie de bengala.
Pois, nem a mitra, nem o báculo e, muito menos, os votos de castidade, são suficientes para desvestir o primata de seu instinto básico, que é o da procriação.
Os bispos, o papa, os cardeais, etc. costumam se comportar como “palmatórias do mundo”: vivem pregando moral, ameaçando com o inferno e prometendo o céu. Falam como se fossem de uma casta superior, como se não fossem primatas, como qualquer um de nós.
Para desmentir essa falsa superioridade, volta e meia um deles se vê metido em encrencas. É o caso do presidente do Paraguay, Fernando Lugo, que era bispo, renunciou para ser político, mas antes disso comeu uma adolescente de dezesseis anos. Ou, seja, cometeu um crime de sedução.
Agora é que a coisa veio a furo, e ele confessa um relacionamento de quase uma década, do qual nasceu um rebento.
Assim são os homens. E não há religião, não há moral, não há qualquer espécie de ética que os liberte das forças da natureza.
A natureza desmente a falsa dignidade dos primatas humanos. Eles se dizem dignos porque não querem parecer macacos. Em vão. A animalidade estará sempre presente na vida deles, porque é impossível domar a natureza.
O homem só será digno, no dia em que assumir e confessar: sou um macaco, como qualquer um. Aí, sim, será um macaco digno, por reconhecer a própria animalidade.









































































































A luz do mundo vem, para mim, dos teus olhos,
o hálito da vida vem de tua boca,
e só a brisa suave das tuas palavras
é capaz de aquietar meu coração.
Por isso, te amo.



Me considero um mendigo,
porque suplico a esmola do teu amor;
me considero um doente,
porque clamo pelo remédio do teu amor;
me considero um andarilho,
porque ando em volta, na vida, sem rumo e tonto,
à procura do teu amor.






















































































OS PRIMATAS DE MITRA E BÁCULO


João Eichbaum

Para quem não sabe, eu explico: mitra é aquela coisa que os bispos usam na cabeça, em forma de cone, com duas fitas caindo para trás; báculo é o que eles trazem solenemente na mão, quando presidem cerimônias litúrgicas: uma espécie de bengala.
Pois, nem a mitra, nem o báculo e, muito menos, os votos de castidade, são suficientes para desvestir o primata de seu instinto básico, que é o da procriação.
Os bispos, o papa, os cardeais, etc. costumam se comportar como “palmatórias do mundo”: vivem pregando moral, ameaçando com o inferno e prometendo o céu. Falam como se fossem de uma casta superior, como se não fossem primatas, como qualquer um de nós.
Para desmentir essa falsa superioridade, volta e meia um deles se vê metido em encrencas. É o caso do presidente do Paraguay, Fernando Lugo, que era bispo, renunciou para ser político, mas antes disso comeu uma adolescente de dezesseis anos. Ou, seja, cometeu um crime de sedução.
Agora é que a coisa veio a furo, e ele confessa um relacionamento de quase uma década, do qual nasceu um rebento.
Assim são os homens. E não há religião, não há moral, não há qualquer espécie de ética que os liberte das forças da natureza.
A natureza desmente a falsa dignidade dos primatas humanos. Eles se dizem dignos porque não querem parecer macacos. Em vão. A animalidade estará sempre presente na vida deles, porque é impossível domar a natureza.
O homem só será digno, no dia em que assumir e confessar: sou um macaco, como qualquer um. Aí, sim, será um macaco digno, por reconhecer a própria animalidade.









































































































A luz do mundo vem, para mim, dos teus olhos,
o hálito da vida vem de tua boca,
e só a brisa suave das tuas palavras
é capaz de aquietar meu coração.
Por isso, te amo.



Me considero um mendigo,
porque suplico a esmola do teu amor;
me considero um doente,
porque clamo pelo remédio do teu amor;
me considero um andarilho,
porque ando em volta, na vida, sem rumo e tonto,
à procura do teu amor.

















































































OS PRIMATAS DE MITRA E BÁCULO


João Eichbaum

Para quem não sabe, eu explico: mitra é aquela coisa que os bispos usam na cabeça, em forma de cone, com duas fitas caindo para trás; báculo é o que eles trazem solenemente na mão, quando presidem cerimônias litúrgicas: uma espécie de bengala.
Pois, nem a mitra, nem o báculo e, muito menos, os votos de castidade, são suficientes para desvestir o primata de seu instinto básico, que é o da procriação.
Os bispos, o papa, os cardeais, etc. costumam se comportar como “palmatórias do mundo”: vivem pregando moral, ameaçando com o inferno e prometendo o céu. Falam como se fossem de uma casta superior, como se não fossem primatas, como qualquer um de nós.
Para desmentir essa falsa superioridade, volta e meia um deles se vê metido em encrencas. É o caso do presidente do Paraguay, Fernando Lugo, que era bispo, renunciou para ser político, mas antes disso comeu uma adolescente de dezesseis anos. Ou, seja, cometeu um crime de sedução.
Agora é que a coisa veio a furo, e ele confessa um relacionamento de quase uma década, do qual nasceu um rebento.
Assim são os homens. E não há religião, não há moral, não há qualquer espécie de ética que os liberte das forças da natureza.
A natureza desmente a falsa dignidade dos primatas humanos. Eles se dizem dignos porque não querem parecer macacos. Em vão. A animalidade estará sempre presente na vida deles, porque é impossível domar a natureza.
O homem só será digno, no dia em que assumir e confessar: sou um macaco, como qualquer um. Aí, sim, será um macaco digno, por reconhecer a própria animalidade.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mundo feminino


