quarta-feira, 19 de maio de 2010

ESPETO CORRIDO

HUGO CASSEL

Bandidos

Ser um bandido não é somente matar ou roubar, ou ainda cometer algum ilícito penal. Em muitas outras circunstâncias alguém pode ser chamado de bandido. Político bandido, por exemplo. Suas ações e atos podem causar também prejuízos morais, materiais e físicos. No Brasil temos muitos exemplos desse tipo. Nenhum porém supera José Ribamar Ferreira de Araujo Costa, vulgo José Sarney. Esse sobrenome foi adotado pelo avô do Zé, que desejou homenagear um inglês amigo que era conhecido como "Sir Ney". O pai do nosso Zé Sarney chegou a desembargador no Maranhão e foi o primeiro professor de chicanas, manobras políticas, traições e corrupção ativa e passiva que fizeram do atual presidente do Senado, o expoente máximo da bandidagem político-legislativa no Brasil. Nos últimos 20 dias, para não perder a validade usei algumas milhas do Smile, para viajar "lá para cima". Encontrei Brasília suja, esburacada, trânsito engarrafado e muito lixo pelas calçadas em pleno plano piloto, na zona dos hotéis de luxo. A Esplanada dos Ministérios é ocupada por todo tipo de gente em barracas e acampamentos, sem higiene. Em Salvador fui assaltado e roubado em dia claro, na Praça 7 de Setembro, por trombadinhas que arrancaram uma corrente e medalha do pescoço. Um policial informou que os turistas não vão mais ao Pelourinho e Bonfim, onde pululam assaltantes, que segundo ele são mais de 100.000. Encontrei uma cidade que perdeu a alegria, pois as pessoas, mesmo atendendo bem, mostram grande preocupação. Sujeira por toda parte. Buracos idem. O governo, adivinhem, é PT. Quase tudo muito caro, menos o coco a 1 real, gelado.

Ilhéus
Sir Winston Churchill disse, depois da guerra, sobre a RAF: "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos". Eu digo: Nunca tantos deveram tanto a alguém como Ilhéus deve a Jorge Amado. Embora a cidade seja o berço da cultura do cacau, só passou a ser notada depois dos livros do maior escritor brasileiro de toda a história. Tudo gira em torno dos personagens e locais do livro e novela Gabriela Cravo e Canela. O Restaurante Vesúvio, o Cabaré Bataclan, Gabriela e seu Nacib, a casa onde o escritor viveu algum tempo, transformada em museu. São Jorge de Ilhéus, que já foi um dos maiores produtores de cacau do mundo, vive hoje crise sem precedentes. Um fungo indestrutível vem dizimando as lavouras em até 70%. Dezenas de fábricas de chocolate já fecharam, restando poucas, entre elas a pioneira "Chocolates Caseiros Ilhéus", do engenheiro Hans Tosta Schaeppi, colega jornalista da Abrajet, que dirige também o Ilhéus Praia Hotel, no quarteirão mais central da cidade, e possui lojas em vários aeroportos do Brasil. Ilhéus é tipicamente, pelo menos nesta época, cidade de interior. Caindo a noite, no centro, fica praticamente deserta, sobrando pouco para o turista freqüentar, a não ser dois ou três bares no calçadão, como o point mais procurado, que é o também tradicional "Barraquitico", nome herdado da primeira barraca na praia, que era bem "raquítica", segundo informou o amigo Daniel, proprietário do local, onde se pode assistir jogos dos campeonatos e comer divinos bolinhos de bacalhau e quibes. Por tudo isso e pelo carinho com que recebem, vale a pena visitar Ilhéus, desfrutar dessa hospitalidade e, é claro, degustar o seu famoso chocolate caseiro, detentor de inúmeros prêmios internacionais .

Al Capone
Escrevi uma vez aqui sobre José Dirceu e o chamei de "Al Capone" brasileiro. Quero me penitenciar, esse outro Zé Sarney deixa o Dirceu reduzido a um réles "trombadinha" em matéria de safadeza. Seu incrível trajeto e da "famiglia" Sarney está no livro que comprei, intitulado "Honoráveis Bandidos", proibido no Maranhão. Vale a pena.

Vanerão rasqueado
Os meninos bailarinos do Santos não gostaram da dança gaúcha na Bailanta do Olímpico. Prometem vingança. Quarta pode ter "reboletion" ou chula.

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