NA INGLATERRA, CITAR BÍBLIA JÁ VIROU CRIME
Mais cedo ou mais tarde iria ocorrer. Um pregador britânico foi preso depois de ter dito durante sermão na rua que homossexualismo é um pecado. Segundo o jornal britânico The Daily Telegraph, Dale McAlpine foi acusado de causar "alarme, intimidação e angústia" depois que um policial comunitário ouviu o pastor batista mencionar vários "pecados" citados na Bíblia, inclusive blasfêmia, embriaguez e relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Segundo o Daily Mail, o policial Sam Adams avisou o pregador, que distribuía folhetos e conversava com as pessoas nas ruas, que ele estava violando a lei. Mas ele continuou pregando e foi levado para a prisão, onde permaneceu por sete horas.
McAlpine prega nas ruas de Wokington, no noroeste da Inglaterra há anos, e disse que não mencionou homossexualismo quando fazia o sermão do alto de uma pequena escada, mas admitiu ter dito a uma pessoa que acreditava ser a prática contrária aos ensinamentos de Deus.
Se está falando do Deus cristão, lhe sobra razão. “Não te deitarás com varão, como se fosse mulher; é abominação”, lemos já no Levítico. Curiosamente, o Livro não tem nada contra mulher com mulher."
Eu me sinto profundamente chocado e humilhado por ter sido preso em minha própria cidade e tratado como um criminoso comum na frente de pessoas que eu conheço" – disse o pregador. Eu também. Mas por outras razões. É a primeira vez que ouço falar, no Ocidente, por ter repetido algo que consta do livro que embasa a cristianismo. Se a autoridade policial quiser ser coerente, terá de apreender também a Bíblia.Longe de mim condenar comportamentos sexuais. Muito menos condenar aqueles a quem homossexualismo escandaliza. Vivemos em uma sociedade onde não falta quem condene qualquer prática sexual antes do casamento. Para começar, a Igreja Católica, tão tolerante com seus ministros pedófilos, e tão intransigente com os leigos que querem bem gozar seus dias.Qualquer dia, ainda surge por aí algum fanático querendo proibir citar II Samuel, onde se fala das concubinas do sábio rei Davi. Ou I Reis, onde são enumeradas as 700 mulheres e 300 concubinas do sábio rei Salomão. Se bem que qualquer restrição ao heterossexualismo é bem-vinda. O que não mais se pode é não gostar de homossexualismo. Ser homossexual virou partido. Uma militância agressiva criminaliza quem quer que deles não goste.
Só acho que não será fácil criminalizar a Bíblia. A condenação ao homossexualismo, no Livro, é café pequeno diante das incitações dos antigos profetas ao ódio racial, genocídio, extermínio de nações, do qual não se excluí mulheres e crianças, nem mesmo animais. Se Jeová autoriza aniquilar amorreus, heteus, perizeus, cananeus, heveus e jebuseus, isso não autoriza um católico a sair matando evangélicos, espíritas, macumbeiros. Se Moisés – ou quem quer que tenha escrito o Levítico – condena o homossexualismo, nem por isso vamos proibir este livro ou proibir citá-lo.
Sam Adams, em pleno século XXI, agiu como fundamentalista que ainda não descobriu que, desde há séculos, no Ocidente, a Igreja separou-se do Estado. Agiu como muçulmano, que considera o Corão como constituição. A aguerrida tribo dos homossexuais está virando seita fanática.
Mais um pouco e a moda chega até nós.
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