Técnicas realmente infalíveis de como dar prazer a uma mulher!
Técnica nº 1 :
Mãos Molhadas.
Sim, a técnica das mãos molhadas. Certamente a mais popular entre as mulheres. Tão simples. Tão excitante. Você vai deixá-la sem fôlego:.1. Faça sua parceira sentar-se em uma cadeira confortável na cozinha. Certifique-se que ela consegue ver muito bem tudo que você faz.2. Encha a pia da cozinha com água e adicione algumas gotas de detergente para louça com aroma. (Existem muitos aromas que podem ser utilizados -maçã, limão, lavanda - escolha o que quiser. Se estiver em dúvida, experimente o 'neutro').3. Segurando uma esponja macia , submerja suas mãos na água e sinta sua pele ser envolvida pelo líquido até que a esponja esteja bem molhada..4. Agora, movendo-se devagar e gentilmente, pegue um prato sujo do jantar, coloque-o dentro da pia e esfregue a esponja em toda a superfície do prato. Vá esfregando com movimentos circulares até que o prato esteja limpo.5. Enxague o prato com água limpa e coloque-o para secar. Repita com toda a louça do jantar até que sua parceira esteja gemendo de prazer..
Técnica nº2:
Vibrando pela Sala.
Esta técnica utiliza o que para muitas mulheres é considerado um "brinquedinho". É um pouco mais difícil do que a primeira, mas com algum treino você vai fazer com que sua parceira grite de prazer..1. Cuidadosamente apanhe o aspirador de pó no lugar onde ele fica guardado.2. Seja gentil, demonstre a ela que você sabe o que está fazendo.3. Ligue-o na tomada, aperte os botões certos na ordem correta.4. Vagarosamente vá movendo-se para frente e para trás, para frente e para trás... por todo o carpete da sala. Você saberá quando deve passar para uma nova área.5. Vá mudando gradativamente de lugar. Repita quantas vezes seja necessário até atingir os resultados..
Técnica n° 3 :
A Camiseta Molhada.
Este joguinho é bem fácil, embora você precise de mente rápida e reflexos certeiros. Se você for capaz de administrar corretamente a agitação e a vibração do processo, sua parceira falará de sua performance a todas as amigas dela..1. Você precisará de duas pilhas de roupas sujas. Uma com as roupas brancas, e outra com as coloridas.2. Encha a máquina de lavar com água e vá derramando gentilmente o sabão em pó dentro dela (para deixar a mulher ofegante, use exatamente a quantidade recomendada pelo fabricante).3. Agora, sensualmente coloque as roupas brancas na máquina... Uma de cada vez... Devagar. Feche a tampa e ligue o 'ciclo completo'.4. Enquanto você vê sua companheira babar de desejo por você, essa é uma ótima oportunidade para pôr em prática a Técnica nº 2.5. Ao fim do ciclo, retire as roupas da máquina e estenda-as para secar. Repita a operação com as roupas coloridas.. Atenção: Se nesse ponto ela começar a gritar algo como: - "Sim! Sim! Ai! Isso! Ai mesmo! Oh meu Deus! Não pára! Não pára não!" Não pare. Continue até que ela esteja exausta de prazer..
Técnica nº 4:
O que sobe, desce!.
Esta é uma técnica muito rapidinha. Para aqueles momentos em que você quer surpreendê-la com um toque de satisfação e felicidade. Pode ter certeza, ela não vai resistir..1. Ao ir ao banheiro, levante o assento do vaso.2. Ao terminar, abaixe novamente.3. Faça isso todas as vezes.(Ela vai precisar de atendimento médico de tanto prazer. ).
Técnica nº 5:
Gratificação Total.
Cuidado: colocar em prática esta técnica pode levar sua companheira a um tal estado de sublimação que será difícil depois acalmá-la, podendo causar riscos irreversíveis a saúde da mulher. Esta técnica leva algum tempo para aperfeiçoar. Empenhe-se com afinco.
1. Experimente sozinho algumas vezes durante a semana e tente surpreendê-la numa sexta-feira à noite. Funciona melhor se ela trabalha fora e chega cansada em casa.2. Aprenda a fazer uma refeição completa. Seja bom nisso.3. Quando ela chegar em casa, convença-a a tomar um banho relaxante (de preferência aromático em uma banheira de água morna que você já preparou).4. Enquanto ela está lá, termine o jantar que você já adiantou antes dela chegar em casa.5. Após ela estar relaxada pelo banho e saciada pelo jantar, proceda com a Técnica nº 1. Preste atenção nela pois o estado de satisfação será extremamente alto, podendo causar coma repentino.
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segunda-feira, 13 de abril de 2009

VARIAÇÕES EM TORNO DO TEMA FIADASPUTAS

MP DERROTADO PELO MST
João Eichbaum

O procurador Gilberto Thums se entregou, beijou a lona, foi a nocaute, na luta contra o MST. Ou seja, o Ministério Público, por ser uno e indivisível, foi derrotado. Ganhou a bagunça, ganharam os destruidores de plantações, os que atrapalham o trânsito, os preguiçosos, os degoladores de policiais militares, os invasores de propriedades alheias, os gigolôs do PT.
O Ministério Público, que sempre quis se impor como um dos poderes da nação, tirando o ganha-pão dos donos de quiosques na praia, o emprego dos que trabalham nos bingos e nas máquinas caça-níqueis, mostrou que só tem poder contra os bem intencionados, aqueles que não violentam as liberdades de ninguém.
Depois dessa, depois de se entregar ao MST, dando-lhe carta branca para que continue instituindo a desordem e a insegurança jurídica, o Ministério Público tem que voltar a ser o que era no passado: o invisível, que não comparecia nas audiências, que era substituído por qualquer um (o promotor “ad hoc”) e que nunca fez falta para que a justiça fosse feita.
Se é que só tem poder contra os bem intencionados, que não causam mal a ninguém, o Ministério Público tem que se recolher ao anonimato, exarando pareceres que pedem justiça e nada opõem. A sociedade não necessita de estardalhaços que não dão em nada. A sociedade, vítima da violência e à mercê de drogados e traficantes, dispensa um Ministério Público que nada faz para conter essa violência e se entrega como um cordeirinho aos desmandos do PT e do MST.
Em suma, para que serve o Ministério Público?
Alguém aí da platéia pode me responder?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

CARTA A UM AMIGO
Paulo Wainberg


Prezado Liberato.
Na sua coluna no jornal Zero Hora, meu querido e antigo amigo Liberato Vieira da Cunha nos conta, com seu estilo sempre delicado e, sei lá, evocativo, que foi abordado num bar da rua chique de Porto Alegre, por uma legítima deusa, com tornozeleira e tudo, querendo saber se ele era o doutor Genésio. E que, levado por instintos éticos estimulados pela surpresa de ter diante dele tal monumento feminino, gaguejou (imagino eu) que não, não era o doutor Genésio, arrependendo-se imediatamente.
Quase posso ver a cena pois o Liberato é um dos últimos lordes desta tão defasada Porto Alegre e, notem, que uso a palavra “lorde” não no sentido banal da aristocracia decadente, mas sim no sentido da elegância e da máxima educação no trato e na conduta.
A tal ponto que o arrependimento dele, assim revelado, surpreendeu-me não pelo sentimento e sim pela revelação.
Tirando o fato de que ler o Liberato é sempre uma delícia, confesso que fiquei curioso com alguns aspectos do drama por ele vivido e ouso me apresentar com um conselheiro amigo, para futuras experiências que, com toda a certeza ainda cairão no seu colo, literalmente.
Em primeiro lugar, quem será o doutor Genésio? O único Genésio que conheço é aquele vagabundo sustentado pela mulher do vizinho, certamente não seria por quem a deusa de tornozoleira estaria procurando, visto ser, o nosso Genésio, um doutor lato senso.
Você iria consultar com um médico chamado doutor Genésio? Entregaria sua causa milionária ao advogado doutor Genésio? Permitiria ao doutor Genésio que obturasse seu dente, construísse sua casa, lhe desse aulas de filosofia, ensinasse seu filho a tocar violão, torceria para o time cujo presidente fosse o doutor Genésio?
Talvez sim, afinal os titulares dos nomes próprios não podem ser responsabilizados pelos desatinos dos pais, mas, Genésio, francamente, sem desmerecer ninguém, está mais para vendedor de bilhete de loteria premiado do que para doutor.
Um senador, sem dúvida, poderia chamar-se Genésio.
Porém a deusa loira (acho que era loira), estava naquele bar à espera do doutor Genésio, queria encontrar com ele, tinha planos para ele, seria um doutor Genésio afortunado a ter à disposição de seus olhos tal magnífica mulher que deixou meu amigo Liberato vidrado.
Que espécie de Genésio é esse, capaz de tamanha façanha?
Não quero fazer julgamentos antecipados, não sou disso e nunca fui, tenho o maior respeito por deusas em geral e por aquela em particular, admiro mulheres com tornozeleiras nos tornozelos a quem, num exercício mental de sublimação e auto-piedade, atribuo características apropriadas de quem está disponível desejando se indisponibilizar, se é que me entende, mas suponho que o doutor Genésio dela é homem de posses, com dinheiro ao vivo no bolso e disposto e gastá-lo.
Recuso-me a acreditar que o doutor Genésio seja um psicanalista que marcou uma consulta inicial com a deusa naquele café. Com evidência cristalina, tratava-se do primeiro encontro da deusa com o doutor Genésio, homem de meia idade, tanto que ela foi, impávida e colossal, saber do Liberato se era ele o doutor Genésio.
Talvez o doutor Genésio seja um corretor de imóveis e a deusa, assim ansiosa, uma potencial compradora de um apartamento de luxo, talvez o doutor Genésio seja um vendedor de jóias, um auxiliar de contabilidade, talvez o doutor Genésio seja qualquer coisa e talvez a deusa seja igualmente qualquer coisa, ambos em busca de qualquer outra coisa e, em não se conhecendo, marcaram encontro naquele local.
Neste caso – e em segundo lugar – estaria o Liberato trajando roupas com as cores anunciadas pelo doutor Genésio? Ou, o que é mais provável, estaria a deusa desejando, inconscientemente, que o doutor Genésio fosse o Liberato? Porque, aqui entre nós, o Liberato tem tudo para provocar tais inconscientes, mesmo que esteja inocentemente bebericando uma água mineral ou um prosaico cafezinho.
Conta-nos a crônica que, arrependido de ter-se negado a ser o doutor Genésio, observou tudo aquilo dirigindo-se ao outro canto do bar, em busca de seu encontro enquanto ele, bem, ele continuou ali, bebericando. E escrevendo mentalmente a crônica, com toda a certeza.
O que teria acontecido a seguir?
Com o Liberato posso imaginar, terminou sua bebida, foi para casa, escreveu sua crônica, colocou Vivaldi no DVD e continuou a leitura de Proust, em busca do tempo perdido.
O doutor Genésio, por sua vez, chegou atrasado e, com um rápido passar de olhos identificou a loira que, com a mesma segurança anterior, aproximou dele e perguntou:
- O senhor é o doutor Genésio?
- Sou eu mesmo, minha filha. Vamos tomar um drinque?
- Eu vou aceitar uma taça de champanhe.
- Para mim um uísque. Red.
- O senhor demorou a chegar...
- O trânsito está uma loucura. E não me chame de senhor. Para ti eu sou simplesmente Genésio.
- Tudo bem, Genésio então. Um brinde? À nossa.
- A nós, minha filha, como é o seu nome mesmo?

