terça-feira, 4 de maio de 2010

CRÔNICAS IMPUDICAS

PAPAI e MAMÃE de MENTIRINHA

João Eichbaum

Agora é oficial e já pode: homem com homem, mulher com mulher. A Justiça decidiu e liberou geral, ao permitir a “adoção” de uma criança por um “casal” de lésbicas.
Fim do recato, meus amigos. Fim do machismo. O recato feminino, que sempre foi um dos atrativos do macho, perdeu a sua razão de ser, à medida que as mulheres vão para os jornais, para a televisão, para as revistas e para o rádio, anunciar, para quem quiser ler e ouvir, sem peias, que são lésbicas.
Elas podem agora, segundo decidiu o Superior Tribunal de Justiça, desempenhar o papel de casal, que é um fenômeno exclusivo da natureza, regra absoluta da biologia, em razão da qual nascem os bebês de qualquer primata.
Agora, deu pra natureza, às favas com a biologia. O que vale é o papel desempenhado pelo desvalor do ser humano, pela sua entrega às baixezas do sexo.
Fim do machismo também. O machismo já não pode ser causa de orgulho, porque deixou de ser o grande trunfo daqueles que produzem espermatozódes.
O homens perderam aquele direito que ainda era exclusividade deles: o de ser pai. Agora, com a decisão da justiça, o que lhes resta é alugar, para fins de procriação e para o deleite das lésbicas assumidas, aquela estrovenga que qual escorrega o líquido animal reprodutor do macho, a porra.
Mas, não é só isso. O que será dessa criança, “filha” de um “casal” de lésbicas, quando lhe perguntarem os coleguinhas de escola sobre seu pai? Terá essa criança absorvido já a idéia de que o macho é dispensável na relação de filiação, ou terá que suportar a humilhação de ser uma criatura apartada pelo preconceito que, quer queiram ou não, ainda haverá de dominar, enquanto existir um primata humano dotado de racionalidade sobre a face da terra?
Na última edição da Veja, lê-se uma frase antológica de André Petry, que calha como uma luva, na demonstração da real condição do primata humano: “o pensamento religioso, traduzido na idéia de que somos criaturas divinamente concebidas, tende a turvar a percepção de que nossa condição natural é miserável”.
E a conclusão é de que, à medida que a religião está perdendo suas forças, estão se depreciando também os valores morais do ser humano, devolvendo-o, sem a indumentária da dignidade, à sua verdadeira condição animal, muito bem adjetivada por André Petry.
Mas ainda falta o troco, que certamente será dado pelo Superior Tribunal de Justiça, permitindo aos machos que dispensem os óvulos femininos, para que possam também ser "mamães".
Quem viver, verá.

Nenhum comentário: