OS ARTISTAS
João Eichbaum
Primeiro foi o Luiz Inácio com o seu “Lula, o Filho do Brasil”, indo para as telas, à procura de multidões. Mas as multidões não vieram, e o filme ficou entregue às moscas, nos cinemas. Inventaram até uma promoção para “sindicalizados”, a preço de banana, mas nem essa turma estava a fim.
O único a lucrar com o filme foi o Fábio Barreto, que embolsou alguns milhões, graças à magnanimidade de alguns “empresários”, os patrocinadores da aventura no celulóide.
Agora foi a vez do Sarney.
Em meados de abril, a TV Senado – que é sustentada com o nosso dinheiro, o dinheiro que o fisco nos suga durante o ano todo – exibiu “José Sarney: Um Nome na História”.
Como certamente ninguém viu o filme (levante o dedo aí quem costuma ligar o seu aparelho - adquirido em módicas e longas prestações - na TV Senado), o negócio foi distribuir o DVD para os parlamentares – ou picaretas, como dizia o Lula antes de se enturmar.
Vocês sabem quem bancou a farra do filme e dos DVDs?
Bom, primeiro: R$ 650.000,00 foram embolsados graças à lei da renúncia fiscal. Quer dizer, em vez de ir direto para o fisco, o dinheiro fez a curva e parou nos bolsos dos vivaldinos que fizeram o filme. Segundo: a Eletrobrás forneceu quase um terço da grana do valor do filme. E, para encerrar: quem autorizou esse magnânimo patrocínio da Eletrobrás foi ninguém menos do que um afilhado político do Sarney, o Aloísio Vasconcelos, então presidente da estatal.
E adianta berrar, gente? E adianta dizer que a biografia do Sarney está borrada com todos os proveitos que ele aufere do nosso trabalho, do nosso suor, pela via irreversível dos impostos?
Nós podemos até gritar aqui no sul, mas o povinho do Sarney, lá no norte, e o do Lula, no nordeste, não ta nem aí pros nossos berros.
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