Em terceiro lugar, o conselho amigo que prometi ao Liberato: na próxima vez em que uma deusa perguntar se você é o doutor Genésio, responda que sim, que é você mesmo, deixe de lado os pruridos e os arroubos literários e escreva sobre outra coisa.
Não lha faltarão assuntos para crônicas.
Um abraço afetuoso.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PARA QUEM ACREDITA EM COELHINHO, PAPAI NOEL, CEGONHA E JUSTIÇA

DOS INSTINTOS DOS PRIMATAS

João Eichbaum

Se não existissem outras provas, o instinto animal, que predomina no primata humano, já seria suficiente para demonstrar a sua ascendência. Esse instinto animal se desdobra em duas faces: o da sobrevivência e o da dominação.
Como todos os animais, que têm noção da vida, que sentem a existência, o homem não quer morrer, e se vale do instinto de sobrevivência, sempre que isso for necessário, para se livrar da morte.
A segunda face do instinto animal é a da dominação. A busca pelo poder é um impulso gerado pelo instinto do prazer, sem qual o qual a vida perde a graça, a existência deixa de ter sentido.
Nem todos os que sentem e vivem o prazer, sentem e vivem o poder, mas a recíproca é verdadeira: todos os que sentem e vivem o poder, sentem e vivem o prazer.
O pobre, o miserável, o desclassificado, que não pode abrir mão do prazer, porque sua natureza animal não lhe permite, sai por aí, fazendo filho a torto e a direito: o sexo é a única coisa que lhe dá prazer. Sem falar no plus da cachacinha, claro.
Mas o que busca a dominação, o poder, esse se vale da inteligência, das regras sociais, e da burrice dos dominados, para conseguir o que quer. Alcançado o poder, o resto é simples consequência.
O poder embriaga, tanto quanto a cachacinha que o pobre toma. Por isso, experimentado o poder, ninguém quer abrir mão dele. Mesmo que, para isso, tenha que ignorar as regras sociais e se mostrar como o primata mais primitivo, inteiramente dominado pelos instintos.
Olhem o caso do Ministério Público Estadual, o “custos legis”, o guarda da lei, o fiscal da lei, o guardião do ordenamento jurídico. De conformidade com a Constituição, o Executivo tem competência para escolher, entre os três nomes que lhe forem submetidos, aquele que lhe aprouver, sem qualquer tipo de restrição. Mas o Procurador da Justiça atual, que figurou na lista triplica e não foi o escolhido, resolveu botar a boca no trombone, se indignou contra a escolha de uma colega, e falou em democracia.
Ou seja, a democracia só vale para ele. As regras sociais – leia-se a lei – não tem valor para o “custos legis”: o que vale é a vontade da “maioria” dos promotores que o escolheram. A vontade da maioria dos promotores está acima da lei e tem o condão de se sobrepor à competência do Poder Executivo.
Outra não pode ser a interpretação de quem conhece o Direito e os primatas humanos, porque o instinto animal só prevalece, quando o homem não se socorre da inteligência. Uma onça de vaidade pode destruir uma tonelada de merecimento, já dizia um velho ditado.






DOS INSTINTOS DOS PRIMATAS

João Eichbaum

Se não existissem outras provas, o instinto animal, que predomina no primata humano, já seria suficiente para demonstrar a sua ascendência. Esse instinto animal se desdobra em duas faces: o da sobrevivência e o da dominação.
Como todos os animais, que têm noção da vida, que sentem a existência, o homem não quer morrer, e se vale do instinto de sobrevivência, sempre que isso for necessário, para se livrar da morte.
A segunda face do instinto animal é a da dominação. A busca pelo poder é um impulso gerado pelo instinto do prazer, sem qual o qual a vida perde a graça, a existência deixa de ter sentido.
Nem todos os que sentem e vivem o prazer, sentem e vivem o poder, mas a recíproca é verdadeira: todos os que sentem e vivem o poder, sentem e vivem o prazer.
O pobre, o miserável, o desclassificado, que não pode abrir mão do prazer, porque sua natureza animal não lhe permite, sai por aí, fazendo filho a torto e a direito: o sexo é a única coisa que lhe dá prazer. Sem falar no plus da cachacinha, claro.
Mas o que busca a dominação, o poder, esse se vale da inteligência, das regras sociais, e da burrice dos dominados, para conseguir o que quer. Alcançado o poder, o resto é simples consequência.
O poder embriaga, tanto quanto a cachacinha que o pobre toma. Por isso, experimentado o poder, ninguém quer abrir mão dele. Mesmo que, para isso, tenha que ignorar as regras sociais e se mostrar como o primata mais primitivo, inteiramente dominado pelos instintos.
Olhem o caso do Ministério Público Estadual, o “custos legis”, o guarda da lei, o fiscal da lei, o guardião do ordenamento jurídico. De conformidade com a Constituição, o Executivo tem competência para escolher, entre os três nomes que lhe forem submetidos, aquele que lhe aprouver, sem qualquer tipo de restrição. Mas o Procurador da Justiça atual, que figurou na lista triplica e não foi o escolhido, resolveu botar a boca no trombone, se indignou contra a escolha de uma colega, e falou em democracia.
Ou seja, a democracia só vale para ele. As regras sociais – leia-se a lei – não tem valor para o “custos legis”: o que vale é a vontade da “maioria” dos promotores que o escolheram. A vontade da maioria dos promotores está acima da lei e tem o condão de se sobrepor à competência do Poder Executivo.
Outra não pode ser a interpretação de quem conhece o Direito e os primatas humanos, porque o instinto animal só prevalece, quando o homem não se socorre da inteligência. Uma onça de vaidade pode destruir uma tonelada de merecimento, já dizia um velho ditado.











DOS INSTINTOS DOS PRIMATAS

João Eichbaum

Se não existissem outras provas, o instinto animal, que predomina no primata humano, já seria suficiente para demonstrar a sua ascendência. Esse instinto animal se desdobra em duas faces: o da sobrevivência e o da dominação.
Como todos os animais, que têm noção da vida, que sentem a existência, o homem não quer morrer, e se vale do instinto de sobrevivência, sempre que isso for necessário, para se livrar da morte.
A segunda face do instinto animal é a da dominação. A busca pelo poder é um impulso gerado pelo instinto do prazer, sem qual o qual a vida perde a graça, a existência deixa de ter sentido.
Nem todos os que sentem e vivem o prazer, sentem e vivem o poder, mas a recíproca é verdadeira: todos os que sentem e vivem o poder, sentem e vivem o prazer.
O pobre, o miserável, o desclassificado, que não pode abrir mão do prazer, porque sua natureza animal não lhe permite, sai por aí, fazendo filho a torto e a direito: o sexo é a única coisa que lhe dá prazer. Sem falar no plus da cachacinha, claro.
Mas o que busca a dominação, o poder, esse se vale da inteligência, das regras sociais, e da burrice dos dominados, para conseguir o que quer. Alcançado o poder, o resto é simples consequência.
O poder embriaga, tanto quanto a cachacinha que o pobre toma. Por isso, experimentado o poder, ninguém quer abrir mão dele. Mesmo que, para isso, tenha que ignorar as regras sociais e se mostrar como o primata mais primitivo, inteiramente dominado pelos instintos.
Olhem o caso do Ministério Público Estadual, o “custos legis”, o guarda da lei, o fiscal da lei, o guardião do ordenamento jurídico. De conformidade com a Constituição, o Executivo tem competência para escolher, entre os três nomes que lhe forem submetidos, aquele que lhe aprouver, sem qualquer tipo de restrição. Mas o Procurador da Justiça atual, que figurou na lista triplica e não foi o escolhido, resolveu botar a boca no trombone, se indignou contra a escolha de uma colega, e falou em democracia.
Ou seja, a democracia só vale para ele. As regras sociais – leia-se a lei – não tem valor para o “custos legis”: o que vale é a vontade da “maioria” dos promotores que o escolheram. A vontade da maioria dos promotores está acima da lei e tem o condão de se sobrepor à competência do Poder Executivo.
Outra não pode ser a interpretação de quem conhece o Direito e os primatas humanos, porque o instinto animal só prevalece, quando o homem não se socorre da inteligência. Uma onça de vaidade pode destruir uma tonelada de merecimento, já dizia um velho ditado.

terça-feira, 7 de abril de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

Não penses que as Advogadas são iguais aos Advogados.
Vê a história abaixo e comprove como elas são diferentes deles.

Portanto, não subestimes a inteligência e sensibilidade dessas profissionais.


Quando Eduardo, um belo e promissor jovem Advogado, descobriu que herdaria uma fortuna quando seu pai morresse devido a uma doença terminal decidiu que era uma boa altura para encontrar uma mulher que fosse a sua companheira para a vida fácil que se avizinhava.

Assim, numa determinada noite, ele foi até ao bar da Ordem dos Advogados, onde conheceu uma Advogada, a mais bonita que já tinha visto em toda a sua vida. Sua extraordinária beleza, o porte elegante, o corpo curvilíneo, a inteligência, a maneira de falar... Deixaram-no sem respiração.

- Eu posso parecer um advogado comum - disse-lhe, enquanto iniciava o diálogo para a conquista da musa - mas, dentro de dois ou três meses, o meu pai vai morrer, e eu herdarei 20 milhões de Reais.
Impressionada, a bela Advogada foi para casa com ele naquela noite.

Três dias depois tornou-se sua madrasta...!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

QUEM DÁ A DEUS...
Paulo Wainberg


Dom Dadeus – que o Próprio o perdoe – arcebispo metropolitano de Porto Alegre tem idéias curiosas para uma representante da Igreja Católica e autoridade eclesiástica, à respeito da obra de Hitler. Em 2003, numa publicação, ele afirmou que apenas um milhão de judeus foram mortos ‘e não os seis milhões que os judeus vivem falando’. E semana passada, numa entrevista, ele reafirmou a estatística e ainda informou que as verdadeiras vítimas do Holocausto foram os ciganos, que morreram muito mais católicos do que judeus e que eles (os judeus) não falam nisso porque controlam a imprensa e a propaganda.
Pessoa querida esse Dom Dadeus – que usa o Nome em vão -, levantando esse tipo de questão em época assim complicada em que a intolerância grassa e o terrorismo engrossa.
Eu, que sou um judeu de nascimento, não consigo entender que um religioso queira reduzir o desastre a “apenas” um milhão de pessoas - que morreram por serem apenas o que eram: judeus. Se um único tivesse morrido em razão dessa condição, o holocausto seria o mesmo. Os ciganos foram trucidados também, estão incluídos na tragédia. Não sei por que razão Dom Dadeus exclui os homossexuais, os aleijados, os mal-formados e outros exterminados apenas por serem o que eram. Talvez porque tenha uma visão distorcida e irremediavelmente preconceituosa da Humanidade.
Numa coisa ele tem razão, morreram mais católicos sim, nenhum padre, bispo ou cardeal, que se saiba, e nenhum que tenha sido assassinado apenas por ser católico. Os católicos, protestantes, evangélicos, muçulmanos e outras etnias que morreram, estavam em combate, lutando por seus exércitos em defesa de suas pátrias. Os dizimados não, foram mortos por serem o que eram.
Dom Dadeus que me desculpe, mas ele não tem direito a usar o nome que usa nem merece falar em nome da Igreja e, sinceramente?, acho que nem padre deveria ser. Pessoas assim devem ocupar seu espaço adequado, enrustidos nos próprios grupos, preocupados em revisar a História, distorcer as versões e disfarçar o racismo incontrolável que teima em vir à tona de tempos em tempos.
Eu sou brasileiro de terceira geração, minha filha é de quarta, meus futuros netos serão de quinta geração. Não sei a qual geração de brasileiros Dom Dadeus pertence, mas mais brasileiro do que eu ele não é. Ninguém é. Nem eu sou mais do que alguém. Mas nem assim escapo de ouvir que os judeus dominam isto, são donos de tudo aquilo, quero dizer que, se desde a publicação apócrifa dos Protocolos dos Sábios do Sião até os dias de hoje, tudo o que se diz a respeito dos planos de dominação e “pertences” dos judeus fosse verdade, o resto do mundo seria de escravos à serviço desse povo.
Os judeus concentram toda a riqueza do mundo (alguém está com a minha parte), os judeus controlam a imprensa mundial (não é o que se lê sobre os conflitos árabe-israelense), os judeus querem dominar o mundo (salvo em Israel não conheço algum presidente, ditador, primeiro ministro, rei ou tirano judeu, no resto do mundo), afirmações que cansei de ouvir e de ler ao longo da vida, ditas com o ar proverbial de quem está por dentro das coisas, afirmadas em almoços familiares de domingo, espargidas em cultos ocasionais, jogadas aqui e ali, em tom de brincadeira, em churrascos e festas, a revelar um preconceito endêmico e prestes a explodir em discriminação explícita.
Por isso, Dom Dadeus, no resto do mundo eu não sei, mas aqui no Brasil não!
Por outro lado, se Dadeus me condena, Lula me absolve. E isto já é um consolo para lá de grande.
Não é que o nosso Presidente afirmou, para quem quiser ouvir e na cara do primeiro ministro inglês, que a culpa da Crise é dos brancos de olhos azuis? Eu, que sou branco de olhos verdes estou, portanto, absolutamente inocentado, ninguém pode me acusar de destruir a economia mundial, explodir as bolsas de valores, fazendo do Capitalismo uma faca de um só gume.
Eu e todos os outros brancos de olhos pretos, marrons, castanhos, amarelos e albinos. Somos, ó brancos do mundo que não temos olhos azuis, inocentes e, o que é pior, vítimas desses famigerados brancos de olhos azuis.
Mais além, nosso Presidente afirmou que nunca viu negro ou índio dono de banco o que, para bom entendedor, significa que, se ele não viu é porque não existe... E agora esses brancos de olhos azuis querem que os negros e os índios que, na visão do Presidente nunca tiveram um banco, paguem a conta!
Como ousam. Morte aos brancos de olhos azuis? Hein? Que tal essa Dom Dadeus? Largaram a bola picando na sua frente e o senhor não arrematou para o fundo das redes?
O nosso Presidente Lula não mencionou os amarelos. Onde entram os chineses, japoneses, coreanos, tailandeses nessa notável equação presidencial em que os brancos de olhos azuis criaram a Crise, os brancos de olhos de outras cores não tem nada com isso e os negros e índios pagam a conta?
Será que Lula já viu japonês dono de banco? E se algum for, nesse caso os amarelos não tem culpa da crise tanto quanto os brancos de olhos azuis, numa reedição diabólica do famoso Eixo da Segunda Guerra Mundial?
Imagine Lula e Dadeus numa conversa privada, cada um expondo os seus mais íntimos pensamentos! Sem nenhum risco de serem ouvidos ou gravados:
DOM DADEUS: - Os judeus controlam a mídia, a riqueza e o mundo.
LULA: - E a Crise foi causada pelos brancos de olhos azuis!
DOM DADEUS: - Brancos judeus de olhos azuis.
LULA: E os negros e índios pagando a conta.
DOM DADEUS: - E os ciganos, Lula, não esquece os ciganos.
LULA: - Tem razão, tinha esquecido. Nunca vi um cigano dono de banco.

Acho que nós, seres humanos, somos naturalmente racistas, preconceituosos e xenófobos. É uma questão intrínseca, superior à nossa vontade. O não gostar de judeus, de negros, de brancos, do vizinho está lá no fundo do ser humano, é uma de nossas imperfeições, falha de fabricação, erro de concepção. Portanto o sentimento racista não é crime tanto quanto não é crime o desejo de matar alguém.
O crime consiste em expressar esse sentimento através da discriminação, estabelecendo direitos menores para o discriminado, dizimá-lo ou, por qualquer forma, agir como se ele fosse inferior. Tanto quanto matar alguém é crime.
A Humanidade caminha sobre o fio da gilete, literalmente. Uma pequena pressão e ela se corta. Um leve desequilíbrio e ela tomba num dos lados do abismo. Sendo assim tão tênue a linha que separa a sanidade da barbárie, é bom que não se brinque com temas desequilibrantes e perfunctórios como as raças e as tragédias históricas. É bom que não se mexa em feridas que não cicatrizam nem se provoquem mal-entendidos grotescos, especialmente se você for chefe de uma nação ou representante de uma religião.
Porque, em última análise, é disso que se trata, quando se fala em Humanidade: sentimentos individuais e sentimentos nacionais.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

COLABORAÇÃO DA VIVIAN

Faz sentido ou não?

1- GUIA PRÁTICO DA CIÊNCIA MODERNA:
1. Se mexer, pertence à Biologia.
2. Se feder, pertence à Química.
3. Se não funciona, pertence à Física.
4. Se ninguém entende, é Matemática.
5. Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.
6. Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido, é INFORMÁTICA. 2- LEI DA PROCURA INDIRETA:
1. O modo mais rápido de se encontrar uma coisa é procurar outra.
2. Você sempre encontra aquilo que não está procurando. 3- LEI DA TELEFONIA:
1. Quando te ligam: se você tem caneta, não tem papel. Se tiver papel, não tem caneta. Se tiver ambos, ninguém liga.
2. Quando você liga para números errados de telefone, eles nunca estão ocupados.
Parágrafo único: Todo corpo mergulhado numa banheira ou debaixo do chuveiro faz tocar o telefone. 4- LEI DAS UNIDADES DE MEDIDA:
Se estiver escrito 'Tamanho Único', é porque não serve em ninguém, muito menos em você... 5- LEI DA GRAVIDADE:
Se você consegue manter a cabeça enquanto à sua volta todos estão perdendo, provavelmente você não está entendendo a gravidade da situação. 6- LEI DOS CURSOS, PROVAS E AFINS:
80% da prova final será baseada na única aula a que você não compareceu, baseada no único livro que você não leu. 7- LEI DA QUEDA LIVRE:
1. Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda, provoca mais destruição do que se o deixássemos cair naturalmente.
2. A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do carpete.
8- LEI DAS FILAS E DOS ENGARRAFAMENTOS:
A fila do lado sempre anda mais rápido.
Parágrafo único: Não adianta mudar de fila. A outra é sempre mais rápida..
9- LEI DA RELATIVIDADE DOCUMENTADA:
Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
10- LEI DO ESPARADRAPO:
Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai.
11- LEI DA VIDA:
1. Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
2. Tudo que é bom na vida é ilegal, imoral, engorda ou engravida.
12- LEI DA ATRAÇÃO DE PARTÍCULAS:
Toda partícula que voa sempre encontra um olho aberto.
COISAS QUE NATURALMENTE SE ATRAEM:
Mãos e seios
Olhos e bunda
Nariz e dedo
Pobre e funk
Mulher e vitrines
Homem e cerveja
Queijo e goiabada
Chifre e dupla sertaneja
Carro de bêbado e poste
Tampa de caneta e orelha
Moeda e carteira de pobre
Tornozelo e pedal de bicicleta
Jato de mijo e tampa de vaso
Leite fervendo e fogão limpinho
Político e dinheiro público
Dedinho do pé e ponta de móveis
Camisa branca e molho de tomate
Tampa de creme dental e ralo de pia
Café preto e toalha branca na mesa
Dezembro na Globo e Roberto Carlos
Show do KLB e controle remoto (Para mudar de canal)
Chuva e carro trancado com a chave dentro
Dor de barriga e final de rolo de papel higiênico
Bebedeira e mulher feia
Mau humor e segunda-feira!
Bom humor e a SEXTA - FEIRA!!!

Vivian Gonçalves Dias

quinta-feira, 2 de abril de 2009

ALVARÁ DE UM REAL

Eucárdio Derrosso, advogado (OAB/RS nº 9.271)

Acabo de retirar, numa das Varas do Trabalho de PortoAlegre, um alvará de um real, exatamente R$ 1,00, nem maisnem menos. Ainda bem que o cliente terá direto a outroalvará de valor maior, para compensar essa ridicularidade.Senão vejamos: está certo que esse valor é oriundo deação trabalhista, direito insofismável do trabalhador,após vários anos de petições, sentenças, recursose deliberações, agravos, cálculos e decisões. Nocaso, o processo é de 2003. É o sagrado direitoconstitucional do trabalhador. E se originou de penhora online, (ou depósito recursal?) visto que foram baldadostodos os esforços de pagamento espontâneo, ou penhora debens móveis ou imóveis.Restou, então, esse novo procedimento jurisdicional, apenhora on-line, que é o direito que o reclamante tem desolicitar a apreensão de valor em dinheiro em contacorrente do reclamado, por meio de um simples e isolado atodo juiz, sem ouvir as partes.Mas vamos laborar em hipóteses ao caso. Por que liberar umalvará desse valor inestimável? Não seria melhordepositar junto a um banco e aguardar os juros? Ou nemreceber nem aceitar tal valor? Devolver?Sabe-se que lei é lei, norma é norma. Direito édireito. Cada valor arrecadado deve ser pago em documentoseparado, próprio. Direito é direito, repetimos, masnão poderia esse ínfimo valor ser agregado,excepcionalmente, para não se gastar mais papel,assinatura, deslocamento etc a outro documento igual parafacilitar a vida de todos?Que falem os jurisconsultos, desembargadores, para o caso ouos legisladores que fazem as leis. E os honorários, o querestaria dessa singela quantia para o cidadão, se lhefosses retirados os 20 por cento a quem o advogado temdireito?Alguns centavos a menos poderiam sobejar desse monumentalalvará de um real desvalorizado. Ou não? Valeria a penaa luta?Será que Fernando Pessoa se referia a esse epítetosurrealista? Ou seria caso de evocar o processo (não trabalhista) kafkiano?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

COLUNA DO PAULO WAINBERG

A FILHA QUE EU QUERO TER
Paulo Wainberg


O Hospital Psiquiátrico São Pedro é uma instituição pública centenária do RS que acolhe os “loucos de todo o gênero”. Na década de sessenta, quando eu era jornalista, andei por lá para fazer reportagens e fiquei horrorizado com o ambiente, a sujeira, o nojo, a degradação, o descaso das autoridades e, é claro, com a experiência com a loucura explícita, aquela que não deixa dúvidas.
Os anos passam e, volta e meia, o Hospital São Pedro vem à tona com denúncias, com a sempre eterna falta de recursos, com a iniquidade do Estado gestor e as condições miseráveis de seus “hóspedes”.
E, à cada denúncia, a sempre eterna gama de explicações governamentais, falta de recursos, estratégias futuras, repasses retidos, atacadas pelas oposições que, quando no governo, escapam de resolver o problema com as mesmas explicações.
O fato é que o Hospital Psiquiátrico São Pedro lembra, em muitos aspectos, sanatórios medievais, colônias de leprosos, com os indigentes expostos às piores condições de higiene e abrigo.
Entretanto lá trabalham médicos, enfermeiras, assistentes sociais, funcionários de toda a ordem que, no limite de suas capacidades tentam suprir com, competência e humanidade, tudo aquilo que o Estado, frio e impiedoso, sonega.
Minha filha, que se forma neste ano em Psicologia, estagiou no Hospital São Pedro durante o verão. Além dos relatos que ela fazia das condições dantescas do ambiente, ao mesmo tempo manifestava uma autêntica adoração pelos médicos, enfermeiros e demais funcionários e um adorável carinho por pacientes com quem lidou.
Fiquei feliz em perceber a sensibilidade afetiva dela e a emoção com que se referia aos pacientes, bem como sua própria estranheza de conseguir comunicar-se com eles, nos níveis e padrões deles, desenvolvendo uma ligação carinhosa, humana e tolerante com os doentes mentais.
Mais ainda, ela descobriu e ajudou a desenvolver capacidades integradoras dos pacientes, com resultados práticos estimulantes a mostrar que mesmo os mais desvalidos possuem boas coisas e transmitir, basta que se queira ouvir.
Ao final do estágio, instada pela direção, enviou o texto a seguir:

“Fiz meu estágio de familiarização durante o mês de fevereiro na Unidade Luiz Ciulla. Confesso que eu estava bastante temerosa,apreensiva e contrariada inicialmente. Aqui fora ouvimos coisas,ouvimos experiências, histórias terríveis de como são maltratados ospacientes desta instituição. Falavam que o HPSP era uma prisãomanicomial, que as pessoas levavam choques a torto e adireito... Falavam? Ou isso está no imaginário coletivo? Confesso quenão sei mais.
O fato é que EU levei um choque.
O que vi ali foi puro afeto, amor, carinho e um esforço brutal de uma equipe em manter o melhor ambiente possível para aqueles amados velhinhos. Caducos? Nem tão caducos assim.
Pessoas em sofrimento psíquico sim. Pessoas que com um sorriso, um afago derretiam-se, agradeciam à cada olhar.
Quis levar todos para casa, com exceção da Simone, porquedessa sim eu tinha medo... Normal.
Me senti acolhida pela equipe e principalmente pela enfermeira Dóris que aguenta o tirão, que trata com respeito e individualidade cada filho que ali habita. A enfermeira Dóris é um exemplo para muitagente.Vê-se o amor saltando aos seus olhos e isso era lindo de ver.Muitas vezes chorei, me emocionei e senti raiva também. Chorei ao ver a Soares, saindo de sua pose de batuqueira e se entregando às marchinhas de carnaval que, pasmem, ela sabe todas, de cor e salteado.
Chorei com seu João ao vê-lo pintar aqueles quadros lindos na Oficina de Criatividade. Senti raiva da raiva que os leigos sentem ao se referir a uma instituição tão nobre que faz tanto com tão pouco. Foi uma experiência de vida que levarei comigo pro resto da minha vida. Só tenho a agradecer pela oportunidade de tornar-me mais gente, maishumana e de entender que sim ,a verdade é relativa e está dentro decada um de nós. Tenho divulgado essa experiência entreamigos, familiares, colegas. Acho que todas as pessoas deveriam passar por aí. A loucura é a gente que cria. Um abraço afetuoso e meu mais nobre agradecimento. Tatiana Knijnik Wainberg”.

Hoje ela me enviou a cópia, que reproduzi acima. Fiquei emocionado ao encontrar, mais uma vez na minha filha, a humanidade que é inerente à ela e que, ao longo de sua educação, nós insistimos em transmitir-lhe como um dos mais elevados valores da existência. Fiquei extremamente orgulho de minha filha que passou por uma experiência que tem tudo para ser chocante, assustadora e traumatizante e ver que ela saiu fortalecida, madura e com o coração à flor da pele.
Sei que ela será uma psicóloga capaz de se identificar, agir e modificar todos aqueles que com ela buscarem ajuda, tanto quanto ela já faz, no plano comum, com aqueles com quem ela se relaciona.
Acho que não existe uma “alma” humana, no sentido místico da palavra. Porém acredito muito no fenômeno chamado Empatia.
Portanto me declaro um pai feliz e orgulhoso da filha que tem, generosa, emocionada, capaz de se apaixonar e de gerar e transmitir amor.